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quarta-feira, 22 de junho de 2016

“DESENCARNAÇÕES COLETIVAS”

Sendo Deus a Bondade Infinita, por que permite a morte aflitiva de tantas pessoas enclausuradas e indefesas, como nos casos dos grandes incêndios?
(Pergunta endereçada a Emmanuel por algumas dezenas de pessoas em reunião pública, na noite de 23-2-1972, em Uberaba, Minas).
RESPOSTA:
Realmente reconhecemos em Deus o Perfeito Amor aliado à Justiça Perfeita. E o Homem, filho de Deus, crescendo em amor, traz consigo a Justiça imanente, convertendo-se, em razão disso, em qualquer situação, no mais severo julgador de si próprio.
Quando retornamos da Terra para o Mundo Espiritual, conscientizados nas responsabilidades próprias, operamos o levantamento dos nossos débitos passados e rogamos os meios precisos a fim de resgatá-los devidamente.
É assim que, muitas vezes, renascemos no Planeta em grupos compromissados para a redenção múltipla.
Invasores ilaqueados pela própria ambição, que esmagávamos coletividades na volúpia do saque, tornamos à Terra com encargos diferentes, mas em regime de encontro marcado para a desencarnação conjunta em acidentes públicos.
Exploradores da comunidade, quando lhe exauríamos as forças em proveito pessoal, pedimos a volta ao corpo denso para facearmos unidos o ápice de epidemias arrasadoras.
Promotores de guerras manejadas para assalto e crueldade pela megalomania do ouro e do poder, em nos fortalecendo para a regeneração, pleiteamos o Plano Físico a fim de sofrermos a morte de partilha, aparentemente imerecida, em acontecimentos de sangue e lágrimas.
Corsários que ateávamos fogo a embarcações e cidade na conquista de presas fáceis, em nos observando no Além com os problemas da culpa, solicitamos o retorno à Terra para a desencarnação coletiva em dolorosos incêndios, inexplicáveis sem a reencarnação.
Criamos a culpa e nós mesmos engenhamos os processos destinados a extinguir lhe as consequências. E a Sabedoria Divina se vale dos nossos esforços e tarefas de resgate e reajuste a fim de induzir-nos a estudos e progressos sempre mais amplos no que diga respeito à nossa própria segurança.
É por este motivo que, de todas as calamidades terrestres, o Homem se retira com mais experiência e mais luz no cérebro e no coração, para defender-se e valorizar a vida.
Lamentemos sem desespero, quantos se fizerem vítimas de desastres que nos confrangem a alma. A dor de todos eles é a nossa dor. Os problemas com que se defrontaram são igualmente nossos.
Não nos esqueçamos, porém, de que nunca estamos sem a presença de Misericórdia Divina junto às ocorrências da Divina Justiça, que o sofrimento é invariavelmente reduzido ao mínimo para cada um de nós, que tudo se renova para o bem de todos e que Deus nos concede sempre o melhor.

Chico Xavier-Emmanuel

terça-feira, 21 de junho de 2016

“MUNDOS DE REGENERAÇÃO. ”

Entre essas estrelas que cintilam na abóbada azulada, quantas delas são mundos, como o vosso, designados pelo Senhor para expiação e provas! Mas há também entre elas mundos mais infelizes e melhores, como há mundos transitórios, que podemos chamar de regeneradores. Cada turbilhão planetário, girando no espaço em torno de um centro comum, arrasta consigo mundos primitivos, de provas, de regeneração e de felicidade. Já ouvistes falar desses mundos em que a alma nascente é colocada, ainda ignorante do bem e do mal, para que possa marchar em direção a Deus, senhora de si mesma, na posse do seu livre-arbítrio. Já ouvistes falar das amplas faculdades de que a alma foi dotada, para praticar o bem. Mas ai!, existem as que sucumbem! Então Deus, que não quer aniquilá-las, permite-lhes ir a esses mundos em que, de encarnações em encarnações podem fazer-se novamente dignas da glória a que foram destinadas.
Os mundos regeneradores servem de transição entre os mundos de expiação e os felizes. A alma que se arrepende, neles encontra a paz e o descanso, acabando por se purificar. Sem dúvida, mesmo nesses mundos, o homem ainda está sujeito às leis que regem a matéria. A humanidade experimenta as vossas sensações e os vossos desejos, mas está isenta das paixões desordenadas que vos escravizam. Neles, não há mais o orgulho que emudece o coração, a inveja que o tortura e o ódio que os asfixia. A palavra amor está escrita em todas as frontes; uma perfeita equidade regula as relações sociais; todos manifestam a Deus e procuram elevar-se a Ele, seguindo as suas leis.
Nesses mundos, contudo, ainda não existe a perfeita felicidade, mas a aurora da felicidade. O homem ainda é carnal, e por isso mesmo sujeito às vicissitudes de que só estão isentos os seres completamente desmaterializados. Ainda tem provas a sofrer, mas estas não se revestem das pungentes angústias da expiação. Comparados à Terra, esses mundos são mais felizes, e muito de vós gostariam de habitá-los, porque representa a calma após a tempestade, a convalescença após uma doença cruel. Menos absorvido pelas coisas materiais, o homem entrevê melhor o futuro do que vós, compreende que são outras as alegrias prometidas pelo Senhor aos que tornam dignos, quando a morte ceifar novamente os seus corpos, para lhes dar a verdadeira vida. É então que a alma liberta poderá pairar sobre os horizontes. Não mais os sentidos materiais e grosseiros, mas os sentidos de um perispírito puro e celeste, aspirando às emanações de Deus, sob os aromas do amor e da caridade, que se expandem do seu seio.
Mas, ah!, nesses mundos o homem ainda é falível, e o Espírito do mal ainda não perdeu completamente o seu domínio sobre ele. Não avançar é recuar, e se ele não estiver firme no caminho do bem, pode cair novamente em mundos de expiação, onde o esperam novas e mais terríveis provas. Contemplai, pois, durante a noite, na hora do repouso e da prece, essa abóbada azulada, e entre as inumeráveis esferas que brilham sobre as vossas cabeças, procurai as que levam a Deus, e pedi que um mundo regenerador vos abrisse o seu seio, após a expiação na Terra.

Autor: Santo Agostinho

segunda-feira, 20 de junho de 2016

“OS VÍCIOS NA VISÃO ESPÍRITA. ”

Vemos frequentemente nos meios de comunicação notícias de desencarnes causados por: Acidentes automobilísticos envolvendo pessoas alcoolizadas; Quadros clínicos ligados ao tabagismo; Quadros clínicos ligados à alimentação exagerada ou prejudicial; Homicídios impulsionados pelo uso de álcool e motivados pelo orgulho ferido, mau uso do poder e do dinheiro; Overdose de tóxicos;
Na concepção de Hammed, espírito de profundo conhecimento psicológico, que escreveu através do médium Francisco do Espírito Santo Neto os consagrados "Renovando Atitudes" e "As Dores da Alma", temos:“EM VERDADE,VICIADOS SÃO TODOS AQUELES QUE SE ENFRAQUECERAM DIANTE DA VIDA E SE REFUGIARAM NA DEPENDÊNCIA DE PESSOAS OU SUBSTÂNCIAS.”
Continua Hammed: " O vício pode ser um "erro de cálculo “na procura de paz e serenidade, porque todos queremos ser felizes e ninguém, conscientemente, busca de propósito viver com desprazer, aflição e infelicidade.
Nossos hábitos preferidos se formaram e sedimentaram através dos tempos. O que funcionou muito bem em situações importantes de nossa vida, mantendo nossa ansiedade controlada e sob domínio, provavelmente será reproduzido em outras situações. Por exemplo: se na fase infantil descobrimos que, "quando chorávamos, logo em seguida mamávamos", essa atitude mental poderá ser perpetuada através de um habito inconsciente que julgamos irresistível. A estratégia psíquica passa a ser: "quando tenho um problema, preciso comer algo para resolvê-lo". O que a princípio foi uma descoberta compensadora e benéfica, mais tarde pode ser um mecanismo desnecessário, tornando-se um impulso neurótico e desagradável em nosso dia a dia.
(Aí estão a raiz de muitos casos de obesidade mórbida e bulimia. Podemos citar também os adultos agressivos, os "coitadinhos", os pedinchões como pessoas repetidoras de estratégias infantis para alcançar sues objetivos).
Paralelamente, encontramos nos dependentes o vício alicerçado no "medo de viver". O temor das provas e dos perigos naturais da caminhada terrena pode nos levar a uma suposta fuga psíquica.
Aliviam as carências, as ansiedades, os desajustes, as tensões psicológicas e reduzem os impulsos energéticos que produzem as insatisfações e o chamado "mal-estar interior".
Os dependentes negam seu medo e se escondem à beira do caminho. Interrompem a "procura existencial", dificultando, assim, o fluxo do desenvolvimento espiritual que acontece através da busca do novo. Utilizam-se, sem perceber, do desânimo que serve de estratégia psicológica para fugirem à decisão de "arregaçarem as mangas" e enfrentar a parte que lhes cabe na vida. Adiam sistematicamente seus compromissos, vivem de uma maneira no presente e dizem que vão viver de outra no futuro sem, no entanto, construir esse futuro."
O vício é como uma "bengala" adotada por aqueles que se acham sem condições de continuarem sua caminhada pelas próprias forças. Funciona como uma compensação para conviver com suas dores internas. Porém, essa compensação, além de tornar inerte a solução do problema, acaba por aumentar a dor, quando as consequências inevitáveis da omissão batem à porta. E, o que é pior, estancam o processo evolutivo-regenerador oferecido através da nova encarnação - pelo processo de fuga espetacular da sua realidade que adotaram.

A VISÃO ESPIRITUAL DOS VÍCIOS:

O espiritismo nos revela que o vício atinge o corpo espiritual, que é a matriz do corpo físico. Após o desencarne, advém a crise de abstinência como aconteceria no plano físico. Os vícios morais naturalmente também acompanham o homem no além-túmulo.
Esclarece-nos o Mestre: “Escutai e compreendei bem isto: - Não é o que entra na boca que macula o homem; o que sai da boca do homem é que o macula. - O que sai da boca procede do coração e é o que torna impuro o homem; - porquanto do coração é que partem os maus pensamentos, os assassínios, os adultérios, as fornicações, os latrocínios, os falsos-testemunhos, as blasfêmias e as maledicências. - Essas são as coisas que tornam impuro o homem" ( S. Mateus, cap. XV, vv. 1 a 20.). Também observa: O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é Espírito. - Não te admires de que eu te haja dito ser preciso que nasças de novo. (S. JOÃO, cap. III, vv. 1 a 12.)
Por estas duas passagens, vemos que não é o corpo que torna o homem vicioso, é o espírito que reencarna com suas tendências, manifestando-as no decorrer da existência, e permanecendo com elas no modo em que estavam quando desencarnou.
Antes de tudo, poderíamos dividir os vícios em físicos e morais:         
VÍCIOS FÍSICOS: VÍCIOS MORAIS
• Glutonia • Orgulho
• Tabagismo • Egoísmo
• Alcoolismo • Maledicência
• Toxicomania • Inveja
• Sexolatria • Vaidade
• Apego ao poder
• Ciúme
• Avareza
• Cupidez
• Rancor
• Vingança
• Agressividade
• Intolerância
• Impaciência
• Ociosidade
• Negligência 
Espiritualmente falando, podemos ver o que nossa alma, destinada pelo Criador para felicidade e a perfeição, perde nos estados viciosos:
VÍCIO VIRTUDE
— É um desforço — É uma conquista
— Manifestação do primarismo — Manifestação de conquista espiritual
— Fonte de satisfação externa e finita — Fonte de satisfação interna e permanente
— Desagregam o perispírito — Geram equilíbrio, luz e leveza ao corpo espiritual
— Geradores de carmas negativos — Gerador de carmas positivos
— Sintonia com entidades viciosas / obsessoras — Mente interconectada ao Mais Alto
— Substitui Deus nos bons e maus momentos — Manifesta o sentimento da divindade existente no homem - FÉ
André Luiz passou pelo local aonde a alta densidade espiritual nos posiciona: o umbral. Cada emoção ou sensação abaixo produz uma massa energética de baixa qualidade que fica impressa no perispírito, e parte dela é expurgada nos locais de sombras - os umbrais - onde, enquanto a criatura não altera os pensamentos e sentimentos, é continuamente convidada a uma revisão íntima pelas vias evolutivas do sofrimento.
O que fazer? Todos temos vícios físicos ou espirituais. Todos somos mais ou menos egoístas e orgulhosos, rancorosos, etc... Esses sentimentos são os entraves para atingirmos o reino dos céus, interno e externo, prometidos por Jesus.
Parece que, quanto mais tentamos extirpar nossos defeitos, mais tenazes eles se tornam. Como muitos deles tem origem no instinto básico de preservação da vida, parece que reagem para não desaparecerem, auto preservando-se.
Deste modo, uma saída viável é focar nossos esforços em desenvolver dentro de nós virtudes, que são o contrário dos vícios. A aquisição de uma virtude acaba por "dissolver" nossos hábitos negativos, sem que sintamos que eles esmaecem nesse processo. Combater uma má tendência é difícil, pois nos concentramos nela, e focar nossa atenção em bons hábitos é a melhor maneira de deixar os vícios para trás.
Vejamos os bons hábitos:
Virtude: a antítese do vício
— Todos os hábitos que conduzem o homem ao bem;
— Atitudes positivas que geram bem a sí e ao próximo.
• Humildade
• Modéstia
• Sensatez
• Companheirismo / renúncia
• Beneficência
• Perdão
• Brandura
• Paciência
• Afabilidade / doçura
• Abnegação
• Responsabilidade
• Fé
• Sabedoria
• Compaixão
Então? Vamos praticar?

Fonte: Rede Amigo Espírita.

domingo, 19 de junho de 2016

“REENCARNAÇÃO E RESSURREIÇÃO”

 “Os verdadeiros caminhos que o Espiritismo abre são os do conhecimento espiritual, ensejando a reforma íntima e o progresso”.
Assunto bastante discutido e estudado nos dias atuais. Seu significado é simples e de fácil assimilação, pois significa voltar à carne, tornar a nascer. Equivale a renascimento. Usa-se outro termo: palingenesia (ou palingênese) que etimologicamente provém do grego: palin=de novo, e gignomai=gerar, isto é, novo nascimento. Esta é uma das mais usadas definições, pois não traz complicações para o entendimento por pessoas simples, e por pessoas de grande padrão intelectual.
Na questão 166 do Livro dos espíritos, Kardec faz a seguinte indagação aos Espíritos: A alma que não atingiu a perfeição durante a vida corpórea, como acaba de depurar-se? E os Espíritos respondem: Submetendo-se à prova de uma nova existência. No mesmo questionamento letra A, vem à indagação: Como ela realiza nova existência ? Pela sua transformação como Espírito? Ao se depurar, a alma sofre sem dúvida uma transformação, mas para isso necessita da prova da vida corpórea. No item B: A alma tem muitas existências corpóreas? Sim, todos nós temos muitas existências. Os que dizem o contrário querem manter-vos na ignorância em que eles mesmos se encontram; esse é o seu desejo. No item C, parece resultar, desse principio, que após ter deixado o corpo à alma toma outro. Dito de outra maneira, que ela se reencarna em novo corpo. É assim que se deve entender? É evidente. Já no questionamento 167. Vem a seguinte indagação: Qual a finalidade da reencarnação? Expiação, melhoramento progressivo da Humanidade. Sem isso, onde estaria a justiça?
Nas questões 168, 169, 170, 171 você poderá ter mais algumas explicações dadas pelos Espíritos a Kardec quando da Codificação ou elaboração da primeira obra da Doutrina Espírita.
Algumas pessoas menos esclarecidas perguntam: “A Reencarnação destroe a família”. Para quem exercita o raciocínio, às vezes a paciência, questionando acerca da lógica da doutrina reencarnacionista, eis mais uma interrogação a que nos submetem com freqüência relativa: Se para a doutrina espírita não existe a morte, já que continuamos a viver sem o envoltório carnal, fatalmente nos encontraremos após o desencarne com nossos parentes. A pluralidade de existência tão bem explícita no Livro dos espíritos, Porém alguém de mente fértil pode auferir certa indagação com o sentido de menosprezo, ou teste de capacidade aos espiritistas, Considerando a pluralidade das existências, teremos a esdrúxula situação de nos depararmo-nos no mundo espiritual com a presença de dezenas de esposas, mães, pais, e centenas de filhos. Perder-se-ia o sentido da família.
Primeiro temos que chamar a atenção para o fato de que as ligações a nível reprodutivo são adequadas ao mundo físico onde a máxima “crescei e multiplicai-vos” depende fundamentalmente da diferenciação de sexos e do intercâmbio sexual entre as criaturas encarnadas. A conceituação de família a nível espiritual não se prende ao convencionalismo civil nem tampouco a reprodução das espécies, mesmo porque os espíritos não baseiam suas afeições em moldes e necessidades idênticas aos terráqueos. O rótulo de parentesco nada significa quando não há semelhança energética. Poderíamos ir mais além, mas temos a afirmar que as ligações familiares não sofrem destruição alguma com a Reencarnação, como alguns inquisidores possam supor, pelo contrário, verificaremos que as mesmas tornam-se mais autênticas e duradouras.
No mundo extrafísico, os espíritos constituem famílias interligadas pelo amor e pela simpatia. Parentes que se estimam, atesta ligações pretéritas, uma tendência natural de reencarnação no mesmo meio familiar. Faz muito tempo, que a reencarnação era considerada por uns como um dogma, por outros como uma forma de crença supersticiosa antiga e sem apoio nos fatos. Entretanto, a partir da segunda metade do século passado, estudos sérios têm sido empreendidos, por vários cientistas (estes estudos redundaram em confirmações plausíveis, que os diga o Doutor Yan Stevenson), visando investigar até que ponto a reencarnação pode ser comparada ou considerada uma ilusão ou uma realidade. Os resultados obtidos após rigorosos inquéritos feitos em milhares de casos que sugerem reencarnação estão dando decisivo apoio à crença nesta.
Não tardará muito para a reencarnação ser reconhecida como uma lei biológica, á qual todos os seres vivos se acham submetidos. Podemos aqui citar o caso do Doutor Bryan Weiss, médico norte-americano que através da terapia hipnótica em sua paciente de nome Elizabeth, ter se conscientizado que a reencarnação realmente existe.
Como afirma o nosso Confrade Hernani Guimarães Andrade em seu livro “Você e a Reencarnação”, além da pesquisa de casos de crianças com memória reencarnatória, há outras fontes de evidencia que dá apoio á hipótese da reencarnação. São numerosas as circunstâncias que podem provocar o despertamento de lembranças completas ou fragmentárias, de episódios vividos em encarnações passadas (Pág 63).
Enfim é mais fácil e mais conveniente se colocar um Espírito num corpo já formado através da fecundação, do que pegar o pó e reconstituí-lo e mesmo assim será um ser sem vida e para ficar durinho, terá que passar pelo processo de aquecimento a altas temperaturas.
Enfim, a doutrina da reencarnação, isto é, a que consiste em admitir para o Espírito muitas existências sucessivas; é a única que corresponde á idéia que formamos da justiça de Deus para com os homens que se acham em condição moral inferior; a única que pode explicar o futuro e firmarem as nossas esperanças, pois que nos oferece os meios de resgatarmos os nossos erros por novas provações. A razão no-la indica e os espíritos a ensinam. Dogma de, praticamente, de todas as religiões antigas, cada qual com sua versão, a reencarnação vem a ser elevada a condição de Lei Universal pelo Espiritismo, como condição sine qua non para a evolução de todos os seres viventes. Trata-se da doutrina da pluralidade das existências corpóreas, do renascimento, das muitas vidas corpóreas sucessivas que um espírito necessita para aprender e aperfeiçoar-se , tanto na terra como em outros planetas habitados do Universo.
Saindo da reencarnação e passando para ressurreição veremos a brutal diferença entre as duas palavras. Ressurreição vem do latim (resurrectione), no seio do povo hebreu (também no gregoanastasis) a palavra correlata designava diversos fenômenos que eram confundidos na mentalidade da época. O seu significado literal é voltar à vida, assim o ato de devolver uma pessoa considerada morta era chamada ressurreição; a aparição de um Espírito também era chamada ressurreição; o mesmo acontecendo com a possibilidade de um indivíduo nascer de novo pela reencarnação. Existe a conotação escatológica para esse termo que é a ressurreição dos mortos no dia do juízo, mas também nisso os teólogos estão enganados.
A tão falada ressurreição dos mortos não é mais do que a vulgarização da comunicabilidade dos espíritos pela mediunidade, como ocorre nos dias de hoje, quando os Espíritos se comunicam por todo mundo, e a Doutrina espírita está para tudo explicar. A palavra ressuscitar é fazer voltar à vida; ressurgir, quando um médico consegue através de massagens cardíacas ou através de aparelhos trazer novamente a vida o corpo chama-se na linguagem médica ressuscitação. Dogma dos Judeus antigos e de algumas correntes cristãs pela qual , no final dos tempos , os despojos de todos os corpos humanos, já dispersos e reduzidos a pó, seriam novamente reunidos para a reconstituição daqueles corpos , e novamente unidos substancialmente às respectivas almas para o julgamento final de deus.” Ressuscitar e ressurreição” (Jesus) sempre as empregou, figuradamente, num sentido oculto aos homens e em acepções diversas, conforme aos lugares, aos casos, às circunstancias ; conforme se tratava de uma morte aparente, ou de dar um ensino.
Nunca porém, as empregou no sentido que os homens as atribuíam, de acordo com o estado de suas inteligências, com as suas impressões, tradições e preconceitos, no da volta ao do Espírito a um cadáver, a uma podridão, depois de ocorrida à morte real. O caso de Lázaro, Jesus o ressuscitou, pois Lázaro não estava morto, ele se encontrava num estado de letargia profundo. A Ressurreição de Jesus, após a morte na cruz, é o testemunho máximo da perpetuidade da nossa vida no seio da eternidade, pois ele se despojou do corpo carnal assumindo um corpo sutil, materializado. Jesus subiu aos céus em Espírito, sua vestimenta carnal ficou na terra em local secreto ou implodiu como afirmam vários teólogos e exegetas. .

(ANTONIO PAIVA RODRIGUES - OFICIAL SUPERIOR DA POLÍCIA MILITAR - GESTOR DE EMPRESAS - ESTUDANTE DE JORNALISMO DA FGF - BACHAREL EM SEGURANÇA PÚBLICA).

sábado, 18 de junho de 2016

“OS BONS ESPÍRITAS”

O Espiritismo bem compreendido, mas sobretudo bem sentido, conduz forçosamente aos resultados acima, que caracterizam o verdadeiro espírita, como o verdadeiro cristão, pois um e outro são a mesma coisa. O Espiritismo não cria uma nova moral, mas facilita aos homens a vacilam.
Muitos, porém, dos que creem na realidade das manifestações, não compreendem as suas consequências nem o seu alcance moral, ou, se os compreendem, não os aplicam a si mesmos. Por que acontece isso? Será por uma falta de precisão da doutrina? Não, porque ela não contém alegorias, nem figuras que possam dar lugar a falsas interpretações. A clareza é a sua própria essência, e é isso que lhe dá força, para que atinja, diretamente a inteligência. Nada tem de mistérios, e seus iniciados não possuem nenhum segredo que seja oculto ao povo.
Seria necessária, então, para compreendê-la, uma inteligência fora do comum? Não, pois veem-se homens de notória capacidade, que não a compreendem, enquanto inteligências vulgares, até mesmo de jovens que mal saíram da adolescência, apreendem com admirável justeza as suas mais delicadas nuanças. Isso acontece porque a parte, de qualquer maneira, material da ciência, não requer mais do que os olhos para ser observada, enquanto a parte essencial exige um certo grau de sensibilidade, que podemos chamar de maturidade do senso moral, maturidade essa independente da idade e o grau de instrução, porque é inerente ao desenvolvimento, num sentido especial, do espírito encarnado.
Em algumas pessoas, os laços materiais são ainda muito fortes, para que o espírito se desprenda das coisas terrenas. O nevoeiro que as envolve impede-lhes a visão do infinito. Eis por que não conseguem romper facilmente com os seus gostos e os seus hábitos, não compreendendo que possa haver nada melhor do que aquilo que possuem. A crença nos Espíritos é para elas um simples fato, que não modifica pouco ou nada as suas tendências instintivas. Numa palavra, não veem mais do que um raio de luz, insuficiente para orientá-las e dar-lhes uma aspiração profunda, capaz de modificar lhes as tendências. Apegam-se mais aos fenômenos do que à moral, que lhes parece banal e monótona. Pedem aos Espíritos que incessantemente as iniciem em novos mistérios, sem indagarem se tornaram dignas de penetrar os segredos do Criador. São, afinal, os espíritas imperfeitos, alguns dos quais estacionam no caminho ou se distanciam dos seus irmãos de crença, porque recuam ante a obrigação de se reformarem, ou porque preferem a companhia dos que participam das suas fraquezas ou das suas prevenções. Não obstante, a simples aceitação da doutrina em princípio é um primeiro passo, que lhes facilitará o segundo, numa outra existência.
Aquele que podemos, com razão, qualificar de verdadeiro e sincero espírita, encontra-se num grau superior de adiantamento moral. O Espírito já domina mais completamente a matéria e lhe dá uma percepção mais clara do futuro; os princípios da doutrina fazem vibrar-lhe as fibras, que nos outros permanecem mudas; numa palavra: foi tocado no coração, e por isso a sua fé é inabalável. Um é como o músico que se comove com os acordes; o outro, apenas ouve os sons. Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que faz para dominar suas más inclinações. Enquanto um se compraz no seu horizonte limitado, o outro, que compreende a existência de alguma coisa melhor, esforça-se para se libertar, e sempre o consegue, quando dispõe de uma vontade firme.
                                                 

O Evangelho Segundo o Espiritismo.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

“COMO ATUAM OS MÉDICOS ESPIRITUAIS”

Quais os principais métodos usados na Espiritualidade para o tratamento das lesões do corpo espiritual?
– Na Espiritualidade, os servidores da medicina penetram, com mais segurança, na história do enfermo para estudar, com o êxito possível, os mecanismos da doença que lhe são particulares.
Aí, os exames nos tecidos psicossomáticos com aparelhos de precisão, correspondendo às inspeções instrumentais e laboratoriais em voga na Terra, podem ser enriquecidos com a ficha cármica do paciente, a qual determina quanto à reversibilidade ou irreversibilidade da moléstia, antes de nova reencarnação, motivo por que numerosos doentes são tratáveis, mas somente curáveis mediante longas ou curtas internações no campo físico, a fim de que as causas profundas do mal sejam extirpadas da mente pelo contato direto com as lutas em que se configuraram.
Curial, portanto, é que o médico espiritual se utilize ainda, de certa maneira, da medicação que vos é conhecida, no socorro aos desencarnados em sofrimento, porque, mesmo no mundo, todo remédio da farmacopéia humana, até certo ponto, é projeção de elementos quimio-elétricos sobre agregações celulares, estimulando-lhes as funções ou corrigindo-as, segundo as disposições do desequilíbrio em que a enfermidade se expresse.
Contudo, é imperioso reconhecer que na Esfera Superior o médico não se ergue apenas com o pedestal da cultura acadêmica, qual ocorre frequentemente entre os homens, mas sim também com as qualidades morais que lhe confiram valor e ponderação, humildade e devotamento, visto que a psicoterapia e o magnetismo, largamente usados no plano extrafísico, exigem dele grandeza de caráter e pureza de coração.
Resumindo:
1-medicamentos;
2-exames com aparelhos sofisticados, que provavelmente teremos no futuro aqui na Terra;
3-psicoterapia;
4-magnetismo (passes, transfusão de energias);
5-médicos preparados espiritual e moralmente;
6-algumas doenças, porque arraigadas no períspirito, somente desaparecerão após nova reencarnação, quando poderão ser expurgadas pelo corpo físico.
As cirurgias promovidas pelos médiuns de cura aqui na Terra (sempre auxiliados pelos médicos espirituais), ocorrem se acordo com o descrito acima também. As doenças com origens em lesões no períspirito são eliminadas, advindo, em seguida, a cura no corpo físico.
Esclarecem os amigos espirituais, igualmente, que os tratamentos e cirurgias realizados aqui na Terra em nosso corpo físico nos hospitais terrestres, podem auxiliar sobremaneira na cura definitiva das doenças enraizadas no períspirito. Trata-se de uma via de duas mãos. Acima de tudo, está o merecimento do paciente que se dá através do aprendizado e progresso.
Bibliografia:

Francisco Cândido Xavier – Evolução em Dois Mundos – pelo Espírito André Luiz

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...