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sábado, 21 de abril de 2012

"PARA QUE SERVE A RELIGIÃO"?



 

No ser humano cria-se um conflito entre o princípio do prazer e o princípio do dever. O princípio do prazer é o desejo de satisfazer as necessidades humanas e o princípio do dever, ou princípio da realidade é o que impede ou proíbe ao homem satisfazer algumas de suas necessidades.
Há no homem uma carga energética que necessita de uma derivante, uma descarga. Quando essa descarga não se realiza, para que ele possa se satisfazer, porque a realidade o frustra, necessita de um meio para a sua realização que é a fantasia alucinatória.
O indivíduo se alucina e faz de conta que satisfaz essas necessidades ou que as pode satisfazê-las no além. Será compensado no além pelos sofrimentos, pelas privações e injustiças que teve que padecer e suportar nesta vida. Sofrer na terra será acumular méritos para receber um prêmio maior no céu. Quanto mais insatisfação tenha, quanto mais energia fique sem descarga, tanto maior a glória que ele receberá no céu. O indivíduo que não pode satisfazer suas necessidades na realidade, separa-se do mundo exterior e cria um mundo interior próprio para nele satisfazer, de forma ideal, todos os seus desejos.
O indivíduo fica num conflito dialético entre a necessidade de satisfazer os seus impulsos individuais e a inclinação para satisfazer o bem comum, na sociedade. Essa situação lhe traz um grau de insatisfação muito grande, porque para satisfazer determinadas necessidades individuais na sociedade em que vive, ele tem que reconhecer as suas limitações e renunciar a algumas das suas necessidades.
Para Freud, a religião cumpre a função de ajudar o ser humano a satisfazer na imaginação o que na realidade ele não se atreve ou não pode realizar na vida real. A religião, em suas palavras, seria um erro grave e como erro, toda a ambigüidade entre signos, símbolos e realidade é grande demais para ser real. Trata-se de um delírio da verdade.
Para satisfazer essas necessidades, o indivíduo se identifica com um intermediário que lhe permite a satisfação das mesmas, e então, ele terá um sentido, um objetivo, uma meta para continuar com o seu sofrimento e viver na sociedade. Dessa maneira, o indivíduo assim se expressa: Eu sofro, mas através de Cristo os meus sofrimentos serão recompensados.
Para Wilber (1977), a diversidade das religiões exotéricas refletem a diversidade das ideologias, idiossincrasias e paradigmas culturais.
As religiões derivaram-se de interpretações personificadas, que fizeram com que surgissem em todas as partes do planeta, ramos religiosos que se diferenciam pelos nomes dados ao Inominado. Todas pretendem a mesma coisa: a evolução espiritual. Todas pregam a mesma coisa: a prática do bem. Todas condenam a mesma coisa: o exercício do mal. Todas afirmam que somos irmãos, somos iguais, que devemos nos amar e unir. Mas todas brigam entre si em nome do amor do seu Deus.
No filme americano Coração Satânico (Angel Heart) há um diálogo entre o detetive Harry Angel e o misterioso homem chamado Louis Cyphre, que profere a seguinte expressão: "Dizem que há religiões suficiente no mundo para os homens se odiarem uns aos outros, mas não para que se amem".
Moisés foi incumbido de libertar os judeus, "o povo de Deus", o que queria dizer que os egípcios eram o povo de um outro Deus, e mais tarde Deus afogou milhares de egípcios para salvar o seu povo. Como foi isso possível ? E isso, até hoje, ainda é ensinado nas escolas, nos cultos !
Jesus era judeu, foi morto pelos romanos e, em seguida, criou-se a Igreja Católica Apostólica Romana que apossou-se dele e passou a acusar os judeus de terem matado o filho do "seu" Deus. E, assim, o Deus dos judeus virou o Deus dos católicos. Muitos afirmam que Jesus vai voltar, mas se ele voltar como voltará: judeu, americano, mulçumano, árabe, branco, negro, ou índio?
Para aqueles que experimentaram a experiência da "presença de Deus em si mesmos" , cada um deles, utilizaram ao expressar essa experiência diferenças nas elaborações simbólicas aparecidas em suas mentes. Schoedinger, utilizou os termos da teoria física; Cristo, os da teologia hebraica; Shankara, os da antologia hindu. Contudo a realidade dessa experiência, em cada um deles, continuou sendo uma e a mesma. Por esse motivo dir-se-ia que o nível de consciência do Ego (personalidade) é o nível das várias religiões exotéricas, e que o nível de consciência da Alma, é o nível da unidade transcendente da religião esotérica.
Na essência, todas as religiões são esotéricas, significando com isso, que o Cristianismo não é o único caminho.
Cristo viu que o seu Ser não é o tempo, nem tampouco pode ser encontrado no espaço e, assim, de maneira alguma pode Ele ser feito propriedade de nenhuma religião determinada ( Ver Coríntios 12, 4-6 . . . os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. E também há diversidade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo. E há dificuldade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos).
Diante desses fatos podemos dizer que o homem é o instrumento e o terreno adequado onde a relação dinâmica, Espírito-Matéria, pode se desenvolver, pois é nele, e somente nele, que a Vida Divina tem condições de se transformar em consciência e individualizar-se tornando-se consciente de si mesmo.
Dessa forma, o ciclo humano, representa um estágio de transição e transformação, um fase de preparação para um novo reino ( Ver Jo. 14, 1-3, . . . Na casa de meu PAI há muitas moradas) , o dos Homens Verdadeiros (Ver Lc. 13, 23-30, . . . muitos procurarão entrar, e não poderão) completamente despertos ( Ver Lc. 9, 50-60, . . . Deixai os mortos o cuidado de enterrar seus mortos . . . ) que poderão promover a manifestação da Vontade Divina.
O homem vive numa situação aparentemente paradoxal, pois participa de duas dimensões, a consciente e a inconsciente.
Ele serve de ponte entre o Céu e a Terra e vive em si mesmo, primeiramente, como conflito, e, a seguir, como oportunidade de transformação e evolução.
Esta posição do homem constitui seu maior problema, mas também seu privilégio, pois lhe confere o encargo de reunir em si mesmo Espírito e Matéria, Inconsciente e Consciente, Alpha e Omega, Infinito e Finito.
Ele é o microcosmo e o macrocosmo e pode fazer experiência direta, em sua consciência, da realidade transcendente, além de reviver em si mesmo a Unidade e a Harmonia.
O homem, tal como ele é agora, é um ser de transição que, por meio de suas lutas, sofrimentos, maturações e tomadas de consciência, fará brotar de si mesmo o ser novo ( Ver Jo. 3, 1-12, . . . aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus ) .
Entende-se dessa forma, porque a evolução da humanidade é muito lenta e gradual e se desenvolve ao longo de milênios e milênios, abarcando muitas vidas com vária fases e níveis.
Estudando a Psicanálise Transcendental o homem pode penetrar pouco a pouco as camadas mais sutis do inconsciente e encontrar o ser oculto que se revela ao Self, que está ali contido no Self e que é o próprio Self.
Segundo os estudos espiritualistas, o Self é o centro da consciência do homem, o núcleo mais profundo do ser, o Homem Cósmico, o Avatar, o Pai, é o homem que penetrou a consciência logóica ( a Consciência do Logos, a Consciência de Deus) e que está contido no Todo ( o Todo é Deus) onde "o Todo é Um e o Um é o Todo". Com isso, quero dizer que o Self é o Pai ( Eu e o Pai somos Um, disse Jesus) ; é a estrutura ainda inconsciente do Homem Verdadeiro. E que todo o trabalho espiritual ou psicanalítico tem o mesmo objetivo, despertar no homem comum a sua verdadeira essência, que é a expressão integral do Self. Entendemos, então, que o oculto (o que é espiritual) é o inconsciente revelado (Ver Lc. 8, 16-17 . . . não há coisa oculta que não haja de manifestar-se, nem escondida que não haja de saber-se e vir à luz) .
A psicanálise transcendental é a ciência do inconsciente, e portanto, do oculto, uma ciência dos estudos espirituais, onde se encontra a necessidade da revelação do oculto, que em certo sentido é o mesmo que a revelação do que está no inconsciente.
Renato Coutinho

"PARA QUE SERVE A RELIGIÃO"?



 

No ser humano cria-se um conflito entre o princípio do prazer e o princípio do dever. O princípio do prazer é o desejo de satisfazer as necessidades humanas e o princípio do dever, ou princípio da realidade é o que impede ou proíbe ao homem satisfazer algumas de suas necessidades.
Há no homem uma carga energética que necessita de uma derivante, uma descarga. Quando essa descarga não se realiza, para que ele possa se satisfazer, porque a realidade o frustra, necessita de um meio para a sua realização que é a fantasia alucinatória.
O indivíduo se alucina e faz de conta que satisfaz essas necessidades ou que as pode satisfazê-las no além. Será compensado no além pelos sofrimentos, pelas privações e injustiças que teve que padecer e suportar nesta vida. Sofrer na terra será acumular méritos para receber um prêmio maior no céu. Quanto mais insatisfação tenha, quanto mais energia fique sem descarga, tanto maior a glória que ele receberá no céu. O indivíduo que não pode satisfazer suas necessidades na realidade, separa-se do mundo exterior e cria um mundo interior próprio para nele satisfazer, de forma ideal, todos os seus desejos.
O indivíduo fica num conflito dialético entre a necessidade de satisfazer os seus impulsos individuais e a inclinação para satisfazer o bem comum, na sociedade. Essa situação lhe traz um grau de insatisfação muito grande, porque para satisfazer determinadas necessidades individuais na sociedade em que vive, ele tem que reconhecer as suas limitações e renunciar a algumas das suas necessidades.
Para Freud, a religião cumpre a função de ajudar o ser humano a satisfazer na imaginação o que na realidade ele não se atreve ou não pode realizar na vida real. A religião, em suas palavras, seria um erro grave e como erro, toda a ambigüidade entre signos, símbolos e realidade é grande demais para ser real. Trata-se de um delírio da verdade.
Para satisfazer essas necessidades, o indivíduo se identifica com um intermediário que lhe permite a satisfação das mesmas, e então, ele terá um sentido, um objetivo, uma meta para continuar com o seu sofrimento e viver na sociedade. Dessa maneira, o indivíduo assim se expressa: Eu sofro, mas através de Cristo os meus sofrimentos serão recompensados.
Para Wilber (1977), a diversidade das religiões exotéricas refletem a diversidade das ideologias, idiossincrasias e paradigmas culturais.
As religiões derivaram-se de interpretações personificadas, que fizeram com que surgissem em todas as partes do planeta, ramos religiosos que se diferenciam pelos nomes dados ao Inominado. Todas pretendem a mesma coisa: a evolução espiritual. Todas pregam a mesma coisa: a prática do bem. Todas condenam a mesma coisa: o exercício do mal. Todas afirmam que somos irmãos, somos iguais, que devemos nos amar e unir. Mas todas brigam entre si em nome do amor do seu Deus.
No filme americano Coração Satânico (Angel Heart) há um diálogo entre o detetive Harry Angel e o misterioso homem chamado Louis Cyphre, que profere a seguinte expressão: "Dizem que há religiões suficiente no mundo para os homens se odiarem uns aos outros, mas não para que se amem".
Moisés foi incumbido de libertar os judeus, "o povo de Deus", o que queria dizer que os egípcios eram o povo de um outro Deus, e mais tarde Deus afogou milhares de egípcios para salvar o seu povo. Como foi isso possível ? E isso, até hoje, ainda é ensinado nas escolas, nos cultos !
Jesus era judeu, foi morto pelos romanos e, em seguida, criou-se a Igreja Católica Apostólica Romana que apossou-se dele e passou a acusar os judeus de terem matado o filho do "seu" Deus. E, assim, o Deus dos judeus virou o Deus dos católicos. Muitos afirmam que Jesus vai voltar, mas se ele voltar como voltará: judeu, americano, mulçumano, árabe, branco, negro, ou índio?
Para aqueles que experimentaram a experiência da "presença de Deus em si mesmos" , cada um deles, utilizaram ao expressar essa experiência diferenças nas elaborações simbólicas aparecidas em suas mentes. Schoedinger, utilizou os termos da teoria física; Cristo, os da teologia hebraica; Shankara, os da antologia hindu. Contudo a realidade dessa experiência, em cada um deles, continuou sendo uma e a mesma. Por esse motivo dir-se-ia que o nível de consciência do Ego (personalidade) é o nível das várias religiões exotéricas, e que o nível de consciência da Alma, é o nível da unidade transcendente da religião esotérica.
Na essência, todas as religiões são esotéricas, significando com isso, que o Cristianismo não é o único caminho.
Cristo viu que o seu Ser não é o tempo, nem tampouco pode ser encontrado no espaço e, assim, de maneira alguma pode Ele ser feito propriedade de nenhuma religião determinada ( Ver Coríntios 12, 4-6 . . . os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. E também há diversidade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo. E há dificuldade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos).
Diante desses fatos podemos dizer que o homem é o instrumento e o terreno adequado onde a relação dinâmica, Espírito-Matéria, pode se desenvolver, pois é nele, e somente nele, que a Vida Divina tem condições de se transformar em consciência e individualizar-se tornando-se consciente de si mesmo.
Dessa forma, o ciclo humano, representa um estágio de transição e transformação, um fase de preparação para um novo reino ( Ver Jo. 14, 1-3, . . . Na casa de meu PAI há muitas moradas) , o dos Homens Verdadeiros (Ver Lc. 13, 23-30, . . . muitos procurarão entrar, e não poderão) completamente despertos ( Ver Lc. 9, 50-60, . . . Deixai os mortos o cuidado de enterrar seus mortos . . . ) que poderão promover a manifestação da Vontade Divina.
O homem vive numa situação aparentemente paradoxal, pois participa de duas dimensões, a consciente e a inconsciente.
Ele serve de ponte entre o Céu e a Terra e vive em si mesmo, primeiramente, como conflito, e, a seguir, como oportunidade de transformação e evolução.
Esta posição do homem constitui seu maior problema, mas também seu privilégio, pois lhe confere o encargo de reunir em si mesmo Espírito e Matéria, Inconsciente e Consciente, Alpha e Omega, Infinito e Finito.
Ele é o microcosmo e o macrocosmo e pode fazer experiência direta, em sua consciência, da realidade transcendente, além de reviver em si mesmo a Unidade e a Harmonia.
O homem, tal como ele é agora, é um ser de transição que, por meio de suas lutas, sofrimentos, maturações e tomadas de consciência, fará brotar de si mesmo o ser novo ( Ver Jo. 3, 1-12, . . . aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus ) .
Entende-se dessa forma, porque a evolução da humanidade é muito lenta e gradual e se desenvolve ao longo de milênios e milênios, abarcando muitas vidas com vária fases e níveis.
Estudando a Psicanálise Transcendental o homem pode penetrar pouco a pouco as camadas mais sutis do inconsciente e encontrar o ser oculto que se revela ao Self, que está ali contido no Self e que é o próprio Self.
Segundo os estudos espiritualistas, o Self é o centro da consciência do homem, o núcleo mais profundo do ser, o Homem Cósmico, o Avatar, o Pai, é o homem que penetrou a consciência logóica ( a Consciência do Logos, a Consciência de Deus) e que está contido no Todo ( o Todo é Deus) onde "o Todo é Um e o Um é o Todo". Com isso, quero dizer que o Self é o Pai ( Eu e o Pai somos Um, disse Jesus) ; é a estrutura ainda inconsciente do Homem Verdadeiro. E que todo o trabalho espiritual ou psicanalítico tem o mesmo objetivo, despertar no homem comum a sua verdadeira essência, que é a expressão integral do Self. Entendemos, então, que o oculto (o que é espiritual) é o inconsciente revelado (Ver Lc. 8, 16-17 . . . não há coisa oculta que não haja de manifestar-se, nem escondida que não haja de saber-se e vir à luz) .
A psicanálise transcendental é a ciência do inconsciente, e portanto, do oculto, uma ciência dos estudos espirituais, onde se encontra a necessidade da revelação do oculto, que em certo sentido é o mesmo que a revelação do que está no inconsciente.
Renato Coutinho

sexta-feira, 20 de abril de 2012

"O HOMÉM DE BÉM"

O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem.
Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se lhe submete à vontade em todas as coisas.
Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.
Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar.
Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça.
Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa.
O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus.
Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam.
Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor.
Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado.
É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: "Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado."
Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal.
Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera.
Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros.
Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado.
Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões.
Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram.
O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente.
Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus.
Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz. 
Allan Kardec. Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo.

"O HOMÉM DE BÉM"

O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem.
Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se lhe submete à vontade em todas as coisas.
Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.
Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar.
Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça.
Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa.
O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus.
Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam.
Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor.
Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado.
É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: "Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado."
Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal.
Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera.
Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros.
Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado.
Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões.
Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram.
O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente.
Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus.
Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz. 
Allan Kardec. Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

"MENSAGEM DE BEZERRA DE MENEZES"


Cristãos Decididos 
 …Estamos sendo convocados pelos Espíritos nobres para ser os lábios pelos quais a palavra de Jesus chegue aos corações empedernidos.
Estamos sendo convocados para ser os braços do Mestre, que afaguem, que se alonguem na direção dos mais aflitos, dos combalidos, dos enfraquecidos na luta.
Estamos colocados na postura do bom samaritano, a fim de podermos ser aquele que socorra o caído na estrada de Jericó da atualidade.
Nunca houve na história da sociedade terrena tantas conquistas de natureza intelectual e tecnológica!
Nunca houve tanta demonstração de humanismo, de solidariedade, tanta luta pelos direitos humanos!
É necessário, agora, que os cristãos decididos arregacem as mangas e ajam em nome de Jesus. 
Em qualquer circunstância, que se interroguem: - em meu lugar que faria Jesus?
E, faça-o, conforme o amoroso Companheiro dos que não têm companheiros, faria.
Filhos da alma! 
Estamos saturados de tecnologia de ponta, graças à qual, as imagens viajam no mundo quase com a velocidade do pensamento, e a dor galopa desesperada o dorso da humanidade em desalinho. 
O Espiritismo veio como Consolador para erradicar as causas das lágrimas.
Sois os herdeiros do Evangelho dos primeiros dias, vivenciando-o à última hora.
Estais convidados a impregnar o mundo com ternura, utilizando-vos da compaixão.
Periodicamente, neste planeta de provas e expiações, as mentes em desalinho vitalizam microorganismos viróticos que dão lugar a pandemias destruidoras.
Recordemo-nos das pestes que assolaram o mundo: a peste negra, a peste bubônica, as gripes espanhola, a asiática e a deste momento de preocupações, porque as mentes dominadas pelo ódio, pelo ressentimento, geram fatores propiciatórios à manifestação de pandemias desta e de outra natureza.
Só o amor, meus filhos, possui o antídoto para anular esses terríveis e devastadores acontecimentos, desses flagelos que fazem parte da necessidade da evolução.
Sede vós aquele que ama.
Sede vós, cada um de vós, aquele que instaura o Reino de Deus no coração e dilata-o em direção da família, do lugar de trabalho, de toda a sociedade. 
Não postergueis o dever de servir para amanhã, para mais tarde. 
Fazei o bem hoje, agora, onde quer que se faça necessário.
As mães afro-descendentes, as mães de todas as raças, em um coro uníssono, sob o apoio da Mãe Santíssima, oram pela transformação da Terra em Mundo de Regeneração.
Sede-lhes filhos dóceis à sua voz quão dócil foi o Crucificado Galileu que, ao despedir-se da Terra, elegeu-a mãe do evangelista do amor, por extensão, a Mãe Sublime da Humanidade.

Muita paz, meus filhos. 
Que o Senhor de bênçãos nos abençoe.
O servidor humílimo e paternal de sempre,

                                                Bezerra

(Recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco no Grupo Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro, na noite de 13 de agosto de 2009.)

"MENSAGEM DE BEZERRA DE MENEZES"


Cristãos Decididos 
 …Estamos sendo convocados pelos Espíritos nobres para ser os lábios pelos quais a palavra de Jesus chegue aos corações empedernidos.
Estamos sendo convocados para ser os braços do Mestre, que afaguem, que se alonguem na direção dos mais aflitos, dos combalidos, dos enfraquecidos na luta.
Estamos colocados na postura do bom samaritano, a fim de podermos ser aquele que socorra o caído na estrada de Jericó da atualidade.
Nunca houve na história da sociedade terrena tantas conquistas de natureza intelectual e tecnológica!
Nunca houve tanta demonstração de humanismo, de solidariedade, tanta luta pelos direitos humanos!
É necessário, agora, que os cristãos decididos arregacem as mangas e ajam em nome de Jesus. 
Em qualquer circunstância, que se interroguem: - em meu lugar que faria Jesus?
E, faça-o, conforme o amoroso Companheiro dos que não têm companheiros, faria.
Filhos da alma! 
Estamos saturados de tecnologia de ponta, graças à qual, as imagens viajam no mundo quase com a velocidade do pensamento, e a dor galopa desesperada o dorso da humanidade em desalinho. 
O Espiritismo veio como Consolador para erradicar as causas das lágrimas.
Sois os herdeiros do Evangelho dos primeiros dias, vivenciando-o à última hora.
Estais convidados a impregnar o mundo com ternura, utilizando-vos da compaixão.
Periodicamente, neste planeta de provas e expiações, as mentes em desalinho vitalizam microorganismos viróticos que dão lugar a pandemias destruidoras.
Recordemo-nos das pestes que assolaram o mundo: a peste negra, a peste bubônica, as gripes espanhola, a asiática e a deste momento de preocupações, porque as mentes dominadas pelo ódio, pelo ressentimento, geram fatores propiciatórios à manifestação de pandemias desta e de outra natureza.
Só o amor, meus filhos, possui o antídoto para anular esses terríveis e devastadores acontecimentos, desses flagelos que fazem parte da necessidade da evolução.
Sede vós aquele que ama.
Sede vós, cada um de vós, aquele que instaura o Reino de Deus no coração e dilata-o em direção da família, do lugar de trabalho, de toda a sociedade. 
Não postergueis o dever de servir para amanhã, para mais tarde. 
Fazei o bem hoje, agora, onde quer que se faça necessário.
As mães afro-descendentes, as mães de todas as raças, em um coro uníssono, sob o apoio da Mãe Santíssima, oram pela transformação da Terra em Mundo de Regeneração.
Sede-lhes filhos dóceis à sua voz quão dócil foi o Crucificado Galileu que, ao despedir-se da Terra, elegeu-a mãe do evangelista do amor, por extensão, a Mãe Sublime da Humanidade.

Muita paz, meus filhos. 
Que o Senhor de bênçãos nos abençoe.
O servidor humílimo e paternal de sempre,

                                                Bezerra

(Recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco no Grupo Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro, na noite de 13 de agosto de 2009.)

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...