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sexta-feira, 16 de novembro de 2012
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
"A VIDA E SEU SENTIDO"
Segundo a Organização
Mundial de Saúde, a saúde não é a ausência de doença, mas uma
condição de pleno bem estar físico, mental social e espiritual, no qual se tem
acesso ao uso de todas as potencialidades, mantendo-se aberto ao crescimento e
a evolução.
Neste estado podemos
sentir em todos os momentos alegria de estar interagindo com os outros e o
prazer de viver, sentimentos de plenitude e consciência de harmonia com o
universo que nos circunda, e quando falamos em universo, não expressamos
somente o universo planetário, distante de nós, mas as mais singelas expressões
naturais que estão definitivamente vivas ao nosso redor, participando
ativamente de nosso habitat e interagindo conosco, recebendo as nossas
vibrações e transmitindo suas energias, a todo o instante.
O sentido da vida esta
efetivamente em buscarmos viver não em excessos mais em equilíbrio, fazendo o
que queremos, pois que somos livres para agir, mas medindo o poder de nossas
ações e estudando cautelosamente as conseqüências das mesmas. Saber onde acaba
nosso limite e começa o do outro, é um dos principais recursos para se viver em
sociedade e em harmonia, ainda que exista conflitos a serem vencidos e
vivenciados.
As emoções e sentimentos,
especialmente quando não encontram meios de expressão, somatizam-se e
manifestam-se de variadas maneiras, de acordo com a predisposição genética e
comportamental e as fragilidades orgânicas de cada indivíduo. Somos sabedores
que todos temos uma genética espiritual, da qual não podemos fugir, mas podemos
sublimar as deficiências aí existentes, então nessa genética espiritual estão
contidas nossas principais deficiências que viemos angariando com o passar dos
tempos, e que hoje muitas dessas deficiências estão em estado de latência, e
outras virão compulsoriamente no sentido de nos reeducar. As que estão no
estado de latência, poderão ou não se manifestar ao longo dessa atual etapa
existencial, dependendo de nosso modus vivendi, de hoje. Vamos exemplificar, eu
posso ter pré-disposição a uma enfermidade cancerígena e dependendo de minha
conduta, manifestá-la ou não, se abusar de cigarros ou outras substancias que
eminentemente ativam essa deficiência, eu de fato terei. Mas se vivo, buscando
a saúde e não me favoreço com tais substancia, é possível que eu não desenvolva
tal enfermidade.
Cada vez mais avoluma-se
o número de pesquisas que nos mostram a relação que existe entre a saúde,
emoções e atitude mental. Existem pensamentos, sentimentos e atitudes que
predispõem à saúde e outras que predispõem à doença.
O que nos leva a
perguntar: Estamos vivendo o que é próprio para viver no hoje? – Estamos
vivendo agora da melhor maneira que podemos viver? – O nosso corpo está
saudável? – Estamos nos sentindo bem, mas de fato estamos bem? – Agradecemos
cotidianamente o nosso corpo? – Oramos durante o dia? – Entramos em sintonia
com o Senhor da Vida? - Quando chegamos diante do espelho, nos achamos belos? –
Somos importantes para nós mesmos? – Fazemos o melhor possível, sempre que
produzimos algo?.
A nossa essência não é o
corpo, a mascara. A nossa essência é o ser, o espírito, que essencializa todas
as coisas.
Quando se tornar mais
patente a compreensão desta verdade em nossas vidas, e nossas mentes estiverem
conscientes, a ponto de se tornarem transparentes, a luz interna do nosso ser
já não estará mais escondida, oculta, esquecida, ela irá espelhar o que de fato
somos e nossos potenciais adormecidos.
Fazer a nossa parte na
vida, respeitando os outros, é muito importante. Por vezes, fazemos pouco, mas
já é um começo, e aí, mesmo sendo pequeno nosso contributo, precisamos
acreditar que ele também é importante. DESISTIR NUNCA!
Aluney Elferr Albuquerque Silva
sábado, 10 de novembro de 2012
"FRASES DE AUTO CONTROLE"
Eu estou consciente e
tenho o poder de pensar como eu quero. Tenho o direito de pensar no que eu
quero para o meu próprio bem. Eu tenho e posso impor ao meu mundo interior tudo
aquilo que eu quiser. E quero me sintonizar com o melhor. Esqueço, a partir de
agora, a pessoa que eu fui, sobretudo meus vícios de pensamentos. Penso apenas
na paz. Penso nela, permitindo que seu perfume toque minha aura e atinja todas
as áreas da minha vida, todos os cantos do meu corpo. Penso na paz com uma
mensagem de ordem e equilíbrio perfeito.
Deixo fluir na minha cabeça a consciência do "eu posso". Eu
posso estar na paz. Impor essa paz é praticar o meu poder pessoal com
responsabilidade divina, obtida por herança natural. O melhor para mim é um grande
sorriso no peito. É a felicidade barata e fácil a que tenho direito. É tão
simples pensar que o melhor está em mim! A beleza está em mim. A suavidade está em mim. A ternura, o calor, a
lucidez e o esplendor das mais belas formas do universo estão em mim. Aí eu me abro
inteira, viro do avesso e sinto que não há fronteiras nem barreiras para mim.
Sinto que o limite é apenas uma impressão. Sinto que cada condição foi apenas a
insistência de uma posição. Sinto que sou livre para deixar trocar qualquer posição
por outra melhor. Sou livre para descartar qualquer pensamento ruim, qualquer
sentimento ou hábito negativo, qualquer paixão dolorosa. Porque eu sou
espírito. Sou luz da vida em forma de pessoa.
Ah, universo, eu estou aberto para o melhor para mim. Eu sei que muitas
vezes sou levado por uma série de pensamentos ruins. Mas é porque eu não
conhecia a força da perfeição. Eu não conhecia a lei do melhor. Agora eu me
entrego, me comprometo comigo, com o universo e contigo. Vou manter a minha
mente aberta. Esse momento me desperta, me traz a inspiração ao longo do dia
onde se efetiva a luz que irradia para quem insiste no próprio
aperfeiçoamento. Não quero pensar nas
minhas fraquezas. Quero olhar bem fundo nos meus olhos e ver como eu sou bonito,
como fiz e faço coisas maravilhosas e como o meu peito está cheio de vontade.
Eu assumo a responsabilidade sobre essas vontades e me projeto com força nessa
identidade de saber que eu posso, sim, fazer o melhor. Despertar o meu espírito
é viver nele. É ter a satisfação de ser eu mesmo. É poder ser original, único,
pequeno e grande ao mesmo tempo. Sei agora que o melhor está a meu favor. Meu
sucesso, aliás, é o sucesso de Deus que se manifesta em mim como pessoa em transformação. Eu
sinto como se tivesse sentado nessa cadeira da solidez universal porque eu estou
no meu melhor. Porque sou o sucesso da eternidade, porque estou há milhares de
anos seguindo e não fui destruído. Porque o universo garante. Grito dentro de
mim mesmo: de todas as coisas da vida, o melhor ainda sou eu. O melhor sou eu!
Luiz Gasparetto
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
"O PORQUÊ DA VIDA
Qual o homem que, nas horas de
silêncio e recolhimento, já deixou de interrogar a natureza e o seu próprio
coração, pedindo-lhe o segredo das coisas, o porquê da vida, a razão de ser do
Universo?
Onde está aquele que jamais
procurou conhecer seu destino, levantar o véu da morte, saber se Deus é uma
ficção ou uma realidade?
Não seria um ser humano, por mais
descuidado que fosse, se não tivesse considerado, algumas vezes, esses
tremendos problemas.
A dificuldade de os resolver, a
incoerência e a multiplicidade das teorias que têm sido feitas, as deploráveis
consequências que decorrem da maior parte dos sistemas já divulgados, todo esse
conjunto confuso, fatigando o Espírito humano, os têm relegado à indiferença e
ao ceticismo.
Portanto, o homem tem necessidade
do saber, da luz que esclareça, da esperança que console, da certeza que o guie
e sustente.
Mas tem também os meios para
conhecer, a possibilidade de ver a verdade se destacar das trevas e o inundar
de sua benfazeja luz.
Para isso, deve se desligar dos
sistemas preconcebidos, descer ao fundo de si mesmo, ouvir a voz interior que
nos fala a todos, e que os sofismas não podem enganar: a voz da razão, a voz da
consciência. * *
Quando encontra a Inteligência
Suprema, Causa primeira de todas as coisas, e reconhece nela uma gerência
grandiosa de todas as Leis do Universo, o coração do homem se acalma.
Não estamos abandonados neste
planeta. Não estamos sendo geridos por leis frias, mecânicas apenas, mas por
algo que é soberanamente justo e bom.
Ao chamar essa Inteligência de
Pai, o Mestre dos mestres, Jesus, revelou um aspecto até então pouco conhecido
do Criador: o aspecto amoroso de um progenitor que cuida de Seus filhos com
todo carinho possível.
Quando encontra a si mesmo, como
um ser imortal, incorpóreo, que teve início e nunca terá fim, o homem passa a
enxergar tudo de forma diversa.
O ser que se vê e se sente
imortal, não pode viver da mesma forma que antes.
O que valoriza, o que anela, o
que escolhe para seus dias é diferente. Tem menos a ver com prazeres
passageiros e mais a ver com as semeaduras duradouras.
Quem se vê imortal cuida melhor
dos seus amores, sem tanto apego, sem desespero e ansiedade, pois sabe que
nunca os irá perder.
Vislumbra na pluralidade das
existências novas chances de se reinventar, de reescrever sua história,
aprimorando continuadamente a si mesmo, sem culpa e sem medo.
A verdade, os porquês da vida,
nunca estiveram distantes de nós. Foi nossa ignorância e sonolência moral que
nos apartaram das respostas.
Chegou o tempo de entender a vida
como nunca antes fizemos.
Chegou o tempo de despertar, de
compreender e compreender-se.
Redação do Momento Espírita com
base no cap. 1, do livro O porquê da vida, de Léon Denis, ed. Feb.
Em 26.08.201
terça-feira, 6 de novembro de 2012
"CLONAGEM, ESPIRITO E CIÊNCIA
Não é mais ficção. Mais cedo ou mais tarde, queiramos ou não, a ciência clonará seres humanos. Mesmo com a proibição dos governos, podem ser encontradas brechas que permitam a operação. A polêmica é como lidar com essa questão sem cair nos radicalismos éticos ou religiosos.
À parte toda a discussão que existe em torno de clonar ou não seres humanos, sob o ponto de vista técnico, a ciência lida com fatos e, com relação aos fatos, temos as seguintes questões:
A clonagem existe e cria seres funcionais que podem se reproduzir normalmente (já comprovado, várias vezes);
A clonagem humana é pura questão de tempo, técnica e sorte;
Não existe ética, lei ou poder jurídico que possa impedir as tentativas que surgirão nesse sentido.
Já no mundo da religiosidade e da espiritualidade lidamos com crenças, e esses aspectos não são baseados nos fatos, mas possuem uma natureza temporal, servindo como uma ponte entre o Homem e o entendimento da realidade que o cerca, especialmente os aspectos da realidade que não são imediatamente apreendidos pela ciência. Ao longo da História, várias correntes de pensadores religiosos chegaram a algumas conclusões comuns com relação à alma e a vida, conclusões que, embora sejam aceitas por várias correntes, não se constituem em verdades estabelecidas e incontestáveis.
Numa visão sucinta do espiritualismo temos que:
Todo corpo vivo, principalmente o Homem, possui uma alma imortal;
Esse ser vivo precisa de todo o amparo necessário para se desenvolver plenamente, não importando sua origem, cor ou religião;
Toda vida é valiosa.
Não importa questionarmos profundamente se é preciso impedir ou não a clonagem, uma vez que ela, sem dúvida, ocorrerá. O que devemos ter em mente é uma visão clara sobre esse assunto, principalmente no que diz respeito a como tratar os seres que surgirão (ou nascerão) desses experimentos, suas conseqüências religiosas (já se fala em clonar Jesus ), e o mais importante: como impedir que se desenvolva em nosso meio mais um tipo de preconceito, acrescendo-se aos inúmeros já existentes e que obstruem grande parte de nosso desenvolvimento – sejam os preconceitos dos clones para com o resto da sociedade, ou o inverso, pois está claro que esse é um tipo de experiência cara e que, portanto, não deverá estar acessível à grande maioria da sociedade.
O papel da espiritualidade em meio a todas essas opções é o de mostrar um caminho diferente para o Homem, um caminho que deve passar por uma revisão dos fundamentos de nossa vida diária e espiritual, pois a espiritualidade que está sendo exigida agora, e nascendo a cada instante, é pragmática e dinâmica ao mesmo tempo.
Da mesma forma que as maiores religiões e os mais importantes profetas do globo se empenharam em mostrar que o caminho para a felicidade e bem-aventurança passava pelo respeito e amor ao próximo, devemos, o quanto antes, ampliar esse conceito de forma a abarcar o frígido mundo da ciência nesse exercício de compaixão.
Essa postura é necessária porque, ao lidarmos com fatos, devemos adaptar nossas visões e buscar saídas para evitar problemas futuros; para isso é que desenvolvemos a consciência e a inteligência. Há muito se sabia que existia a chance de um dia podermos realizar a clonagem, ponto que atingimos hoje, mas todas as discussões buscavam o caminho da proibição e não da compreensão, de modo que foram atropeladas pelo trem da história.
Devemos nos antecipar e visualizar as portas que a ciência ainda têm por abrir, e não imaginá-las como impossíveis. Afinal, a ciência é pródiga em produzir coisas ditas impossíveis (aviões, penicilina, lâmpadas, computadores portáteis etc.).
Uma Visão Renovada
Em termos científicos, a clonagem poderá trazer inúmeros benefícios, ainda que sejam questionados quanto à sua validade. Não podemos deixar de citar, por exemplo, a criação de órgãos artificiais, pois o clone pode ter seu desenvolvimento interrompido antes que se torne um embrião. Nesse ponto ele possui um conjunto de células conhecidas como células-tronco, que podem se transformar em qualquer órgão que seja necessário. Alega-se que, com isso, as pessoas que precisam de um transplante seriam beneficiadas.
Sob esse ponto de vista podemos dizer que a ciência é louvável, e busca aliviar o sofrimento de quem está numa fila de transplante. Mas, se já difícil conseguir custear o transplante tradicional, o que dizer de um tipo de ciência médica que exige algo em torno de milhões de dólares por paciente para gerar algum tipo de resultado?
Na verdade, a questão está em enxergar a ciência médica como uma força intelectual que produzirá uma série de resultados que, no futuro, podem vir a beneficiar o ser humano, independente da fé ou ética humanas. No entanto, a questão real e atual não é essa, mas: como deveremos tratar os clones humanos, sendo eles pessoas com os mesmos potenciais e chances que uma pessoa gerada pelas vias normais?
Qualquer um que tenha o mínimo de sensibilidade pode argumentar que essa postura é óbvia, mas a vida prática não nos mostra isso: o que vemos é a intolerância e o medo do desconhecido nos olhos de todos. Contudo, se existe algo como uma "visão espiritual", ela deve ir além das salas de estudo e dos grupos de discussão, e estar presente nesse momento crucial da humanidade.
Estamos falando de renovar a visão da ciência e do ser humano, colocando o espírito, e não o corpo, como referencial dessas discussões. Esse é um passo natural a ser dado, pois “colocar a vida" em um corpo não é obra de uma injeção ou de uma química específica, mas sim um dos grandes mistérios do universo. E imaginar que a vida é uma tarefa que está nas mãos de Deus é ser tendencioso demais, partindo-se de uma visão ecumênica, e isso nos tira a responsabilidade que temos para com todo os seres vivos.
Além do que, mesmo que venhamos a ter clones de grandes mestres e cientistas, não se pode afirmar que eles serão cópias exatas de seus originais, uma vez que lhes faltará o contexto sociocultural em que os originais nasceram e cresceram. Por exemplo, Einstein nasceu em meio à efervescência cultural do final do século XIX e início do séc. XX, e da conturbada 2ª guerra mundial, ambiente que jamais se repetirá. Sem contar que a alma que habitará esse corpo será a de um outro ser que não o original, para não falar de outras influências astrais que podem surgir na hora do nascimento.
Sendo assim, a visão que modificará o quadro da clonagem não passa pelo questionamento dos aspectos técnicos, e tampouco éticos ou teológicos. Trata-se, sim, de rever as nossas posições num mundo em profunda transformação, e permitir que daí nasça um novo ser humano, não importando de que lado do tubo de ensaio ele se desenvolva. O importante é que todos tenham a paixão e o respeito pela vida como sua força maior.
Alex Alprim
Fonte: Revista Espiritismo e Ciência
"CLONAGEM, ESPIRITO E CIÊNCIA
Não é mais ficção. Mais cedo ou mais tarde, queiramos ou
não, a ciência clonará seres humanos. Mesmo com a proibição dos governos, podem
ser encontradas brechas que permitam a operação. A polêmica é como lidar com
essa questão sem cair nos radicalismos éticos ou religiosos.
À parte toda a discussão que existe em torno de clonar ou
não seres humanos, sob o ponto de vista técnico, a ciência lida com fatos e,
com relação aos fatos, temos as seguintes questões:
A clonagem existe e cria seres funcionais que podem se
reproduzir normalmente (já comprovado, várias vezes);
A clonagem humana é pura questão de tempo, técnica e sorte;
Não existe ética, lei ou poder jurídico que possa impedir as
tentativas que surgirão nesse sentido.
Já no mundo da religiosidade e da espiritualidade lidamos
com crenças, e esses aspectos não são baseados nos fatos, mas possuem uma
natureza temporal, servindo como uma ponte entre o Homem e o entendimento da
realidade que o cerca, especialmente os aspectos da realidade que não são
imediatamente apreendidos pela ciência. Ao longo da História, várias correntes
de pensadores religiosos chegaram a algumas conclusões comuns com relação à
alma e a vida, conclusões que, embora sejam aceitas por várias correntes, não se
constituem em verdades estabelecidas e incontestáveis.
Numa visão sucinta do espiritualismo temos que:
Todo corpo vivo, principalmente o Homem, possui uma alma
imortal;
Esse ser vivo precisa de todo o amparo necessário para se
desenvolver plenamente, não importando sua origem, cor ou religião;
Toda vida é valiosa.
Não importa questionarmos profundamente se é preciso impedir
ou não a clonagem, uma vez que ela, sem dúvida, ocorrerá. O que devemos ter em
mente é uma visão clara sobre esse assunto, principalmente no que diz respeito
a como tratar os seres que surgirão (ou nascerão) desses experimentos, suas
conseqüências religiosas (já se fala em clonar Jesus ), e o mais importante: como impedir
que se desenvolva em nosso meio mais um tipo de preconceito, acrescendo-se aos
inúmeros já existentes e que obstruem grande parte de nosso desenvolvimento –
sejam os preconceitos dos clones para com o resto da sociedade, ou o inverso,
pois está claro que esse é um tipo de experiência cara e que, portanto, não
deverá estar acessível à grande maioria da sociedade.
O papel da espiritualidade em meio a todas essas opções é o
de mostrar um caminho diferente para o Homem, um caminho que deve passar por
uma revisão dos fundamentos de nossa vida diária e espiritual, pois a espiritualidade
que está sendo exigida agora, e nascendo a cada instante, é pragmática e
dinâmica ao mesmo tempo.
Da mesma forma que as maiores religiões e os mais
importantes profetas do globo se empenharam em mostrar que o caminho para a
felicidade e bem-aventurança passava pelo respeito e amor ao próximo, devemos,
o quanto antes, ampliar esse conceito de forma a abarcar o frígido mundo da
ciência nesse exercício de compaixão.
Essa postura é necessária porque, ao lidarmos com fatos,
devemos adaptar nossas visões e buscar saídas para evitar problemas futuros;
para isso é que desenvolvemos a consciência e a inteligência. Há muito se sabia
que existia a chance de um dia podermos realizar a clonagem, ponto que
atingimos hoje, mas todas as discussões buscavam o caminho da proibição e não
da compreensão, de modo que foram atropeladas pelo trem da história.
Devemos nos antecipar e visualizar as portas que a ciência
ainda têm por abrir, e não imaginá-las como impossíveis. Afinal, a ciência é
pródiga em produzir coisas ditas impossíveis (aviões, penicilina, lâmpadas,
computadores portáteis etc.).
Uma Visão Renovada
Em termos científicos, a clonagem poderá trazer inúmeros
benefícios, ainda que sejam questionados quanto à sua validade. Não podemos
deixar de citar, por exemplo, a criação de órgãos artificiais, pois o clone
pode ter seu desenvolvimento interrompido antes que se torne um embrião. Nesse
ponto ele possui um conjunto de células conhecidas como células-tronco, que
podem se transformar em qualquer órgão que seja necessário. Alega-se que, com
isso, as pessoas que precisam de um transplante seriam beneficiadas.
Sob esse ponto de vista podemos dizer que a ciência é
louvável, e busca aliviar o sofrimento de quem está numa fila de transplante.
Mas, se já difícil conseguir custear o transplante tradicional, o que dizer de
um tipo de ciência médica que exige algo em torno de milhões de dólares por
paciente para gerar algum tipo de resultado?
Na verdade, a questão está em enxergar a ciência médica como
uma força intelectual que produzirá uma série de resultados que, no futuro,
podem vir a beneficiar o ser humano, independente da fé ou ética humanas. No
entanto, a questão real e atual não é essa, mas: como deveremos tratar os
clones humanos, sendo eles pessoas com os mesmos potenciais e chances que uma
pessoa gerada pelas vias normais?
Qualquer um que tenha o mínimo de sensibilidade pode
argumentar que essa postura é óbvia, mas a vida prática não nos mostra isso: o
que vemos é a intolerância e o medo do desconhecido nos olhos de todos.
Contudo, se existe algo como uma "visão espiritual", ela deve ir além
das salas de estudo e dos grupos de discussão, e estar presente nesse momento
crucial da humanidade.
Estamos falando de renovar a visão da ciência e do ser
humano, colocando o espírito, e não o corpo, como referencial dessas
discussões. Esse é um passo natural a ser dado, pois “colocar a vida" em
um corpo não é obra de uma injeção ou de uma química específica, mas sim um dos
grandes mistérios do universo. E imaginar que a vida é uma tarefa que está nas
mãos de Deus é ser tendencioso demais, partindo-se de uma visão ecumênica, e
isso nos tira a responsabilidade que temos para com todo os seres vivos.
Além do que, mesmo que venhamos a ter clones de grandes
mestres e cientistas, não se pode afirmar que eles serão cópias exatas de seus
originais, uma vez que lhes faltará o contexto sociocultural em que os
originais nasceram e cresceram. Por exemplo, Einstein nasceu em meio à
efervescência cultural do final do século XIX e início do séc. XX, e da
conturbada 2ª guerra mundial, ambiente que jamais se repetirá. Sem contar que a
alma que habitará esse corpo será a de um outro ser que não o original, para
não falar de outras influências astrais que podem surgir na hora do nascimento.
Sendo assim, a visão que modificará o quadro da clonagem não
passa pelo questionamento dos aspectos técnicos, e tampouco éticos ou
teológicos. Trata-se, sim, de rever as nossas posições num mundo em profunda
transformação, e permitir que daí nasça um novo ser humano, não importando de
que lado do tubo de ensaio ele se desenvolva. O importante é que todos tenham a
paixão e o respeito pela vida como sua força maior.
Alex Alprim
Fonte: Revista Espiritismo e Ciência
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