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quarta-feira, 11 de maio de 2016

"O QUE É HUMILDADE?"

Humildade pode ser definida como um estado ou condição de um ser humano, parte integrante de seu caráter e de suas virtudes, que é o contrário do orgulho, da vaidade, da soberba e da prepotência. A palavra humildade vem do latim húmus, que significa “terra” ou “filhos da terra”.
Nesse sentido, o humilde seria aquele que admite a realidade de suas limitações e, por esse motivo, vive mais tranquilo e satisfeito com o que é, sem ficar desejando demonstrar algo que não é ou possuir algo que não possui. O que faz a terra? Coloca-se sempre abaixo de todos, em sua base de sustentação, e por isso mesmo, é a coisa mais grandiosa do mundo.
A humildade verdadeira nada tem a ver com submissão. Humildade também não é um mero aspecto de nossa personalidade, não é um traço psíquico. É, antes de tudo, uma forma de encarar a vida. Jesus se referiu aos humildes como mendicantes do espírito, ou seja, aqueles que se submetem a harmonia universal e as leis naturais a fim de receber as graças do infinito e do plano divino. Pessoas humildes valorizam mais o ser e não o ter.
Uma pessoa humilde não se coloca acima dos outros. Ele procura sempre aceitar suas imperfeições e limites. Sabe que seu conhecimento não pode tudo abarcar e vive num estado de simplicidade diante da vida. Humildade pressupõe uma liberdade espiritual, pois o humilde não precisa gastar energia para sustentar suas máscaras e seu ego inflado. Aqui vale a máxima “A pessoa mais livre é a que possui menos necessidades”. O humilde admite apenas as necessidades reais e não fica criando falsas necessidades. Sendo assim, naturalmente é uma pessoa menos carente do que aquela que fica criando muitas expectativas sobre a vida.
O humilde possui menos necessidade de demonstrar algo para os outros e provar algo para si mesmo. Não veremos uma pessoa humilde contando vantagem do que possui ou do que é. A humildade sempre tem por base o respeito a outras pessoas pelo que elas são, e não pelo nós acreditamos que deve ser. O humilde não se percebe superior a ninguém, pois reconhece que a vida humana ainda é muito limitada e entreve os grandes desafios que o progresso reserva aos seres humanos.
Pessoas arrogantes sempre enxergam o universo como muito pequeno, sempre cabendo dentro do seu nível de conhecimento e vivência. O humilde considera que seu conhecimento ainda é muito pequeno, tímido, rudimentar e aspira ao desenvolvimento pessoal e espiritual. Os indivíduos soberbos não são apenas aqueles que se colocam acima dos outros; para que mantenham sua condição de superioridade, eles precisam, isso sim, rebaixar outras pessoas, para que elas jamais estejam acima do soberbo. Julgar-se superior não é suficiente para o prepotente, é necessário também depreciá-las, humilhá-las, degradá-las, para que jamais elas possam interferir na crença de sua superioridade. Caso o orgulhoso não procurasse rebaixar os outros, logo sua suposta superioridade seria posta em cheque, e isso seria um desastre na vida do arrogante. O humilde já não possui a necessidade de exaltar ou de rebaixar quem quer que seja, pois está mais ou menos liberto do jogo das afirmações do ego dentro das relações sociais.
Jesus disse: “Bem aventurados os humildes, pois deles é o reino dos céus”. Não por acaso Jesus proferiu essas palavras. Como sábio que era, Jesus tinha plena consciência que os humildes estão muito mais próximos de Deus do que os arrogantes e egoístas. A humildade é uma precondição para a liberdade espiritual. O ego sempre foi considerado, desde épocas arcaicas o oriente místico, como a fonte de todos os males do mundo. O ego deve ser transcendido, para que a simplicidade, a tranquilidade e a naturalidade possam despertar e se tornarem o caminho para a libertação espiritual.
Uma vida simples é uma vida feliz. Uma vida sofisticada sempre vem regrada de compromissos, necessidades, peso, complexidade, confusão e, sem dúvida, frustração e sofrimento. A felicidade tem como matéria-prima a humildade. Se uma pessoa aspira a felicidade, não pode jamais aceitar o orgulho e o egoísmo em seu coração. Como disse Confúcio: “A humildade é a única base sólida de todas as virtudes”.

(Hugo Lapa)

terça-feira, 10 de maio de 2016

“JOANA D’ARC REENCARNAÇÃO DE JUDAS ISCARIOTES”

Todos nós sabemos sobre as histórias das vidas de Judas Iscariotes e de Joana D’arc, por isso que não vou estender sobre a histórias de ambos que tem o mesmo espírito. 
Depois do ato de suicido de Judas Iscariotes, e tendo passado pouco tempo no vale dos suicidas, ele estando com o espírito profundamente perturbado e enlouquecido, recebeu a visita de Jesus, que permaneceu três dias ao seu lado até que ele adormecesse; só depois desse gesto de amor e de perdão é que Jesus apareceu materializado a Maria Madalena, segundo o Evangelho de João (20: 11 a 18).
Judas obteve a oportunidade de reencarnar diversas vezes na Terra e a sua última reencarnação foi como Joana D'arc, a sua última prova, para resgatar seus débitos para com a sua própria consciência, e se tornar um espírito livre.
Como Joana D'Arc, aos 13 anos de idade começou a ter visões de São Miguel que falava-lhe sobre umas novas aparições, que seria as de Santa Catarina e Santa Margarida que viriam em nome de Deus para cumprirem uma missão, e dar as ordens a Joana D'arc para liderar a França na Guerra dos Cem Anos contra a Inglaterra, como já sabemos. Depois da vitória da França, Joana foi injustamente condenada por bruxaria, heresia e por blasfêmia, por receber tais mensagens, assim considerada bruxa ela foi levada pela Inquisição, onde queimou e sofreu seus últimos instantes na Terra. Ao desencarnar ela se encontrou com Santa Catarina e Santa Margarida, que lhe disseram que Jesus estava pela sua espera há muito tempo.
A seguir coloco a conversa que o consagrado escritor Humberto de Campos teve com Judas Iscariotes  em Jerusalém, às margens do Jordão, a conversa foi sobre a condenação de Jesus, é uma entrevista esclarecedora, ditada a Chico Xavier, em Pedro Leopoldo, em 19 de abril de 1935. Este texto é do livro "Crônicas de Além-Túmulo". Leiamo-la:
Nas margens caladas do Jordão, não longe talvez do lugar sagrado, onde o Precursor batizou Jesus Cristo, divisei um homem sentado sobre uma pedra. De sua expressão fisionômica irradiava-se uma simpatia cativante.
- Sabe quem é este? - murmurou alguém aos meus ouvidos. - Este é Judas.
- Judas?!...
- Sim. Os espíritos apreciam, às vezes, não obstante o progresso que já alcançaram, volver atrás, visitando os sítios onde se engrandeceram ou prevaricaram, sentindo-se momentaneamente transportados aos tempos idos. Então mergulham o pensamento no passado, regressando ao presente, dispostos ao heroísmo necessário do futuro. Judas costuma vir a Terra, nos dias em que se comemora a Paixão de Nosso Senhor, meditando nos seus atos de antanho...
Aquela figura de homem magnetizava-me. Eu não estou ainda livre da curiosidade do repórter, mas entre as minhas maldades de pecador e a perfeição de Judas existia um abismo. O meu atrevimento, porém, e a santa humildade do seu coração ligaram-se para que eu o atravessasse, procurando ouvi-lo.
- O senhor é, de fato, o ex-filho de Iscariotes? - perguntei.
- Sim, sou Judas - respondeu aquele homem triste, enxugando uma lágrima nas dobras de sua longa túnica.
Como o Jeremias, das Lamentações, contemplo às vezes esta Jerusalém arruinada, meditando no juízo dos homens transitórios... 
- E uma verdade tudo quanto reza o Novo Testamento com respeito à sua personalidade na tragédia da condenação de Jesus?
- Em parte... Os escribas que redigiram os evangelhos não atenderam às circunstâncias e as tricas políticas que acima dos meus atos predominaram na nefanda crucificação. Pôncio Pilatos e o tetrarca da Galileia, além dos seus interesses individuais na questão, tinham ainda a seu cargo salvaguardar os interesses do Estado romano, empenhado em satisfazer as aspirações religiosas dos anciãos judeus. Sempre a mesma história. O Sanedrim desejava o reino do céu pelejando por Jeová, a ferro e fogo; Roma queria o reino da Terra. Jesus estava entre essas forças antagônicas com a sua pureza imaculada. Ora, eu era um dos apaixonados pelas ideias socialistas do Mestre, porém o meu excessivo zelo pela doutrina me fez sacrificar o seu fundador. Acima dos corações, eu via a política, única arma com a qual poderia triunfar e Jesus não obteria nenhuma vitória. Com as suas teorias nunca poderia conquistar as rédeas do poder, já que, no seu manto e pobre, se sentia possuído de um santo horror à propriedade. Planejei então uma revolta surda como se projeta hoje em dia na Terra a queda de um chefe de Estado. O Mestre passaria a um plano secundário e eu arranjaria colaboradores para uma obra vasta e enérgica como a que fez mais tarde Constantino Primeiro, o Grande, depois de vencer Maxêncio às portas de Roma, o que, aliás, apenas serviu para desvirtuar o Cristianismo. Entregando, pois, o Mestre, a Caifás, não julguei que as coisas atingissem um fim tão lamentável e, ralado de remorsos, presumi que o suicídio era a única maneira de me redimir aos seus olhos.
- E chegou a salvar-se pelo arrependimento?
- Não. Não consegui. O remorso é uma força preliminar para os trabalhos reparadores. Depois da minha morte trágica, submergi-me em séculos de sofrimento expiatório da minha falta. Sofri horrores nas perseguições infligidas em Roma aos adeptos da doutrina de Jesus, e as minhas provas culminaram em uma fogueira inquisitorial, onde, imitando o Mestre, fui traído, vendido e usurpado. Vítima da felonia e da traição, deixei na Terra os derradeiros resquícios do meu crime, na Europa do século XV Desde esse dia, em que me entreguei por amor do Cristo a todos os tormentos e infâmias que me aviltavam, com resignação e piedade pelos meus verdugos, fechei o ciclo das minhas dolorosas reencarnações na Terra, sentindo na fronte o ósculo de perdão da minha própria consciência...
- E está hoje meditando nos dias que se foram... - pensei com tristeza.
- Sim... estou recapitulando os fatos como se passaram. E agora, irmanado com Ele, que se acha no seu luminoso Reino das Alturas que ainda não é deste mundo, sinto nestas estradas o sinal de seus divinos passos. Vejo-O ainda na cruz entregando a Deus o seu destino... Sinto a clamorosa injustiça dos companheiros que O abandonaram inteiramente e me vem uma recordação carinhosa das poucas mulheres que O ampararam no doloroso transe... Em todas as homenagens a Ele prestadas, eu sou sempre a figura repugnante do traidor... Olho complacentemente os que me acusam sem refletir se podem atirar a primeira pedra... Sobre o meu nome pesa a maldição milenária, como sobre estes sítios cheios de miséria e de infortúnio. Pessoalmente, porém, estou saciado de justiça, porque já fui absolvido pela minha consciência no tribunal dos suplícios redentores.
Quanto ao Divino Mestre - continuou Judas com os seus prantos - infinita é a sua misericórdia e não só para comigo, porque, se recebi trinta moedas, vendendo-O aos seus algozes, há muitos séculos Ele está sendo criminosamente vendido no mundo a grosso e a retalho, por todos os preços, em todos os padrões do ouro amoedado... 
- E verdade - concluí - e os novos negociadores do Cristo não se enforcam depois de vendê-lo.
Judas afastou-se tomando a direção do Santo Sepulcro e eu, confundido nas sombras invisíveis para o mundo, vi que no céu brilhavam algumas estrelas sobre as nuvens pardacentas e tristes, enquanto o Jordão rolava na sua quietude como um lençol de águas mortas, procurando um mar morto.

Chico Xavier pelo Espírito Humberto de Campos em Pedro Leopoldo, em 19 de abril de 1935. Este texto é do livro "Crônicas de Além-Túmulo".


segunda-feira, 9 de maio de 2016

“PLURALIDADE DAS EXISTÊNCIA OU PRÉ-EXISTENCIA DA ALMA”

A pluralidade das existências, cujo princípio o Cristo estabeleceu no Evangelho, mas sem defini-lo mais que a muitos outros, é uma das leis mais importantes reveladas pelo Espiritismo, no sentido de demonstrar a realidade e a necessidade do progresso. Por essa lei, o homem explica todas as anomalias aparentes que a vida humana apresenta; as diferenças de posição social; as mortes prematuras, que sem a reencarnação tornariam inúteis para a alma as vidas abreviadas; a desigualdade das aptidões intelectuais e morais pela antiguidade do Espírito, que aprendeu mais ou menos e progrediu e que traz ao renascer a aquisição de suas existências anteriores.
Com a doutrina da criação da alma a cada nascimento, voltamos a cair no sistema das criações privilegiadas; os homens são estranhos uns aos outros, nada os une, os laços da família são puramente carnais; eles não são solidários a um passado em que não existiam; com a crença no nada depois da morte, toda relação cessa com a vida; não são solidários no futuro. Pela reencarnação, são solidários no passado e no futuro; suas relações se perpetuam no mundo espiritual e no mundo corporal, a fraternidade tem por base as próprias leis da Natureza; o bem tem uma finalidade, o mal tem suas consequências inevitáveis.
Com a reencarnação, caem os preconceitos de raça e de casta, de vez que o mesmo Espírito pode renascer rico ou pobre, grão-senhor ou proletário, patrão ou subordinado, livre ou escravo, homem ou mulher. De todos os argumentos invocados contra a injustiça da servidão e da escravatura, contra a sujeição da mulher à lei do mais forte, nenhum há que saliente, pela lógica, o fato material da reencarnação. Portanto, se a reencarnação fundamenta sobre uma lei da Natureza o princípio da fraternidade universal, ela fundamenta sobre a mesma lei o da igualdade dos direitos sociais e, por conseguinte, o da liberdade.
Tirai ao homem o espírito livre, independente, sobrevivendo à matéria, e tereis feito dele uma máquina organizada, sem objetivo, sem responsabilidade, sem outro freio que a lei civil e boa para ser explorada como um animal inteligente. Nada esperando depois da morte, nada o impede de aumentar os gozos do presente; se sofre, não tem nenhuma perspectiva a não ser o desespero e o nada como refúgio. Com a certeza do futuro, de reencontrar aqueles a quem amou, o receio de rever aqueles a quem ofendeu, todas as suas ideias mudam. O Espiritismo, embora conseguisse apenas tirar do homem a dúvida com relação à vida futura, teria realizado mais pelo seu progresso moral do que todas as leis disciplinares, que algumas vezes o freiam, mas não o transformam.
Sem a preexistência da alma, a doutrina do pecado original não é somente irreconciliável com a justiça de Deus, que tornaria todos os homens responsáveis pela falta de um só: seria um contrassenso e tanto menos justificável pelo fato de que, segundo essa doutrina, a alma não existia na época em que se pretende fazer remontar sua responsabilidade. Com a preexistência, o homem traz, ao renascer, o germe de suas imperfeições, os defeitos que ele não corrigiu e que se traduzem pelos seus instintos naturais, suas propensões a tal ou qual vício. Este é o seu verdadeiro pecado original, do qual sofre naturalmente as consequências, mas com a diferença capital de que sofre o castigo de suas próprias faltas e não das faltas alheias; e esta outra diferença, ao mesmo tempo consoladora, encorajante e soberanamente equitativa, de cada existência, lhe oferece os meios de se redimir pela reparação e de progredir, seja se despojando de alguma imperfeição, seja pela aquisição de novos conhecimentos, até que, suficientemente purificado, ele não tem mais necessidade da vida corporal e pode viver exclusivamente da vida espiritual, eterna e bem-aventurada.
Pela mesma razão, aquele que progrediu moralmente traz, ao renascer, qualidades naturais, como o que progrediu intelectualmente traz ideias inatas; está identificado com o bem; pratica-o sem esforço, sem cálculo, por assim dizer, sem pensar. Aquele que é obrigado a combater suas más tendências ainda está na luta: o primeiro já venceu, o segundo procura vencer. Há, portanto, virtude original, como há saber original e pecado, ou melhor, vício original.

A GÊNESE-ALLAN KARDEC

domingo, 8 de maio de 2016

“PLURALIDADE DOS MUNDOS HABITADOS”

O axioma: Conhece-se a árvore pelos frutos, é célebre.
Ele significa que, pelos efeitos, se pode aquilatar a qualidade da causa.
Deus é a inteligência suprema e a causa primária de todas as coisas.
O atual estágio do desenvolvimento humano impede que se pesquise satisfatoriamente a respeito da natureza Divina.
Contudo, mediante o raciocínio, é possível concluir que Deus deve possuir todas as virtudes em seu grau máximo.
Caso contrário, poderia ser ultrapassado, em qualquer dessas virtudes, por outro ser.
Então, esse ser é que seria Deus, a entidade suprema do Universo.
Mas, se Deus é infinitamente perfeito, por qual razão sua obra parece tão repleta de falhas?
Ele criou a Humanidade, mas ela não lhe faz honra, por suas características.
Há tanta maldade no mundo: violência, corrupção, perfídia...
Haverá compatibilidade entre a perfeição Divina e a aparente imperfeição de Sua obra?
Há, mas ela pressupõe considerar a pluralidade dos mundos habitados, ensinamento ministrado pelo Espiritismo.
Em determinada passagem do Evangelho, Jesus afirma:
Há muitas moradas na casa de meu pai.
A casa do Pai é o Universo.
As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito.
Tais moradas possuem características correspondentes ao estado evolutivo dos Espíritos que nelas habitam.
Se alguém julgar um país, apenas com base em um hospital, pensará que nele só há doentes. 
Se a análise levar em conta a população de um presídio, a conclusão será de que a nação é composta por criminosos.
Equívoco semelhante comete quem julga a Humanidade apenas com base nos habitantes da Terra.
Os Espíritos ensinam que há mundos, em diversos estágios evolutivos.
Quanto mais evoluído o Espírito, melhor o mundo que ele habita.
Há mundos primitivos, de provas e expiações, de regeneração e paz, ditosos e celestes ou Divinos.
Nos mundos primitivos, reinam soberanas as paixões e a vida moral é quase nula.
A Terra da idade da pedra e períodos subsequentes, é um exemplo desse tipo de mundo.
Atualmente, o planeta Terra qualifica-se como de provas e expiações.
Os seres que o habitam, em sua maioria, possuem inteligência desenvolvida.
Contudo, são muito viciosos, o que evidencia sua imperfeição moral.
Por força dos vícios de seus habitantes, na Terra o mal predomina.
Os mundos evoluem de um estágio a outro e os Espíritos não se encontram sempre vinculados a um planeta.
Isso explica porque almas nobres e generosas não são comuns em nosso meio.
Quando um Espírito passa a merecer paz e felicidade, ele é encaminhado a um mundo compatível.
A partir daí, somente nasce em locais inferiores em missão de amor.
Assim, a obra Divina, que se reflete na Humanidade terrena, está em processo de elaboração.
Com o tempo, absolutamente todos os Espíritos serão puros, em sabedoria e bondade.
Mas essa pureza é fruto do esforço próprio.
Assim, se você quer ser feliz, burile o seu íntimo.
Remova do seu ser toda causa de violência, discórdia ou crueldade. 
Seja um fator de progresso e harmonia no mundo.
Por uma questão de justiça, você sempre estará no local mais adequado ao seu temperamento e aos seus valores.
Pense nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. III, do livro O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. FEB.

sábado, 7 de maio de 2016

"SÍNDROME DOS APARELHOS PARASITAS NO SISTEMA NERVOSO DO CAMPO ASTRAL"

A obsessão espiritual, de acordo com o modelo proposto por Allan Kardec, é a perseguição intencional e persistente que um mau espírito desencadeia sobre outrem. Dependendo do seu grau de constrangimento, o processo pode ser assim classificado: obsessão simples, fascinação e subjugação.
É fundamental nesses casos a compreensão de algumas características básicas. Nos três tipos citados, o comprometimento maléfico decorre da ação mental do espírito e da influenciação comprometedora do seu próprio campo vibratório a envolver a psicosfera da vítima. Logo, nos casos de obsessões pesquisados pelo mestre de Lion, prevalecem a sugestão hipnótica e a ação de contato, fatores tão contundentes, quanto mais intensificados sejam o ódio e o conhecimento de técnicas magnéticas desarmonizantes utilizadas pelo agente agressor.
As obsessões tornam-se cada vez mais invasivas, à medida que os métodos manipulados pelos representantes das sombras se sofisticam. Nas práticas mediúnicas contemporâneas, na dependência da metodologia vigente, já se pode diagnosticar com razoável precisão, uma influência espiritual perfeitamente enquadrada entre as obsessões complexas. Tais obsessões são extremamente comprometedoras, porquanto as técnicas empregadas envolvem artifícios sutis que suplantam, em termos de comprometimento, as modalidades clássicas descritas por Kardec.
Entre as obsessões complexas, uma das mais conhecidas é a Síndrome dos Aparelhos Parasitas inseridos no sistema nervoso do campo astral, condição sabidamente indutora de quadros neurológicos e psicopatológicos graves, difíceis de serem diagnosticados e, por isso mesmo, responsáveis por um expressivo número de pacientes crônicos vitimados por enfermidades de prognóstico reservado.
Esse tipo de transtorno espiritual foi identificado na década de 70 pelo ilustre pesquisador espírita brasileiro, o Dr. José Lacerda de Azevedo, autor do livro Espírito/Matéria - Novos Horizontes Para a Medicina (Porto Alegre), a quem devemos, sem dúvidas, o descortino da moderna Medicina do Espírito.
A Síndrome dos Aparelhos Parasitas é o conjunto de sinais e sintomas decorrentes da inserção de artefatos elaborados por ação ideoplástica do obsessor no sistema nervoso do perispírito da criatura-alvo e capazes de desencadearem as mais variadas perturbações neurológicas, mentais ou físicas. São ocorrências extremamente graves e nem sempre diagnosticadas pelos padrões clássicos das práticas desobsessivas.
É comum nas reuniões mediúnicas de assistência aos encarnados, os médiuns videntes mais experimentados identificarem a presença de toda sorte de material negativo aderido à psicosfera dos enfermos. São descritos como grilhões, cunhas, placas, correntes, cordas, fios e outros artefatos a envolverem o corpo astral das criaturas. Apesar de serem constituídos de condensados energéticos de significativo teor barôntico, os sintomas gerados nem sempre são de grande monta, chegando a provocar em alguns casos, discreta sensação de mal-estar geral, alguma dor de cabeça, dolorimento muscular e eventual cansaço físico.
Uma vez identificados podem ser removidos através da administração de simples passes magnéticos, recursos habitualmente utilizados nas sociedades espíritas e de comprovada eficiência na limpeza superficial do campo perispirítico.
Não podemos dizer, portanto, que tais condensados barônticos se constituam peças fundamentais da síndrome propriamente dita, pois a sua ação periférica sem maiores repercussões na economia psicofísica e a relativa facilidade de remoção pela terapêutica bioenergética, são as mais importantes características diferenciais com a síndrome verdadeira como veremos adiante.
Os casos mais severos se definem pelo seu aspecto invasivo e pela capacidade de gerarem patologias degenerativas. Geralmente, tais aparelhos são de tamanho minúsculo, quase que imperceptíveis, inseridos em zonas nobres da área encefálica e, sobretudo, difíceis de serem removidos. Temos identificado alguns tipos interessantes quanto a morfologia e os mecanismos de ação.
Vejamos agora um exemplo prático para melhor compreensão, muito embora, a nossa casuística registre centenas de casos com imensa variação de técnicas.
Certa feita um paciente adulto apresentou-se em nossa casa espírita referindo as seguintes queixas: zumbidos auditivos intermitentes, vertigens, apatia profunda, emagrecimento progressivo e intenso cansaço. Tais sintomas se intensificavam sempre que ele tentava levantar-se do leito e deambular. Era acometido, então, do agravamento da sintomatologia, sobrevindo-lhe em seguida, a sensação de desfalecimento acompanhada de abundante sudorese. Estava sendo assistido por neurologistas há vários meses, embora não houvesse por parte da Medicina um diagnóstico de certeza.
Trazido à presença do grupo mediúnico foi submetido ao desdobramento de seu corpo astral, através de técnica magnética específica, com a finalidade de ser examinado na sua matriz perispiritual, pois como se sabe, é lá que se encontram registrados os pontos de ligações obsessivas e os morbos vibratórios que se manifestam no campo físico em decorrência de mecanismos drenadores. Inicialmente os médiuns não registraram a presença de entidades obsessoras ligadas ao caso. O fato gerou expectativas, pois quase sempre essas criaturas desvitalizadas e enfermiças são vítimas da ação parasitária de entidades maléficas que agem à semelhança de verdadeiros vampiros, sugando-lhes as energias vitais. Concentramos, então, as nossas atenções no corpo astral do enfermo, inspecionando-lhe detalhadamente o cérebro, até que um dos médiuns nos alertou para sutil detalhe, logo confirmado pelos demais tarefeiros. Tratava-se da presença de minúsculos eletrodos inseridos em núcleos encefálicos e dos quais partiam filamentos capilares que se estendiam até os tendões de vários grupos musculares.
Em diálogo com os nossos mentores, eles nos explicaram tratar-se de uma terrível modalidade obsessiva, ainda desconhecida da maioria dos espíritas, porém, bem mais frequente do que imaginávamos.
A primeira preocupação de nossa parte foi saber o porquê da ausência dos obsessores ao lado do enfermo. Explicaram-nos os dirigentes espirituais que a técnica utilizada no caso, pelo seu grau de sofisticação eletrônica, prescindia da presença deles, vez que, os aparelhos uma vez implantados por si só cumpriam a ação destrutiva. Os autores espirituais apenas acompanhavam à distância, evitando serem identificados ou capturados pelas falanges benfeitoras que auxiliam os grupos desobsessivos existentes na crosta.
Os aparelhos parasitas tinham sido implantados por espíritos de baixíssimo estofo moral, não obstante, serem dotados de elevado nível de inteligência, verdadeiros técnicos das sombras. Na qualidade de delinquentes da erraticidade, tais entidades trabalham quase sempre a soldo de barganhas e se comprazem em destruir a existência das criaturas encarnadas.
No caso específico, a ativação e o funcionamento dos aparelhos obedeciam a um verdadeiro sistema de “feed-back”. Qualquer tentativa de atividade muscular, por menor que fosse, alimentava a fiação inserida nos tendões musculares com a própria energia vital do paciente, energia liberada pelo seu metabolismo neuro-muscular e indispensável à ativação dos eletrodos e “chips” implantados em zonas encefálicas. A partir de então, os “aparelhos” emitiam energias de baixo teor vibratório, profundamente desarmonizantes e capazes de desencadear toda sintomatologia referida pelo paciente. Esse efeito nocivo era cada vez mais duradouro e, toda vez que o enfermo tentava se movimentar, sem que disto se apercebesse, realimentava o circuito parasita prolongando os mecanismos desvitalizantes por períodos cada vez mais extensos.
A terapêutica por nós empregada consistiu na aplicação das “técnicas desobsessivas de alta eficiência”, relatadas, em parte, no capítulo Obsessão Onírica inserido na obra de nossa autoria, Mediunidade e Medicina - Um Vasto Campo de Pesquisa - da Editora “O Clarim”.
Certamente, as incursões no campo das obsessões complexas, nos tempos atuais, estão descortinando novos horizontes com repercussões bastante favoráveis no âmbito prático das chamadas desobsessões espirituais, mormente, aquelas direcionadas aos psicopatas internados nos hospitais e sanatórios espíritas.
Elevada amostragem de transtornos psicóticos na rotina psiquiátrica corresponde perfeitamente aos sintomas observados em vítimas da Síndrome dos Aparelhos Parasitas. São distúrbios espirituais que, se precocemente identificados pelo referencial mediúnico disponível, apresentam boas chances de serem revertidos, a exemplo do que habitualmente já acontece na intimidade de alguns Centros Espíritas. Contudo, o detalhe que enfatizamos é a necessidade da ampla divulgação do recente modelo de desobsessão espiritual em curso nas instituições espíritas que o adotaram, através de seminários e palestras elucidativas, de tal modo que ele se torne conhecido pela maioria dos médiuns e dirigentes de trabalhos práticos.
A nossa razoável experiência no assunto nos permite firmar posições coerentes com aquilo que temos divulgado. Orientando-se adequadamente o desenvolvimento mediúnico através das modernas técnicas de desdobramento induzido, estaremos ofertando aos médiuns as condições propícias à ampliação da sua capacidade sonambúlica, facilitando-lhes a identificação dos aparelhos parasitas e demais eventos que se desenrolam na dimensão extra-física, ao lado dos bondosos mentores que prestimosamente nos dirigem e orientam.
Aguardamos esperançosos que, muito em breve, os trabalhadores da seara espírita estejam mais capacitados a diagnosticarem a Síndrome dos Aparelhos Parasitas e as demais obsessões complexas, consolidando definitivamente a nova era da Medicina do Espírito.

Dr. Vitor Ronaldo Costa-Medicina e Espiritismo

sexta-feira, 6 de maio de 2016

“TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS NA VISÃO ESPIRITA”

A medicina tem se valido, cada vez mais da possibilidade de aumentar o tempo de vida das pessoas, através da utilização de partes do corpo ou de transplantes de pessoas que venham a falecer. Há registros de transplantes em várias épocas, na Índia, há dois mil anos ou mais, tem-se notícias de transplantes autógenos, para reparo de mutilações de nariz, orelhas e lábios. Os cirurgiões de Alexandria já tratavam de problemas de lesões na fase e em outras partes do corpo, através de transplante de pele.
Sem dúvida, é uma atitude louvável a possibilidade de, através da doação de partes de um corpo, que nenhuma serventia terá ao seu proprietário, permitir que alguém possa ter a oportunidade de ter a sua vida prolongada. “Isso sem dúvida é caridade para com o próximo”.
Entretanto, uma série de dúvidas e perguntas surgem junto a todos em relação ao conceito de morte, a família, ao espírito, a religião e outros fatores. Do ponto de vista médico-jurídico, o conceito de morte vem sendo muito discutido, tendo-se chegado a um consenso do conceito de morte encefálica, quando as estruturas vitais do cérebro estão irremediavelmente lesadas, o exame mostra a ausência de atividade elétrica cerebral, esse é um dos métodos de comprovação da morte.
Mas como fica a situação do espírito do doador?
R: Essa é uma dúvida que assalta muitas pessoas, vamos dar alguns exemplos: quando uma pessoa doa as córneas (olhos), essa pessoa não retorna ao mundo espiritual sem enxergar, se fosse assim, como seria, aquelas pessoas que foram consumidas pelo fogo? Voltariam a pátria espiritual como? só cinzas??? E aquelas pessoas que foram desintegradas numa explosão?
Não há o que se preocupar, pois a remoção de órgãos em nada afeta o corpo perispiritual, sendo que, muitas vezes até beneficia o espírito doador, pela possibilidade que proporciona, recebendo á alegria e a gratidão do receptor do órgão e de seus familiares. 
Numa operação de transplante de órgãos é necessária a presença de duas equipes médicas: uma material e outra espiritual, cada uma executando a sua parte e, por assim dizer, complementando-se uma à outra. Enquanto a equipe médica material trabalha nas ligações das estruturas dos tecidos do órgão doado ao corpo material do paciente receptor, a equipe médica espiritual providencia as conexões dos “fios fluídicos” do perispírito* do transplantado, na região do órgão que foi doado, às respectivas células materiais do seu novo órgão. Se o perispírito do paciente transplantado não se adaptar convenientemente à nova porção de matéria do órgão que foi doado, haverá a rejeição, pois ele deixa de receber os influxos vitais irradiados pelo Espírito e transmitidos ao corpo carnal via perispírito.
Nota-se, que a equipe médica espiritual atua no perispírito do receptor buscando aliviá-lo das impressões fluídicas existentes, possibilitando, assim, reduzir problemas de inaptidão do órgão a um novo organismo.
Nota: - Perispírito* - O homem compõe de três elementos: o corpo ou ser material, composto das partículas materiais idênticas á aquelas utilizadas na constituição fisiológica de todo o animal; A alma, ser inteligente, imaterial, ou espírito encarnado no corpo, e o Perispírito, laço fluídico que prende a alma ao corpo, principio intermediário entre matéria e espírito. A função do perispírito : quando encarnado, é o intermediário entre o espírito e o corpo físico, tendo como função, transmitir as sensações do corpo para o espírito e as impressões do espírito para o corpo.
O Espírito e o corpo carnal, são de naturezas totalmente opostas. No transplante quando o órgão é retirado, leva com ele o conteúdo energético, que, sendo estranho ao organismo transplantado, pode ser chocante, portanto, não basta apenas harmonia e semelhança do ponto de vista físico, mas, também do perispiritual, quando maior essa identidade, menor a chance de rejeição.
O veículo físico de matéria palpável, não deixa de ser energia, mas é energia concentrada, pesada; já o Espírito, ser pensante, é sutil e embora ainda não conhecemos a sua estrutura íntima, percebe que é algo como um foco irradiante, uma fonte poderosa de energia vibrátil.
Dois corpos tão diferentes na sua essência, só podem ser conectados por um outro de textura intermediária - O PERISPÍRITO -, constituído de fluido semi-material, geralmente mais fluídico do que material. O perispírito é como se fosse um conjunto enorme de pequenas “algemas fluídicas”, que aprisionam o Espírito à matéria, célula a célula, elemento a elemento, cuja libertação plena só acontece com o fenômeno da morte.
Os corpos carnais das diferentes pessoas são exatamente iguais, pois são compostos dos mesmos elementos químicos oriundos da terra (cálcio, ferro, alumínio, zinco, etc.), qualquer que seja a superioridade ou a inferioridade dos Espíritos que os habitam temporariamente. Com o perispírito já não é assim. A natureza do envoltório fluídico do Espírito guarda uma relação íntima com o grau de adiantamento moral do Espírito. Para os Espíritos inferiores, seus perispíritos são tão grosseiros que chegam a ser confundidos com o próprio corpo carnal. Os Espíritos mais elevados, no entanto, possuem os perispíritos bem mais purificados.
Como sabemos, que o perispírito dos Espíritos não são iguais, variando de textura, de acordo com a sua pureza fluídica, em consonância com o adiantamento moral dos Espíritos, é fácil imaginar que poderá haver maior ou menor facilidade na adaptação do órgão transplantado ao corpo do receptor, na medida em que os perispíritos dos dois Espíritos (doador e receptor) sejam mais ou menos semelhantes em grau de pureza. Embora as ligações fluídicas perispirituais do doador do órgão já estejam desatadas, em consequência do fenômeno da morte, que recentemente ocorreu, é natural que as células materiais do órgão doado, guardem, por algum tempo, uma certa porção de fluidos, isto é, um certo reflexo da natureza fluídica do perispírito ao qual esteve até então jungido e ao receber agora uma fixação fluídica perispirítica de outra natureza, poderá ocorrer um choque, de maior ou menor intensidade, que perdurará por um certo tempo, até que sejam totalmente dissipadas do órgão doado, as influências residuais dos fluidos perispirituais do Espírito doador.
Tal situação pode se agravar, caso o Espírito do doador, seja mais materialista do que espiritualista e esteja ainda muito apegado à matéria, inclusive ao próprio corpo carnal. Neste caso o Espírito pode se revoltar ao ver os seus órgãos serem retirados do seu cadáver e transplantados para outras pessoas, podendo causar até mesmo angústia no desencarnado que, eventualmente, poderá repassar esta angústia para o paciente transplantado, que assim não passará bem. 
Para os Espíritos desprendidos da matéria, já mais espiritualizados, a doação de seus órgãos materiais será melhor compreendida e mesmo entendida como uma caridade prestada aos seus Irmãos que passam a se beneficiar de alguns órgãos materiais que para o doador morto não têm mais nenhuma serventia. 
Lembre-se de quantas pessoas poderíamos estar salvando ou até mesmo aumentando a sobrevida daqueles que necessitam tanto de um órgão?

Ana Maria Teodoro Massuci. Fonte: Freddy Brandi,

CEI( Centro Espírita Ismael)

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