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domingo, 1 de janeiro de 2017

"COMO SABER SE SOU MÉDIUM? AS CARACTERÍSTICAS MAIS COMUNS DE UM SENSITIVO"


“A INGRATIDÃO DOS FILHOS E OS LAÇOS DE FAMÍLIA’

A ingratidão é um dos frutos mais imediatos do egoísmo, e revolta sempre os corações virtuosos. Mas a ingratidão dos filhos para com os pais tem um sentido ainda mais odioso. É desse ponto de vista que a vamos encarar mais especialmente, para analisar-lhe as causas e os efeitos. Nisto, como em tudo, o Espiritismo vem lançar luz sobre um dos problemas do coração humano.
Quando o Espírito deixa a Terra, leva consigo as paixões ou as virtudes inerentes à sua natureza, e vai no espaço aperfeiçoar-se ou estacionar, até que deseje esclarecer-se. Alguns, portanto, levam consigo ódios violentos e desejos de vingança. A alguns deles, porém, mais adiantados, é permitido entrever algo da verdade: reconhecem os funestos efeitos de suas paixões, e tomam então boas resoluções; compreendem que, para se dirigirem a Deus, só existe uma senha – caridade. Mas não há caridade sem esquecimento das ofensas e das injúrias, não há caridade com ódio no coração e sem perdão.
É então que, por um esforço inaudito, voltam o seu olhar para os que detestaram na Terra. À vista deles, porém, sua animosidade desperta. Revoltam-se à ideia de perdoar, e ainda mais a de renunciarem a si mesmos, mas sobretudo a de amar aqueles que lhes destruíram talvez a fortuna, a honra, a família. Não obstante, o coração desses infortunados está abalado. Eles hesitam, vacilam, agitados por sentimentos contrários. Se a boa resolução triunfa, eles oram a Deus, imploram aos Bons Espíritos que lhes deem forças no momento mais decisivo da prova.
Enfim, depois de alguns anos de meditação e de preces, o Espírito se aproveita de um corpo que se prepara, na família daquele que ele detestou, e pede, aos Espíritos encarregados de transmitir as ordens supremas, permissão para ir cumprir sobre a Terra os destinos desse corpo que vem de se formar. Qual será, então, a sua conduta nessa família? Ela dependerá da maior ou menor persistência das suas boas resoluções. O contato incessante dos seres que ele odiou é uma prova terrível, da qual às vezes sucumbe, se a sua vontade não for bastante forte. Assim, segundo a boa ou má resolução que prevalecer, ele será amigo ou inimigo daqueles em cujo meio foi chamado a viver. É assim que se explicam esses ódios, essas repulsas instintivas, que se notam em certas crianças, e que nenhum fato exterior parece justificar. Nada, com efeito, nessa existência, poderia provocar essa antipatia. Para encontrar-lhe a causa, é necessário voltar os olhos ao passado.
Desde o berço, a criança manifesta os instintos bons ou maus que traz de sua existência anterior. É necessário aplicar-se em estudá-los. Todos os males têm sua origem no egoísmo e no orgulho. Espreitai, pois, os menores sinais que revelam os germens desses vícios e dedicai-vos a combatê-los, sem esperar que eles lancem raízes profundas. Fazei como o bom jardineiro, que arranca os brotos daninhos à medida que os vê aparecerem na árvore. Se deixardes que o egoísmo e o orgulho se desenvolvam, não vos espanteis de ser pagos mais tarde pela ingratidão. Quando os pais tudo fizeram para o adiantamento moral dos filhos, se não conseguem êxito, não tem do que lamentar e sua consciência pode estar tranquila. Quanto à amargura muito natural que experimentam, pelo insucesso de seus esforços, Deus reserva-lhes uma grande, imensa consolação, pela certeza de que é apenas um atraso momentâneo, e que lhe será dado acabar em outra existência a obra então começada, e que um dia o filho ingrato os recompensará com o seu amor.
De todas as provas, as mais penosas são as que afetam o coração. Aquele que suporta com coragem a miséria das privações materiais, sucumbe ao peso das amarguras domésticas, esmagadas pela ingratidão dos seus. Oh!, é essa uma pungente angústia! Mas o que pode, nessas circunstâncias, reerguer a coragem moral, senão o conhecimento das causas do mal, com a certeza de que, se há longas dilacerações, não há desesperos eternos, porque Deus não pode querer que a sua criatura sofra para sempre? O que há de mais consolador, de mais encorajador, do que esse pensamento de que depende de si mesmo, de seus próprios esforços, abreviar o sofrimento, destruindo em si as causas do mal? Mas, para isso, é necessário não reter o olhar na Terra e não ver apenas uma existência; é necessário elevar-se, pairar no infinito do passado e do futuro. Então, a grande justiça de Deus se revela aos vossos olhos, e esperais com paciência, porque explicou a vós mesmos o que vos parecia monstruosidade da Terra. Os ferimentos que recebestes vos parecem simples arranhaduras. Nesse golpe de vista lançado sobre o conjunto, os laços de família aparecem no seu verdadeiro sentido: não mais os laços frágeis da matéria que ligam os seus membros, mas os laços duráveis do Espírito, que se perpetuam, e se consolidam, ao se depurarem, em vez de se quebrarem com a reencarnação.
Os Espíritos cuja similitude de gostos, identidade do progresso moral e a afeição, levam a reunir-se, formam famílias. Esses mesmos Espíritos, nas suas migrações terrenas, buscam-se para agrupar-se, como faziam no espaço, dando origem às famílias unidas e homogêneas. E se, nas suas peregrinações, ficam momentaneamente separados, mais tarde se reencontram, felizes por seus novos progressos. Mas como não devem trabalhar somente para si mesmos, Deus permite que Espíritos menos adiantados venham encarnar-se entre eles, a fim de haurirem conselhos e bons exemplos, no interesse do seu próprio progresso. Eles causam, por vezes, perturbações no meio, mas é lá que está a prova, lá que se encontra a tarefa. Recebei-os, pois, como irmãos; ajudai-os, e, mais tarde, no mundo dos Espíritos, a família se felicitará por haver salvo do naufrágio os que, por sua vez, poderão salvar outros.
SANTO AGOSTINHO-Paris, 1862

O Evangelho Segundo o Espiritismo

sábado, 31 de dezembro de 2016

"EDIFÍCIO JOELMA- A HISTÓRIA COMPLETA. "MINISTÉRIOS"


‘FAMÍLIA ESPIRITUAL”


É comum se escutar, em especial por parte dos adolescentes e jovens, queixas a respeito de sua família.
Afinal, a família do amigo, do vizinho é sempre melhor. A mãe do amigo é compreensiva, o pai ouve o filho.
Alguns chegam a dizer que se sentem estranhos no seu lar, que prezariam imensamente serem filhos dessa ou daquela família.
E levam tão a sério suas afirmativas, que não é raro se encontrar meninos e meninas a passar dias e dias em casa de amigos. Porque é lá, naquele ambiente, que se sentem muito bem.
Por que isso acontece? Primeiro, temos que considerar que os pais, como responsáveis pela educação dos seus rebentos, de contínuo estão a chamar a sua atenção para os seus deveres, suas obrigações.
É a escola, o dever de casa, as pequenas tarefas do lar, a limpeza do quarto.
Tais questões habitualmente fazem que o jovem se sinta pressionado em seu lar, enquanto no do amigo, nada lhe é exigido, desde que ele é visita.
E visita merece tratamento especial, mesmo porque a sua educação não é dever dos seus anfitriões.
Outro detalhe a se considerar é que alguns de nós, verdadeiramente nascemos em famílias não muito simpáticas a nós.
Tal ocorre como parte do nosso aprendizado, dentro da lei de causa e efeito, pois que, provavelmente em anteriores experiências na carne, descuramos dos afetos familiares, menosprezamos o seu convívio.
Retornamos assim, para viver entre seres indiferentes ou até antipáticos.
Mas, se imaginam que, em tais circunstâncias, deve-se desconsiderar a família atual, enganam-se.
Para nossa própria edificação, é importante que essa família, hoje somente unida pelos laços corporais, se transforme em uma família verdadeira, unida pelos laços do afeto.
Cabe-nos, portanto, trabalhar para isto. Quando a situação parecer meio difícil, dentro do lar, recorrer à oração.
Se a conversa se encaminha para uma discussão, sair um pouco, esfriar a cabeça e retornar depois para um diálogo ameno.
Se um ou outro membro da família nos é antipático, meditemos que não é o acaso que nos reúne, que motivos muito graves nos levaram a estar juntos no hoje e comecemos a olhá-lo, buscando descobrir suas virtudes.
Se, ao sairmos desta vida, pudermos levar como trunfo em nossa bagagem espiritual, o termos conquistado um ou mais membros da nossa família, com certeza teremos realizado algo muito proveitoso para nossa vida, como Espíritos eternos. 
Porque conquistar um Espírito indiferente ou antipático, transformando-o em amigo é algo que jamais se perderá.
A fraternidade é sol para as almas e um roteiro para a vida.
Ela começa sempre no lugar onde estamos, para que possamos alcançar a região que desejamos.
Exercitar a fraternidade é deixar-se envolver pela lição de amor de Jesus Cristo, libertando o Espírito e enriquecendo os sentimentos.

Redação do Momento Espírita, utilizando, ao final, pensamento
extraído do livro Repositório de sabedoria, verbete Fraternidade, pelo
Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 6. ed. FEP.

Em 9.1.2014

"INCRÍVEIS CASOS DE REENCARNAÇÕES"


“DESENCARNAÇÃO”

A existência terrena é delimitada por dois extremos:
O nascimento e a morte.
 O primeiro corresponde à chegada do Espírito no plano físico.
 Os homens preocupam-se muito com esse instante.
Enxovais são preparados, quartos são arrumados, as famílias se engalanam para receber seus novos membros.
Isso é bom e correto, pois o ressurgimento na esfera carnal constitui uma bendita oportunidade de trabalho e progresso para aquele que nasce e para a família que o recebe.
Em geral, não se trata exatamente de um novo membro, mas de um antigo e querido companheiro de lutas que retorna.
Já o que se chama morte é o retorno do Espírito ao seu ambiente de origem.
Todo homem é um Espírito que habita temporariamente um corpo.
O organismo físico se desgasta, envelhece, adoece e morre.
Mas o Espírito vive e evolui para sempre.
A verdadeira pátria corresponde ao plano espiritual.
Toda existência terrena é eminentemente transitória.
Estranhamente, ao contrário do que se dá com o nascimento, em regra há pouco preparo para o fenômeno da morte, ou desencarnação, como chamamos.
Esse tema é envolto em tabus e fantasias, como se não fosse algo natural.
E constitui um fato inexorável.
Toda criatura, mais cedo ou mais tarde, verá seu corpo físico perecer.
Não há providência possível contra isso.
Por ser um fenômeno natural, deve ser tratado com naturalidade e calma.
Como todos morrerão um dia, nenhuma separação é definitiva.
O ente querido que morre apenas retorna antes ao verdadeiro lar.
Embora se trate de algo natural, isso não implica negar a sua gravidade.
Ao nascer, o Espírito traz uma programação de vida, voltada ao seu progresso e burilamento.
Ao término da existência, ele faz um balanço de seu comportamento, de suas vitórias e fracassos.
O momento do encontro com a própria consciência pode ser terrível ou maravilhoso.
Tudo depende do comportamento adotado durante a existência terrena.

O corpo físico amortece enormemente as percepções e os sentimentos do Espírito.
Após a desencarnação, tudo se torna muito mais vívido.           
A alegria de um Espírito pelo dever bem cumprido possui uma intensidade inimaginável para quem permanece vinculado à matéria.
Mas também o remorso e a vergonha que experimenta por erros cometidos atingem proporções lancinantes.
A ingenuidade humana muitas vezes afirma que a pessoa  descansa ou se liberta ao morrer.
Mas é difícil avaliar o que significa esse pretenso descanso para quem se permitiu semear dores e misérias na vida alheia.
Do mesmo modo, quem gastou o tempo enredando-se em vícios e maldades não experimenta qualquer libertação ao término da existência.
Quem morre não vai para o céu e nem para o inferno.
O céu e o inferno são estados de consciência, que cada qual cria para si com o próprio proceder.
A cada um conforme as suas obras, disse o Mestre Divino.
A lição é cristalina e não permite enganos.
O fenômeno da morte é natural, mas muito grave.
Ele constitui um momento de balanço, de aferição de méritos ou deméritos.
Assim, importa tratar do tema com serenidade e maturidade.
Não há qualquer milagre ou favor envolvido.
Pense nisso.
 Para passar com tranquilidade por esse momento, importa viver reta e dignamente.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 30
do livro Para uso diário, do Espírito Joanes,
psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.
Em 27.08.2008.

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...