- Questão 259 do Livro dos Espíritos
- Convictos de que o Espírito escolhe as provações que experimentará na Terra, quando se mostre na posição moral de resolver quanto ao próprio destino, é justo recordar que a criatura, durante a reencarnação, elege, automaticamente, para si mesma, grande parte das doenças que se lhe incorporam às preocupações.
- Não precisamos lembrar, nesse capítulo, as grandes calamidades particulares, quais sejam o homicídio, de que o autor arrasta as consequências na forma de extrema perturbação espiritual, ou o suicídio frustrado, que assinala o corpo daquele que o perpetra com dolorosos e aflitivos remanescentes.
- Deter-nos-emos, de modo ligeiro, no exame das decisões lamentáveis, que assumimos quando enleados no carro físico, se saber que lhe martelamos ou desagregamos as peças.
- Sempre que já tenhamos deixado as constrições do primitivismo, todos sabemos que a prática do bem é simples dever e que é o único antídoto eficiente contra o império do mal em nós próprios.
- Entretanto, rendemo-nos, habitualmente, às sugestões do mal, criando em nós não apenas condições favoráveis à instalação de determinadas moléstias no cosmo orgânico, mas também ligações fluídicas aptas a funcionarem como pontos de apoio para as influências perniciosas interessadas em vampirizar-nos a vida.
- Seja na ingestão de alimento inadequado, por extravagâncias à mesa, seja no uso de entorpecentes, no alcoolismo mesmo brando, no aborto criminoso e nos abusos sexuais, estabelecemos em nosso prejuízo as síndromes abdominais de caráter urgente, as úlceras gastrintestinais, as afecções hepáticas, as dispepsias crônicas, as pancreatites, as desordens renais, as irritações do cólon, os desastres circulatórios, as moléstias neoplásicas, a neurastenia, o traumatismo do cérebro, as enfermidades degenerativas do sistema nervoso, além de todo um largo cortejo de sintomas outros, enquanto que na crítica inveterada, na inconformação, na inveja, no ciúme, no despeito, na desesperação e na avareza, engendramos variados tipos de crueldade silenciosa com que, viciando o próprio pensamento, atraímos o pensamento viciado das Inteligências menos felizes, encarnadas ou desencarnadas, que nos rodeiam.
- Exteriorizando ideias conturbadas, assimilamos as ideias conturbadas que se agitam em torno de nosso passo, elementos esses que se nos ajustam ao desequilíbrio emotivo, agravando-nos as potencialidades alérgicas ou pesando nas estruturas nervosas que conduzem a dor.
- Mantidas tais conexões, surgem frequentemente os processos obsessivos que, muitas vezes, sem afetarem a razão, nos mantêm no domínio das enfermidades – fantasmas que nos esterilizam as forças e, pouco a pouco, nos corroem a existência.
- Guardemo-nos, assim, contra a perturbação, procurando o equilíbrio e compreendendo no bem – expressando bondade e educação – a mais alta fórmula para a solução de nossos problemas.
- E ainda mesmo em nos sentindo enfermos, arrastando-nos embora, aperfeiçoemo-nos ajudando aos outros, na certeza de que, servindo ao próximo, serviremos a nós mesmos, esquecendo, por fim, o mercado da invigilância onde cada um adquire as doenças que deseja para tormento próprio.
- Livro "Religião dos Espíritos", pelo Espírito Emmanuel.
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quinta-feira, 8 de setembro de 2016
"DOENÇAS ESCOLHIDAS"
quarta-feira, 7 de setembro de 2016
"UM ESPÍRITA NO UMBRAL"
Um homem de 55 anos, espírita, sofreu um acidente e morreu
de repente. Ele se viu saindo do corpo e chegando a um lugar escuro, feio,
tétrico, com energias muito negativas.
Assim que começou a caminhar por aquele vale sombrio, viu três
espíritos vestidos com capa preta caminhando em sua direção. Assim que
chegaram, o homem perguntou:
– Que lugar é esse?
– Aqui é o que vocês espíritas chamam de umbral – disse um
dos espíritos. O homem ficou chocado com aquela informação. Mal podia acreditar
que estava no umbral. Considerou que talvez estivesse ali para participar de
alguma atividade socorrista aos espíritos sofredores. O espírito negativo, que
lia seus pensamentos, respondeu que não. Ele estava ali porque o umbral era a
zona cósmica que mais guardava sintonia com suas energias.
– Mas isso é impossível!!! – disse o espírita em desespero.
– Não posso estar no Umbral. Deve haver algum erro… Em primeiro lugar eu sou
espírita, faço parte dessa religião maravilhosa que é considerada o consolador
prometido por Jesus. Realizo também projetos sociais de doação de sopa aos
pobres. Ministro o passo magnético duas vezes por semana a uma multidão de
pessoas lá no centro. Também ajudo financeiramente instituições de caridade
muito necessitadas, além de dar palestras no centro para os iniciantes no
Espiritismo. Definitivamente há algo errado…
Não há nenhum erro – disse o espírito das sombras – Em seu
atual estágio de evolução, você tem que ficar aqui mesmo. É verdade que você é
espírita e faz parte desta doutrina consoladora, mas intimamente você julgava
pessoas de outras religiões inferiores por não serem espíritas. Sim, você
realizava projetos sociais dando sopa aos pobres, mas em seus pensamentos
sentia-se o máximo praticando a caridade e julgava que os pobres não eram tão
evoluídos por estarem amargando a pobreza, quando na verdade muitos deles eram
mais puros que você. Sim, você ministrava o passe, mas considerava que seu
passe era mais “poderoso” e mais curador do que o passe de outros passistas. Sim,
você ajudava financeiramente instituições de caridade, mas dentro de ti sempre
dava o dinheiro esperando receber algo em troca e sentindo-se alguém muito
“caridoso”. E finalmente… Sim, você dava palestras aos iniciantes na doutrina,
mas acreditava ter mais conhecimento que eles e se colocava numa posição de
destaque e vaidade intelectual. Tudo isso suscitando uma das maiores chagas da
humanidade, o “orgulho” e a “vaidade”.
O homem ficou impressionado com as revelações daquele
espírito. De fato, revendo suas atitudes e sua perspectiva, intimamente havia
quase sempre um sentimento de superioridade, de orgulho em relação aos outros,
diante de tudo o que foi feito.
O espírita então olhou para dentro de si e começou a se
arrepender de tudo aquilo, reconhecendo seu erro e sentindo-se mais humilde.
Nesse momento, ele sentiu uma luz brilhando dentro dele e começou a se elevar.
Ao perceber que estava se elevando e deixando o umbral, avistou outros
espíritos ainda presos à condição umbralina e novamente lhe veio um orgulho e
uma sensação de superioridade em relação aos mesmos. Após sentir isso, caiu
novamente no umbral, e a queda dessa vez foi ainda mais dolorosa. Um dos
espíritos trevosos disse:
– Você caiu novamente porque, no momento em que se elevava,
começou a sentir uma certa superioridade em relação aos espíritos que aqui
estavam, suscitando mais uma vez uma condição de orgulho. Além disso, “A quem
muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais
será pedido.” (Lucas 12:48).
O homem ficou muito triste com tudo aquilo. Entrou dentro de
si mesmo e com toda a sinceridade pensou: Sim, é isso mesmo. Eu fui uma pessoa
arrogante por ser espírita e por tudo o que eu fazia. Esse orgulho neutralizou
todo o mérito de minhas ações. Mas tudo bem, eu mereço estar aqui no umbral.
Vou ficar por aqui mesmo, quem sabe eu aprendo alguma coisa. Não me importo
mais comigo e entrego minha vida a Deus… Como disse Jesus, “Que seja feita a
vontade de Deus e não a minha”.
O homem caiu no chão e apenas se entregou a Deus com fé.
Nesse momento, não tinha mais nenhum sentimento de auto importância. Fechou os
olhos e deixou tudo fluir…
Nesse momento, seu corpo começou a se tornar um corpo de luz
e, sem nem perceber, começou a se elevar novamente. Assim que chegou a uma zona
mais elevada, abriu os olhos e, para sua surpresa, havia se libertado do
umbral. Dessa vez, nem percebeu que estava se elevando e se libertando.
Um dos espíritos trevosos estava esperando por ele nesse
plano mais elevado. Tirou a capa preta e uma luz maravilhosa começou a brilhar.
O espírita percebeu que esse espírito não era negativo, mas um espírito de luz
que o estava ajudando desde o início. O espírito disse:
– Tua renúncia de ti mesmo no último momento te salvou do
umbral. Que tudo isso sirva de lição para você, meu filho. Toda essa
experiência que você passou serve para os membros de qualquer religião. E não
se esqueça jamais do que disse Jesus:
“Não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita.”
(Mateus 6:3)
(Hugo Lapa)
segunda-feira, 5 de setembro de 2016
“A CURA DO CORPO NÃO É TÃO IMPORTANTE PARA A VIDA DO ESPÍRITO”
A cura do
corpo não é tão importante para a vida do espírito como acreditamos ser
importante para a vida encarnada.
Ver alguém
sofrer, principalmente se for próximo, dá uma "dor no coração".
Talvez o corpo da pessoa que sofre não vá aguentar e aí chega-se ao fim da
encarnação. Mais uma encarnação entre as muitas centenas que o espírito já
teve. Mais uma morte entre os milhares que este espírito teve ou terá. A vida
do espírito é tão longa que sofrimentos duradouros para o corpo se tornam
"minutos" frente à imensidão da vida espiritual.
Tente
lembrar do dia em que você, aos 4 anos de idade, levou um tombo e chorou muito.
Provavelmente não se lembrará, porque é algo insignificante em sua vida atual.
Mas, o aprendizado de andar corretamente está presente até hoje, evitando
muitos tombos.
Lembre-se
das brigas que teve por motivos que hoje considera ridículos. Hoje você percebe
o quanto a imaturidade emocional e a falta de sabedoria podem gerar ou ampliar
o sofrimento. Se você aprendeu a lição, muitas brigas serão evitadas. Se não
aprendeu, muitas brigas por motivos ridículos ainda acontecerão.
As
dificuldades tornam-se sofrimentos internos quando há falta de sabedoria e/ou
imaturidade. Se alguém te trata mal, mas você sabe manter sua mente neutra e
serena, o sofrimento será pouco ou nem existirá.
Todo
sofrimento é a conjugação de um evento com a reação da pessoa a este evento. Se
há aflição ou revolta, o sofrimento é maior do que se há paz e aceitação. Se há
ódio ou medo, o sofrimento aumenta; se há disposição para enfrentar (coragem) e
fé, o sofrimento diminui.
Neste
sentido, a evolução espiritual, a mente neutra e madura, é a melhor forma de
combater o sofrimento. E o melhor, é o aprendizado que te permite enfrentar
todas as adversidades com maior capacidade de solução.
A doença faz
parte da organização da vida e é uma das formas do Universo se manter em
constante transformação. A constante transformação da vida é um convite e um
incentivo para as pessoas não se acomodarem e continuarem a desenvolver
sabedoria.
É muito mais
importante a sabedoria do que a segurança. Com a sabedoria a pessoa está
preparada para enfrentar toda e qualquer novidade que apareça na vida.
Novidades boas ou ruins necessitam adaptação e preparo para ter o melhor
aproveitamento.
É certo que
um dia doença aparece na vida da pessoa. Seja através de um familiar doente,
seja através de seu próprio corpo que se transforma. Doença gera sofrimento?
Sim, principalmente quando a pessoa não se preparou através da evolução
espiritual e do ganho de sabedoria.
Suponhamos
que o obstáculo da doença seja superado e o corpo voltou a ficar sadio. Dez
anos depois o corpo adoeceu gravemente, novamente. O sofrimento vai acontecer
de novo e na mesma intensidade? Depende! Se houve aprendizado e amadurecimento
o sofrimento será menor.
Agora,
imagine um novo corpo, 500 anos depois. O mesmo espírito em um novo corpo. E
volta a doença. Com sabedoria não haverá sofrimento ou haverá muito pouco. É a sabedoria desenvolvida que é importante
para a vida do espírito, e não a cura do corpo. É a evolução espiritual que
permanece e propicia os recursos para lidar com adversidades em centenas de
encarnações.
No livro
Nascer Várias Vezes eu relato várias histórias nas quais a evolução espiritual
foi muito importante para a superação, com menos sofrimento, de conflitos e
outras adversidades (1).
Observe: “Ao
nascer novamente como Julia, o espírito da criança já demonstrava algumas
características que havia conquistado em uma das encarnações anteriores. O
desfrute da condição de disciplina, perseverança e gratidão continuava a
produzir efeitos em outra encarnação. Este é um fato muito comum, todos
temos grandes vantagens por havermos
desenvolvido qualidades em outros momentos da vida do espírito. Apenas não
prestamos atenção e não ligamos fatores positivos atuais a qualidades
anteriormente desenvolvidas.” (pág. 63, do livro Nascer Várias Vezes)
Tenha paz
frente ao seu próprio sofrimento, frente à sua doença e à sua dor. Foque em
evoluir, pois é assim que usufruirá das benesses do amadurecimento espiritual.
As vantagens são claras: menos sofrimento no momento em que o corpo sofre (pois
o sofrimento pode ser ampliado pela "mente") e mais facilidades no
plano espiritual.
Tenha paz
frente ao sofrimento de seu ente querido. Busque a melhora do corpo, mas jamais
se esqueça de ensiná-lo a verdade do espírito. Jamais se esqueça de vivenciar
as pulsões da espiritualidade. Pois o mundo espiritual é para ser vivenciado e
experimentado aqui e agora. O sofrimento diminui, a consciência amplia e a
evolução acontece.
A vida do
espírito é muito longa. Exige bastante luta, por isto desenvolver sabedoria é
fundamental para ter paz e força. Uma das maiores sabedorias é a aceitação. Sem
aceitação o que existe é uma briga interna que desgasta e gera atitudes
irracionais e irrelevantes. Ou seja, com briga e atitudes ineficientes o
aprendizado é muito pequeno. Aprendizado pequeno significa maior sofrimento e
sofrimento mais duradouro.
Aceitar a
doença e eventual não cura, é clarear a mente para viver mais intensamente a
verdade do espírito. A pessoa pode e deve procurar os recursos terapêuticos,
mas deve entender que não é a cura que serve para a vida do espírito. O que
serve e dura por milênios são os aprendizados e as sabedorias. São estas
sabedorias que te preparam para enfrentar toda e qualquer adversidade futura,
por milênios.
Para o
espírito, portanto, a cura do corpo é um pequeno prêmio. O grande prêmio é a
abertura para a evolução espiritual.
Cinco mil
anos depois, a cura do corpo naquela encarnação longínqua é algo muito pequena
e insignificante. Mas, os ganhos de sabedoria e a mente clara serão sempre a
certeza de que é a evolução espiritual que traz os ganhos mais importantes e
duradouros.
Enfim, quem
evolui vive melhor e torna as dificuldades menos desgastantes.
Trecho do
livro Nascer Várias Vezes
Autor: Regis
Mesquita
domingo, 4 de setembro de 2016
“MÉDIUNS DO BRASIL”
Trabalho de
médiuns traz conforto para quem não tem mais esperança
As equipes
do Profissão Repórter encontraram histórias de dor e saudade.
Cartas
psicografadas e cirurgias espirituais levam conforto a quem sofre.
As equipes
do Profissão Repórter encontraram histórias de dor e sofrimento. Em comum,
pessoas que compartilham uma esperança no trabalho espiritual dos médiuns.
Abadiânia –
GO
De todos os
lugares do mundo, e vestidos de branco, centenas de pessoas chegam semanalmente
a Abadiânia, no interior de Goiás. Quase todos desenganados pela medicina
tradicional, em busca de uma última ajuda. Quem promove tamanha esperança é o
médium João de Deus.
Toda pessoa
que chega a casa onde atende o médium João de Deus é atendida de graça e também
recebe almoço gratuito. Financiada por doações, principalmente estrangeiras, e
com a venda de pedras e livros espíritas, a casa continua a crescer.
O médium
atende dentro de uma sala privada e, em certas ocasiões, aparece em um palco
para fazer intervenções visíveis. Na frente dos visitantes, faz cortes com
bisturi, tesoura cirúrgica e até faca de cozinha.
Nas
intervenções visíveis, não há anestesia nem algum tipo de assepsia especial. Os
cortes não parecem profundos e são fechados pelo próprio João de Deus. A
maioria das intervenções é feita apenas com o toque da mão.
Os pacientes
operados permanecem internados na casa por três dias. A equipe foi impedida de
entrar no local onde essas pessoas são mantidas, segundo os funcionários da
casa, porque a energia no local é tão forte, que poderia “queimar a câmera”.
Para gravar
uma entrevista com João de Deus, toda a equipe precisou usar branco. A conversa
durou menos de três minutos e o médium disse que não se lembra de nada dos
atendimentos. “Eu sou inconsciente. O que eu faço é dormir”.
São Caetano
– SP
O primeiro
contato de Edson com o mentor, o espírito que ele diz incorporar, foi no
consultório de dentista. “Enquanto eu atuava no paciente, eu vi a presença dos
médicos atuando também no meu paciente. Até aí eu não conhecia, depois que eu
vim saber que era a equipe do doutor Hans”, explica o dentista.
Doutor Hans
é a esperança de cura para centenas de pessoas que visitam um centro espírita
em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo. A sala onde é feita a cirurgia
espiritual é feita em uma sala iluminada em verde. Segundo o médium, a luz
verde facilita o processo de cura.
O médium não
cobra pelas cirurgias espirituais. O centro é mantido com doações e com a venda
de lanches feitos pela mãe dele. O pai ajuda no caixa. “Alguém tinha que
ajudar, tinha que arregaçar as mangas e trabalhar”, conta Maria de Lurdes
Lorenzino, mãe de Edson.
Depois de
atender cerca de 200 pessoas, o médium volta a ser apenas Edson. “Eu não sou
médium inconsciente, eu sou a maioria das vezes consciente ou semiconsciente.
Tem hora que eu sumo um pouquinho, volto”.
Outros
médiuns brasileiros afirmam receber a entidade do doutor Hans, mas não quiseram
dar entrevista. Um médium do Rio de Janeiro, que tem como mentor o doutor
Hansen, afirmou que os dois não são a mesma pessoa, mesmo sendo bastante
parecidos nos retratos da época.
Lorena – SP
Uma caravana
parte do Rio de Janeiro para Lorena. A cidade fica entre o Rio e São Paulo, em
uma viagem de três horas. Dentro do ônibus, todos buscam uma carta. Mensagens
de familiares falecidos, que chegam pelas mãos de um médium.
No centro
espírita conhecemos o casal de médiuns Rogério e Marli. Eles recebem aqueles
que chegam. Todos preenchem uma ficha com o próprio nome, o nome do parente de
que buscam notícias, o grau de parentesco e as datas de nascimento e morte. “É
como se a gente estivesse no meio de um oceano afundando e essas cartas são
pequenas boias que jogam pra gente, a gente vai se segurando e vai conseguindo
ir em frente”, conta José Carlos Kind, pai da menina Juju, que morreu aos 10
anos.
Os médiuns
se concentram em uma sala reservada para fazer a triagem das fichas. Eles
explicam que a seleção das fichas é feita pelos benfeitores, espíritos que
facilitam a comunicação dos médiuns com os familiares das pessoas que estão
ali. “Os benfeitores estão aqui conosco, então eles vão nos dizer aqueles que
tem condições de estabelecer uma sintonia ainda hoje”, explica Rogério.
Os médiuns
começam a psicografar e escrevem durante três horas sem parar. Só nossa equipe
fica na sala com eles. Duzentas pessoas esperam ansiosas por mensagens dos
parentes que já morreram, a maioria jovens.
A faculdade
de medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora tem um núcleo de pesquisas
de espiritualidade. Os cientistas estudaram um conjunto de cartas psicografadas
por Chico Xavier. O médium psicografou milhares de livros e cartas durante mais
de 70 anos.
“O objetivo
fundamental dessa pesquisa foi identificar se as informações que estavam nas
cartas, primeiro, era precisas e, segundo, se ele teria tido acesso, por via
regular, a essas informações”, explica Alexander Moreira Almeida, psiquiatra.
“Elas deram,
em 98% dos casos, exatas, precisas, verdadeiras”, conclui Elisabete Freire,
psicóloga.
Entre as
cartas de Chico Xavier pesquisadas pelos cientistas estão as de Beto. Ele era
estudante de medicina e morreu num acidente de trem, em 1972, aos 19 anos. “O
sofrimento era muito grande e continua sendo muito grande, só que depois que eu
falei com Chico Xavier, quando eu dei a mão para o Chico Xavier, é como tivesse
penetrado em mim, no meu ser, alguma coisa de muito importante, muito
interessante”, conta Neri, pai de Beto. A família recebeu 30 cartas
psicografadas por Chico Xavier. A primeira, com 72 páginas, já fala do acidente.
“É papel da
ciência estudar os fenômenos da natureza. Uma das áreas que nos interessa é
porque as experiências espirituais podem ajudar a entender. Porque essas
experiências espirituais estão ligadas com estados alterados de consciência, a
mente está funcionando de modo alterado, então uma das propostas é justamente
tentar investigar se há evidências de que a consciência poderia, de alguma
forma, estar funcionando fora dos modos atuais que nós conhecemos”, afirma o
psiquiatra.
Programa
Profissão Repórter Exibido em 07/04/2015.
sábado, 3 de setembro de 2016
"NOSSOS AMIGOS INVISÍVEIS"
O regresso
ao mundo físico ensejou o planejamento meticuloso e a participação direta de
inúmeros amigos invisíveis que no seu papel de sustentador de nossos objetivos,
na meta essencial de nossa transformação, prometeram vigiar-nos, e nos alertar
de todos os riscos a que nossos antigos vícios, contra os quais prometemos
lutar, nos exporiam.
Planejadores
Espirituais sábios, técnicos da reencarnação, engenheiros das formas
biológicas, modeladores do corpo períspiritual, instrutores da alma,
professores do sentimento, mestres da vontade, todos os componentes dos
departamentos especializados se envolvem nos processos reencarnatórios,
buscando fazer daquela a experiência decisiva na vida da pessoa que regressa ao
mundo físico.
Por isso,
uma vida é muito preciosa para ser tratada com desdém pelos espíritos que sabem
quanto custa retornar ao corpo carnal o espírito endividado.
Quando o ser
humano entender a imensa gama de amigos invisíveis que possui no bem, mas do
que se entregar aos comportamentos impulsivos e tresloucados, caprichosos e
imaturos, que representam sempre a sintonia com outro tipo de espíritos, tão ou
mais imperfeitos que os próprios homens, interromperá por instantes a sua
conduta e, em homenagem a todos estes luminosos anjos tutelares,
endereçar-lhes-ás uma prece sincera, pedindo inspiração, pedindo a boa
companhia, solicitando a intuição clara para que não cometa o equívoco que sua
impulsividade, manipulada por espíritos inferiores como ele próprio, facilmente
cometeria.
Nossos
passos diários seriam dados à sombra da meditação elevada, nossas escolhas
seriam frutos de um período de reflexões sinceras, nas quais buscaríamos sempre
entender qual seria a vontade de DEUS e qual seria a conduta de Jesus, se ele
estivesse em nosso lugar.
Com isso,
não querendo dizer que deveríamos transformar nossas horas diárias em uma
constante, formal e repetitiva oração, nossos espíritos estariam abertos às
forças luminosas que, com mais facilidade nos orientariam a mente e o coração,
através de conselhos e alertas que nos chegariam de maneira mais direta e que
poderiam servir como baliza para nossas condutas.
Aprendamos a
orar trabalhando, a fim de que nossas boas obras possam ser o testemunho
verdadeiro da nossa ligação com o bem. Aprendamos a servir, para que nossos
atos, palavras, sentimentos e pensamentos se transformem, naturalmente, na mais
doce e elevada oração que produzirá perfume e envolverá todos os que estiverem
à nossa volta.
‘ANDRÉ LUIZ
RUIZ”. Pelo Espírito: “LÚCIOS”.
Da obra:” A
FORÇA DA BONDADE”.
quinta-feira, 1 de setembro de 2016
“EXPERIÊNCIA “DE QUASE-MORTE” SANCIONA IMORTALIDADE”
Em 1998, durante uma regata, Lars Grael, iatista brasileiro,
detentor de 2 medalhas olímpicas, teve 2 paradas cardíacas após sua perna
direita ter sido decepada por uma lancha que o atropelou quando velejava em
Vitória. Ao ter a perna amputada e perder muito sangue, Grael teve paradas
cardíacas e conheceu uma experiência de quase-morte. Nas palavras do próprio
Lars, “foi uma experiência muito difícil de descrever”. O médico José Carlos
Ramos de Oliveira, outro sobrevivente de parada cardíaca, endossa a sensação de
Lars: “só quem passou por isso sabe o que é uma “experiência de quase morte”.
Outro caso foi o de Maria Aparecida Cavalcanti, radialista e professora
universitária em São Paulo, que afirma ter passado por 3 “experiências de
quase-morte”. O relato abaixo se refere à segunda dessas experiências, ocorrida
depois de um desastre automobilístico em Santa Catarina, em 1994.
“No momento do acidente, eu me senti tragada por um ‘túnel
de vento’. Fiquei flutuando no asfalto e vendo o carro capotar num barranco.
Outro carro parou e 3 homens saíram dele. Um deles desceu o morro e disse: ‘Tem
uma mulher morta ali’. Era eu. Não tive nenhum choque ao ver o corpo – apenas
lamentei, em pensamento, o que tinha sofrido. Fora do corpo, conseguia enxergar
em todas as direções ao mesmo tempo. Então eu avistei 2 pessoas flutuando acima
do morro. Uma delas era uma mulher morena. A outra, com silhueta de um homem alto, me pareceu conhecida
– apesar de ser transparente. A moça esticou o braço direito e disse, sem mexer
a boca: ‘tenha calma; isso está na sua programação’. Essa frase funcionou para
mim como uma senha. Era como se eu resgatasse toda a minha memória. Deslizei em
direção à dupla, mas lembrei que meu único filho de 12 anos estava sozinho num
chalé sem vizinhos e sem telefone. Alguém precisava resgatá-lo. Nesse mesmo
instante, fui tragada de novo pelo túnel e voltei ao corpo. Daí senti uma dor
horrível. Foi o único jeito de avisar a família sobre o acidente e resgatar meu
filho.”[1]
O Dr. Raymond Moody popularizou o termo “experiência de
quase-morte” em seu livro “Vida após a vida”, escrito em 1975. Posteriormente,
em 1982, o pesquisador George Gallup Jr. e William Proctor publicaram
“Aventuras na imortalidade”, um livro que aborda a “experiência de
quase-morte”, baseado em duas pesquisas do Instituto Gallup, refletindo
especificamente a quase morte e a crença na vida após a morte. Outro distinto
estudioso, Kenneth Ring, um dos mais prolíficos pesquisadores e autores de
estudos sobre “experiência de quase-morte”, relata um grande número de
indivíduos que adquiriram autoconfiança e se tornaram mais extrovertidos após a
experiência. Kenneth também verificou que as pessoas que passam por
“experiência de quase-morte” tendem a perceber um aumento no senso de
sentimentos religiosos e crença em um mundo espiritual.
As teorias que explicam as “experiências de quase-morte”
caem em duas categorias básicas: explicações científicas (incluindo médicas,
fisiológicas e psicológicas) e explicações transcendentes (incluindo
espirituais e religiosas). Obviamente, estas últimas não podem ser provadas nem
negadas. A explicação metafísica mais comum é que alguém que passa por uma
“experiência de quase-morte” está, na verdade, experimentando e lembrando de
coisas que aconteceram com sua consciência não corpórea (espiritual).
É natural que a ciência clássica – cuja realidade só admite
o que pode ser observado e medido – não corrobora a retórica mística, mas não
oferece meios de resolver essa questão. Os cientistas têm tão-somente
comprovado que as drogas cetamina [2] e PCP (cloridrato de fenciclidina), por
exemplo, podem criar sensações nos usuários que são quase idênticas a muitas
“experiências de quase-morte”. Obviamente, isso apenas raspa a superfície das
explicações possíveis para uma “experiência de quase-morte”.
Relatos sobre visões do que ocorre ‘do lado de lá’ são tão
antigos quanto as pirâmides egípcias, as epopéias gregas e os registros das
civilizações indianas e chinesas. Na obra “República”, de Platão, narra-se a
história de um soldado morto pelo inimigo que viajou para a Terra dos Mortos,
mas foi proibido de beber do Rio do Esquecimento porque tinha que retornar à
vida. Relatos mais atuais de visões perto da morte foram feitos por Ernesto
Bozzano. Em 1908 descreveu que muitas pessoas, em seu leito de morte, afirmavam
ver pessoas conhecidas que já haviam morrido. Em 1927, o físico inglês sir
William Barrett, membro da Royal Society, publicou o livro Deathbed Visions, no
qual relata que essas pessoas não só viam parentes e amigos falecidos, mas
contavam histórias de outros mundos. Na década de 1960, o parapsicólogo
americano Karlis Osis fez um estudo-piloto sobre essas visões e encontrou
algumas coincidências, como o fato de a maioria dos testemunhos se referir a
conversas com pessoas já mortas.
Para alguns pesquisadores tais experiências sugerem a
existência da mente, ou consciência, independentemente do cérebro, ou mesmo da
existência e sobrevivência da “alma”. Obviamente que outros pesquisadores, os
materialistas, têm convicção de que tais experiências são apenas o produto de
um cérebro em estado fisiológico alterado. Naturalmente isso não invalida suas
pesquisas, pois os Benfeitores do Além explicam que “assim como o Espírito atua
sobre a matéria, também esta reage sobre ele, dentro de certos limites, e que
pode acontecer impressionar-se o Espírito temporariamente com a alteração dos
órgãos pelos quais se manifesta e recebe as impressões”. [3]
A Doutrina Espírita fornece elementos que permitem concluir
que muitas das “experiências de quase morte” resultam do desligamento parcial
do perispirito. Na questão 157 de O Livro dos Espíritos, Kardec indagou: No
momento da morte, a alma sente, alguma vez, qualquer aspiração ou êxtase que
lhe faça entrever o mundo aonde vai de novo entrar? Os Espíritos alumiaram o
tema respondendo: “Muitas vezes a alma sente que se desfazem os laços que a
prendem ao corpo. Já em parte desprendida da matéria, vê o futuro desdobrar-se
diante de si e goza, por antecipação, do estado de Espírito.”[4]. Na questão
407 o Codificador perguntou: É necessário o sono completo para a emancipação do
Espírito? Os Seres do Além responderam: “Não; basta que os sentidos entrem em
torpor para que o Espírito recobre a sua liberdade. Desde que haja prostração
das forças vitais, o Espírito se desprende, tornando-se tanto mais livre,
quanto mais fraco for o corpo.” [5] Além disso, na questão 424 o mestre lionês
esquadrinhou de forma sutil: Por meio de cuidados dispensados a tempo, podem
reatar-se laços prestes a se desfazerem e restituir-se à vida um ser que
definitivamente morreria se não fosse socorrido? A resposta dos Espíritos: “Sem
dúvida e todos os dias tendes a prova disso.” [6]
A morte não é mais a mesma. Hoje um coração parado não
significa que seu dono vá, necessariamente, passar para o “lado de lá”. Graças
a uma série de procedimentos médicos e um aparelhinho chamado desfibrilador,
uma parcela razoável de pacientes dados como mortos tem sido “ressuscitada” nas
UTIs mundo afora. Várias dessas pessoas têm histórias para contar. São
histórias que desconcertam a ciência com perguntas muito difíceis – e que só
agora começam a ser respondidas. As “experiências de quase-morte” parecem
oferecer alguma esperança de que a morte não é necessariamente algo a ser
temido, nem é o fim da consciência. Mesmo a ciência tem dificuldades para lidar
com a morte – a comunidade médica tem se debatido por décadas com definições
específicas para morte clínica, morte orgânica e morte cerebral.
JORGE HESSEN
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