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terça-feira, 8 de novembro de 2016
segunda-feira, 7 de novembro de 2016
“ O QUE SÃO ESPÍRITOS AGÊNERES."?
O que é um
agênere? É uma aparição em que o desencarnado se reveste de forma mais precisa,
das aparências de um corpo sólido, a ponto de causar completa ilusão ao
observador, que supõe ter diante de si um ser corpóreo.
Esse fato ocorre devido à natureza
e propriedades do perispírito que possibilitam ao Espírito, por intermédio de
seu pensamento e vontade, provocar modificações nesse corpo espiritual a ponto
de torná-lo visível.
Há uma condensação (os Espíritos
usam essa palavra a título de comparação apenas) tal, que o perispírito, por
meio das moléculas que o constituem, adquire as características de um corpo
sólido, capaz de produzir impressão ao tato, deixar vestígios de sua presença,
tornar-se tangível, conservando as possibilidades de retomar instantaneamente
seu estado etéreo e invisível.
Para que um Espírito condense seu
perispírito, tornando-se um agênere, são necessárias, além da sua vontade, uma
combinação de fluidos afins peculiares aos encarnados, permissão, além de
outras condições cuja mecânica se desconhece. Nesses casos a tangibilidade pode
chegar a tal ponto que é possível ao observador tocar, palpar, sentir a
resistência da matéria, o que não impede que o agênere desapareça com a rapidez
de um relâmpago, através da desagregação das moléculas fluídicas.
Os seres que se apresentam nessas
condições não nascem e nem morrem como os homens; daí o nome: agênere - do
grego: a privativo, e géine, géinomai, gerado: não gerado, ou seja, que não foi
gerado.
Podendo ser vistos, não se sabe de
onde vieram, nem para onde vão. Não podem ser presos, agredidos, visto que não
possuem um corpo carnal. Desapareceriam, tão logo percebessem a intenção
diferente ou que os quisessem tocar, caso não o queiram permitir.
Os agêneres,
embora possam ser confundidos com os encarnados, possuem algo de insólito,
diferente. O olhar não possui a nitidez do olhar humano e, mesmo que possam
conversar, a linguagem é breve, sentenciosa, sem a flexibilidade da linguagem
humana. Não permanecem por muito tempo entre os encarnados, não podendo se
tornar comensais de uma casa, nem figurar como membros de uma família.
Transcrevemos a seguir um exemplo
extraído da Revista Espírita de 1859 - Fevereiro (EDICEL):
"Uma pobre mulher estava na
igreja de Saint-Roque em Paris, e pedia a Deus vir em ajuda de sua aflição. Em
sua saída da igreja, na rua Saint-Honoré, ela encontrou um senhor que a abordou
dizendo-lhe: "Minha brava mulher, estaríeis contente por encontrar
trabalho? - Ah! Meu bom senhor, disse ela, pedia a Deus que me fosse achá-lo,
porque sou bem infeliz. - Pois bem! Ide em tal rua, em tal número; chamareis a
senhora T...; ela vo-lo dará." Ali continuou seu caminho. A pobre mulher
se encontrou, sem tardar, no endereço indicado - Tenho, com efeito, trabalho a
fazer, disse a dama em questão, mas como ainda não chamei ninguém, como ocorre
que vindes me procurar? A pobre mulher, percebendo um retrato pendurado na
parede, disse: - Senhora, foi esse senhor ali, que me enviou. - Esse senhor!
Repetiu a dama espantada, mas isso não é possível; é o retrato de meu filho,
que morreu há três anos. - Não sei como isso ocorre, mas vos asseguro que foi
esse senhor, que acabo de encontrar saindo da igreja onde fui pedir a Deus para
me assistir; ele me abordou, e foi muito bem ele quem me enviou aqui.
O Espírito São Luiz consultado a
respeito, forneceu instruções muito interessantes:
• Reafirma:
- não basta a vontade do Espírito; é também necessário permissão para ocorrer o
fenômeno.
• Existem,
muitas vezes na Terra, Espíritos revestidos dessa aparência.
• Podem
pertencer à categoria de Espíritos elevados ou inferiores.
• Têm as
paixões dos Espíritos, conforme sua inferioridade; se inferiores buscam
prazeres inferiores; se superiores visam fins elevados.
• Não podem
procriar.
• Não temos
meios de identificá-los, a não ser pelo seu desaparecimento inesperado.
• Não têm
necessidade de alimentação e não poderiam fazê-la; seu corpo não é real.
Encerrando nosso estudo sobre os
agêneres, relembramos que, por mais extraordinário que possam parecer, esses
fatos se produzem dentro das leis da Natureza, sendo apenas efeito e aplicação
dessas mesmas leis. Recomendamos aos leitores continuem a pesquisa sobre o tema
nas Obras Básicas e na Revista Espírita, Fevereiro de 1859, 1860 e 1863.
Por: Tereza
Cristina D'Alessandro
Bibliografia:
KARDEC,
Allan - O Livro dos Médiuns: 2. ed. São Paulo: FEESP, 1989 - Cap VII - 2ª
Parte.
KARDEC,
Allan - Revista Espírita - 1859 - Fevereiro: 1. ed. São Paulo: EDICEL, 1985.
domingo, 6 de novembro de 2016
“MEU FILHO NASCEU DOENTE. CASTIGO OU OPORTUNIDADE? ”
Para alguns,
filhos podem representar um enorme problema e obstáculo frente à essa vida
moderna e corrida. Para muitos, é o sonho dourado, o complemento do casamento.
Em diversas situações, a espera do nascimento de um bebê é coroada de
expectativas e desejos. Cria-se uma atmosfera diferente, uma alegria que não
existia, relações familiares estremecidas são relevadas, pessoas se aproximam,
o clima de festa toma conta da família.
A grande
maioria destas gestações irá transcorrer sem problemas até o final, veremos o
reencarne de milhares de espíritos, que voltam a encontrar antigos companheiros
de jornada, todos juntos novamente rumo ao árduo caminho da libertação
espiritual, da superação de nós mesmos.
Uma minoria,
porém, permanece com um gosto amargo na boca, um desapontamento profundo ao
constatar que o recém-chegado dos planos espirituais possui um problema de
saúde.
A pergunta
feita pelos pais que fica no ar, solicitando resposta, é sempre a mesma: - Por
quê? Como essa criança inocente, que não pediu pra nascer, pode apresentar uma
doença tão grave?
A resposta,
que nem sempre agrada, mas que esclarece é que na verdade nossos filhos não são
seres angélicos que nascem ternamente pela primeira vez, sem máculas e sem
manchas. E a maioria deles pediu, implorou pelo renascimento, enxergando nesse
processo algo natural que nos permite a todos evoluir, crescer. Assim como nós,
Pais, eles carregam a marca indelével dos acertos e dos erros no corpo
espiritual.
Dr. Hernani
Guimarães Andrade, em 1958 publicou um dos destaques de toda a sua obra: a
Teoria do Modelo Organizador Biológico, falando da natureza do Espírito e do
corpo bioenergético. Nessa teoria, ele brilhantemente explica que tudo que
fazemos enquanto encarnados, produz alterações energéticas no nosso corpo espiritual.
Essas modificações podem ser positivas ou negativas, dependendo da intenção dos
nossos atos. Ao renascermos essas alterações negativas precisam ser drenadas
para nosso corpo físico. Isso não necessariamente acontece ao renascer, pois
podemos drenar essas energias durante nossa vida enquanto encarnados através do
amor, da fé, da caridade, etc...
Porém em
alguns casos, há a necessidade de verter para a carne energias deletérias ao
corpo espiritual, inoculadas em nosso psicossoma por nós mesmos e pelos nossos
pensamentos e atitudes inconsequentes. Nesse processo temos as crianças que
nascem com doenças e em alguns casos essa doença é incompatível com a vida.
Qual o
propósito disso? Porque então deixar reencarnar um espírito se ele não poderia
usufruir de uma vida normal e isso traria tanto sofrimento para a família? Já
não basta a agonia do dia a dia, as dificuldades financeiras, de trabalho, os
relacionamentos desarmonizados?
É de João
Evangelista a célebre declaração: "Deus é amor" – I Jo.4.8. Seria
possível que esse Deus de amor permitisse que uma criança nascesse com um
defeito congênito que incompatibilize a vida e outra criança, nascida no mesmo
hospital, no mesmo dia, às vezes recebendo os cuidados do mesmo médico, viesse
à vida de forma perfeita e sem problemas?
Para quem
acredita em uma vida somente, que iniciamos e terminamos nossa caminhada em uma
única existência, só existe uma saída, ou não acreditamos em Deus, ou ficamos
muito desapontados com ele.
Porém, a
lógica do universo, da natureza perfeita, da criação micro e macrocósmica que
ainda foge ao nosso entendimento nos faz acreditar na superioridade divina, no
Deus misericordioso, amoroso, no Pai.
Somente a
reencarnação explica esses dilemas. Somente a evolução contínua esclarece isso,
mostrando que a criança nascida com defeitos congênitos necessitava daquilo
para a resolução de graves lesões no corpo espiritual, e a família precisava
dessa provação, não para sofrimento ou castigo, mas para crescer na fé e no
entendimento, na humildade e na união, buscando sentidos para a vida atual que
não sejam as coisas materiais.
Por tudo daí
graças, dizia o apóstolo Paulo. Por mais difícil que seja, sempre temos a
escolha de sermos positivos, gratos e esperançosos de que tudo vem para o bem.
Adotando essa conduta podemos deixar nossa existência mais leve e seguirmos em
frente, entendendo que um dia tudo passará, toda dor, toda tristeza, tudo
passará.
Paz e luz!
Postado por
Sérgio Vêncio.
Blog.
Medicina e Espiritualidade.
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