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sábado, 10 de novembro de 2012

"FRASES DE AUTO CONTROLE"


 Eu estou consciente e tenho o poder de pensar como eu quero. Tenho o direito de pensar no que eu quero para o meu próprio bem. Eu tenho e posso impor ao meu mundo interior tudo aquilo que eu quiser. E quero me sintonizar com o melhor. Esqueço, a partir de agora, a pessoa que eu fui, sobretudo meus vícios de pensamentos. Penso apenas na paz. Penso nela, permitindo que seu perfume toque minha aura e atinja todas as áreas da minha vida, todos os cantos do meu corpo. Penso na paz com uma mensagem de ordem e equilíbrio perfeito.   Deixo fluir na minha cabeça a consciência do "eu posso". Eu posso estar na paz. Impor essa paz é praticar o meu poder pessoal com responsabilidade divina, obtida por herança natural. O melhor para mim é um grande sorriso no peito. É a felicidade barata e fácil a que tenho direito. É tão simples pensar que o melhor está em mim! A beleza está em mim. A suavidade está em mim. A ternura, o calor, a lucidez e o esplendor das mais belas formas do universo estão em mim. Aí eu me abro inteira, viro do avesso e sinto que não há fronteiras nem barreiras para mim. Sinto que o limite é apenas uma impressão. Sinto que cada condição foi apenas a insistência de uma posição. Sinto que sou livre para deixar trocar qualquer posição por outra melhor. Sou livre para descartar qualquer pensamento ruim, qualquer sentimento ou hábito negativo, qualquer paixão dolorosa. Porque eu sou espírito. Sou luz da vida em forma de pessoa.   Ah, universo, eu estou aberto para o melhor para mim. Eu sei que muitas vezes sou levado por uma série de pensamentos ruins. Mas é porque eu não conhecia a força da perfeição. Eu não conhecia a lei do melhor. Agora eu me entrego, me comprometo comigo, com o universo e contigo. Vou manter a minha mente aberta. Esse momento me desperta, me traz a inspiração ao longo do dia onde se efetiva a luz que irradia para quem insiste no próprio aperfeiçoamento.   Não quero pensar nas minhas fraquezas. Quero olhar bem fundo nos meus olhos e ver como eu sou bonito, como fiz e faço coisas maravilhosas e como o meu peito está cheio de vontade. Eu assumo a responsabilidade sobre essas vontades e me projeto com força nessa identidade de saber que eu posso, sim, fazer o melhor. Despertar o meu espírito é viver nele. É ter a satisfação de ser eu mesmo. É poder ser original, único, pequeno e grande ao mesmo tempo. Sei agora que o melhor está a meu favor. Meu sucesso, aliás, é o sucesso de Deus que se manifesta em mim como pessoa em transformação. Eu sinto como se tivesse sentado nessa cadeira da solidez universal porque eu estou no meu melhor. Porque sou o sucesso da eternidade, porque estou há milhares de anos seguindo e não fui destruído. Porque o universo garante. Grito dentro de mim mesmo: de todas as coisas da vida, o melhor ainda sou eu. O melhor sou eu!
Luiz Gasparetto

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

"O PORQUÊ DA VIDA


Qual o homem que, nas horas de silêncio e recolhimento, já deixou de interrogar a natureza e o seu próprio coração, pedindo-lhe o segredo das coisas, o porquê da vida, a razão de ser do Universo?
Onde está aquele que jamais procurou conhecer seu destino, levantar o véu da morte, saber se Deus é uma ficção ou uma realidade?
Não seria um ser humano, por mais descuidado que fosse, se não tivesse considerado, algumas vezes, esses tremendos problemas.
A dificuldade de os resolver, a incoerência e a multiplicidade das teorias que têm sido feitas, as deploráveis consequências que decorrem da maior parte dos sistemas já divulgados, todo esse conjunto confuso, fatigando o Espírito humano, os têm relegado à indiferença e ao ceticismo.
Portanto, o homem tem necessidade do saber, da luz que esclareça, da esperança que console, da certeza que o guie e sustente.
Mas tem também os meios para conhecer, a possibilidade de ver a verdade se destacar das trevas e o inundar de sua benfazeja luz.
Para isso, deve se desligar dos sistemas preconcebidos, descer ao fundo de si mesmo, ouvir a voz interior que nos fala a todos, e que os sofismas não podem enganar: a voz da razão, a voz da consciência.   *   *
Quando encontra a Inteligência Suprema, Causa primeira de todas as coisas, e reconhece nela uma gerência grandiosa de todas as Leis do Universo, o coração do homem se acalma.
Não estamos abandonados neste planeta. Não estamos sendo geridos por leis frias, mecânicas apenas, mas por algo que é soberanamente justo e bom.
Ao chamar essa Inteligência de Pai, o Mestre dos mestres, Jesus, revelou um aspecto até então pouco conhecido do Criador: o aspecto amoroso de um progenitor que cuida de Seus filhos com todo carinho possível.
Quando encontra a si mesmo, como um ser imortal, incorpóreo, que teve início e nunca terá fim, o homem passa a enxergar tudo de forma diversa.
O ser que se vê e se sente imortal, não pode viver da mesma forma que antes.
O que valoriza, o que anela, o que escolhe para seus dias é diferente. Tem menos a ver com prazeres passageiros e mais a ver com as semeaduras duradouras.
Quem se vê imortal cuida melhor dos seus amores, sem tanto apego, sem desespero e ansiedade, pois sabe que nunca os irá perder.
Vislumbra na pluralidade das existências novas chances de se reinventar, de reescrever sua história, aprimorando continuadamente a si mesmo, sem culpa e sem medo.
A verdade, os porquês da vida, nunca estiveram distantes de nós. Foi nossa ignorância e sonolência moral que nos apartaram das respostas.
Chegou o tempo de entender a vida como nunca antes fizemos.
Chegou o tempo de despertar, de compreender e compreender-se.

Redação do Momento Espírita com base no cap. 1, do livro O porquê da vida, de Léon Denis, ed. Feb.
Em 26.08.201

terça-feira, 6 de novembro de 2012

"CLONAGEM, ESPIRITO E CIÊNCIA


Não é mais ficção. Mais cedo ou mais tarde, queiramos ou não, a ciência clonará seres humanos. Mesmo com a proibição dos governos, podem ser encontradas brechas que permitam a operação. A polêmica é como lidar com essa questão sem cair nos radicalismos éticos ou religiosos.
À parte toda a discussão que existe em torno de clonar ou não seres humanos, sob o ponto de vista técnico, a ciência lida com fatos e, com relação aos fatos, temos as seguintes questões:
A clonagem existe e cria seres funcionais que podem se reproduzir normalmente (já comprovado, várias vezes);
A clonagem humana é pura questão de tempo, técnica e sorte;
Não existe ética, lei ou poder jurídico que possa impedir as tentativas que surgirão nesse sentido.
Já no mundo da religiosidade e da espiritualidade lidamos com crenças, e esses aspectos não são baseados nos fatos, mas possuem uma natureza temporal, servindo como uma ponte entre o Homem e o entendimento da realidade que o cerca, especialmente os aspectos da realidade que não são imediatamente apreendidos pela ciência. Ao longo da História, várias correntes de pensadores religiosos chegaram a algumas conclusões comuns com relação à alma e a vida, conclusões que, embora sejam aceitas por várias correntes, não se constituem em verdades estabelecidas e incontestáveis.
Numa visão sucinta do espiritualismo temos que:
Todo corpo vivo, principalmente o Homem, possui uma alma imortal;
Esse ser vivo precisa de todo o amparo necessário para se desenvolver plenamente, não importando sua origem, cor ou religião;
Toda vida é valiosa.
Não importa questionarmos profundamente se é preciso impedir ou não a clonagem, uma vez que ela, sem dúvida, ocorrerá. O que devemos ter em mente é uma visão clara sobre esse assunto, principalmente no que diz respeito a como tratar os seres que surgirão (ou nascerão) desses experimentos, suas conseqüências religiosas (já se fala em clonar Jesus), e o mais importante: como impedir que se desenvolva em nosso meio mais um tipo de preconceito, acrescendo-se aos inúmeros já existentes e que obstruem grande parte de nosso desenvolvimento – sejam os preconceitos dos clones para com o resto da sociedade, ou o inverso, pois está claro que esse é um tipo de experiência cara e que, portanto, não deverá estar acessível à grande maioria da sociedade.
O papel da espiritualidade em meio a todas essas opções é o de mostrar um caminho diferente para o Homem, um caminho que deve passar por uma revisão dos fundamentos de nossa vida diária e espiritual, pois a espiritualidade que está sendo exigida agora, e nascendo a cada instante, é pragmática e dinâmica ao mesmo tempo.
Da mesma forma que as maiores religiões e os mais importantes profetas do globo se empenharam em mostrar que o caminho para a felicidade e bem-aventurança passava pelo respeito e amor ao próximo, devemos, o quanto antes, ampliar esse conceito de forma a abarcar o frígido mundo da ciência nesse exercício de compaixão.
Essa postura é necessária porque, ao lidarmos com fatos, devemos adaptar nossas visões e buscar saídas para evitar problemas futuros; para isso é que desenvolvemos a consciência e a inteligência. Há muito se sabia que existia a chance de um dia podermos realizar a clonagem, ponto que atingimos hoje, mas todas as discussões buscavam o caminho da proibição e não da compreensão, de modo que foram atropeladas pelo trem da história.
Devemos nos antecipar e visualizar as portas que a ciência ainda têm por abrir, e não imaginá-las como impossíveis. Afinal, a ciência é pródiga em produzir coisas ditas impossíveis (aviões, penicilina, lâmpadas, computadores portáteis etc.).

Uma Visão Renovada

Em termos científicos, a clonagem poderá trazer inúmeros benefícios, ainda que sejam questionados quanto à sua validade. Não podemos deixar de citar, por exemplo, a criação de órgãos artificiais, pois o clone pode ter seu desenvolvimento interrompido antes que se torne um embrião. Nesse ponto ele possui um conjunto de células conhecidas como células-tronco, que podem se transformar em qualquer órgão que seja necessário. Alega-se que, com isso, as pessoas que precisam de um transplante seriam beneficiadas.
Sob esse ponto de vista podemos dizer que a ciência é louvável, e busca aliviar o sofrimento de quem está numa fila de transplante. Mas, se já difícil conseguir custear o transplante tradicional, o que dizer de um tipo de ciência médica que exige algo em torno de milhões de dólares por paciente para gerar algum tipo de resultado?
Na verdade, a questão está em enxergar a ciência médica como uma força intelectual que produzirá uma série de resultados que, no futuro, podem vir a beneficiar o ser humano, independente da fé ou ética humanas. No entanto, a questão real e atual não é essa, mas: como deveremos tratar os clones humanos, sendo eles pessoas com os mesmos potenciais e chances que uma pessoa gerada pelas vias normais?
Qualquer um que tenha o mínimo de sensibilidade pode argumentar que essa postura é óbvia, mas a vida prática não nos mostra isso: o que vemos é a intolerância e o medo do desconhecido nos olhos de todos. Contudo, se existe algo como uma "visão espiritual", ela deve ir além das salas de estudo e dos grupos de discussão, e estar presente nesse momento crucial da humanidade.
Estamos falando de renovar a visão da ciência e do ser humano, colocando o espírito, e não o corpo, como referencial dessas discussões. Esse é um passo natural a ser dado, pois “colocar a vida" em um corpo não é obra de uma injeção ou de uma química específica, mas sim um dos grandes mistérios do universo. E imaginar que a vida é uma tarefa que está nas mãos de Deus é ser tendencioso demais, partindo-se de uma visão ecumênica, e isso nos tira a responsabilidade que temos para com todo os seres vivos.
Além do que, mesmo que venhamos a ter clones de grandes mestres e cientistas, não se pode afirmar que eles serão cópias exatas de seus originais, uma vez que lhes faltará o contexto sociocultural em que os originais nasceram e cresceram. Por exemplo, Einstein nasceu em meio à efervescência cultural do final do século XIX e início do séc. XX, e da conturbada 2ª guerra mundial, ambiente que jamais se repetirá. Sem contar que a alma que habitará esse corpo será a de um outro ser que não o original, para não falar de outras influências astrais que podem surgir na hora do nascimento.
Sendo assim, a visão que modificará o quadro da clonagem não passa pelo questionamento dos aspectos técnicos, e tampouco éticos ou teológicos. Trata-se, sim, de rever as nossas posições num mundo em profunda transformação, e permitir que daí nasça um novo ser humano, não importando de que lado do tubo de ensaio ele se desenvolva. O importante é que todos tenham a paixão e o respeito pela vida como sua força maior.
Alex Alprim
Fonte: Revista Espiritismo e Ciência

"CLONAGEM, ESPIRITO E CIÊNCIA


Não é mais ficção. Mais cedo ou mais tarde, queiramos ou não, a ciência clonará seres humanos. Mesmo com a proibição dos governos, podem ser encontradas brechas que permitam a operação. A polêmica é como lidar com essa questão sem cair nos radicalismos éticos ou religiosos.
À parte toda a discussão que existe em torno de clonar ou não seres humanos, sob o ponto de vista técnico, a ciência lida com fatos e, com relação aos fatos, temos as seguintes questões:
A clonagem existe e cria seres funcionais que podem se reproduzir normalmente (já comprovado, várias vezes);
A clonagem humana é pura questão de tempo, técnica e sorte;
Não existe ética, lei ou poder jurídico que possa impedir as tentativas que surgirão nesse sentido.
Já no mundo da religiosidade e da espiritualidade lidamos com crenças, e esses aspectos não são baseados nos fatos, mas possuem uma natureza temporal, servindo como uma ponte entre o Homem e o entendimento da realidade que o cerca, especialmente os aspectos da realidade que não são imediatamente apreendidos pela ciência. Ao longo da História, várias correntes de pensadores religiosos chegaram a algumas conclusões comuns com relação à alma e a vida, conclusões que, embora sejam aceitas por várias correntes, não se constituem em verdades estabelecidas e incontestáveis.
Numa visão sucinta do espiritualismo temos que:
Todo corpo vivo, principalmente o Homem, possui uma alma imortal;
Esse ser vivo precisa de todo o amparo necessário para se desenvolver plenamente, não importando sua origem, cor ou religião;
Toda vida é valiosa.
Não importa questionarmos profundamente se é preciso impedir ou não a clonagem, uma vez que ela, sem dúvida, ocorrerá. O que devemos ter em mente é uma visão clara sobre esse assunto, principalmente no que diz respeito a como tratar os seres que surgirão (ou nascerão) desses experimentos, suas conseqüências religiosas (já se fala em clonar Jesus), e o mais importante: como impedir que se desenvolva em nosso meio mais um tipo de preconceito, acrescendo-se aos inúmeros já existentes e que obstruem grande parte de nosso desenvolvimento – sejam os preconceitos dos clones para com o resto da sociedade, ou o inverso, pois está claro que esse é um tipo de experiência cara e que, portanto, não deverá estar acessível à grande maioria da sociedade.
O papel da espiritualidade em meio a todas essas opções é o de mostrar um caminho diferente para o Homem, um caminho que deve passar por uma revisão dos fundamentos de nossa vida diária e espiritual, pois a espiritualidade que está sendo exigida agora, e nascendo a cada instante, é pragmática e dinâmica ao mesmo tempo.
Da mesma forma que as maiores religiões e os mais importantes profetas do globo se empenharam em mostrar que o caminho para a felicidade e bem-aventurança passava pelo respeito e amor ao próximo, devemos, o quanto antes, ampliar esse conceito de forma a abarcar o frígido mundo da ciência nesse exercício de compaixão.
Essa postura é necessária porque, ao lidarmos com fatos, devemos adaptar nossas visões e buscar saídas para evitar problemas futuros; para isso é que desenvolvemos a consciência e a inteligência. Há muito se sabia que existia a chance de um dia podermos realizar a clonagem, ponto que atingimos hoje, mas todas as discussões buscavam o caminho da proibição e não da compreensão, de modo que foram atropeladas pelo trem da história.
Devemos nos antecipar e visualizar as portas que a ciência ainda têm por abrir, e não imaginá-las como impossíveis. Afinal, a ciência é pródiga em produzir coisas ditas impossíveis (aviões, penicilina, lâmpadas, computadores portáteis etc.).

Uma Visão Renovada

Em termos científicos, a clonagem poderá trazer inúmeros benefícios, ainda que sejam questionados quanto à sua validade. Não podemos deixar de citar, por exemplo, a criação de órgãos artificiais, pois o clone pode ter seu desenvolvimento interrompido antes que se torne um embrião. Nesse ponto ele possui um conjunto de células conhecidas como células-tronco, que podem se transformar em qualquer órgão que seja necessário. Alega-se que, com isso, as pessoas que precisam de um transplante seriam beneficiadas.
Sob esse ponto de vista podemos dizer que a ciência é louvável, e busca aliviar o sofrimento de quem está numa fila de transplante. Mas, se já difícil conseguir custear o transplante tradicional, o que dizer de um tipo de ciência médica que exige algo em torno de milhões de dólares por paciente para gerar algum tipo de resultado?
Na verdade, a questão está em enxergar a ciência médica como uma força intelectual que produzirá uma série de resultados que, no futuro, podem vir a beneficiar o ser humano, independente da fé ou ética humanas. No entanto, a questão real e atual não é essa, mas: como deveremos tratar os clones humanos, sendo eles pessoas com os mesmos potenciais e chances que uma pessoa gerada pelas vias normais?
Qualquer um que tenha o mínimo de sensibilidade pode argumentar que essa postura é óbvia, mas a vida prática não nos mostra isso: o que vemos é a intolerância e o medo do desconhecido nos olhos de todos. Contudo, se existe algo como uma "visão espiritual", ela deve ir além das salas de estudo e dos grupos de discussão, e estar presente nesse momento crucial da humanidade.
Estamos falando de renovar a visão da ciência e do ser humano, colocando o espírito, e não o corpo, como referencial dessas discussões. Esse é um passo natural a ser dado, pois “colocar a vida" em um corpo não é obra de uma injeção ou de uma química específica, mas sim um dos grandes mistérios do universo. E imaginar que a vida é uma tarefa que está nas mãos de Deus é ser tendencioso demais, partindo-se de uma visão ecumênica, e isso nos tira a responsabilidade que temos para com todo os seres vivos.
Além do que, mesmo que venhamos a ter clones de grandes mestres e cientistas, não se pode afirmar que eles serão cópias exatas de seus originais, uma vez que lhes faltará o contexto sociocultural em que os originais nasceram e cresceram. Por exemplo, Einstein nasceu em meio à efervescência cultural do final do século XIX e início do séc. XX, e da conturbada 2ª guerra mundial, ambiente que jamais se repetirá. Sem contar que a alma que habitará esse corpo será a de um outro ser que não o original, para não falar de outras influências astrais que podem surgir na hora do nascimento.
Sendo assim, a visão que modificará o quadro da clonagem não passa pelo questionamento dos aspectos técnicos, e tampouco éticos ou teológicos. Trata-se, sim, de rever as nossas posições num mundo em profunda transformação, e permitir que daí nasça um novo ser humano, não importando de que lado do tubo de ensaio ele se desenvolva. O importante é que todos tenham a paixão e o respeito pela vida como sua força maior.
Alex Alprim
Fonte: Revista Espiritismo e Ciência

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

"SONHOS DE GENTE MADURA"


Maduro não é quem viveu o suficiente; é quem tem vivências, que podem não estar necessariamente ligadas à idade.
Tudo na vida é encanto quando entramos na adolescência. Todos os sonhos são possíveis, tudo é festa e o paraíso parece estar ao alcance das nossas mãos. Achamos que o primeiro amor vai durar para sempre, que vamos evoluir no trabalho, que as pessoas com as quais convivemos serão sempre sinceras e gentis.
Um dia, nos vemos diante dos primeiros obstáculos: perdemos nosso amor, anoitece no paraíso,  descobrimos que precisamos competir e trabalhar duro para chegar a algum lugar e que nem todas as pessoas deseja nosso bem. Nossos sonhos se quebram e adquirimos experiências, nos tornamos adultos, amadurecemos. E dói. Dói em nós, no nosso ser, dói a vida.
Algumas pessoas desistem, se cansam com os desenganos e se deixam levar. Nunca crescem, nunca constroem nada. Desacreditam nos sonhos e no poder mágico deles. Envelhecem prematuramente, tornam-se ranzinzas e mal-humoradas. O mundo está cheio de pessoas assim.
Portanto, há pessoas maduras que ainda sonham. Só que é um sonho diferente. Os jovens sonham em construir, começar, conquistar. Elas sonham em reconstruir, recomeçar, reconquistar.
Pessoas maduras sonham depois de terem vivido, depois de terem quebrado a cara, de terem tido decepções, caído em armadilhas e depois de terem enfrentado a dura realidade de que nem todos os sonhos se realizam. Mas elas sabem que ainda assim vale a pena sonhar. E elas sonham... conscientemente!
Amam de novo, de novo e de novo!...
Caem e se levantam e recomeçam cada vez que caem. Elas acreditam sempre que na próxima vez vai ser diferente.
Prendem os sonhos nas mãos e não largam! Geralmente essas pessoas vivem mais tempo e o tempo que vivem é bem melhor aproveitado. São idealistas e benditas!
As pessoas maduras que ainda sonham são o sonho da vida, são a projeção dos melhores desejos de Deus aqui na terra.


Letícia Thompson

25/06/2003
 


sábado, 3 de novembro de 2012

"EMMANUEL-DOIS MIL ANOS DE AMOR"


O nome de Emmanuel está definitivamente associado ao de Chico Xavier e, certamente, a algumas das mensagens mais importantes, profundas e lindas do Espiritismo. Durante anos, o espírito Emmanuel manifestou-se por meio do médium mineiro, recentemente falecido, propiciando informações fundamentais sobre a reencarnação, além de mensagens que ajudaram milhões de pessoas a encontrar seu caminho na vida. Além do que, foi o guia espiritual de Xavier, sempre fornecendo instruções e mensagens reconfortantes, indicando com segurança o rumo que sua vida deveria seguir.
O próprio Chico Xavier disse que os contatos com o espírito começaram em 1931. Na época, Chico estava psicografando seu primeiro livro, Parnaso de Além-Túmulo. As menções a esse primeiro contato são contraditórias: uns dizem que o médium participava de uma de suas reuniões habituais; outros, que ele se encontrava nas proximidades de um açude. De qualquer forma, foi um contato visual muito forte, de modo que Chico chegou a descrever perfeitamente seu semblante. “Via-lhe os traços fisionômicos de homem idoso”, escreveu, “sentindo minha alma envolvida na suavidade de sua presença. Mas o que mais me impressionava era que a generosa entidade se fazia visível para mim, dentro de reflexos luminosos que tinham a forma de uma cruz. Às minhas perguntas naturais, respondeu o bondoso guia: descansa! Quando te sentires mais forte, pretendo colaborar igualmente na difusão da filosofia espiritualista. Tenho seguido sempre os teus passos e só hoje me vês, na tua existência de agora, mas os nossos espíritos se encontram unidos pelos laços mais santos da vida, e o sentimento afetivo que me impele para teu coração tem suas raízes na noite profunda dos séculos”.
A questão central em torno desse encontro que provocou tantas transformações no Espiritismo, é que Emmanuel perguntou a Chico se ele estava, de fato, disposto a trabalhar mediunicamente, com Jesus. A resposta, afirmativa, fez com que Emmanuel lhe dissesse que, a partir de então, deveria ter em mente que o serviço que se aproximava lhe exigiria uma disciplina fora do comum, e uma dedicação total ao trabalho, ao estudo e um esforço contínuo em direção ao bem. Certamente, a escolha não foi por acaso, uma vez que Chico Xavier é, provavelmente, um dos maiores exemplos de dedicação e amor ao próximo na história da mediunidade mundial.
Inicialmente, o próprio Chico não sabia quem era exatamente o espírito com quem estava se comunicando, uma vez que Emmanuel não se identificou, dizendo apenas ter sido – em sua última passagem como encarnado – um padre católico, que desencarnou no Brasil, e diz-se que esse era o padre Manoel da Nóbrega. Quando a revelação finalmente foi-lhe fornecida, ficamos sabendo que Emmanuel tinha vivido no tempo de Jesus Cristo, quando era conhecido como Publius Lentulus, e sua imagem foi associada à do senador romano Lentulus.

Senador Romano

Em 1939, a Federação Espírita Brasileira publicou o livro Há Dois Mil Anos, psicografado por Chico Xavier, e que traz a autobiografia de Públio Lentulus Cornelius. A história subseqüente das encarnações de Emmanuel surgiu com a publicação, em 1940, do livro 50 Anos Depois, também pela FEB.

Na época em que era senador romano, Lentulus era casado com Lívia, com quem teve uma filha chamada Flávia. O senador era totalmente dedicado à sua atuação como senador, interessando-se apenas pela política. A esposa seguia os costumes mais moderados da sociedade. “Desde os primeiros tempos do Império”, escreveu Emmanuel, “a mulher romana havia-se entregado à dissipação e ao luxo excessivo, em detrimento das obrigações santificadoras do lar e da família”. Lívia, no entanto, estava entre aquelas que se orgulhavam do padrão das antigas virtudes familiares. Já a filha deles, Flávia, sofria com a lepra, uma doença bastante comum na época e considerada sem cura.
Mas as coisas começaram a mudar quando Lentulus foi mandado para Jerusalém, onde os ensinamentos de Jesus já começavam a se tornar comentados e conhecidos por todos. Quando foi para a cidade de Cafarnaum, atendeu o pedido de sua filha, cuja saúde piorava cada vez mais, e levou-a ao encontro do profeta de Nazaré, que lá se encontrava. O momento do encontro trouxe grande emoção ao senador romano, que chorou e sentiu-se incapaz de falar. Jesus lhe disse: “Depois de longos anos de desvio do bom caminho, pelo sendal dos erros clamorosos, encontras, hoje, um ponto de referência para a regeneração de toda a tua vida”. E disse ainda muito mais, até que Públio sentiu um torpor tomar conta de seu corpo, despertando algum tempo depois. Ao retornar à sua casa, viu que sua filha tinha sido curada. Lívia disse ao marido que, em determinado momento, a pequena Flávia sentiu o contato de mãos carinhosas em sua fronte e, em seguida, sentou-se em seu leito, com uma nova energia circulando em seu organismo. Ainda assim, Lentulus se recusou a reconhecer em Jesus o autor da cura milagrosa da filha.
Ao final de sua vida, Lentulus se retirou para sua residência em Pompéia, e só então começou a entender plenamente os ensinamentos que Jesus lhe transmitira naquele encontro em Cafarnaum. O ex-senador morreu no ano 79 – quando o Vesúvio entrou em erupção e soterrou Pompéia – e desencarnou com o coração concentrado em Jesus.

Encarnações

O título do livro 50 Anos Depois refere-se ao período de tempo passado entre a morte de Lentulus em Pompéia e sua encarnação seguinte. O senador retornou ao mundo material como o escravo Nestório, justamente o tipo de homem que o senador tanto prejudicou antes de perceber a verdade das palavras de Jesus.
Nascido na Grécia, mas de origem judia, Nestório tinha grande cultura e, depois de ter sido escravizado, foi comprado por uma família rica de Roma, e passou a trabalhar como professor. Ele também era cristão e, segundo conta a história psicografada, participou das pregações evangélicas do apóstolo João Evangelista, em Éfeso. Foi preso por participar das reuniões secretas de cristãos realizadas nas catacumbas das cidades, e foi condenado à morte violenta.
Reencarnou novamente por volta do ano 217, como Quinto Varro, romano seguidor dos ensinamentos de Jesus, assim como um defensor dos ideais de liberdade. Revolta-se contra as condições em que as classes menos privilegiadas de Roma têm de viver, mas percebe que um novo mundo está para surgir. Assume a identidade de Irmão Corvino ao saber de uma conspiração para matá-lo. Quando finalmente é preso, é condenado à decapitação, mas a pena é suspensa, e acaba morrendo lentamente na prisão. Sua encarnação seguinte ocorreu onze anos após, com o nome de Quinto Celso, que também sofreu o martírio no circo, morrendo queimado aos quatorze anos. 
Uma das encarnações muito comentadas de Emmanuel foi como o Padre Manoel da Nóbrega, figura importante na história do Brasil. No entanto, ele apenas revelou ter sido, de fato, o padre Manoel da Nóbrega, numa sessão realizada em 1949. Parte da mensagem psicografada dizia: “O trabalho de cristianização, irradiado sob novos aspectos do Brasil, não é novidade para nós. Eu havia abandonado o corpo físico em dolorosos compromissos no século XV, na Península, onde nos devotávamos ao ‘crê ou morre’, quando compreendi a grandeza do País que nos acolhe agora. Tinha meu espírito entediado de mandar e querer sem o Cristo. As experiências do dinheiro e da autoridade me haviam deixado a alma em profunda exaustão. Quinze séculos haviam decorrido sem que eu pudesse imolar-me por amor do Cordeiro Divino, como o fizera, um dia, em Roma, a companheira do coração. Vi a floresta perder-se de vista e o patrimônio extenso entregue ao desperdício, exigindo o retorno à humanidade civilizada e, entendendo as dificuldades do silvícola relegado à própria sorte. Nos azares e aventuras da terra dadivosa que parecia sem fim, aceitei a sotaina, de novo, e por Padre Nóbrega conheci de perto as angústias dos simples e as aflições dos degredados. Intentava o sacrifício pessoal para esquecer o fastígio mundano e o desencanto de mim mesmo, todavia, quis o senhor que, desde então, o serviço americano e, muito particularmente, o serviço ao Brasil não me saísse do coração. A tarefa evangelizadora continua. A permuta de nomes não importa. Cremos no reino Divino e pugnamos pela ordem cristã. Desde que conheçamos a governança e a tutela de Cristo, o nome de quem ensina ou de quem faz não altera o programa”.
Reencarnado na vila portuguesa de Sanfins, em 18 de outubro de 1517, o padre ficou conhecido como “o primeiro apóstolo do Brasil”, para onde veio em 1549, na companhia de Tomé de Souza. Ele desencarnou em 1570, e renasceu cinqüenta anos depois, na Espanha, onde foi o padre Damiano, que lutou contra os mercadores de escravos.

Lentulus e Jesus

É inevitável que aqueles que não reconhecem a mediunidade de Chico Xavier ou mesmo a noção da reencarnação levantassem dúvidas quanto à veracidade dos relatos e mensagens obtidas pelo médium mineiro. Entretanto, os seguidores do Espiritismo podem apresentar uma prova de que Publius Lentulus realmente existiu e conheceu Jesus, através de uma carta encontrada nos arquivos do Duque Cesari, de Roma – documento que faz parte da biblioteca da Ordem dos Lazaristas de Roma. Trata-se de uma inscrição feita em folha de cobre, encontrada no interior de um vaso de mármore. A carta foi escrita por Publius Lentulus, senador romano, governador da Judéia, e predecessor de Pôncio Pilatos, endereçada ao imperador romano Tibério César. Nela, Lentulus descreve Jesus, a pedido do imperador que desejava saber de quem se tratava essa pessoa.
A carta diz: "Sabendo que desejas conhecer quanto vou narrar, existe nos nossos tempos um homem, o qual vive atualmente de grandes virtudes, chamado Jesus, que pelo povo é inculcado o profeta da verdade, e os seus discípulos dizem que é o filho de Deus, criador do céu e da terra e de todas as coisas que nela se acham e que nela tenham estado. Em verdade, ó César, cada dia se ouvem coisas maravilhosas desse Jesus: ressuscita os mortos, cura os enfermos, em uma só palavra. É um homem de justa estatura e é muito belo no aspecto. Há tanta majestade em seu rosto, que aqueles que o vêem são forçados a amá-lo ou temê-lo. Tem os cabelos da cor da amêndoa bem madura; são distendidos até as orelhas, e das orelhas até as espáduas, são da cor da terra, porém mais reluzentes. Tem no meio de sua fronte uma linha separando os cabelos, na forma em uso pelos nazarenos. O seu rosto é cheio, o aspecto é muito sereno. Nenhuma ruga ou mancha se vê em sua face, de uma cor moderada. O nariz e a boca são irrepreensíveis. A barba é espessa, mas semelhante aos cabelos, não muito longa, separada pelo meio. Seu olhar é muito afetuoso e grave; tem os olhos expressivos e claros. O que surpreende é que resplandecem no seu rosto como os raios do sol, porém ninguém pode olhar fixo o seu semblante, porque quando resplende, apavora, e quando ameniza, faz chorar. Faz-se amar e é alegre com gravidade. Diz-se que nunca ninguém o viu rir, mas, antes, chorar. Tem os braços e as mãos muito belos. Na palestra, contenta muito, mas o faz raramente e, quando dele se aproxima, verifica-se que é muito modesto na presença e na pessoa. É o mais belo homem que se possa imaginar, muito semelhante à sua mãe, a qual é de uma rara beleza, não se tendo jamais visto por estas partes uma mulher tão bela. Porém, se a Majestade Tua, ó Cesar, deseja vê-lo, como no aviso passado escreveste, dá-me ordens, que não faltarei de mandá-lo o mais depressa possível. De letras, faz-se admirar de toda a cidade de Jerusalém; ele sabe todas as ciências e nunca estudou nada. Ele caminha descalço e sem coisa alguma na cabeça. Muitos se riem, vendo-o assim, porém em sua presença, falando com ele, tremem e admiram. Dizem que um tal homem nunca fora ouvido por estas partes. Em verdade, segundo me dizem os hebreus, não se ouviram, jamais, tais conselhos, de grande doutrina, como ensina este Jesus. Muitos judeus o têm como divino e muitos me querelam, afirmando que é contra a lei de Tua Majestade. Eu sou grandemente molestado por estes malignos hebreus. Diz-se que este Jesus nunca fez mal a quem quer que seja, mas, ao contrário, aqueles que o conhecem e com ele têm praticado, afirmam ter dele recebido grandes benefícios e saúde, porém à tua obediência estou prontíssimo: aquilo que Tua Majestade ordenar será cumprido. Vale, da Majestade Tua, fidelíssimo e obrigadíssimo. Publius Lentulus, presidente da Judéia”.
Gilberto Schoereder
Fonte: Espiritismo e  Ciência

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

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