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domingo, 19 de junho de 2016

“REENCARNAÇÃO E RESSURREIÇÃO”

 “Os verdadeiros caminhos que o Espiritismo abre são os do conhecimento espiritual, ensejando a reforma íntima e o progresso”.
Assunto bastante discutido e estudado nos dias atuais. Seu significado é simples e de fácil assimilação, pois significa voltar à carne, tornar a nascer. Equivale a renascimento. Usa-se outro termo: palingenesia (ou palingênese) que etimologicamente provém do grego: palin=de novo, e gignomai=gerar, isto é, novo nascimento. Esta é uma das mais usadas definições, pois não traz complicações para o entendimento por pessoas simples, e por pessoas de grande padrão intelectual.
Na questão 166 do Livro dos espíritos, Kardec faz a seguinte indagação aos Espíritos: A alma que não atingiu a perfeição durante a vida corpórea, como acaba de depurar-se? E os Espíritos respondem: Submetendo-se à prova de uma nova existência. No mesmo questionamento letra A, vem à indagação: Como ela realiza nova existência ? Pela sua transformação como Espírito? Ao se depurar, a alma sofre sem dúvida uma transformação, mas para isso necessita da prova da vida corpórea. No item B: A alma tem muitas existências corpóreas? Sim, todos nós temos muitas existências. Os que dizem o contrário querem manter-vos na ignorância em que eles mesmos se encontram; esse é o seu desejo. No item C, parece resultar, desse principio, que após ter deixado o corpo à alma toma outro. Dito de outra maneira, que ela se reencarna em novo corpo. É assim que se deve entender? É evidente. Já no questionamento 167. Vem a seguinte indagação: Qual a finalidade da reencarnação? Expiação, melhoramento progressivo da Humanidade. Sem isso, onde estaria a justiça?
Nas questões 168, 169, 170, 171 você poderá ter mais algumas explicações dadas pelos Espíritos a Kardec quando da Codificação ou elaboração da primeira obra da Doutrina Espírita.
Algumas pessoas menos esclarecidas perguntam: “A Reencarnação destroe a família”. Para quem exercita o raciocínio, às vezes a paciência, questionando acerca da lógica da doutrina reencarnacionista, eis mais uma interrogação a que nos submetem com freqüência relativa: Se para a doutrina espírita não existe a morte, já que continuamos a viver sem o envoltório carnal, fatalmente nos encontraremos após o desencarne com nossos parentes. A pluralidade de existência tão bem explícita no Livro dos espíritos, Porém alguém de mente fértil pode auferir certa indagação com o sentido de menosprezo, ou teste de capacidade aos espiritistas, Considerando a pluralidade das existências, teremos a esdrúxula situação de nos depararmo-nos no mundo espiritual com a presença de dezenas de esposas, mães, pais, e centenas de filhos. Perder-se-ia o sentido da família.
Primeiro temos que chamar a atenção para o fato de que as ligações a nível reprodutivo são adequadas ao mundo físico onde a máxima “crescei e multiplicai-vos” depende fundamentalmente da diferenciação de sexos e do intercâmbio sexual entre as criaturas encarnadas. A conceituação de família a nível espiritual não se prende ao convencionalismo civil nem tampouco a reprodução das espécies, mesmo porque os espíritos não baseiam suas afeições em moldes e necessidades idênticas aos terráqueos. O rótulo de parentesco nada significa quando não há semelhança energética. Poderíamos ir mais além, mas temos a afirmar que as ligações familiares não sofrem destruição alguma com a Reencarnação, como alguns inquisidores possam supor, pelo contrário, verificaremos que as mesmas tornam-se mais autênticas e duradouras.
No mundo extrafísico, os espíritos constituem famílias interligadas pelo amor e pela simpatia. Parentes que se estimam, atesta ligações pretéritas, uma tendência natural de reencarnação no mesmo meio familiar. Faz muito tempo, que a reencarnação era considerada por uns como um dogma, por outros como uma forma de crença supersticiosa antiga e sem apoio nos fatos. Entretanto, a partir da segunda metade do século passado, estudos sérios têm sido empreendidos, por vários cientistas (estes estudos redundaram em confirmações plausíveis, que os diga o Doutor Yan Stevenson), visando investigar até que ponto a reencarnação pode ser comparada ou considerada uma ilusão ou uma realidade. Os resultados obtidos após rigorosos inquéritos feitos em milhares de casos que sugerem reencarnação estão dando decisivo apoio à crença nesta.
Não tardará muito para a reencarnação ser reconhecida como uma lei biológica, á qual todos os seres vivos se acham submetidos. Podemos aqui citar o caso do Doutor Bryan Weiss, médico norte-americano que através da terapia hipnótica em sua paciente de nome Elizabeth, ter se conscientizado que a reencarnação realmente existe.
Como afirma o nosso Confrade Hernani Guimarães Andrade em seu livro “Você e a Reencarnação”, além da pesquisa de casos de crianças com memória reencarnatória, há outras fontes de evidencia que dá apoio á hipótese da reencarnação. São numerosas as circunstâncias que podem provocar o despertamento de lembranças completas ou fragmentárias, de episódios vividos em encarnações passadas (Pág 63).
Enfim é mais fácil e mais conveniente se colocar um Espírito num corpo já formado através da fecundação, do que pegar o pó e reconstituí-lo e mesmo assim será um ser sem vida e para ficar durinho, terá que passar pelo processo de aquecimento a altas temperaturas.
Enfim, a doutrina da reencarnação, isto é, a que consiste em admitir para o Espírito muitas existências sucessivas; é a única que corresponde á idéia que formamos da justiça de Deus para com os homens que se acham em condição moral inferior; a única que pode explicar o futuro e firmarem as nossas esperanças, pois que nos oferece os meios de resgatarmos os nossos erros por novas provações. A razão no-la indica e os espíritos a ensinam. Dogma de, praticamente, de todas as religiões antigas, cada qual com sua versão, a reencarnação vem a ser elevada a condição de Lei Universal pelo Espiritismo, como condição sine qua non para a evolução de todos os seres viventes. Trata-se da doutrina da pluralidade das existências corpóreas, do renascimento, das muitas vidas corpóreas sucessivas que um espírito necessita para aprender e aperfeiçoar-se , tanto na terra como em outros planetas habitados do Universo.
Saindo da reencarnação e passando para ressurreição veremos a brutal diferença entre as duas palavras. Ressurreição vem do latim (resurrectione), no seio do povo hebreu (também no gregoanastasis) a palavra correlata designava diversos fenômenos que eram confundidos na mentalidade da época. O seu significado literal é voltar à vida, assim o ato de devolver uma pessoa considerada morta era chamada ressurreição; a aparição de um Espírito também era chamada ressurreição; o mesmo acontecendo com a possibilidade de um indivíduo nascer de novo pela reencarnação. Existe a conotação escatológica para esse termo que é a ressurreição dos mortos no dia do juízo, mas também nisso os teólogos estão enganados.
A tão falada ressurreição dos mortos não é mais do que a vulgarização da comunicabilidade dos espíritos pela mediunidade, como ocorre nos dias de hoje, quando os Espíritos se comunicam por todo mundo, e a Doutrina espírita está para tudo explicar. A palavra ressuscitar é fazer voltar à vida; ressurgir, quando um médico consegue através de massagens cardíacas ou através de aparelhos trazer novamente a vida o corpo chama-se na linguagem médica ressuscitação. Dogma dos Judeus antigos e de algumas correntes cristãs pela qual , no final dos tempos , os despojos de todos os corpos humanos, já dispersos e reduzidos a pó, seriam novamente reunidos para a reconstituição daqueles corpos , e novamente unidos substancialmente às respectivas almas para o julgamento final de deus.” Ressuscitar e ressurreição” (Jesus) sempre as empregou, figuradamente, num sentido oculto aos homens e em acepções diversas, conforme aos lugares, aos casos, às circunstancias ; conforme se tratava de uma morte aparente, ou de dar um ensino.
Nunca porém, as empregou no sentido que os homens as atribuíam, de acordo com o estado de suas inteligências, com as suas impressões, tradições e preconceitos, no da volta ao do Espírito a um cadáver, a uma podridão, depois de ocorrida à morte real. O caso de Lázaro, Jesus o ressuscitou, pois Lázaro não estava morto, ele se encontrava num estado de letargia profundo. A Ressurreição de Jesus, após a morte na cruz, é o testemunho máximo da perpetuidade da nossa vida no seio da eternidade, pois ele se despojou do corpo carnal assumindo um corpo sutil, materializado. Jesus subiu aos céus em Espírito, sua vestimenta carnal ficou na terra em local secreto ou implodiu como afirmam vários teólogos e exegetas. .

(ANTONIO PAIVA RODRIGUES - OFICIAL SUPERIOR DA POLÍCIA MILITAR - GESTOR DE EMPRESAS - ESTUDANTE DE JORNALISMO DA FGF - BACHAREL EM SEGURANÇA PÚBLICA).

sábado, 18 de junho de 2016

“OS BONS ESPÍRITAS”

O Espiritismo bem compreendido, mas sobretudo bem sentido, conduz forçosamente aos resultados acima, que caracterizam o verdadeiro espírita, como o verdadeiro cristão, pois um e outro são a mesma coisa. O Espiritismo não cria uma nova moral, mas facilita aos homens a vacilam.
Muitos, porém, dos que creem na realidade das manifestações, não compreendem as suas consequências nem o seu alcance moral, ou, se os compreendem, não os aplicam a si mesmos. Por que acontece isso? Será por uma falta de precisão da doutrina? Não, porque ela não contém alegorias, nem figuras que possam dar lugar a falsas interpretações. A clareza é a sua própria essência, e é isso que lhe dá força, para que atinja, diretamente a inteligência. Nada tem de mistérios, e seus iniciados não possuem nenhum segredo que seja oculto ao povo.
Seria necessária, então, para compreendê-la, uma inteligência fora do comum? Não, pois veem-se homens de notória capacidade, que não a compreendem, enquanto inteligências vulgares, até mesmo de jovens que mal saíram da adolescência, apreendem com admirável justeza as suas mais delicadas nuanças. Isso acontece porque a parte, de qualquer maneira, material da ciência, não requer mais do que os olhos para ser observada, enquanto a parte essencial exige um certo grau de sensibilidade, que podemos chamar de maturidade do senso moral, maturidade essa independente da idade e o grau de instrução, porque é inerente ao desenvolvimento, num sentido especial, do espírito encarnado.
Em algumas pessoas, os laços materiais são ainda muito fortes, para que o espírito se desprenda das coisas terrenas. O nevoeiro que as envolve impede-lhes a visão do infinito. Eis por que não conseguem romper facilmente com os seus gostos e os seus hábitos, não compreendendo que possa haver nada melhor do que aquilo que possuem. A crença nos Espíritos é para elas um simples fato, que não modifica pouco ou nada as suas tendências instintivas. Numa palavra, não veem mais do que um raio de luz, insuficiente para orientá-las e dar-lhes uma aspiração profunda, capaz de modificar lhes as tendências. Apegam-se mais aos fenômenos do que à moral, que lhes parece banal e monótona. Pedem aos Espíritos que incessantemente as iniciem em novos mistérios, sem indagarem se tornaram dignas de penetrar os segredos do Criador. São, afinal, os espíritas imperfeitos, alguns dos quais estacionam no caminho ou se distanciam dos seus irmãos de crença, porque recuam ante a obrigação de se reformarem, ou porque preferem a companhia dos que participam das suas fraquezas ou das suas prevenções. Não obstante, a simples aceitação da doutrina em princípio é um primeiro passo, que lhes facilitará o segundo, numa outra existência.
Aquele que podemos, com razão, qualificar de verdadeiro e sincero espírita, encontra-se num grau superior de adiantamento moral. O Espírito já domina mais completamente a matéria e lhe dá uma percepção mais clara do futuro; os princípios da doutrina fazem vibrar-lhe as fibras, que nos outros permanecem mudas; numa palavra: foi tocado no coração, e por isso a sua fé é inabalável. Um é como o músico que se comove com os acordes; o outro, apenas ouve os sons. Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que faz para dominar suas más inclinações. Enquanto um se compraz no seu horizonte limitado, o outro, que compreende a existência de alguma coisa melhor, esforça-se para se libertar, e sempre o consegue, quando dispõe de uma vontade firme.
                                                 

O Evangelho Segundo o Espiritismo.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

“COMO ATUAM OS MÉDICOS ESPIRITUAIS”

Quais os principais métodos usados na Espiritualidade para o tratamento das lesões do corpo espiritual?
– Na Espiritualidade, os servidores da medicina penetram, com mais segurança, na história do enfermo para estudar, com o êxito possível, os mecanismos da doença que lhe são particulares.
Aí, os exames nos tecidos psicossomáticos com aparelhos de precisão, correspondendo às inspeções instrumentais e laboratoriais em voga na Terra, podem ser enriquecidos com a ficha cármica do paciente, a qual determina quanto à reversibilidade ou irreversibilidade da moléstia, antes de nova reencarnação, motivo por que numerosos doentes são tratáveis, mas somente curáveis mediante longas ou curtas internações no campo físico, a fim de que as causas profundas do mal sejam extirpadas da mente pelo contato direto com as lutas em que se configuraram.
Curial, portanto, é que o médico espiritual se utilize ainda, de certa maneira, da medicação que vos é conhecida, no socorro aos desencarnados em sofrimento, porque, mesmo no mundo, todo remédio da farmacopéia humana, até certo ponto, é projeção de elementos quimio-elétricos sobre agregações celulares, estimulando-lhes as funções ou corrigindo-as, segundo as disposições do desequilíbrio em que a enfermidade se expresse.
Contudo, é imperioso reconhecer que na Esfera Superior o médico não se ergue apenas com o pedestal da cultura acadêmica, qual ocorre frequentemente entre os homens, mas sim também com as qualidades morais que lhe confiram valor e ponderação, humildade e devotamento, visto que a psicoterapia e o magnetismo, largamente usados no plano extrafísico, exigem dele grandeza de caráter e pureza de coração.
Resumindo:
1-medicamentos;
2-exames com aparelhos sofisticados, que provavelmente teremos no futuro aqui na Terra;
3-psicoterapia;
4-magnetismo (passes, transfusão de energias);
5-médicos preparados espiritual e moralmente;
6-algumas doenças, porque arraigadas no períspirito, somente desaparecerão após nova reencarnação, quando poderão ser expurgadas pelo corpo físico.
As cirurgias promovidas pelos médiuns de cura aqui na Terra (sempre auxiliados pelos médicos espirituais), ocorrem se acordo com o descrito acima também. As doenças com origens em lesões no períspirito são eliminadas, advindo, em seguida, a cura no corpo físico.
Esclarecem os amigos espirituais, igualmente, que os tratamentos e cirurgias realizados aqui na Terra em nosso corpo físico nos hospitais terrestres, podem auxiliar sobremaneira na cura definitiva das doenças enraizadas no períspirito. Trata-se de uma via de duas mãos. Acima de tudo, está o merecimento do paciente que se dá através do aprendizado e progresso.
Bibliografia:

Francisco Cândido Xavier – Evolução em Dois Mundos – pelo Espírito André Luiz

quinta-feira, 16 de junho de 2016

“REFLEXÃO SOBRE A PENA DE MORTE”

Entre os que advogam o estabelecimento da pena de morte em nosso país, há os que relacionam objetivos precisos para sua tese.
Entre eles, o que surge em primeiro plano é o de higienizar a sociedade.
Afirmam que a sociedade pode ser comparada a um organismo enfermo.
A fim de preservar a vida do corpo, opta-se pela amputação do membro doentio, evitando-se que a problemática se espalhe, semeando doença irreversível.
Sem nos esquecermos que, no organismo, determinados órgãos como coração e cérebro, por exemplo, não podem ser simplesmente descartados, pois lhe são indispensáveis, tratemos da questão saneamento da comunidade.
Basta que alonguemos o olhar para a rua e defrontaremos de imediato um vasto panorama a ser higienizado.
Falamos dos bolsões de miséria que desfilam pelas ruas. São crianças sujas acompanhando mães maltratadas, empurrando a vida de esquina a esquina, frequentemente revolvendo lixo à cata de algo aproveitável para saciar a fome.
Velhos maltrapilhos movendo-se com lentidão e dificuldade entre a multidão apressada, estendendo a mão à caridade pública.
Deficientes de variadas condições, rastejando pelas calçadas, esfolando mãos e joelhos, rogando esmolas.
Ao longo das rodovias, barracos infectos cobertos precariamente com plásticos e latas. Visão que enfeia a paisagem de qualquer cidade.
Pode-se iniciar portanto higienizando as ruas, as calçadas, as rodovias, propiciando amparo à mãe sozinha, emprego que lhe garanta o mínimo de sustento aos filhos.
Podemos organizar um mutirão de corações devotados e modificar a paisagem, com pregos, madeiras, tijolos e disponibilizar condições mais humanas de habitação aos que padecem entre paredes quase a cair.
Podemos providenciar asilo e amparo ao idoso enfermo, ao deficiente carente.
E que dizer da paisagem tristonha dos que desconhecem as letras do alfabeto? 
Basta olhar ao redor para descobrir o bando de almas infantis que deveriam estar frequentando os bancos escolares e se encontram pelas ruas, a mendigar, a recolher papéis, a vender bugigangas somente para conseguir uns trocados.
Pobre infância, fanada em pleno desabrochar.
Iletrados crescerão e na escola das ruas aprenderão as lições duras da lei do mais forte, do mais esperto.
Urge higienizemos o panorama, propiciando a escola com alimentação adequada, encaminhamento e incentivo a pais e filhos para a frequência.
Mostrar-lhes o valor da escola, a riqueza do saber.
Há, sim, muito ainda a higienizar.
Higienizar as comunidades carentes das tantas enfermidades que as dizimam, sem acesso ao medicamento, ao médico, aos exames clínicos e laboratoriais.
Se nosso intuito for melhorar a sociedade, desvencilhando-¬nos do que a torna agressiva, incômoda, há um largo programa de trabalho a desenvolver.
Não há necessidade de matar o semelhante, mesmo porque, investindo-se na educação, na alimentação, na ocupação útil, na saúde, diminuirá potencialmente o número daqueles que caminham a passos largos rumo à criminalidade.
É importante deter-lhes o passo antes que se precipitem nas vielas escuras do erro e das paixões grotescas.
Se acendermos a lâmpada do alfabeto na mente de um pequenino, ele poderá descobrir as riquezas do Universo e todas as coisas que nele existem.
Isto se chama caridade.
Redação do Momento Espírita, com base no verbete Alfabeto, do livro
Repositório de sabedoria, v.1, pelo Espírito Joanna de Ângelis,

psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

“O QUE AS PESSOAS FAZEM APÓS A MORTE? FICAM OCIOSAS OU TRABALHAM? ”

Ocupação dos Espíritos - Os Espíritos se ocupam com as coisas deste mundo de acordo com o grau de evolução em que se achem. Os superiores só se ocupam no que seja útil ao progresso. Já os inferiores se sentem ligados às coisas materiais, e delas se ocupam. As atribuições dos Espíritos são proporcionais ao seu progresso, às luzes que possuem, às suas capacidades, experiências e grau de confiança inspirada ao Senhor soberano. Nem favores, nem privilégios que não sejam o prêmio ao mérito; tudo é medido e pesado na balança da estrita justiça.
Os Espíritos encarnados têm ocupações inerentes às suas existências corpóreas. No estado de erraticidade, ou de desmaterialização, tais ocupações são adequadas ao seu grau de adiantamento.
Uns percorrem os mundos, se instruem e se preparam para as novas encarnações.
Outros, mais adiantados, se ocupam com o progresso, dirigindo os acontecimentos e sugerindo ideias que lhe sejam propicias. Assistem os homens de gênio que concorrem para o adiantamento da humanidade.
Outros ainda, tomam sob sua tutela os indivíduos, as famílias, as reuniões, as cidades e os povos, dos quais se constituem anjos guardiães, gênios protetores e os Espíritos familiares. Outros, finalmente, presidem aos fenômenos da natureza, de que se fazem agentes diretos.
Além do trabalho de se melhorarem pessoalmente, incumbe-lhes executar a vontade de Deus, concorrendo, assim, para a harmonia do Universo.
A ocupação dos Espíritos é continua, contudo, nada tem de penosa, uma vez que não estão sujeitos à fadiga e às necessidades próprias da vida terrena.
Os Espíritos inferiores e imperfeitos também desempenham função útil no Universo, embora muitas vezes não se apercebam disso, visto que todos têm deveres a cumprir.
Os Espíritos devem percorrer todos os diferentes graus da escala evolutiva para se aperfeiçoarem. Assim, todos devem habitar em toda parte e adquirir o conhecimento de todas as coisas. Dessa forma, a experiência e o aprendizado pelo qual um Espírito está passando hoje, um outro já passou e outro ainda passará.
Existem Espíritos que não se ocupam de coisa alguma, conservando-se totalmente ociosos. Todavia esse estado é temporário e cedo ou tarde o desejo de progredir os impulsiona para uma atividade, tornando-os felizes por se sentirem úteis.
O Espírito se adianta conforme a maneira que desempenha sua tarefa. Mas algo muito importante ensinada pelos Espíritos é que muito diferente umas das outras são as condições dos mundos, quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridade dos seus habitantes. Entre eles há os inferiores a terra, física e moralmente, outros da mesma categoria que a nossa e outros superiores.
Nos mundos inferiores, a existência é toda material, reinam soberanas as paixões sendo quase nula a vida moral. À medida que esta se desenvolve, diminui a influência da matéria, de tal maneira que, nos mundos mais adiantados, a vida é, por assim dizer toda espiritual.
Abaixo informaremos as questões do Livro dos Espíritos que nos dão informações sobre este assunto: 
558 - Alguma outra coisa incumbe aos espíritos fazer que não seja melhorarem - se pessoalmente?
R. Concorrem para a harmonia do Universo, executando as vontades de Deus, cujas eles são ministros. A vida espírita é uma ocupação contínua, mas que nada tem de penosa, como a vida na terra, porque não há a fadiga corporal, nem as angústias das necessidades.
559 - Também desempenham funções útil no Universo os espíritos inferiores e imperfeitos?
R. Todo tem deveres a cumprir. Para a construção de um edifício, não concorre tanto o último dos serventes de pedreiros como o arquiteto.
572 - A missão de um espírito lhe é imposta ou depende da sua vontade?
R. Ele a pede e ditoso se considera se a obtém.
- Pode uma missão ser pedida por muitos espíritos?
R. Sim é frequente apresentarem-se muitos candidatos mas nem todos são aceitos.
573 - Em que consiste a missão dos espíritos encarnados?
R. Em instruir os homens, em lhes auxiliar o progresso; em lhes melhorar as instituições, por meios diretos e materiais. As missões, porém, são mais ou menos gerais e importantes. O que cultiva a terra desempenha tão nobre missão, como o que governa, ou o que instrui. Tudo na natureza se encadeia.
"A felicidade dos Espíritos bem-aventurados não consiste na ociosidade contemplativa, que seria, como temos dito muitas vezes, uma eterna e fastidiosa inutilidade."
Ä As missões dos Espíritos - Têm sempre por objetivo do bem . Quer como Espíritos, quer como homens, são incumbidos de auxiliar o progresso da humanidade, dos povos ou dos indivíduos, dentro de um círculo de ideias mais ou menos amplas, mais ou menos especiais e de velar pela execução de determinadas coisas.
Alguns desempenham missões mais restritas e, de certo modo, pessoais ou inteiramente locais, como sejam: assistir aos enfermos, aos agonizantes, aos aflitos, velar por aqueles de quem se constituíram guias e protetores; dirigi-los, dando-lhes conselhos ou inspirando-lhes bons pensamentos. Pode dizer-se que há tantos gêneros assim no mundo físico, como no moral. O Espírito se adianta conforme a maneira por que desempenha a sua tarefa.
As missões mais importantes são confiadas somente àqueles que Deus julga capazes de as cumprir e incapazes de desfalecimento ou comprometimento. E enquanto que os mais dignos compõe o Supremo Conselho, sob as vistas de Deus, a chefes superiores é outorgada a direção de turbilhões planetários, e a outros, conferidos a mundos especiais . Vêm, depois, pela ordem de adiantamento e subordinação hierárquica, as atribuições mais restritas dos prepostos ao progresso dos povos, à proteção das famílias e indivíduos, ao impulso de cada ramo de progresso, às diversas operações da natureza até aos mais ínfimos pormenores da criação. Neste vasto e harmônico conjunto há ocupações para todas as capacidades, aptidões e esforços; ocupações aceitas com júbilo, solicitadas com ardor, por serem um meio de adiantamento para os Espíritos que ao progresso que aspiram.
Ao lado das grandes missões confiadas aos Espíritos Superiores, há outras de importância relativa em todos os graus, concedidas a Espíritos de todas as categorias, podendo mesmo afirmar-se que cada encarnado tem sua missão, isto é, deveres a preencher a bem dos seus semelhantes, desde o chefe de família, a quem incumbe o progresso dos filhos, até o homem de gênio que lança às sociedades novos germes de progresso. É nessas missões secundarias que se verificam desfalecimentos, prevaricações e renúncias que prejudicam o indivíduo sem afetar o todo.
Todas as inteligências concorrem, pois para a obra geral, qualquer que seja o grau atingido, e cada uma na medida das suas forças, seja no estado de Espírito Encarnado ou no plano espiritual. Por toda parte a atividade, desde a base ao ápice da escala, instruindo-se, coadjuvando-se em mútuo apoio, dando-se as mãos para alcançarem o zênite.
Ä Relações do Além Túmulo- Almas Gêmeas - A questão 298 de O Livro dos Espíritos nos informa que não há união particular e fatal, de duas almas. A união que há é a de todos os Espíritos, mas em graus diversos, segundo a categoria que ocupam, isto é, segundo a perfeição que tenham adquirido. Quanto mais perfeitos, tanto mais unidos.
Devemos compreender que um Espírito não é metade do outro. Se um Espírito fosse a metade do outro, separados os dois, estariam ambos incompletos. A teoria das metades eternas encerra uma simples figura representativa da união de dois Espíritos simpáticos. Trata-se de uma expressão usada até na linguagem vulgar e que se não deve tomar ao pé da letra.
Quando falamos em almas gêmeas temos a ideia de um companheiro e companheira que encontraremos dentro de um certo tempo.
Somos levados a este comportamento por influência da sociedade, onde cada um deve encontrar seu par.
E falamos nesta alma gêmea como se fosse um salva-vidas. Idealizamos e colocamos nossas expectativas no outro, procuramos qualidades que acabam se revelando impossíveis em nós mesmos, e esperamos que o escolhido nos satisfaça em todos os sentidos. Buscamos nosso complemento para a vida como se estivéssemos procurando um produto qualquer.
Criadas umas para as outras, as almas gêmeas se buscam, sempre que separadas. A união é a aspiração suprema e indefinível. Milhares de seres, se transviados, se inseridos na senda do crime ou na inconsciência, experimentam a separação das almas que os sustentam, como a provação mais ríspida e dolorosa, e, no drama das existências mais obscuras, vemos sempre a atração eterna das almas que se amam intimamente. Quando se encontram, no acervo dos trabalhos humanos, sentem-se de posse da felicidade real para os seus corações a da ventura de sua união, e a única amargura que lhes empana a alegria é a perspectiva de uma nova separação pela morte, perspectiva essa que a luz da Nova Revelação veio dissipar.
Nem sempre, as almas gêmeas encontram-se no mesmo plano evolutivo. No livro Diário dos Invisíveis, de Zilda Gama, o Espírito Victor Hugo afirma que almas criadas na mesma era, iniciando úteis peregrinações em mundos primitivos, e, depois, separadas em ponto diversos do globo terrestre, conservam, uma das outras, reminiscências indeléveis.
É importante no entanto, que fique claro o conceito de almas gêmeas: a tese é mais complexa do que parece ao primeiro exame, mesmo porque, com a expressão "almas gêmeas", não desejamos dizer metades eternas, e ninguém, a rigor, pode estribar-se no enunciado para desistir de veneráveis compromissos assumidos na escola redentora do mundo, sob a pena de aumentar os próprios débitos, com difíceis obrigações à frente da Lei.
Vejamos agora, o que O Livro dos Espíritos nos diz a respeito : 
Pergunta 298 - As almas que devam unir-se estão, desde suas origens, predestinadas a esta união e cada um de nós tem, em alguma parte do universo, sua metade, a que fatalmente um dia se reunirá?
R. Não, não há união particular e fatal, de duas almas. A união que há é a de todos os espíritos, mas em graus diversos, segundo a categoria que ocupam, isto é, segundo a perfeição que tenham adquirido. Quanto mais perfeitos, tanto mais unidos. Da discórdia nascem todos os males dos humanos, da concórdia resulta a completa felicidade.
Pergunta 299 - Em que sentido se deve entender a palavra metade, de que alguns espíritos se servem para designar os espíritos simpáticos?
A expressão é inexata. Se um espírito fosse a metade do outro, separados os dois, estariam ambos incompletos.
Pergunta 300 - Se dois espíritos perfeitamente simpáticos se reunirem, estarão unidos para todo o sempre, ou poderão separar-se e unir-se a outros espíritos?
R. Todos os espíritos estão reciprocamente unidos. Falo dos que atingiram a perfeição. Nas esferas inferiores, desde que um espírito se eleva, já não simpatiza como dantes, com os que lhe ficaram abaixo.
Ä Simpatias e Antipatias - Como seres inteligentes da criação, que povoam o Universo, fora do mundo material, os Espíritos cultivam, entre si, a simpatia geral determinada pelas sua próprias semelhanças. Além desta simpatia de caráter geral, existem, as afeições particulares, tal como as há entre os homens. Esta afeição particular decorre do princípio de afinidade, como resultado de uma perfeita concordância de seus pendores e instintos.
Assim como há as simpatias entre os Espíritos, há, também, as antipatias alimentadas pelo ódio, que geram inimizades e dissenções. Este sentimento, todavia, só existe entre os Espíritos impuros, que não venceram, ainda, em si mesmos, basicamente, o egoísmo e o orgulho. Como exercem influência junto aos homens, acabam estimulando nestes os desentendimentos e as discórdias, muito comum na vida humana.
Desde que originada de verdadeira simpatia, a afeição que dois seres se consagram na terra continua no plano espiritual.
Por sua vez, os Espíritos a quem fizemos mal neste mundo poderão perdoar-nos se já forem bons e segundo o nosso próprio arrependimento. Se, porém, ainda continuarem se comprazendo no mal, podem guardar ressentimento e nos perseguirem muitas vezes até em outras existências.
Como observam os Espíritos superiores: "da discórdia nascem todos os males da humanidade; da concórdia resulta a completa felicidade. " E um dos objetivos da nossa encarnação é o de trabalhar no sentido de nos melhorarmos interiormente e chegarmos à perfeição espiritual.
Isto nos leva a compreender melhor a afirmação de Jesus, quando nos disse: Amai os vossos inimigos, pois só há prejuízo para o Espírito que tenha inimigos por força do mal que haja praticado, uma vez que os inimigos são obstáculos em sua caminhada e essa inimizade sempre gera infelicidade e atraso em seu progresso espiritual.
Admitindo que a maldade não é um estado permanente dos homens; que ela decorre de uma imperfeição temporária e que, assim como a criança se corrige dos seus defeitos, o homem mau reconhecerá um dia os seus erros e se tornará bom, compreendemos também que a nossa meta maior é superar a maldade que ainda existe em nós e nos outros. E, neste sentido, só a manifestação de amor de nossa parte pode quebrar o círculo vicioso do ódio que continua a existir, muitas vezes, mesmo depois da morte física.
O período mais propício a esse esforço é, sem dúvida, quando estamos juntos aos nosso inimigos, convivendo com eles, na condição de encarnados e desencarnados, pois é quando temos as melhores oportunidades de testemunhar nosso propósito de cultivar a concórdia para com todos e, assim, substituir os laços que nos ligavam, pelos laços de amor que passam a nos unir.
Ä Escolhas das Provas - Sob a influência das ideias carnais, o homem, na terra, só vê nas provas o lado penoso. Tal a razão de lhe parecer natural sejam escolhidas as que, do seu ponto de vista, podem coexistir com os gozos materiais. Na vida espiritual, porém, compara esses gozos fugazes e grosseiros com a inalterável felicidade que lhe causam os passageiros sofrimentos terrenos. Assim, pois, o Espírito pode escolher prova muito rude e, conseguintemente, uma angustiada existência, na esperança de alcançar depressa um estado melhor, como o doente escolhe muitas vezes o remédio mais desagradável para se curar de pronto. Aquele que intenta ligar seu nome à descoberta de um pais desconhecido não procura trilhar estrada florida. Conhece os perigos a que se arrisca, mas também sabe que o espera a glória, se lograr bom êxito.
A doutrina da liberdade que nos permite escolher as nossas existências e as provas que devamos sofrer deixa de parecer singular, desde que se atenda a que os Espíritos, uma vez desprendidos da matéria, apreciam as coisas do modo diverso da nossa maneira de apreciá-las. Após cada existência, vêem o passo que deram e compreendem o que ainda lhes falta em pureza para atingirem aquela meta. Daí o se submeterem voluntariamente a todas as vicissitudes da vida corpórea, solicitando as que possam fazer que a alcancem mais depressa. Não há motivo de espanto no fato de o Espírito não preferir a existência mais suave. Não lhe é possível no estado de imperfeição em que se encontra, gozar de uma vida isenta de amarguras. Ele o percebe e, precisamente para chegar a fruí-la, é que se trata de se melhorar.
Não vemos, aliás, todos os dias, exemplos de escolhas tais? Que faz o homem que passa uma parte de sua vida a trabalhar sem trégua, nem descanso, para reunir haveres que lhe assegurem o bem-estar, se não desempenhar uma tarefa que a si mesmo se impôs, tendo em vista melhor futuro. O militar que se oferece para uma perigosa missão, o navegante que afronta não menores perigos, por amor da Ciência ou no seu próprio interesse, que fazem, também eles, senão sujeitar-se a provas voluntárias, de que lhes advirão honras e proveito, se não sucumbirem? A que se não submete ou expõe o homem pelo seu interesse ou pela sua glória? E os concursos não são também provas voluntárias a que os concorrentes se sujeitam, com o fito de avançarem na carreira que escolheram? Ninguém galga qualquer posição nas ciência, nas artes, na indústria, senão passando pela série das posições inferiores, que são outras tantas provas. A vida humana é, pois, cópia da vida espiritual; nela se nos deparam em ponto pequeno todas as peripécias da outra. Ora, se na vida terrena muitas vezes escolhemos duras provas, visando a posição mais elevada, por que não haveria o espírito, que enxerga mais longe que o corpo e para quem a vida corporal é apenas incidente de curta duração, de escolher uma existência árdua e laboriosa, desde que a conduza à felicidade eterna? Os que dizem que pedirão para ser príncipes ou milionários, uma vez que ao homem é que caiba escolher a sua existência, se assemelham aos míopes, que apenas veem aquilo que tocam, ou a meninos gulosos, que, a quem os interroga sobre isso, respondem que desejam ser pasteleiros ou doceiros. 
Dizem todos os espíritos que, na erraticidade, eles se aplicam a pesquisar, estudar, observar, afim de fazerem a sua escolha. Na vida corporal não se oferece um exemplo deste fato? Não levamos, frequentemente, anos a procurar a carreira pela qual afinal nos decidimos, certos de ser a mais apropriada a nos facilitar o caminho da vida? Se numa, não é o que desejamos, recorremos a outra. Cada uma das que abraçamos representa uma fase, um período da vida. Não nos ocupamos cada dia a cogitar o que faremos no dia seguinte? Ora, que são para os espíritos as diversa existências corporais, senão fases, períodos, dias da sua vida espírita, que é, como sabemos, a vida normal, visto que a outra é transitória e passageira.
Nas questões abaixo do Livro dos Espíritos teremos um resumo do que seria a escolha das provas:
Pergunta 259 – Se o Espírito pode escolher o gênero de provas que deve suportar, segue-se daí que todas as tribulações que experimentamos na vida foram previstas e escolhidas por nós?
R. Todas, não é a palavra, pois não se pode dizer que escolhestes e previstes tudo que vos acontece no mundo, até as menores coisas; escolhestes o gênero de provas, os detalhes são consequências da vossa posição e, frequentemente, dos vossos próprios atos. Se o espírito quis nascer entre malfeitores, por exemplo, ele sabia a que arrastamentos se expunha, mas não cada um dos atos que viria a praticar, e que são resultado de sua vontade ou de seu livre arbítrio. O Espírito sabe que escolhendo tal caminho terá de suportar tal gênero de luta, sabe, também, a natureza das vicissitudes que enfrentará, mas não sabe quais os acontecimentos que o aguardam. Os detalhes dos acontecimentos nascem das circunstâncias e da força das coisas. Somente são previstos os grandes acontecimentos que influem no seu destino. Se tomas um caminho cheio de buracos profundos, sabes que deves tomar grandes precauções para não caíres, e não sabes em qual deles cairás, pode ser, também, que não caias se fordes bastante prudente. Se, passando por uma rua, uma telha te cair na cabeça, não creias que estava escrito, como vulgarmente se diz.
Pergunta 266 – Não parece natural que os espíritos escolham as provas menos penosas?
R. Para vós, sim; para o Espírito, não. Quando se liberta da matéria, a ilusão desaparece e ele pensa de outra maneira.
Ana Maria Teodoro Mmassuci

Fonte o Livro dos Espíritos. Allan Kardec

terça-feira, 14 de junho de 2016

“PORQUE OS ESPÍRITAS NÃO TEMEM A MORTE”

A doutrina espírita transforma completamente a perspectiva do futuro. A vida futura deixa de ser uma hipótese para ser realidade.
O estado das almas depois da morte não é mais um sistema, porem um resultado de observação. Ergueu-se o véu; o mundo espiritual aparece-nos
na plenitude da sua realidade prática; não foram os homens que a descobriram pelo esforço de uma concepção engenhosa, são os próprios habitantes
desse mundo que nos vem descrever a sua situação; aí os vemos de todos os graus da escala da vida espiritual, em todas as fases da felicidade ou da
desgraça, assistindo enfim, a todas as peripécias da vida de além tumulo. Eis aí porque os espíritas encaram a morte calmamente e se revestem de
serenidade nos seus últimos momentos sobre a terra.
Já não é só a esperança, mas a certeza que o conforta; sabem que a vida futura é a continuação da vida terrena em melhores condições e aguardam-na com a mesma confiança que aguardariam o despontar do sol após uma noite
de tempestade. Os motivos desta confiança decorrem, outrossim, dos fatos testemunhados e da concordância desses fatos com a lógica,
com a justiça e palavra de Deus, correspondendo às íntimas aspirações da humanidade.
Para os espíritas, a alma não é uma abstração; ela tem um corpo etéreo que a define ao pensamento, o que muito é para fixar as ideias sobre a sua individualidade, aptidões e percepções.
As lembranças dos que nos são caros repousa sobre alguma coisa real. Não se nos apresentam mais como chamas fugitivas que nada falam ao pensamento, porém sob uma forma concreta que antes no-los mostra como seres viventes.
Além, disso, em vez de perdidos nas profundezas do Espaço, estão ao redor de nós; o mundo corporal e o mundo espiritual identificam-se mutuamente.
Não mais permissível é a duvida sobre o futuro, desaparece o temor da morte; encara-se a sua aproximação a sangue frio, como quem aguarda
a libertação pela porta da vida e não do nada.

Trecho do livro:

“O céu e o inferno “ de Allan Kardec

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...