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sábado, 9 de abril de 2016

“DESENCARNE DE JOVENS e CRIANÇAS, COMO ENFRENTAR ESSE MOMENTO TÃO DIFÍCIL?”

Quando a morte ceifa nas vossas famílias, arrebatando, sem restrições, os mais moços antes dos velhos, costumais dizer: Deus não é justo, pois sacrifica um que está forte e tem grande futuro e conserva os que já viveram longos anos cheios de decepções; pois leva os que são úteis e deixa os que para nada mais servem; pois despedaça o coração de uma mãe, privando-a da inocente criatura que era toda a sua alegria. Humanos, é nesse ponto que precisais elevar-vos acima do terra-a-terra da vida, para compreenderdes que o bem, muitas vezes, está onde julgais ver o mal, a previdência onde pensais divisar a cega fatalidade do destino.
Por que haveis de avaliar a justiça divina pela vossa? Podeis supor que o Senhor dos mundos se aplique, por mero capricho, a vos infligir penas cruéis?
Nada se faz sem um fim inteligente e, seja o que for que aconteça, tudo tem a sua razão de ser. Se perscrutásseis melhor todas as dores que vos advêm, nelas encontraríeis sempre a razão divina, razão regeneradora, e os vossos miseráveis interesses se tornariam de tão secundária consideração, que os atiraríeis para o último plano.
Crede-me, a morte é preferível, numa encarnação de vinte anos, a esses vergonhosos desregramentos que pungem famílias respeitáveis, dilaceram corações de mães e fazem que antes do tempo embranqueçam os cabelos dos pais.
Frequentemente, a morte prematura é um grande benefício que Deus concede àquele que se vai e que assim se preserva das misérias da vida, ou das seduções que talvez lhe acarretassem a perda. Não é vítima da fatalidade aquele que morre na flor dos anos; é que Deus julga não convir que ele permaneça por mais tempo na Terra.
É uma horrenda desgraça, dizeis, ver cortado o fio de uma vida tão prenhe de esperanças! De que esperanças falais? Das da Terra, onde o liberto houvera podido brilhar, abrir caminho e enriquecer?
Sempre essa visão estreita, incapaz de elevar-se acima da matéria. Sabeis qual teria sido a sorte dessa vida, ao vosso parecer tão cheia de esperanças? Quem vos diz que ela não seria saturada de amarguras?
Desdenhais então das esperanças da vida futura, ao ponto de lhe preferirdes as da vida efêmera que arrastais na Terra? Supondes então que mais vale uma posição elevada entre os homens, do que entre os Espíritos bem-aventurados?
Em vez de vos queixardes, regozijai-vos quando praz a Deus retirar deste vale de misérias um de seus filhos. Não será egoístico desejardes que ele aí continuasse para sofrer convosco?
Ah! essa dor se concebe naquele que carece de fé e que vê na morte uma separação eterna.
Vós, espíritas, porém, sabeis que a alma vive melhor quando desembaraçada do seu invólucro corpóreo.
Mães, sabei que vossos filhos bem-amados estão perto de vós; sim, estão muito perto; seus corpos fluídicos vos envolvem, seus pensamentos vos protegem, a lembrança que deles guardais os transporta de alegria, mas também as vossas dores desarrazoadas os afligem, porque denotam falta de fé e exprimem uma revolta contra a vontade de Deus.
Vós, que compreendeis a vida espiritual, escutai as pulsações do vosso coração a chamar esses entes bem-amados e, se pedirdes a Deus que os abençoe, em vós sentireis fortes consolações, dessas que secam as lágrimas; sentireis aspirações grandiosas que vos mostrarão o porvir que o soberano Senhor prometeu.
A perda de entes queridos não nos causa um sofrimento tanto mais legítimo quanto é ela irreparável e independente da nossa vontade?
— Essa causa de sofrimento atinge tanto o rico como o pobre: é uma prova de expiação e lei para todos. Mas é uma consolação poderdes comunicar-vos com os vossos amigos pelos meios de que dispondes, enquanto esperais o aparecimento de outros mais diretos e mais acessíveis aos vossos sentidos.
Que pensar da opinião das pessoas que consideram as comunicações do além-túmulo como uma profanação?
— Não pode haver profanação quando há recolhimento e quando a evocação é feita com respeito e decoro. O que o prova é que os Espíritos que vos são afeiçoados se manifestam com prazer, sentem-se felizes com a vossa lembrança e por conversarem convosco.
Profanação haveria se as evocações fossem feitas com leviandade.
A possibilidade de entrar em comunicação é uma bem doce consolação, que nos proporciona o meio de nos entretermos com os parentes e amigos que deixaram a Terra antes de nós. Pela evocação, eles se aproximam de nós, permanecem do nosso lado, nos ouvem e nos respondem.
Não existe mais, por assim dizer, separação entre nós e eles, que nos ajudam com os seus conselhos, nos dão testemunhos da sua afeição e do contentamento que experimentam por nos lembrarmos deles. É para nós uma satisfação sabê-los felizes e aprender através deles os detalhes da sua nova existência, adquirindo a certeza de um
dia, por nossa vez, nos juntarmos a eles.
Como as dores inconsoláveis dos que ficam na Terra afetam os Espíritos que partiram?
— O Espírito é sensível a lembrança e às lamentações daqueles que amou, mas uma dor incessante e desarrazoada o afeta penosamente, porque ele vê nesse excesso uma falta de fé no futuro e de confiança em Deus, e por conseguinte um obstáculo ao progresso e talvez ao próprio reencontro com os que deixou.
Estando o Espírito mais feliz do que na Terra, lamentar que tenha deixado esta vida é lamentar que ele seja feliz. Dois amigos estão presos na mesma cadeia; ambos devem ter um dia a liberdade, mas um deles a obtém primeiro.
Seria caridoso que aquele que continua preso se entristecesse por ter o seu amigo se libertando antes?
Não haveria de sua parte mais egoísmo do que afeição, ao querer que o outro partilhasse por mais tempo do seu cativeiro e dos seus sofrimentos? O mesmo acontece entre dois seres que se amam na Terra. O que parte primeiro foi o primeiro a se libertar e devemos felicitá-lo por isso, esperando com paciência o momento em que também nos libertaremos.

Faremos outra comparação. Tendes uma amigo que, ao vosso lado, se encontra em situação penosa. Sua saúde ou seu interesse exige que vá para outro país, onde estará melhor sob todos os aspectos.
Dessa maneira, ele não estará mais ao vosso lado, durante algum tempo. Mas estareis sempre em correspondência com ele. A separação não será mais que material. Ficareis aborrecido com o seu afastamento, que é para o seu bem?
A doutrina espírita, pela s provas patentes que nos dá quanto à vida futura, à presença ao nosso redor dos seres aos quais amamos, à continuidade da sua afeição e da sua solicitude, pelas relações que nos permite entreter com eles, nos oferece uma suprema consolação, numa das causas mais legitimas de dor. Com o Espiritismo, não há mais abandono. O mais isolado dos homens tem sempre amigos ao seu redor, com os quais pode comunicar-se.
Suportamos impacientemente as tribulações da vida. Elas nos parecem tão intoleráveis que supomos não as poder suportar. Não obstante, se as suportarmos com coragem, se soubermos impor silêncio às nossas lamentações, haveremos de nos felicitar quando estivermos fora desta prisão terrena, como o paciente que sofria se felicita, ao se ver curado, por haver suportado com resignação um tratamento doloroso.

Ana Maria Teodoro Massuci 
Fonte: Evangelho segundo o Espiritismo

sexta-feira, 8 de abril de 2016

"INFIDELIDADE E SUAS CONSEQUÊNCIAS"

A infidelidade nos remete a uma condição moral muito difícil, porque faltamos com a verdade e proliferamos a mágoa e o ressentimento destruindo tudo o que levou muito tempo para ser construído, muitas vezes apenas por um capricho jogamos fora a oportunidade de sermos felizes e vivermos em paz.
Quando pensamos na infidelidade não devemos apenas focar no ato em si, mas devemos analisar também os nossos pensamentos e o que nos levou a sermos infiéis.
Muitas vezes uniões são desfeitas pela infidelidade, deixando assim um rastro de muita dor e sofrimento e consequentemente o desequilíbrio toma conta da nossa vida.
Podemos evitar a infidelidade em nossas relações, mas para isso, devemos agir
sempre com a verdade em nossos sentimentos e quando algo nos desagradar em nossas relações, devemos sempre manter o diálogo sincero e neste diálogo devemos expor nossas frustrações e nossos reais sentimentos.
A verdade é a base de uma relação bem sucedida seja ela conjugal ou não, quando nos utilizamos da sinceridade para com o outro, estamos sendo fiéis aos nossos sentimentos e pensamentos e quando agimos por impulso ou faltamos com o diálogo verdadeiro, damos margem para a infidelidade penetrar em nossas relações.
Quando pensar em ser infiel, organize seus sentimentos e pensamentos e analise se realmente existe a necessidade de tal conduta, se realmente seu parceiro merece a sua infidelidade ou se você está utilizando-se deste caminho como fuga de seus problemas que você não tem coragem de resolvê-los através do diálogo franco e verdadeiro.
Pense sempre antes de agir diante de uma situação tão cruel como a infidelidade, porque uma ação não pensada pode levar você ao arrependimento e muitas vezes não terá como voltar atrás.
Quando sentir-se envolvido pelas teias da infidelidade, eleve seu pensamento a Jesus, faça uma prece e não deixe que as tentações terrenas, prejudiquem o seu adiantamento moral, persista na verdade de seus sentimentos sempre.

GOTAS DE PAZl

quinta-feira, 7 de abril de 2016

“MANIFESTAÇÃO DE ESPÍRITOS NO CONGRESSO NACIONAL”

O espírito assopra onde quer: e tu ouves a voz, mas não sabes donde ele vem... (Jo 3,8) [[i]]

No dia 28/10/2004, o Dep. Luiz Bassuma, ao encerrar, no Congresso Nacional, a Sessão Comemorativa do Bicentenário do nascimento de Kardec, pede permissão a seus pares para fazer uma oração, ao iniciá-la a faz “visivelmente” incorporado por um espírito. Essa foi a manchete, no dia seguinte, em alguns Jornais do país.
Alvoroço no meio evangélico, pois para eles a manifestação não foi de um espírito, mas do demônio. Uns ainda comparam o Congresso Nacional, por causa da reunião daquele dia, a um terreiro de Umbanda, indignados como se o demo tivesse se instalando naquela magna casa.
O que achamos interessante nisso tudo é que as pessoas não se dão nem ao trabalho de entender sobre o que estão falando, mas mesmo assim emitem suas opiniões baseadas no “achismo”. O que era de se esperar de alguém que fosse falar de algo é que se desse ao menos o trabalho de estudar, por isso, concluímos que os que tentam denegrir o Espiritismo estão agindo de má-fé.
Outro fato, não menos interessante, é como, na circulação das notícias, os fatos mudam de cor. O Jornal da Globo, em reportagem sobre o assunto, entre outras coisas, ressaltou: “O deputado disse que é médium” e “Luiz Bassuma disse que não sabe identificar o espírito...”, deturpado em outras publicações como, por exemplo; na Internet, onde um evangélico diz: “Deputado... afirma que o espírito era de Chico Xavier” e um determinado jornal de São Paulo, que afirmou: “Bassuma diz não ser médium”. Lamentável tais fatos, dignos de maledicentes que querem, talvez, mudar os fatos para atingir determinado segmento religioso.
Vozes clamam: “Deputado manifesta demônio no Congresso”, “O espírito de engano”, “Isso é uma palhaçada”, etc, provando, mais uma vez, até onde vai a ignorância humana a respeito das manifestações espirituais. Se fosse um Deputado evangélico ou católico que tivesse feito essa oração, nas mesmas condições do acontecido, com certeza, iram se vangloriar de que o Espirito Santo havia manifestado no Congresso. Talvez as manchetes seriam: Espírito Santo se manifesta no Congresso.
O nível de inteligência dessas pessoas, nos desculpem, deve estar próximo de zero, pois, não conseguirão apontar que em algum lugar da Bíblia, existe demônio fazendo uma oração. Estamos citando a Bíblia, visto que fazem dela um instrumento de combate às manifestações espirituais. Mas poderemos abrir o leque, pedindo para alguém nos provar que, em qualquer tempo ou lugar, isso possa ter ocorrido em pelo menos uma vez.
Se for mesmo o demônio o autor, aí sim diremos que o Espiritismo conseguiu uma coisa fantástica que as seculares correntes religiosas tradicionais não conseguiram, foi: FAZER COM QUE O DEMÔNIO FIZESSE UMA ORAÇÃO. Fato que, incontestavelmente, prova a excelência dos princípios espíritas, cuja base são os ensinos de Jesus. Mais ainda, podemos dizer que os demônios, que se manifestam no Espiritismo, têm constantemente recomendado aos espíritas: perdoem aos seus inimigos, tratem a todos como irmãos, façam o bem sem olhar a quem, orem pelos que lhes perseguem e caluniam, pratiquem a caridade sem qualquer discriminação, respeitem a opção religiosa dos outros, sigam persistentemente os ensinamentos de Jesus, que é o enviado de Deus para servir de guia e modelo à humanidade. 
Acreditamos que alguns bibliólatras, mais fanatizados que outros, de Bíblia em riste, nos citarão que “até satanás pode se transformar em anjo de luz” ao que lhes responderemos “Quem pratica o mal, tem ódio da luz, e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam desmascaradas” (Jo 3,20). E se querem ainda usar a Bíblia dizendo que o que fazemos é proibido, então, lhe diremos que sejam mais coerentes e a cumpram integralmente que, quem sabe, também nós poderemos fazer o mesmo, comecem, por exemplo, punindo com a morte aos que desobedecem às determinações contidas em Ex 21, 12-17; 22,18; 31,14.
E, só para que possamos entender, se os demônios se manifestam, em lugar dos mortos, poderíamos colocar dois questionamentos para que nos expliquem. Primeiro, que nos aponte em que lugar da Bíblia está dito que não devemos consultar os mortos porque os demônios aparecem no lugar deles. Segundo, considerando que Jesus se comunicou depois de morto, daí, seguindo a mesmíssima linha de raciocínio, poderemos, então, dizer que não foi realmente Jesus quem se manifestou, mas foi o demônio se passando por Ele?
Finalizando, queremos retificar uma informação publicada no mesmo jornal mencionado anteriormente que na Câmara se encontra sim registro de experiência similar à do dia 28/10, pois em 30/06/2002, quando da Comemoração do primeiro ano da morte do Chico Xavier, em Sessão Especial na Câmara o mesmo Dep. Bassuma, ao fazer a prece de encerramento da solenidade a faz incorporado. Se quiserem comparar, verão que a situação é a mesma, e arriscamos, o espírito que se manifestou também foi o mesmo.
Podemos, aqui, lembrar de Jesus, que, após ser acusado de príncipe dos demônios, disse aos fariseus: “Todo reino dividido em grupos que lutam entre si, será destruído; e uma casa cairá sobre outra. Ora, se até Satanás está dividido contra si mesmo, como o seu reino poderá sobreviver?” (Lc 11,17-18). Pois o demônio, ao incentivar-nos a fazer o bem e não o mal, age exatamente contra si mesmo.
Observamos que a mesma implacável perseguição que sofria Jesus, por parte dos fariseus de Sua época, sofrem hoje os que vêm justamente com a missão de retirar as interpretações equivocadas e as deturpações feitas, ao longo dos tempos, em seus ensinamentos. Liderados pelo próprio Jesus, os Espíritos Superiores receberam a incumbência de transmitir à humanidade, através do Espiritismo, os verdadeiros fundamentos de seus ensinos. Daí, repetindo o Mestre, diremos: “Toda planta que não foi plantada pelo meu Pai celeste será arrancada”. (Mt 15,13)
Paulo da Silva Neto Sobrinho/ Nov/2004.


Referências bibliográficas
http://jg.globo.com/JGlobo/0,19125,VTJ0-2742-20041028-65560,00.html
http://www.montesclaros.com/noticias.asp?codigo=11203
http://www.forumnow.com.br/vip/mensagens.asp?forum=39466&grupo=49641&topico=2526731&pag=1&v=1
http://www.espirito.org.br/portal/artigos/geae/sessao-solene.html
http://www.panoramaespirita.com.br/noticias/mensagem_camera_allan.html

[i] Bíblia Sagrada Barsa, p. 79.

“A VIDA ALÉM DA VIDA”

A morte tem sido um tabu para muita gente. Muitos estudiosos através da ciência, procuram através de inúmeros acontecimentos, quase fatais, principalmente acidentes ou certos tipos de enfermidades, em que leva o ser humano a um estado de coma prolongado, descobrir o que acontece com esses seres humanos quando se encontram nessa fase transitória, entre a vida e a morte.
O Jornalista Joe Fisher e o psiquiatra canadense Joel L. Whitton, especialista em terapia de vidas passadas, retomou concepções antigas e modernas, esboçando um panorama geral desse estágio de existência.
O que acontece com a alma no período entre a morte e o renascimento? A partir do relato de 30 de seus pacientes e com a ajuda de seu amigo citado anteriormente explicam com riquezas de detalhes o processo pós-morte.
Quando em transe sinto uma completa mudança física depois de passar por uma morte anterior. Meu corpo se expande e enche todo o ambiente. Então, me inundo com os sentimentos mais eufóricos que conheci.
Este é um depoimento fantástico de um de seus pacientes. Relata que: acompanham esses sentimentos a total consciência e o entendimento de quem realmente sou, de minha razão de existir, e do lugar que ocupo no universo.
Tudo faz sentido; tudo é perfeitamente justo.
Além dessas, muitas outras referências sobre a vida entre as encarnações podem ser encontradas tanto no mundo antigo como no contemporâneo, vale ressaltar que a própria Bíblia está recheada desses processos.
Hoje com a regressão de memória fornecendo detalhes sobre o estado bardo, a projeciologia, a transcomunicação instrumental, o homem através da inteligência que Deus lhes deu, este enigma já foi esclarecido. Existe sim vida após a morte. 
Rudolf Steiner, o fundador da antroposofia, cujo conhecimento da existência desencarnada foi obtido pela clarividência; do médium norte-americano Edgard Cayce, famoso por seus poderes extra-sensoriais e suas leituras físicas e de vidas passadas; e do médium desencarnado recentemente Francisco Cândido Xavier, que, psicografando André Luiz, fez descrições completas e pormenorizadas sobre a vida pós-morte.
O espírito ao deixar o corpo leva consigo, além de sua consciência, todas as suas experiências (evolução espiritual e moral, talento e instinto), as quais se manifestarão em sua vida ou vidas futuras.
Uma parte desta bagagem recebe de alguns autores o nome de psiquismo (O psiquismo é sem dúvida, ciência vasta, profunda, eclética, constrói a síntese da vida humana e a evolução do Espírito), principalmente aquela inerente ao que comumente se chama de instinto (O instinto é a força oculta que solicita os seres orgânicos a atos espontâneos e involuntários, tendo em vista a conservação deles).
É uma espécie de inteligência. É uma inteligência sem raciocínio. Por ele é que todos os seres provêm às suas necessidades.
O instinto, é uma inteligência rudimentar que difere da inteligência propriamente dita. Em que suas manifestações são quase sempre espontâneas, ao passo que as da inteligência resultam de uma combinação e de um ato deliberado.
O instinto varia, em suas manifestações, conforme as espécies e às suas necessidades. Nos seres que têm a consciência e a percepção das coisas exteriores, ele se ali a inteligência, isto é, à vontade e à liberdade.
Os instintos são automatismos estereotipados e inatos que têm em geral um fim útil para o indivíduo e a espécie.
Reencarnação e a volta da alma ou Espírito à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ele e que nada tem de comum com o antigo.
A vida além da vida faz parte de uma associação de poderes especais.
 O mundo, em todo tempo, é uma casa em reforma, com a lei de mudança a lhe presidir todos os movimentos, através de metamorfoses e dificuldades educativas.
Os mundos felizes, na realidade, são mundos, onde regenerado, depurado de todos maus pendores, o Espírito só tem que progredir no bem, sem mais ter que lutar contra o mal. Esses mundos, como os espíritos que o habitam, se acham no princípio de semifluidez. Aí começa a desmaterialização do corpo.
Já o mundo fluídico é destinado à habitação de espíritos que, desde o estado de infância e de instrução, nunca faliram e que, conservando-se sempre puros na senda do progresso, progridem no estado fluídico.
Seguindo também marcha progressiva e hierarquicamente ascensional, há, em todos os graus da escala, mundos dessa categoria, apropriados e correspondendo aos estados de desenvolvimento e de progresso dos Espíritos que o habitam, estados que vão desde o de infância e instrução até o de puro espírito. Eles se tornam moradas de puros espíritos, quando hão chegado, de maneira progressiva, ao estado fluídico puro.
Antônio Paiva Rodrigues -Por

terça-feira, 5 de abril de 2016

“RECORDAÇÃO DA EXISTÊNCIA CORPÓREA.”

Lembra-se o Espírito da sua existência corporal?
"Lembra-se, isto é, tendo vivido muitas vezes na Terra, recorda-se do que foi como homem e eu te afirmo que frequentemente ri, penalizado de si mesmo."
Tal qual o homem, que chegou à madureza e que ri das suas loucuras de moço, ou das suas puerilidades na meninice.
A lembrança da existência corporal se apresenta ao Espírito, completa e inopinadamente, após a morte?
"Não; vem-lhe pouco a pouco, qual imagem que surge gradualmente de uma névoa, à medida que nela fixa ele a sua atenção."
O Espírito se lembra, pormenorizadamente, de todos os acontecimentos de sua vida? Apreende o conjunto deles de um golpe de vista retrospectivo?
"Lembra-se das coisas, de conformidade com as consequências que deles resultaram para o estado em que se encontra como Espírito errante. Bem compreende, portanto, que muitas circunstâncias haverá de sua vida a que não ligará importância alguma e das quais nem sequer procurará recordar-se."
- Mas, se o quisesse, poderia lembrar-se delas?
"Pode lembrar-se dos mais minuciosos pormenores e incidentes, assim relativos aos fatos, como até aos seus pensamentos. Não o faz, porém, desde que não tenha utilidade."
- Entrevê o Espírito o objetivo da vida terrestre com relação à vida futura?
"Certo que o vê e compreende muito melhor do que em vida do seu corpo. 
Compreende a necessidade da sua purificação para chegar ao infinito e percebe que em cada existência deixa algumas impurezas."
Como é que ao Espírito se lhe desenha na memória a sua vida passada? Será por esforço da própria imaginação, ou como um quadro que se lhe apresenta à vista? 
"De uma e outra formas. São-lhe como que presentes todos os atos de que tenha interesse em lembrar-se. Os outros lhe permanecem mais ou menos vagos na mente, ou esquecidos de todo. Quanto mais desmaterializado estiver, tanto menos importância dará às coisas materiais. Essa a razão por que, muitas vezes, evocas um Espírito que acabou de deixar a Terra e verificas que não se lembra dos nomes das pessoas que lhe eram caras, nem de uma porção de coisas que te parecem importantes. É que tudo isso, pouco lhe importando, logo caiu em esquecimento. Ele só se recorda perfeitamente bem dos fatos principais que concorrem para a sua melhoria."
O Espírito se recorda de todas as existências que precederam a que acaba de ter?
"Todo o seu passado se lhe desdobra à vista, quais a um viajor os trechos do caminho que percorreu. Mas, como já dissemos, não se recorda de modo absoluto de todos os seus atos. Lembra-se destes conforme mente à influência que tiveram na criação do seu estado atual. Quanto às primeiras existências, as que se podem considerar como a infância do Espírito, essas se perdem no vago e desaparecem na noite do esquecimento."
Como considera o Espírito o corpo de que vem de separar-se?
"Como veste imprestável, que o embaraçava, sentindo-se feliz por estar livre dela."
- Que sensação lhe causa o espetáculo do seu corpo em decomposição?
"Quase sempre se conserva indiferente a isso, como a uma coisa que em nada o interessa."
Ao cabo de algum tempo, reconhecerá o Espírito os ossos ou outros objetos que lhe tenham pertencido?
"Algumas vezes, dependendo do ponto de vista, mais ou menos elevado, donde considere as coisas terrenas."
A veneração que se tenha pelos objetos materiais que pertenceram ao Espírito lhe dá prazer e atrai a sua atenção para esses objetos? 
"É sempre grato ao Espírito que se lembrem dele e os objetos que lhe pertenceram trazem-no à memória dos que ele no mundo deixou. Mas, o que o atrai é o pensamento destas pessoas e não aqueles objetos."
E a lembrança dos sofrimentos por que passaram na última existência corporal, os Espíritos a conservam?
"Frequentemente assim acontece e essa lembrança lhes faz compreender melhor o valor da felicidade de que podem gozar como Espíritos."
O homem, que neste mundo foi feliz, deplora a felicidade que perdeu, deixando a Terra?
"Só os Espíritos inferiores podem sentir saudades de gozos condizentes com uma natureza impura qual a deles, gozos que lhes acarretam a expiação pelo sofrimento. Para os Espíritos elevados, a felicidade eterna é mil vezes preferível aos prazeres efêmeros da Terra."
Exatamente como sucede ao homem que, na idade da madureza, nenhuma importância liga ao que tanto o deliciava na infância.
Aquele que deu começo a trabalhos de vulto com um fim útil e que os vê interrompidos pela morte, lamenta, no outro mundo, tê-los deixado por acabar?
"Não, porque vê que outros estão destinados a concluí-los. Trata, ao contrário, de influenciar outros Espíritos humanos, para que os ultimem. Seu objetivo, na Terra, era o bem da humanidade; o mesmo objetivo continua a ter no mundo dos Espíritos."
E o que deixou trabalhos de arte ou de literatura, conserva pelas suas obras o amor que lhes tinha quando vivo?
"De acordo com a sua elevação, aprecia-as de outro ponto de vista e não é raro condene o que maior admiração lhe causava."
No além, o Espírito se interessa pelos trabalhos que se executam na Terra, pelo progresso das artes e das ciências?
"Conforme à sua elevação ou à missão que possa ter que desempenhar. Muitas vezes, o que vos parece magnífico bem pouco é para certos Espíritos, que, então, o admiram, como o sábio admira a obra de um estudante. Atentam apenas no que prove a elevação dos encarnados e seus progressos." 
Após a morte, conservam os Espíritos o amor da pátria?
"O princípio é sempre o mesmo. Para os Espíritos elevados, a pátria é o Universo. Na Terra, a pátria, para eles, está onde se ache o maior número das pessoas que lhes são simpáticas."
As condições dos Espíritos e as maneiras por que veem as coisas variam ao infinito, de conformidade com os graus de desenvolvimento moral e intelectual em que se achem. Geralmente, os Espíritos de ordem elevada só por breve tempo se aproximam da Terra. Tudo o que aí se faz é tão mesquinho em comparação com as grandezas do infinito, tão pueris são, aos olhos deles, as coisas a que os homens mais importância ligam, que quase nenhum atrativo lhes oferece o nosso mundo, a menos que para aí os ocupa o propósito de concorrerem para o progresso da humanidade. Os Espírito de ordem intermédia são os que mais frequentemente baixam a este planeta, se bem considerem as coisas de um ponto de vista mais alto do que quanto encarnados. Os Espíritos vulgares, esses são os que aí mais se comprazem e constituem a massa da população invisível do globo terráqueo. Conservam quase que as mesmas ideias, os mesmos gostos e as mesmas inclinações que tinham quando revestidos do invólucro corpóreo. Metem-se em nossas reuniões, negócios, divertimentos, nos quais tomam parte mais ou menos ativa, segundo seus caracteres. Não podendo satisfazer as suas paixões, gozam na companhia dos que a elas se entregam e os excitam a cultivá-las. Entre eles, no entanto, muitos há, sérios, que veem e observam para se instruírem e aperfeiçoarem.
As ideias dos Espíritos se modificam quando na erraticidade?
"Muito; sofrem grandes modificações, à proporção que o Espírito se desmaterializa. Pode este, algumas vezes, permanecer longo tempo imbuído das ideias que tinha na Terra; mas, pouco a pouco, a influência da matéria diminui e ele vê as coisas com maior clareza. É então que procura os meios de se tornar melhor."
Já tendo o Espírito vivido a vida espírita antes da sua encarnação, como se explica o seu espanto ao reingressar no mundo dos Espíritos? 
"Isso só se dá no primeiro momento e é efeito da perturbação que se segue ao despertar do Espírito. Mais tarde, ele se vai inteirando da sua condição, à medida que lhe volta a lembrança do passado e que a impressão da vida terrena se lhe apaga."

Autor

Allan Kardec

domingo, 3 de abril de 2016

PLANEJAMENTO REENCARNATÓRIO



Toda reencarnação é precedida de planejamento. O Espírito trabalha, pesquisa, estuda e observa para fazer a sua escolha. Tal afirmação às vezes provoca surpresa, por existir quem acredite que, na Terra, integra determinada família por engano.
No intervalo compreendido entre as reencarnações (reencarnação = entrar de novo na carne, isto é, em novo corpo físico), em geral, o Espírito imortal, no exercício de seu livre-arbítrio, escolhe o gênero de provas por que há de passar em sua próxima experiência e, com isso, assume desde logo a responsabilidade por suas decisões e logicamente pelas conseqüências delas decorrentes. Sendo importante destacar que esta escolha diz respeito ao gênero das provas propriamente dito, e não às suas particularidades, razão pela qual os Mentores Espirituais, como sempre, recomendam cautela.
Toda reencarnação é precedida de planejamento. O Espírito trabalha, pesquisa, estuda e observa para fazer a sua escolha. Tal afirmação às vezes provoca surpresa, por existir quem acredite que, na Terra, integra determinada família por engano. Entretanto, e como facilmente se pode observar, um mínimo de planejamento é necessário até mesmo para o cumprimento de tarefas primárias de nosso dia-a-dia. E quanto ao trabalho (toda ocupação útil é trabalho" - "O Livro dos Espíritos", questão 675), não deveria nos surpreender a afirmação de sua existência após a desencarnação diante do que disse Jesus, o Cristo, há mais de dois mil anos: O Pai trabalha até hoje, isto é, sempre!
De outra parte, informado do planejamento, há quem não compreenda, por exemplo, a razão de alguém escolher a prova da miséria quando poderia optar pela prova da riqueza, que proporciona facilidades, conforto, bem-estar. No entanto, completada a informação, passa a entender que ambas as provas são difíceis e que a prova da riqueza provavelmente seja mais difícil porque pode torná-lo avaro e egoísta; pode lançá-lo aos vícios.
De certo modo, agimos assim, quando fisicamente adoentados, por exemplo, tomamos o remédio mais desagradável para nos curarmos de pronto.
Está mais do que comprovado que precisamos aprender, crescer, progredir intelectual e moralmente e que não nos encontramos em férias, e muito menos em férias permanentes.
Até atingir a perfeição relativa, o Espírito passa por provas e expiações ("A prova examina, experimentando o grau de preparação do educando" - "A expiação ensina, rigorosa, a lição desperdiçada na inutilidade ou na viciação." - livro "Dimensões da Verdade", Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal, cap. "Sob testes e exames"). O ideal é que enfrentemos com fé, resignação e amor, mantendo-nos ativos, trabalhando e estudando sempre, procurando eliminar quanto antes as queixas de nossa vida.
A propósito, como já esclareceu André Luiz, Espírito, no livro Agenda Cristã: "As suas reclamações, ainda mesmo afetivas, jamais acrescentarão nos outros um só grama de simpatia por você." (psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB, cap. 38). Na mesma linha, no livro "Para Uso Diário", o Espírito Joanes aconselha: "Evite a lamentação, uma vez que ela em nada lhe auxiliará. Não diminuirá o peso da sua cruz, nem dispensará as nuvens que estejam toldando, porventura, os seus horizontes." (psicografia de José Raul Teixeira, Ed. Fráter, cap. 20).
Como se pode observar com muita facilidade, a queixa não soluciona qualquer problema. Logo, se não resolve nem sequer acrescenta nos outros um só grama de simpatia por nós, cabe perguntar: que postura devo adotar? Qual a mais adequada? Qual a que mais nos beneficia?
A reencarnação, repetimos para enfatizar, é sempre precedida de planejamento, de modo que ninguém está solto, só, e muito menos por acaso na Terra, havendo fortíssimas razões para termos renascido neste ou naquele país, nesta ou naquela cidade, nesta ou naquela família, com incontáveis facilidades ou dificuldades, etc., mesmo que agora não saibamos identificá-las e apontá-las.
A reencarnação, como bênção de oportunidade, reflete a Justiça de Deus. Oportunidade de corrigir nossos erros, males e equívocos, ainda que parcialmente, de ajustar e reajustar contas. Oportunidade de crescimento, de evolução, de progresso intelectual e moral. Oportunidade ímpar de dar nova direção à nossa Vida, com o ingresso definitivo na estrada do Bem, praticando-o onde quer que nos encontremos.


𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...