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quarta-feira, 20 de abril de 2016

“OS INIMIGOS DESENCARNADOS”

O espírita tem ainda outros motivos de indulgência para com os inimigos. Porque sabe, antes de qualquer coisa, que maldade não é o estado permanente do homem, mas que decorre de uma imperfeição momentânea, e que da mesma maneira que a criança se corrige dos seus defeitos, o homem mal reconhecerá um dia os seus erros e se tornará bom.
Sabe ainda que a morte só pode livrá-lo da presença material do seu inimigo, e que este pode persegui-lo com o seu ódio, mesmo depois de haver deixado a Terra. Assim, a vingança assassina não atinge o seu objetivo, mas, pelo contrário, tem por efeito produzir maior irritação, que pode prosseguir de uma existência para outra. Cabia ao Espiritismo provar, pela experiência e pela lei que rege as relações do mundo visível com o mundo invisível, que a expressão: extinguir o ódio com o sangue é radicalmente falsa, pois a verdade é que o sangue conserva o ódio no além-túmulo. Ele dá, por conseguinte, uma razão de ser efetiva e uma utilidade prática ao perdão, bem como à máxima de Cristo: Amai os vossos inimigos. Não há coração tão perverso que não se deixe tocar pelas boas ações, mesmo a contragosto. O bom procedimento não dá pelo menos, nenhum pretexto a represálias, e, com ele se pode fazer, de um inimigo, um amigo antes e depois da morte. Com o mau procedimento ele se irrita, e é então que serve de instrumento à justiça de Deus, para punir aquele que não perdoou.
Pode-se, pois, ter inimigos entre os encarnados e os desencarnados. Os inimigos do mundo invisível manifestam sua malevolência pelas obsessões e subjugações, a que tantas pessoas estão expostas, e que representam uma variedade das provas da vida. Essas provas, como as demais, contribuem para o desenvolvimento e devem ser aceitas com resignação, como uma consequência da natureza inferior do globo terrestre: se não existirem homens maus na Terra, não haveria Espíritos maus ao redor da Terra. Se devermos, portanto, ter indulgência e benevolência para os inimigos encarnados, igualmente as devemos ter para os que estão desencarnados.
Antigamente, ofereciam-se sacrifícios sangrentos para apaziguar os deuses infernais, que nada mais eram do que os Espíritos maus. Aos deuses infernais sucederam os demônios, que são a mesma coisa. O Espiritismo vem provar que esses demônios não são mais do que as almas de homens perversos, que ainda não se despojaram dos seus instintos materiais; que não se pode apaziguá-los senão pelo sacrifício dos maus sentimentos, ou seja, pela caridade; e que a caridade não tem apenas o efeito de impedi-los de fazer o mal, mas também de induzi-los ao caminho do bem e contribuir para a sua salvação. É assim que a máxima: Amai aos vossos inimigos, não fica circunscrita ao círculo estreito da Terra e da vida presente, mas integra-se na grande lei da solidariedade e da fraternidade universais.
O Evangelho Segundo o Espiritismo.

terça-feira, 19 de abril de 2016

“ADVOGADO AMBICIOSO REENCARNA COM HIDROCEFALIA.”

Dr. Abelardo Tourinho era, indiscutivelmente, verdadeira águia de inteligência. Advogado de renome, não conhecia derrotas. Sua palavra sugestiva, nos grandes processos, tocava-se de maravilhosa expressão de magnetismo pessoal. Seus pareceres denunciavam apurada cultura. Abelardo se mantinha, horas e horas, no gabinete particular, surpreendendo as colisões das leis humanas entre si. Mas, seu talento privilegiado caracterizava-se por um traço lamentável. Não vacilava na defesa do mal, diante do dinheiro. Se o cliente prometia pagamento farto, o advogado torturava decretos, ladeava artigos, forçava interpretações e acabava em triunfo espetacular. Chamavam-lhe “grande cabeça” nos círculos de convivência comum. Era temido pelos colegas de carreira. Os assistentes se atropelavam a fim de atendê-lo no que desejasse. Muita vez, foi convidado a atuar, em posição destacada, nas esferas político-administrativas; entretanto, esquivava-se, porque as gratificações dum deputado eram singelas, perto dos honorários que recebia. Seus clientes degradantes eram sempre numerosos. Sua banca era frequentada por avarentos transformados em sanguessugas do povo, por negociantes inescrupulosos ou por criminosos da vida econômica, detentores de importante ficha bancária. Abelardo nunca foi visto lutando em causa humilde, defendendo os fracos contra os poderosos, amparando infortunados contra os favorecidos da sorte. Afirmava não se interessar por questões pequenas.
Mas, havia alguém que o acompanhava, sem tecer elogios precipitados. Era sua mãe, nobre velhinha cristã, que o alertava, de quando em quando, com sinceridade e amor. Dizia ela:
- Abelardo, não te descuides na missão do Direito. Não admitas que a ideia de ganho te avassale as cogitações. Creio que a tarefa da justiça terrestre é muito delicada, além de profundamente complexa. Ser advogado ou juiz é difícil ministério da consciência. Por vezes, observo-te as inquietações na defesa dos clientes ricos e fico preocupada. Não te impressiones pelo dinheiro, meu filho! Repara, sobretudo, o dever cristão e o bem a praticar. Sinto falta dos humildes, em derredor de teu nome. Ouço os aplausos de teus colegas e conheço a estima que desfrutas, no seio das classes abastadas, mas ainda não vi, em teu círculo, os amigos apagados de que Jesus se cercava sempre. Nunca pensaste, Abelardo, que o Mestre Divino foi advogado da mulher infeliz e que, na própria cruz, foi ardoroso defensor dum ladrão arrependido? Creio que o teu apostolado é também santo...
O eminente advogado balançava a cabeça, em sinal de desacordo, e respondia:
- Mãezinha, os tempos são outros. Devo preservar as conquistas efetuadas. Não posso, por isso, satisfazer-lhe as sugestões. Compreende a senhora que o advogado de renome necessita cliente à altura. Aliás, não desprezo os mais fracos. Tenho meu gabinete vasto, onde dou serviço a companheiros iniciantes, junto aos quais os menos favorecidos do campo social encontram os recursos que necessitam...
- Oh! Meu filho! Estimaria tanto ver-te a sementeira evangélica! ...
O advogado interrompia lhe as observações, sentenciando:
- A senhora, porém, necessita compreender que não sou ministro religioso. Não devo ligar-me a preceituação estranha ao Direito. E é tão escasso o tempo para a leitura e analise dos códigos que me não sobra ensejo para estudos do Evangelho. Além do mais – e fazia um gesto irônico -, que seria de meus filhos e de mim mesmo se apenas me rodeasse de pobretões? Seria o fim da carreira e a bancarrota geral.
A genitora discutia amorosa, fazendo-lhe sentir a beleza dos ensinamentos cristãos, mas Abelardo, que se habituara aos conceitos religiosos de toda gente, não se curvava às advertências maternas, conservando mordaz sorriso ao canto da boca.
A experiência terrestre foi passando devagar, como quem não sentia pressa em revelar a eternidade da vida infinita.
A Senhora Tourinho regressou à espiritualidade, muito antes do filho.
Abelardo, todavia, jamais cedeu aos seus pedidos.
E foi assim que a morte o recolheu, envolvido em extensa rede de compromissos (com a lei divina). Compreendeu, tarde demais, as tortuosidades perigosas que traçara para si mesmo. Muito sofreu (no umbral) e chorou nos caminhos novos. Não conseguia levantar-se, achava-se caído, na expressão literal. Crescera-lhe a cabeça enormemente, retirando-lhe a posição de equilíbrio normal. Colara-se à terra, entontecido e frequentemente atormentado pelas vítimas ignorantes e sofredoras (pessoas que ele prejudicou quando os fez perder a causa tornaram-se obsessores).
A devotada mãezinha visitou-o por anos, sem alcançar resultados animadores. Ele prosseguia na mesma situação de imobilidade, deformação e sofrimento. A mãe, reparando na ineficácia de seus carinhos, trouxe um elevado orientador de almas à paisagem escura (umbral).
Pretendia um parecer, a fim de traçar diretrizes de ação.
O prestimoso amigo examinou o paciente, registrou lhe as pesadas vibrações mentais, pensou, pensou e dirigiu-se à abnegada mãe, compadecido:
- Minha irmã, o nosso amigo padece de inchação da inteligência pelos crimes cometidos com as armas intelectuais. Seus órgãos da ideia foram atacados pela hipertrofia de amor-próprio. Ao que vejo, a única medida capaz de lhe apressar a cura é a hidrocefalia no corpo terrestre.
A nobre genitora chorou amargurada, mas não havia remédio senão conformar-se.
E, daí a algum tempo, pela inesgotável bondade do Cristo, Abelardo Tourinho reencarnou e podia ser identificado por amigos espirituais numa desventurada criança do mundo, colada a triste carrinho de rodas, apresentando um crânio terrivelmente disforme, para curar os desvarios da “grande cabeça”.
Observação: Se todos acreditassem na reencarnação, pensariam duas vezes antes de transgredir as leis de Deus. Saberiam que a lei é a de causa e efeito (o que causarmos de bom e de ruim a tudo que conviva conosco neste planeta, seja uma pessoa, um animal, a Natureza e a nós mesmos sofreremos as consequências); colheremos aquilo que plantarmos; seja nessa ou em outra encarnação, ninguém sofre a toa e, consequentemente, Deus é justo.

Escrito pelo espírito: Irmão X (Humberto de Campos)
Psicografia de: Chico Xavier-Livro: Pontos e Contos
Tema: Grande Cabeça


segunda-feira, 18 de abril de 2016

"A FÍSICA QUÂNTICA COMPROVA O ESPIRITISMO"

A obra de André Luiz, através de Chico Xavier, em complemento à Codificação Kardeciana, em vários aspectos, gradativamente, vem mostrando quanto se antecipa às modernas conquistas da Ciência, mormente no campo da Física Quântica.
A partir de “Nosso Lar”, em 1943, a nossa concepção de Mundo Espiritual se amplia, consideravelmente, com a revelação da existência de diversas “Esferas Espirituais” que o constituem. Há, inclusive, um estudo muito interessante a respeito, num dos livros editados pela FEB, intitulado “As Sete Esferas da Terra”, de Mário Frigéri, todo ele calcado em André Luiz. Aliás, a referida publicação, em grande parte, se baseia ainda em “Cidade no Além”, publicado pelo IDE, de Araras, através dos médiuns Chico Xavier e Heigorina Cunha, pelos espíritos André Luiz e Lucius, este último, segundo informação de Chico Xavier, pseudônimo de Camille Flammarion.
O que Allan Kardec, genericamente, denomina de Mundo Espiritual, e André Luiz de “Esferas Espirituais”, a Física Quântica vem chamando de “Hiperespaço”. Em “Os Mensageiros”, cap. 15, encontramos na palavra de Aniceto:
“Há, porém, André, outros mundos sutis, dentro dos mundos grosseiros, maravilhosas esferas que se interpenetram. O olho humano sofre variadas limitações e todas as lentes físicas reunidas não conseguiriam surpreender o campo da alma, que exige o desenvolvimento das faculdades espirituais para tornar-se perceptível. A eletricidade e o magnetismo são duas correntes poderosas que começam a descortinar aos nossos irmãos encarnados alguma coisa dos infinitos potenciais do Invisível, mas ainda é cedo para cogitarmos do êxito completo.”
Nas considerações constantes do livro “Cidade no Além”, no cap. IV, “Localização de ‘Nosso Lar’ – Esferas Espirituais”, nos deparamos com preciosa elucidação: “O TRÂNSITO ENTRE AS ESFERAS SE FAZ POR MANEIRAS DIVERSAS. POR ‘ESTRADAS DE LUZ’, REFERIDAS PELOS ESPÍRITOS COMO CAMINHOS ESPECIAIS, DESTINADOS A TRANSPORTE MAIS IMPORTANTE. ATRAVÉS DOS CHAMADOS ‘CAMPOS DE SAÍDA’ QUE SÃO PONTOS NOS QUAIS AS DUAS ESFERAS PRÓXIMAS SE TOCAM. PELAS ÁGUAS, DE SE SUPOR AS QUE CIRCUNDAM OS CONTINENTES” (OCEANOS).
Vejamos agora o que transcrevemos da obra intitulada “Hiperespaço”, de Michio Kaku, professor de Física Teórica no City College da Universidade de Nova York. Graduou-se em Harvard e recebeu o título de doutor em Berkeley: “NOSSO UNIVERSO, PORTANTO, NÃO ESTARIA SOZINHO, MAS SERIA UM DE MUITOS MUNDOS PARALELOS POSSÍVEIS. SERES INTELIGENTES PODERIAM HABITAR ALGUNS DESSES PLANETAS, IGNORANDO POR COMPLETO A EXISTÊNCIA DE OUTROS.” “(...) NORMALMENTE, A VIDA EM CADA UM DESSES PLANOS PARALELOS PROSSEGUE INDEPENDENTEMENTE DO QUE SE PASSA NOS OUTROS. EM RARAS OCASIÕES, NO ENTANTO, OS PLANOS PODEM SE CRUZAR E, POR UM BREVE MOMENTO, RASGAR O PRÓPRIO TECIDO DO ESPAÇO, O QUE ABRE UM BURACO – OU PASSAGEM – ENTRE ESSES DOIS UNIVERSOS. (...) ESSAS PASSAGENS TORNAM POSSÍVEL A VIAGEM ENTRE ESSES MUNDOS, COMO UMA PONTE CÓSMICA QUE LIGASSE DOIS UNIVERSOS DIFERENTES OU DOIS PONTOS DO MESMO UNIVERSO”.
No livro “Voltei”, de Irmão Jacob, igualmente psicografado por Chico Xavier (obra de leitura obrigatória para os espíritas!), no capítulo “Incidente em Viagem”, há interessante narrativa que Mário Frigéri sintetiza em “As Sete Esferas da Terra”:
“Havia uma ponte luminosa assinalando a passagem das regiões de treva para as de luz. Um desencarnado do grupo que volitava sob a supervisão e sustentação fluídica de Bezerra de Menezes e do Irmão Andrade, se desequilibrou ante a visão magnífica da nova região e, recordando seus antigos deslizes na carne, passou a gritar:
- Não! não! não posso! eu matei na Terra! Não mereço a luz divina! sou um assassino, um assassino!
Quando seus brados ressoaram lúgubres pelas quebradas sombrias abaixo, outras vozes, parecendo provir de maltas de feras ao pé da ponte, esbravejaram, horríveis:
- Vigiemos a ponte! Assassinos não passam, não passam!”.
Corroborando este rápido estudo, atentemos para a palavra lúcida de Emmanuel, em carta dirigida a César Burnier, em 2 de abril de 1938, recentemente inserida na obra “Um Amor – Muitas Vidas”, de Jorge Damas Martins, da Editora “Lachâtre”:
“Não podereis compreender, de pronto, o nosso esforço. Tendes de reconhecer, primeiramente, que o Além não é uma região, e sim um estado imperceptível para a vossa potencialidade sensorial. E entendereis que igualmente nós somos ainda relativos, sem nenhum característico absoluto, irmãos de vossa posição espiritual, em caminho para as outras realizações e conquistas, como vós outros”. (grifamos)
Em suma, a vasta obra que Emmanuel e André Luiz realizaram através de Chico Xavier, em complemento ao Pentateuco, estão a requisitar de nós, espíritas, uma releitura, à luz das modernas conquistas da Ciência, para que possamos mais bem assimilar as inúmeras informações que contêm, muitas vezes em textos que necessitam ser cotejados entre si, à espera de que disponhamos de maturidade espiritual a fim de compreendê-los em sua profundidade reveladora.
Porque permanecem na superfície da palavra, sem visão mais ampla desta ou daquela abordagem, muitos não conseguem atinar com o caráter progressivo da Doutrina, opondo-se, de maneira sistemática, ao que, por outros autores, encarnados ou desencarnados, lhes soa como novidade ou mesmo contrário aos princípios básicos da Terceira Revelação.
Apenas acrescento e, fazendo referência ao texto acima o que refere a obra de Léon Denis “O GÊNIO CÉLTICO E O MUNDO INVISÍVEL” pág. 154.
“... O homem moderno evoluído retirará as suas conclusões partindo da ação das forças superiores e tornar-se-á comparável à antena das vossas telegrafias sem fios. Não está longe o dia em que ficareis convencidos de que o infinito é o próprio Deus e de que A VIDA UNIVERSAL CIRCULA POR TODA A PARTE, SENDO OS ESPAÇOS UNICAMENTE CAMPOS VIBRATÓRIOS RADIANTE"
Ana Maria Teodoro Massuci.

domingo, 17 de abril de 2016

“QUE APARÊNCIA TEM OS ESPÍRITOS”?

Você já pensou em como é a aparência dos Espíritos depois da morte?
Terão a aparência de fantasmas?
Serão como uma nuvem de fumaça?
Ou será que se apresentam como uma assombração?
Nem uma coisa, nem outra. Os Espíritos mantêm a aparência que tinham quando encarnados no corpo físico.
Já tivemos notícias de vários casos de aparições de Espíritos em todo o Mundo. E, em todos os casos, que se tornaram célebres, as pessoas que tiveram as visões afirmam que o Espírito tinha um corpo.
Podem ter uma luminosidade diferente, mas a aparência é de um ser humano.
Um dos casos bem conhecido de todos nós é o encontro de Jesus com os Espíritos de Moisés e Elias.
Diante de Jesus e dos Apóstolos Pedro, Tiago e João, esses dois Espíritos se tornaram visíveis e com a mesma aparência que tinham quando seu corpo era de carne.
Outro exemplo é do próprio Cristo. Após a crucificação, Ele surge entre os Apóstolos e convive com eles por algum tempo.
Sua aparência era a mesma de antes, a tal ponto que todos O reconheceram.
Assim, podemos eliminar das nossas mentes essas ideias distorcidas de que os Espíritos têm forma diversa da que tinham quando encarnados.
Mas, se é verdade que o corpo físico fica no túmulo, que corpo é esse que mantém a mesma forma?
A verdade é que nós somos formados por três elementos: o Espírito, o corpo físico, e o perispírito.
O perispírito é o que  Paulo, Apóstolo, chamava de corpo espiritual.
É formado de matéria sutil, imperceptível aos olhos comuns, mas visível aos que têm a faculdade mediúnica chamada vidência.
E não é só a aparência exterior que conservamos após a desencarnação. Mantemos também todas as condições psíquicas que tínhamos na véspera.
Nada dá saltos na natureza. E com o Espírito não poderia ser diferente.
Saindo do corpo físico sem sair da vida, a criatura busca seus interesses, no outro plano, e segue vivendo da mesma forma que viveu até o túmulo.
Se assim é, todos os esforços que empreendermos para nos aperfeiçoarmos intelectual e moralmente, ainda hoje, não serão em vão. 
O perispírito é conhecido desde a mais remota Antiguidade.        
Pitágoras o denominava carne sutil da alma.
Aristóteles o chamava corpo sutil e etéreo.
Orígenes identificava-o como aura.
Paracelso, no século 16, detectou-o sob a designação de corpo astral.
Como podemos perceber, esse corpo, com o qual se mostram os Espíritos, já era muito bem conhecido, embora com denominações diferentes.
Allan Kardec, ao codificar a Doutrina Espírita chamou-o  perispírito.
Redação do Momento Espírita.

sábado, 16 de abril de 2016

“12 CARACTERÍSTICAS DAS PESSOAS SENSITIVAS”

Ter sensibilidade enérgica, ou ser considerado um sensitivo é ter capacidades em conseguir perceber ou ser de certo modo afetado por fatores energéticos. Além da possibilidade de perceber essas mesmas sensações em outras pessoas, o modo que energicamente elas também são afetadas por fatores, não necessariamente materiais.
Ser sensitivo está muito além de ser unicamente uma pessoa que possua sensibilidade a nível emocional, o conceito da palavra denota muito mais à sensibilidade voltada para a percepção do que à fragilidade.
Mas... que tal darmos os exemplos nítidos, onde podemos notar a sensibilidade e de certo modo a pré-disposição a uma mediunidade, mais aflorada em uma pessoa.
1. Conhecimento.
Pessoas consideradas sensitivas, sabem das coisas às vezes sem sequer ser comentado algo com elas. É bastante comum os relatos de descrições perfeitas de situações, ocorridas mesmo à distância, que essas pessoas de mediunidade mais expandida, conseguirem palpitar à respeito.
2. Indisposição à momentos longos em locais públicos ou movimentados.
Devido à facilidade dessas pessoas em sentirem as energias alheias, e até mesmo serem afetadas por elas, os empatas evitam lugares movimentados como shoppings, estádios de futebol e qualquer grande aglomeração de pessoas.
3. Eles realmente sentem as suas emoções, tanto positivas, quanto negativas, e tomam elas para si.
Sensitivos carregam o fardo de se sentirem contagiados pelo estado de espírito transmitido pelas pessoas ao qual eles entram em contato. Se você se sente assim, a probabilidade de você ter pré-disposição para a mediunidade é bem alta.
4. Não assistem violência na TV nem em meios de comunicação.
Por conta dos motivos já citados anteriormente.
Bem, eles simplesmente sabem. Mesmo as vezes optando por não querer crer em inverdades, no fundo eles sabem quando estão sendo feitos de bobo ou quando tentam passá-los para trás.
6. Geralmente tem pré-disposição a problemas estomacais.
São atribuídas à pessoas empatas ou sensitivas, uma série de problemas na região abdominal, pois é onde se localiza o chakra do plexo solar, e que é conhecido como a sede das emoções. Destacam-se as gastrites e úlceras estomacais.
7. Possuem a personalidade voltada para algum vício.
Seja em álcool, ou em nicotina, em algumas drogas, e até mesmo em práticas sexuais constantes, as pessoas com a mediunidade mais elevada, são constantemente testadas com esse tipo de provações e nem sempre elas possuem êxito.
8. Criatividade acima da média.
São extremamente aptos para algumas coisas que envolvam a criação, tanto a arte, quanto a dança, escrita, desenho e até mesmo áreas de criação de organizações empresariais.
9. Geralmente amam e protegem a natureza.
Na maioria das vezes são aqueles que se envolvem com organizações de proteção aos bichinhos, ou mesmo alguma vez na vida, se envolvem com projetos filantrópicos
10. Necessidade da solidão.
Nem que seja por algumas horas durante um dia, semana, mês. Tudo depende do estado vibracional que aquela pessoa se encontra. Mas geralmente, pessoas com a sensibilidade à flor da pele, necessitam da solidão, na maioria das vezes, para chegarem a soluções de problemas emblemáticos.
11. Possuem sede de conhecimento.
Pode olhar que aquele coleguinha da sala, que mais pergunta a professora, é o que tem mais pré-disposição.
12. são adeptos da total liberdade e das viagens para lugares paradisíacos.
Como são pessoas aptas a captarem energias das coisas, optam por lugares que lhes transmitam a paz de espírito necessárias e que fomentem a sede por liberdade que elas possui.

Autor desconhecido

sexta-feira, 15 de abril de 2016

“A INGRATIDÃO DOS FILHOS E OS LAÇOS DE FAMÍLIA’

A ingratidão é um dos frutos mais imediatos do egoísmo, e revolta sempre os corações virtuosos. Mas a ingratidão dos filhos para com os pais tem um sentido ainda mais odioso. É desse ponto de vista que  vamos encarar mais especialmente, para analisar-lhe as causas e os efeitos. Nisto, como em tudo, o Espiritismo vem lançar luz sobre um dos problemas do coração humano.
Quando o Espírito deixa a Terra, leva consigo as paixões ou as virtudes inerentes à sua natureza, e vai no espaço aperfeiçoar-se ou estacionar, até que deseje esclarecer-se. Alguns, portanto, levam consigo ódios violentos e desejos de vingança. A alguns deles, porém, mais adiantados, é permitido entrever algo da verdade: reconhecem os funestos efeitos de suas paixões, e tomam então boas resoluções; compreendem que, para se dirigirem a Deus, só existe uma senha – caridade. Mas não há caridade sem esquecimento das ofensas e das injúrias, não há caridade com ódio no coração e sem perdão.
É então que, por um esforço inaudito, voltam o seu olhar para os que detestaram na Terra. À vista deles, porém, sua animosidade desperta. Revoltam-se à ideia de perdoar, e ainda mais a de renunciarem a si mesmos, mas sobretudo a de amar aqueles que lhes destruíram talvez a fortuna, a honra, a família. Não obstante, o coração desses infortunados está abalado. Eles hesitam, vacilam, agitados por sentimentos contrários. Se a boa resolução triunfa, eles oram a Deus, imploram aos Bons Espíritos que lhes deem forças no momento mais decisivo da prova.
Enfim, depois de alguns anos de meditação e de preces, o Espírito se aproveita de um corpo que se prepara, na família daquele que ele detestou, e pede, aos Espíritos encarregados de transmitir as ordens supremas, permissão para ir cumprir sobre a Terra os destinos desse corpo que vem de se formar. Qual será, então, a sua conduta nessa família? Ela dependerá da maior ou menor persistência das suas boas resoluções. O contato incessante dos seres que ele odiou é uma prova terrível, da qual às vezes sucumbe, se a sua vontade não for bastante forte. Assim, segundo a boa ou má resolução que prevalecer, ele será amigo ou inimigo daqueles em cujo meio foi chamado a viver. É assim que se explicam esses ódios, essas repulsas instintivas, que se notam em certas crianças, e que nenhum fato exterior parece justificar. Nada, com efeito, nessa existência, poderia provocar essa antipatia. Para encontrar-lhe a causa, é necessário voltar os olhos ao passado.
Desde o berço, a criança manifesta os instintos bons ou maus que traz de sua existência anterior. É necessário aplicar-se em estudá-los. Todos os males têm sua origem no egoísmo e no orgulho. Espreitai, pois, os menores sinais que revelam os germens desses vícios e dedicai-vos a combatê-los, sem esperar que eles lancem raízes profundas. Fazei como o bom jardineiro, que arranca os brotos daninhos à medida que os vê aparecerem na árvore. Se deixardes que o egoísmo e o orgulho se desenvolvam, não vos espanteis de ser pagos mais tarde pela ingratidão. Quando os pais tudo fizeram para o adiantamento moral dos filhos, se não conseguem êxito, não tem do que lamentar e sua consciência pode estar tranquila. Quanto à amargura muito natural que experimentam, pelo insucesso de seus esforços, Deus reserva-lhes uma grande, imensa consolação, pela certeza de que é apenas um atraso momentâneo, e que lhe será dado acabar em outra existência a obra então começada, e que um dia o filho ingrato os recompensará com o seu amor.
De todas as provas, as mais penosas são as que afetam o coração. Aquele que suporta com coragem a miséria das privações materiais, sucumbe ao peso das amarguras domésticas, esmagadas pela ingratidão dos seus. Oh!, é essa uma pungente angústia! Mas o que pode, nessas circunstâncias, reerguer a coragem moral, senão o conhecimento das causas do mal, com a certeza de que, se há longas dilacerações, não há desesperos eternos, porque Deus não pode querer que a sua criatura sofra para sempre? O que há de mais consolador, de mais encorajador, do que esse pensamento de que depende de si mesmo, de seus próprios esforços, abreviar o sofrimento, destruindo em si as causas do mal? Mas, para isso, é necessário não reter o olhar na Terra e não ver apenas uma existência; é necessário elevar-se, pairar no infinito do passado e do futuro. Então, a grande justiça de Deus se revela aos vossos olhos, e esperais com paciência, porque explicou a vós mesmos o que vos parecia monstruosidade da Terra. Os ferimentos que recebestes vos parecem simples arranhaduras. Nesse golpe de vista lançado sobre o conjunto, os laços de família aparecem no seu verdadeiro sentido: não mais os laços frágeis da matéria que ligam os seus membros, mas os laços duráveis do Espírito, que se perpetuam, e se consolidam, ao se depurarem, em vez de se quebrarem com a reencarnação.

Os Espíritos cuja similitude de gostos, identidade do progresso moral e a afeição, levam a reunir-se, formam famílias. Esses mesmos Espíritos, nas suas migrações terrenas, buscam-se para agrupar-se, como faziam no espaço, dando origem às famílias unidas e homogêneas. E se, nas suas peregrinações, ficam momentaneamente separados, mais tarde se reencontram, felizes por seus novos progressos. Mas como não devem trabalhar somente para si mesmos, Deus permite que Espíritos menos adiantados venham encarnar-se entre eles, a fim de haurirem conselhos e bons exemplos, no interesse do seu próprio progresso. Eles causam, por vezes, perturbações no meio, mas é lá que está a prova, lá que se encontra a tarefa. Recebei-os, pois, como irmãos; ajudai-os, e, mais tarde, no mundo dos Espíritos, a família se felicitará por haver salvo do naufrágio os que, por sua vez, poderão salvar outros.
SANTO AGOSTINHO-Paris, 1862

O Evangelho Segundo o Espiritismo

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...