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sábado, 4 de junho de 2016

"O FENÔMENO ESPÍRITA."

Em todas as civilizações, o culto dos desencarnados aparece como facho aceso de sublime esperança. Rápido exame nos costumes e tradições de todos os remanescentes da vida primitiva, entre os selvagens da atualidade, nos dará conhecimento de que as mais rudimentares organizações humanas guardam no intercâmbio com os “mortos” suas elementares noções de fé religiosa. Aparições e vozes, fenômenos e revelações do mundo espiritual assinalam a marcha das tribos e das povoações do princípio.
No Egito, os assuntos ligados à morte assumem especial importância para a civilização. Anúbis, o deus dos sarcófagos, era o guardião das sombras e presidia à viagem das almas para o julgamento que lhes competia no Além. Na China multimilenária, os antepassados vivem nos alicerces da fé. Em todas as circunstâncias da vida, os Espíritos dos avoengos são consultados pelos descendentes, recebendo orações e promessas, flores e sacrifícios.
Na Índia encontram nos “rakchasas”, Espíritos maléficos que residem nos sepulcros, os portadores invisíveis de moléstias e aflições. Os gregos acreditavam-se cercados pelas entidades que nomeavam por “demônios” ou familiares intangíveis, as quais os inspiram na execução de tarefas habituais. Em Roma, os Espíritos amigos recebem o culto constante da intimidade doméstica, onde são interpretados como divindades menores.
Para a antiga comunidade latina, as almas bem-intencionadas, que haviam deixado, na Terra, os traços da sabedoria e da virtude eram os “deuses lares”, com recursos de auxiliar amplamente, enquanto que os fantasmas das criaturas perversas eram conhecidos habitualmente por “larvas”, cuja aproximação causava dissabores e enfermidades. Os feiticeiros das tabas primitivas eram nas civilizações recuadas substituídos por magos, cujo poder imperava sobre a espada dos guerreiros e sobre a coroa dos príncipes.
E ainda, em todos os acontecimentos religiosos que precederam a vinda do Cristo, a manifestação dos desencarnados ou o fenômeno espírita comparece por vívido clarão da verdade, orientando os sucessos e guiando as supremas realizações do esforço coletivo. Com a supervisão de Jesus, porém, a marcha da espiritualidade na Terra adquire novos característicos. Ele é o disciplinador dos sentimentos, o grande construtor da Humanidade legítima.
Por trezentos anos, os discípulos do Senhor sofrem, lutam, sonham e morrem para doar ao mundo a doutrina de luz e amor, com a plena vitória sobre a morte, mas a política do Império Romano reduz, por dezesseis séculos consecutivos, o movimento libertador. Os séculos, contudo, na eternidade, são simples minutos e, em seguida às sombras da grande noite, o evangelismo puro surge, de novo. Volta a influência do Mestre sobre a imensa coletividade humana, constituída por mentes de infinita gradação.
Homens por homens, inteligências por inteligências, incorreríamos talvez no perigo de comprometermos o progresso do mundo, isolados em nossos pontos de vista e em nossas concepções deficitárias, mas, regidos pela Infinita Sabedoria, rumaremos para a perfeição espiritual, a fim de que, um dia, despojados em definitivo das escamas educativas da carne, possamos compreender a excelsa palavra da celeste advertência: “vós sois deuses”.                              
Quando a criatura passa a interrogar o porquê do destino e da dor e encontra a luz dos princípios espiritistas a carear-lhe os vastos corredores do santuário interno, deve consagrar-se à apreciação do pensamento, quanto lhe seja possível, a fim de iniciar-se na decifração dos segredos que, para nós todos, ainda velam o fulcro mental.
Se as incógnitas do corpo fazem no mundo a paixão da ciência, que designa exércitos numerosos de hábeis servidores para a solução dos problemas de saúde e genética, reconforto e eugenia, além túmulo a grandeza na mente desafia-nos todos os potenciais de inteligência, no trato metódico dos assuntos que lhe dizem respeito.
A psicologia e a psiquiatria, entre os homens da atualidade, conhecem tanto do espírito, quanto um botânico, restrito ao movimento em acanhado círculo de observação do solo, que tentasse julgar um continente vasto e inexplorado, por alguns talos de erva, crescidos ao alcance de suas mãos.
Libertos do veículo de carne, quando temos a felicidade de sobre pairar além das atrações de natureza inferior, que, por vezes, nos imantam à crosta da Terra, indefinidamente, compreendemos que o poder mental reside na base de todos os fenômenos e circunstâncias de nossas experiências isoladas ou coletivas. “A mente é manancial vivo de energias criadoras. O pensamento é substância, coisa mensurável”.
Encarnados e desencarnados povoam o Planeta, na condição de habitantes dum imenso palácio de vários andares, em posições diversas, produzindo pensamentos múltiplos que se combinam, que se repelem ou que se neutralizam.
Correspondem-se as ideias, segundo o tipo em que se expressam, projetando raios de força que alimentam ou deprimem, sublimam ou arruínam, integram ou desintegram, arrojados sutilmente do campo das causas para a região dos efeitos. A imaginação não é um país de névoa, de criações vagas e incertas. É fonte de vitalidade, energia, movimento.
O idealismo operante, a fé construtiva, o sonho que age, são os pilares de todas as realizações. Quem mais pensa, dando corpo ao que idealiza, mais apto se faz à recepção das correntes mentais invisíveis, nas obras do “bem ou do mal”.
E, em razão dessa lei que preside à vida cósmica, quantos se adaptarem, ao reto pensamento e à ação enobrecedora, se fazem preciosos canais da energia divina, que, em efusão constante, banha a Humanidade em todos os ângulos do Globo, buscando as almas evoluídas e dedicadas ao serviço de santificação, convertendo-as em médiuns ou instrumentos vivos de sua exteriorização, para benefício das criaturas e erguimento da Terra ao concerto dos mundos de alegria celestial.
O homem permanece envolto em largo oceano de pensamentos, nutrindo-se de substância mental, em grande proporção. Toda criatura absorve, sem perceber, a influência alheia nos recursos imponderáveis que lhe equilibram a existência. Em forma de impulsos e estímulos, a alma recolhe, nos pensamentos que atrai, as forças de sustentação que lhe garantem as tarefas no lugar em que se coloca.
O homem poderá estender muito longe o raio de suas próprias realizações, na ordem material do mundo, mas, sem a energia mental na base de suas manifestações, efetivamente nada conseguirá. Sem os raios vivos e diferenciados dessa força, os valores evolutivos dormiriam latentes, em todas as direções.
A mente, em qualquer plano, emite e recebe, dá e recolhe, renovando-se constantemente para o alto destino que lhe compete atingir. Estamos assimilando correntes mentais, de maneira permanente. De modo imperceptível, “ingerimos pensamentos”, a cada instante, projetando, em torno de nossa individualidade, as forças que acalentamos em nós mesmos.
Por isso, quem não se habilite a conhecimentos mais altos, quem não exercite a vontade para sobrepor-se às circunstâncias de ordem inferior, padecerá, invariavelmente, a imposição do meio em que se localiza. Somos afetados pelas vibrações de paisagens, pessoas e coisas que cercam.
Se nos confiamos às impressões alheias de enfermidade e amargura, apressadamente se nos altera o “tônus mental”, inclinando-nos à franca receptividade de moléstias indefiníveis. Se nos devotamos ao convívio com pessoas operosas e dinâmicas, encontramos valioso sustentáculo aos nossos propósitos de trabalho e realização. Princípios idênticos regem as nossas relações uns com os outros, encarnados e desencarnados.
Conversações alimentam conversações. Pensamentos ampliam pensamentos. Demoramo-nos com quem se afina conosco. Falamos sempre ou sempre agimos pelo grupo de espíritos a que nos ligamos. Nossa inspiração está filiada ao conjunto dos que sentem como nós, tanto quanto a fonte está comandada pela nascente.
Somos obsidiados por amigos desencarnados ou não e auxiliados por benfeitores, em qualquer plano da vida, de conformidade com a nossa condição mental. Daí, o imperativo de nossa constante renovação para o bem infinito. Trabalhar incessantemente é dever. Servir é elevar-se. Aprender é conquistar novos horizontes. Amar é engrandecer-se. Trabalhando e servindo, aprendendo e amando, a nossa vida íntima se ilumina e se aperfeiçoa, entrando gradativamente em contato com os grandes gênios da imortalidade gloriosa.
                Nilza Garcia                            
Compilado do livro “Roteiro”, Capítulos 24, 25 e 26
Emmanuel (Espírito) Francisco Cândido Xavier

Fonte: Harmonia Espiritual

sexta-feira, 3 de junho de 2016

“ALMAS GÊMEAS”

Um contexto muito difundido no seio da Doutrina Espiritual seja por formação textual de licença poética ou incompreensão ante os ensinos dos Espíritos ainda se faz muito comum o emprego do termo Almas Gêmeas no seio do Espiritismo. Acima de qualquer polemica, aparte ou convicção o emprego da Razão nos norteara na certeza de que Deus não agiu assim em sua Criação, ou seja: intencionou criar almas que fossem gêmeas na eternidade. Não haveria solidariedade entre sua Criação e o Egoísmo seria marca patente na obra de Deus. Por quê? Porque se assim for, que razão almas gêmeas terão que preocupar com outros afazeres que não estivesse interligada a sua Alma Gêmea?
Primeiramente precisamos considerar que não existem privilégios na criação, todos fomos ‘criados simples e ignorantes’, que com o cadinho da experiência adquirimos conhecimentos e aperfeiçoamos nossa moral. O fato de haverem dois espíritos com destino de se encontrarem vai contra esse princípio e negaria totalmente a premissa de nosso livre-arbítrio. Dentro da Codificação, encontramos algumas perguntas de Kardec a esse respeito no Livro dos Espíritos:
Questão 298. As almas que devam unir-se estão, desde suas origens, predestinadas a essa união e cada um de nós tem, nalguma parte do Universo, sua metade, a que fatalmente um dia se reunirá?
“Não; não há união particular e fatal, de duas almas. A união que há é a de todos os Espíritos, mas em graus diversos, segundo a categoria que ocupam, isto é, segundo a perfeição que tenham adquirido. Quanto mais perfeitos, tanto mais unidos. Da discórdia nascem todos os males dos humanos; da concórdia resulta a completa felicidade. ”
299. Em que sentido se deve entender a palavra metade, de que alguns Espíritos se servem para designar os Espíritos simpáticos?
“A expressão é inexata. Se um Espírito fosse a metade de outro, separados os dois, estariam ambos incompletos. ”
300. Se dois Espíritos perfeitamente simpáticos se reunirem, estarão unidos para todo o sempre, ou poderão separar-se e unir-se a outros Espíritos?
“Todos os Espíritos estão reciprocamente unidos. Falo dos que atingiram a perfeição. Nas esferas inferiores, desde que um Espírito se eleva, já não simpatiza, como dantes, com os que lhe ficaram abaixo. ”
301. Dois Espíritos simpáticos são complemento um do outro, ou a simpatia entre eles existente é resultado de identidade perfeita?
“A simpatia que atrai um Espírito para outro resulta da perfeita concordância de seus pendores e instintos. Se um tivesse que completar o outro, perderia a sua individualidade.”
Grande polêmica se faz acerca da teoria das almas gêmeas por conta do texto de Emmanuel sobre o assunto contido no livro “O Consolador”, em que o Benfeitor considera quando indagado sobre tal teorização: pendores e instintos. Se um tivesse que completar o outro, perderia a sua individualidade,
Grande polêmica se faz acerca da teoria das almas gêmeas por conta do texto de Emmanuel sobre o assunto contido no livro “O Consolador”, em que o Benfeitor considera quando indagado sobre tal teorização: “No sagrado mistério da vida, cada coração possui no Infinito a alma gêmea da sua, companheira divina para a viagem à gloriosa imortalidade. Criadas umas para as outras, as almas gêmeas se buscam, sempre que separadas. A união perene é-lhes a aspiração suprema e indefinível. Milhares de seres, se transviados no crime ou na inconsciência, experimentaram a separação das almas que os sustentam, como a provação mais ríspida e dolorosa, e, no drama das existências mais obscuras, vemos sempre a atração eterna das almas que se amam mais intimamente, envolvendo umas para as outras num turbilhão de ansiedades angustiosas; atração que é superior a todas as expressões convencionais da vida terrestre. Quando se encontram no acervo real para os seus corações – a da ventura de sua união pela qual não trocariam todos os impérios do mundo, e a única amargura que lhes empana a alegria é a perspectiva de uma nova separação pela morte, perspectiva essa que a luz da Nova Revelação veio dissipar, descerrando para todos os espíritos, amantes do bem e da verdade, os horizontes eternos da vida”
Note-se que Emmanuel não contradiz Kardec como alguns forçosamente querem crer. Antes, traça um belo panorama do que o amor, em se tratando de almas afins, que pelejam longos séculos, milênios talvez, juntas, em compromissos ora dolorosos ora sublimes, pode fazer, transformando os seres, que passam a se amparar e galgar juntos seu caminho de ascensão.
Não trata, em nenhum momento, das almas gêmeas como metades eternas, mas sim como criaturas cuja perfeita sintonia de pendores as faz credoras de um amor recíproco que atravessa as maiores barreiras, passando a impressão de serem feitas mesmo uma para a outra, tamanha identidade de pensamentos. Não vemos, portanto, qualquer incongruência entre os textos, já que todos contamos para nossa felicidade com espíritos simpáticos e amorosos devotados a nós em todos os níveis de nossa existência.
( Texto extraído: espiritismo luz)
Arraial Espírita


quinta-feira, 2 de junho de 2016

“AS VIDAS DE EMMANUEL”




Emmanuel, exatamente assim, com dois "m" se encontra grafado o nome do espírito, no original francês "L'évangile selon le spiritisme", em mensagem datada de Paris, em 1861 e inserida no cap. XI, item 11 da citada obra, intitulada "O egoísmo".
O nome ficou mais conhecido, entre os espíritas brasileiros, pela psicografia do médium mineiro Francisco Cândido Xavier. Segundo ele, foi no ano de 1931 que, pela primeira vez, numa das reuniões habituais do Centro Espírita, se fez presente o bondoso espírito Emmanuel.
Descreve Chico: "Via-lhe os traços fisionômicos de homem idoso, sentindo minha alma envolvida na suavidade de sua presença, mas o que mais me impressionava era que a generosa entidade se fazia visível para mim, dentro de reflexos luminosos que tinham a forma de uma cruz”.
Convidado a se identificar, apresentou alguns traços de suas vidas anteriores, dizendo-se ter sido senador romano, descendente da orgulhosa "Gens Cornelia" e, também sacerdote, tendo vivido inclusive no Brasil.
De 24 de outubro de 1938 a 9 de fevereiro de 1939, Emmanuel transmitiu ao médium mineiro as suas impressões, dando-nos a conhecer o orgulhoso patrício romano Públio Lentulus Cornelius, em vida pregressa Públio Lentulus Sura, e que culminou no romance extraordinário: Há dois mil anos.
Públio é o homem orgulhoso, mas também nobre. Roma é o seu mundo e por ele batalha.
Não admite a corrupção, mostrando, desde então, o seu caráter íntegro. Intransigente, sofre durante anos, a suspeita de ter sido traído pela esposa a quem ama.
Para ela, nos anos da mocidade, compusera os mais belos versos: "Alma gêmea da minhalma / Flor de luz da minha vida / Sublime estrela caída / Das belezas da amplidão..." e, mais adiante: "És meu tesouro infinito / Juro-te eterna aliança / Porque eu sou tua esperança / Como és todo o meu amor!".
Tem a oportunidade de se encontrar pessoalmente com Jesus, mas entre a opção de ser servo de Jesus ou servo do mundo, escolhe a segunda.
Não é por outro motivo que escreve, ao início da citada obra mediúnica: "Para mim essas recordações têm sido muito suaves, mas também muito amargas. Suaves pela rememoração das lembranças amigas, mas profundamente dolorosas, considerando o meu coração empedernido, que não soube aproveitar o minuto radioso que soara no relógio da minha vida de Espírita, há dois mil anos.".
Desencarnou em Pompéia, no ano de 79, vítima das lavas do vulcão Vesúvio, cego e já voltado aos princípios de Jesus.
Cinquenta anos depois, no ano de 131, ei-lo já de retorno ao palco do mundo. Nascido em Éfeso, de origem judia, foi escravizado por ilustres romanos que o conduziram ao antigo país de seus ascendentes. Nos seus 45 anos presumíveis, Nestório mostra no porte israelita, um orgulho silencioso e inconformado.
Apartado do filho, que também fora escravizado, tornaria a encontrá-lo durante uma pregação nas catacumbas onde ele, Nestório, tinha a responsabilidade da palavra. Cristão desde os dias da infância, é preso e, após um período no cárcere, por manter-se fiel a Jesus, é condenado à morte.
Junto com o filho, Ciro, e mais uma vintena de cristãos, num fim de tarde, foi conduzido ao centro da arena do famoso circo romano, situado entre as colinas do Célio e do Aventino, na capital do Império.
Atado a um poste por grossas cordas presas por elos de bronze, esquelético, munido somente de uma tanga que lhe cobria a cintura, até os rins, teve o corpo varado por flechas envenenadas. Com os demais, ante o martírio, canta, dirigindo os olhos para o Céu e, no mundo espiritual, é recebido pelo seu amor, Lívia.
Pelo ano 217, peregrina na Terra outra vez. Moço, podemos encontrá-lo nas vestes de Quinto Varro, patrício romano, apaixonado cultor dos ideais de liberdade. Afervorado a Jesus, sente confranger-lhe a alma a ignorância e a miséria com que as classes privilegiadas de Roma mantinham a multidão.
O pensamento do Cristo, ele sente, paira acima da Terra e, por mais lute a aristocracia romana, Varro não ignora que um mundo novo se formava sobre as ruínas do velho.
Vítima de uma conspiração para matá-lo, durante uma viagem marítima, toma a identidade de um velho pregador de Lyon, de nome Corvino. Transforma-se em Irmão Corvino, o moço e se torna jardineiro. Condenado à decapitação, tem sua execução sustada após o terceiro golpe, sendo-lhe concedida à morte lenta, no cárcere.
Onze anos após, renasce e toma o nome de Quinto Celso. Desde a meninice, iniciado na arte da leitura, revela-se um prodígio de memória e discernimento.
Francamente cristão, sofreu o martírio no circo, amarrado a um poste untado com substância resinosa ao qual é ateado fogo. Era um adolescente de mais ou menos 14 anos.
Sua derradeira reencarnação se deu a 18 de outubro de 1517 em Sanfins, Entre-Douro-e-Minho, em Portugal, com o nome de Manoel da Nóbrega, ao tempo do reinado de D. Manoel I, o Venturoso.
Inteligência privilegiada, ingressou na Universidade de Salamanca, Espanha, aos 17 anos.
Aos 21, está na faculdade de Cânones da Universidade, onde frequenta as aulas de direito canônico e de filosofia, recebendo a láurea doutoral em 14 de junho de 1541.
Vindo ao Brasil, foi ele quem estudou e escolheu o local para a fundação da cidade de São Paulo, a 25 de janeiro de 1554. A data escolhida, tida como o dia da Conversão do apóstolo Paulo, pretende-se seja uma homenagem do universitário Manoel da Nóbrega ao universitário Paulo de Tarso.
O historiador paulista Tito Lívio Ferreira, encerra sua obra "Nóbrega e Anchieta em São Paulo de Piratininga" descrevendo: "Padre Manoel da Nóbrega fundara o Colégio do Rio de Janeiro. Dirige-o com o entusiasmo de sempre. Aos 16 de outubro de 1570, visita amigos e principais moradores.
Despede-se de todos, porque está, informa, de partida para a sua Pátria. Os amigos estranham-lhe os gestos. Perguntam-lhe para onde vai. Ele aponta para o Céu".
No dia seguinte, já não se levanta. Recebe a Extrema Unção. Na manhã de 18 de outubro de 1570, no próprio dia de seu aniversário, quando completava 53 anos, com 21 anos ininterruptos de serviços ao Brasil, cujos alicerces construiu, morre o fundador de São Paulo.
E as últimas palavras de Manoel da Nóbrega são: "Eu vos dou graças, meu Deus, Fortaleza minha, Refúgio meu, que marcastes de antemão este dia para a minha morte, e me destes a perseverança na minha religião até esta hora".
E morreu sem saber que havia sido nomeado, pela segunda vez, Provincial da Companhia de Jesus no Brasil: a terra de sua vida, paixão e morte.
A título de curiosidade, encontramos registros que o deputado Freitas Nobre, já desencarnado na atualidade, declarou, em programa televisivo da TV Tupi de São Paulo, na noite de 27 para 28 de julho de 1971, que ao escrever um livro sobre Anchieta, teve a oportunidade de encontrar e fotografar uma assinatura de Manuel da Nóbrega, como E. Manuel.
Assim, o E inicial do nome do mentor de Francisco Cândido Xavier se deveria à abreviatura de Ermano, o que, segundo ele, autorizaria a que o nome fosse grafado Emanuel, um "m" somente e pronunciado com acentuação oxítona.
Pesquisa de: João Batista Cabral.



quarta-feira, 1 de junho de 2016

“PRINCIPIO ESPIRITUAL. UNIÃO DO PRINCIPIO ESPIRITUAL E DA MATÉRIA.”

A existência do princípio espiritual é um fato que, por assim dizer, não precisa de demonstração, do mesmo modo que o da existência do princípio material. É, de certa forma, uma verdade axiomática. Ele se afirmar pelos seus efeitos, como a matéria pelos que lhe são próprios. De acordo com este princípio: “Todo efeito tendo uma causa, todo efeito inteligente há de ter uma causa inteligente”, ninguém há que não faça distinção entre o movimento mecânico de um sino que o vento agite e o movimento desse mesmo sino para dar um sinal, um aviso, atestando, só por isso, que obedece a um pensamento, a uma intenção. Ora, não podendo acudir a ninguém a ideia de atribuir pensamento à matéria do sino, tem-se de concluir que o move uma inteligência à qual ele serve de instrumento para que ela se manifeste. Pela mesma razão, ninguém terá a ideia de atribuir pensamento ao corpo de um homem morto. Se, pois, vivo, o homem pensa, é que há nele alguma coisa que não há quando está morto. A diferença que existe entre ele e o sino é que a inteligência, que faz com que este se mova, está fora dele, ao passo que está no homem a que faz que este obre. 
 O princípio espiritual é corolário da existência de Deus; sem esse princípio, Deus não teria razão de ser, visto que não se poderia conceber a soberana inteligência a reinar, pela eternidade em fora, unicamente sobre a matéria bruta, como não se poderia conceber que um monarca terreno, durante toda a sua vida, reinasse exclusivamente sobre pedras. Não se podendo admitir Deus sem os atributos essenciais da Divindade: a justiça e a bondade, inúteis seriam essas qualidades, se ele as houvesse de exercitar somente sobre a matéria. 
Por outro lado, não se poderia conceber um Deus soberanamente justo e bom, a criar seres inteligentes e sensíveis, para lançá-los ao nada, após alguns dias de sofrimento sem compensações, a recrear-se na contemplação dessa sucessão indefinita de seres que nascem, sem que o hajam pedido, pensam por um instante, apenas para conhecerem a dor, e se extinguem para sempre, ao cabo de efêmera existência. Sem a sobrevivência do ser pensante, os sofrimentos da vida seriam, da parte de Deus, uma crueldade sem objetivo. Eis por que o materialismo e o ateísmo são corolários um do outro; negando o efeito, não podem eles admitir a causa.
O Materialismo é, pois, consequente consigo mesmo, embora não o seja com a razão. 
É inata no homem a ideia da perpetuidade do ser espiritual; essa ideia se acha nele em estado de intuição e de aspiração. O homem compreende que somente aí está a compensação às misérias da vida. Essa a razão por que sempre houve e haverá cada vez mais espiritualistas do que materialistas e mais devotos do que ateus. À ideia intuitiva e à força do raciocínio o Espiritismo junta a sanção dos fatos, a prova material da existência do ser espiritual, da sua sobrevivência, da sua imortalidade e da sua individualidade. Torna precisa e define o que aquela ideia tinha de vago e de abstrato. Mostra o ser inteligente a atuar fora da matéria, quer depois, quer durante a vida do corpo. 
Tendo a matéria que ser objeto do trabalho do Espírito para desenvolvimento de suas faculdades, era necessário que ele pudesse atuar sobre ela, pelo que veio habitá la, conto o lenhador habita a floresta. Tendo a matéria que ser, no mesmo tempo, objeto e instrumento do trabalho, Deus, em vez de unir o Espírito à pedra rígida, criou, para seu uso, corpos organizados, flexíveis, capazes de receber todas as impulsões da sua vontade e de se prestarem a todos os seus movimentos. O corpo é, pois, simultaneamente, o envoltório e o instrumento do Espírito e, à medida que este adquire novas aptidões, reveste outro invólucro apropriado ao novo gênero de trabalho que lhe cabe executar, tal qual se faz com o operário, a quem é dado instrumento menos grosseiro, à proporção que ele se vai mostrando apto a executar obra mais bem cuidada. 
Para ser mais exato, é preciso dizer que é o próprio Espírito que modela o seu 
envoltório e o apropria às suas novas necessidades; aperfeiçoa o e lhe desenvolve e completa o organismo, à medida que experimenta a necessidade de manifestar novas faculdades; numa palavra, talha­o de acordo com a sua inteligência. Deus lhe fornece os materiais; cabe-lhe a ele empregá-los. É assim que as raças adiantadas têm um organismo ou, se quiserem, um aparelhamento cerebral mais aperfeiçoado do que as raças primitivas. Desse modo igualmente se explica o cunho especial que o caráter do Espírito imprime aos traços da fisionomia e às linhas do corpo. (Cap. VIII, nº 7: Alma da Terra.) 
Desde que um Espírito nasce para a vida espiritual, tem, por adiantar-se, que
fazer uso de suas faculdades, rudimentares a princípio. Por isso é que reveste um envoltório adequado ao seu estado de infância intelectual, envoltório que ele
abandona para tomar outro, à proporção que se lhe aumentam as forças. Ora como em todos os tempos houve mundos e esses mundos deram nascimento a corpos organizados próprios a receber Espíritos, em todos os tempos os Espíritos, qualquer que fosse o grau de adiantamento que houvessem alcançado, encontraram os elementos necessários à sua vida carnal. 
Por ser exclusivamente material, o corpo sofre as vicissitudes da matéria. Depois de funcionar por algum tempo, ele se desorganiza e decompõe. O princípio vital, não mais encontrando elemento para sua atividade, se extingue e o corpo morre.
O Espírito, para quem, este, carente de vida, se torna inútil, deixa o, como se deixa uma casa em ruínas, ou uma roupa imprestável. 
O corpo, conseguintemente, não passa de um envoltório destinado a receber o Espírito. Desde então, pouco importam a sua origem e os materiais que entraram na sua construção. Seja ou  não o corpo do homem uma criação especial, o que não padece dúvida é que tem a formá-lo os mesmos elementos que o dos animais, a animá-lo o mesmo princípio vital, ou, por outra, a aquecê-lo o mesmo fogo, como tem a iluminá-lo a mesma luz e se acha sujeito às mesmas vicissitudes e às mesmas necessidades. É um ponto este que não sofre contestação.
A não se considerar, pois, senão a matéria, abstraindo do Espírito, o homem
nada tem que o distinga do animal. Tudo, porém, muda de aspecto, logo que se estabelece distinção entre a habitação e o habitante. Um nobre senhor sob o colmo ou vestido como um camponês não deixa de ser um grande senhor.
O mesmo se dá com o homem: não é a sua vestidura de carne que o coloca acima do bruto e faz dele um ser à parte; é o seu ser espiritual, seu Espírito. 

A Gênese. Allan Kardec.

terça-feira, 31 de maio de 2016

“COMUNICAÇÃO DOS ESPÍRITOS”

Algumas pessoas têm estranhos conceitos a respeito dos Espíritos.
Acreditam que, após a morte, todos se tornam anjos de pureza e sabedoria.
É comum se ter notícias de pessoas famosas. Muitos artistas que vêm dizer das suas atividades no mundo espiritual. Falam de garra, de luta.
E as pessoas se deixam iludir. Não se dão conta do estilo de vida daquelas criaturas. E nem do gênero de morte.
Temos ouvido elogios às mensagens de um ou de outro.
Criaturas que, durante a vida física, se permitiram toda sorte de prazeres: álcool, fumo, sexo, drogas.
Alguns até perderam o corpo de carne por suicídio indireto e direto.
Porém, vem dizer que estão bem. Que continuam a compor, que está tudo legal com eles. Falam até em serem protetores de alguns dos seus fãs.
A crermos serem verdadeiras tais mensagens, é de nos perguntarmos: Onde a justiça de Deus?
Pois o homem de bem anda no reto dever a vida toda e estará bem no mundo espiritual. O inconsequente e leviano também?
Vigilância! Bom senso! Não nos deixemos seduzir por tolices.
A cada um será dado segundo as suas obras. A afirmativa é do Cristo.
Vamos convir assim que os que na Terra dilapidaram o tesouro do corpo, se encontrarão no mundo espiritual doentes, necessitados de auxílio, confusos.
Seres que necessitarão da Misericórdia Divina. De tempo para se equilibrarem.
Nenhuma chance imediata de se tornarem anjos da guarda ou Espíritos guias.
Falando das penas e recompensas, os Espíritos asseveraram: a felicidade dos Espíritos é sempre proporcional à sua elevação.
Para os que delinquiram no mundo, as penas proporcionais: o avarento fica às voltas com coisas materiais, que já não pode gozar.
O devasso com as orgias de que ainda deseja participar.
O orgulhoso inveja as honras que não mais recebe. Enfim, cada um vive no mundo espiritual o que viveu na Terra.
A morte a ninguém transforma.
Seres angélicos só os que na carne serviram no bem, doaram-se e realizaram o que era bom.
Os que cultivaram o belo, continuarão a fazê-lo. Os que criaram o desequilíbrio, a desarmonia, prosseguirão a fazê-lo.
Um dia despertarão. Nesse dia, iniciarão seu curso para o reequilíbrio, que é sempre lento.
Afinal, a natureza não dá saltos, não há varinha mágica para transformar um mau em bom, altruísta, benevolente.
Em 1969, o Espírito Irmão X entrevistou o Espírito de Marilyn Monroe.
Ela morreu por ingestão de pílulas. Suicídio indireto, pois não buscava a morte. Só desejava dormir um pouco.
Acerca dos seus planos para o futuro, falou:
À condição de doente, quero melhorar. Em seguida, como aluna no educandário da vida, preciso repetir as lições e provas em que fali... Por agora, não devo e nem posso ter outro objetivo que reencarnar, lutar, sofrer e reaprender.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 1,
do livro Estante da vida, pelo Espírito Irmão X, psicografia de
Francisco Cândido Xavier, ed. FEB e no cap. 2, pt. 4, de

O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. FEB.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

"JUÍZO FINAL NA VISÃO ESPÍRITA"

Segundo o Espiritismo, o planeta Terra não terá um fim, como descreve o mito cristão do Juízo Final, mas uma transformação, na época de sua regeneração, em que o nosso planeta atingirá mais uma etapa evolutiva, subindo um degrau a mais na sua evolução material e moral, semelhante à que ocorreu no planeta Capela, há milhares de anos atrás, e semelhante às etapas de regeneração que ocorrem constantemente nos milhares de outros planetas habitados do Universo. Na fase de regeneração do planeta Terra, os seus habitantes que ainda não tiverem atingido o nível de adiantamento moral adequado à sua nova etapa evolutiva, não mais reencarnarão aqui, mas em outros planetas de níveis semelhantes ou inferiores ao do planeta Terra. Isto, porém, não é o fim do mundo, mas o início de uma nova era para o planeta Terra, uma era de mais união, amor, paz e fraternidade entre os seus habitantes. Na nova fase evolutiva da Terra, repito, só reencarnarão nela espíritos mais evoluídos do que a grande maioria dos atuais habitantes dela, os quais serão exilados para outros planetas de nível semelhante ou inferior ao de nosso atual planeta Terra. Nesse sentido, reflitamos agora sobre o Juízo Final, na visão espírita, conforme os lúcidos esclarecimentos fornecidos por Allan Kardec, o codificador da Doutrina dos Espíritos: Chegado o momento em que, pelo progresso moral de seus habitantes, o globo terráqueo tem de ascender na hierarquia dos mundos, interdito será ele, como morada, a encarnados e desencarnados que não hajam aproveitado os ensinamentos que uns e outros se achavam em condições de aí receber. Serão exilados para mundos inferiores, como o foram outrora para a Terra os da raça adâmica, vindo substituí-los Espíritos melhores. Essa separação é que se acha figurada por estas palavras sobre o juízo final: “Os bons passarão à minha direita e os maus à minha esquerda.” A doutrina de um juízo final, único e universal, pondo fim para sempre à Humanidade, repugna à razão, por implicar a inatividade de Deus, durante a eternidade que precedeu à eternidade da Terra e durante a eternidade que se seguirá à sua destruição. Que utilidade teriam então o Sol, a Lua e as estrelas que, segundo a Gênese, foram feitos para iluminar o mundo? Causa espanto que tão imensa obra se haja produzido para tão pouco tempo e a benefício de seres votados de antemão, em sua maioria, aos suplícios eternos. Materialmente, a ideia de um julgamento único seria, até certo ponto, admissível para os que não procuram a razão das coisas, quando se cria que a Humanidade toda se achava concentrada na Terra e que para seus habitantes fora feito tudo o que o Universo contém. É, porém, inadmissível, desde que se sabe que há milhares de milhares de mundos semelhantes, que perpetuam as Humanidades pela eternidade em fora e entre as criando um blog quais a Terra é dos menos consideráveis, simples ponto imperceptível. O juízo, pelo processo da emigração, conforme ficou explicado acima, é racional; funda-se na mais rigorosa justiça, visto que conserva para o Espírito, eternamente, o seu livre-arbítrio; não constitui privilégio para ninguém; a todas as suas criaturas, sem exceção alguma, concede Deus igual liberdade de ação para progredirem; o próprio aniquilamento de um mundo, acarretando a destruição do corpo, nenhuma interrupção ocasionará à marcha progressiva do Espírito. Tais as consequências da pluralidade dos mundos e da pluralidade das existências. Segundo essa interpretação, não é exata a qualificação de juízo final, pois que os Espíritos passam por análogas fieiras a cada renovação dos mundos por eles habitados, até que atinjam certo grau de perfeição. Não há, portanto, juízo final propriamente dito, mas juízos gerais em todas as épocas de renovação parcial ou total da população dos mundos, por efeito das quais se operam as grandes emigrações e imigrações de Espíritos. (KARDEC, A Gênese, cap. 17, n. 63- 67)

SOMENTE O PROGRESSO MORAL PODE REGENERAR A HUMANIDADE O progresso intelectual realizado até ao presente, nas mais largas proporções, constitui um grande passo e marca uma primeira fase no avanço geral da Humanidade; impotente, porém, ele é para regenerá-la. Enquanto o orgulho e o egoísmo o dominarem, o homem se servirá da sua inteligência e dos seus conhecimentos para satisfazer às suas paixões e aos seus interesses pessoais, razão por que os aplica em aperfeiçoar os meios de prejudicar os seus semelhantes e de os destruir. Somente o progresso moral pode assegurar aos homens a felicidade na Terra, refreando as paixões más; somente esse progresso pode fazer que entre os homens reinem a concórdia, a paz, a fraternidade. Será ele que deitará por terra as barreiras que separam os povos, que fará caiam os preconceitos de casta e se calem os antagonismos de seitas, ensinando os homens a se considerarem irmãos que têm por dever auxiliarem-se mutuamente e não destinados a viver à custa uns dos outros. Será ainda o progresso moral que, secundado então pelo da inteligência, confundirá os homens numa mesma crença fundada nas verdades eternas, não sujeitas a controvérsias e, em consequência, aceitáveis por todos. A unidade de crença será o laço mais forte, o fundamento mais sólido da fraternidade universal, obstada, desde todos os tempos pelos antagonismos religiosos que dividem os povos e as famílias, que fazem sejam uns, os dissidentes, vistos, pelos outros, como inimigos a serem evitados, combatidos, exterminados, em vez de irmãos a serem amados. A geração que desaparece levará consigo seus erros e prejuízos; a geração que surge, retemperada em fonte mais pura, imbuída de ideias mais sãs, imprimirá ao mundo ascensional movimento, no sentido do progresso moral que assinalará a nova fase da evolução humana. (A Gênese, cap. 18, n. 18-20)

Concluindo, só na visão espírita o Juízo Final tem uma explicação racional.

Ana Maria Teodoro Massuci

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...