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segunda-feira, 27 de março de 2017

“COMO AJUDAR SEUS ENTES QUERIDOS DESENCARNADOS E SE AJUDAR TAMBÉM. ”

Fiquei alguns dias aborrecida, entediada. Acordava de manhã e só conseguia focar os problemas. Já percebeu que se você marca um problema ele aumenta? Aparece uma grande lente de aumento que torna tudo mais penoso e sofrido.
E, quando você está pensando no problema vem outros muito mais importantes: o jeito de encarar a dificuldade. Dificuldade- difícil. O que parece difícil pode ficar intransponível. É como trombar com um monte de pedras enormes na estrada. E você não vê que o caminho tem flores também. As pedras machucam e , nem sempre dá para pular as pedras. E, correr para tomar banho de rio ou de cachoeira. E, quando a cachoeira está longe e as pedras grandes a frustração dá um baque no corpo. Aí, a gente faz drama. Senta na pedra e faz cara de coitado. Chora; chama os guias e, nem sempre uma oração para fortalecer a alma.
Mal sabe que, após as pedras haverá um caminho mais leve se você enfrentar. Se parar nas pedras vai sentar e chorar. Ou vai voltar e perder a linda paisagem.
Reconhecer o problema é ser realista, mas é melhor não chamar de problema e, sim, desafio. O desafio é uma palavra mais bonita. Chega a ser chique, não é? Problema - é chato.
E, quando estou assim, tudo fica mais chato. Aí, eu me lembro da casa do meu pai. E, quando tocava a campainha e ele atendia. Sempre sorrindo. A sala era mágica. E, lá conversávamos sobre Espiritismo. Na verdade, tinha vontade de chorar, reclamar da vida mas seria muito egoísmo da parte. Meu pai estava atravessando problemas sérios de saúde que limitavam sua vida bastante. Mesmo assim, conversávamos muito e eu gostava dos seus conselhos. E, se eu chegava durante à tarde, íamos para a cozinha onde a Ana Luiza, sua esposa preparava um delicioso café. E, sempre havia bolo. E, se eu estava com vontade de chorar a vontade passava logo. A casa do meu pai era um lugar seguro  e aconchegante. Visitá-lo não era uma fuga ; era uma saída, sentir a sensação familiar de aconchego.
E, sempre chegava mais alguém, meu irmão, minha irmã. E, quando estou com problemas e, passo perto da casa dele sinto um aperto:
" - Meu pai não vai mais atender à porta!"- é sempre um pensamento saudoso egoístico. Procuro não relembrar os oito meses de doença grave enfrentados por ele. Não me regozijo da liberdade espiritual merecida que ele deve estar desfrutando. Na minha saudade egoística um dia clamei:
"- Pai, o senhor pode me ajudar?"- nos primeiros meses os sonhos eram frequentes. Cheguei a ouvir sua voz grave me chamar. E, numa noite, tive um sonho memorável que pode ter sido um desdobramento espiritual. Estava num local cheio de gente e uma senhora me chamou:
-  Sandra, seu pai quer falar com você!- ele veio e me abraçou. E me deu um beijo no rosto. Foi tão bom! E, agora, mesmo sendo espírita, umbandista a verdade é essa:
- Sua presença física não mais
-  Poder ligar para ele?- sem chances
- Sentar e tomar café com ele junto com  a família toda. Sem chances.
-  Almoços e festas de aniversário- sem ele. ( sem a presença física)
A gente sabe que eles estão presentes e mais  vivos do que nunca mas temos que enfrentar essa ilusória falta. E, quando temos problemas queremos o colo materno, o colo paterno ,um lugar seguro onde possamos descansar das lutas.
E, se eu ficar nessa onda frustrante de nostalgia posso entrar em depressão ou sufocar meu pai de pensamentos negativos. E, tentando ser feliz, você ajuda seu ente querido a melhorar, a viver em outro plano. Olhar para o nosso umbigo traz mais pesar.
Quantas perdas  você já sofreu? Se for a morte de um filho o pesar pode durar a encarnação toda. No entanto, Deus costuma dar uma compensação para que você enfrente uma provação ou seja um novo desafio. Manda sempre energias positivas, um pouco mais de consolo, novos amigos, novas sensações e fluidos regeneradores. E, você acaba enfrentando o vazio inevitável através de um novo projeto de vida, da caridade, de um recomeço.
Perdas físicas são inevitáveis, mas as piores são as espirituais. Deixar de amar, brigar, fazer conflitos. São marcas de sofrimento.  Uma consulente perdeu o irmão há quinze dias. Numa consulta comentou sobre o luto e disse que estava triste, mas sentia que o irmão estava bem. Ás vezes, sentia vontade de chorar e ficava triste. A tristeza faz parte desse processo. O seu irmão não estava doente e era relativamente jovem. Enfarto fulminante. Minha consulente viajou uns quatro dias, mas disse que estava enfrentando o luto  com muita força. E disse que se sentia relativamente bem, apesar da tristeza. Voltou às tarefas domésticas e ao trabalho. E, me contou que, saber que a vida não acaba com a morte era um grande consolo.
Quando estou de mal com a vida procuro orar mais e pedir o apoio dos meus guias.
Converso com minha mãe espiritualmente e sei que ela me ouve. Converso com meu pai espiritualmente. Eles também precisam de paz e refrigério. E, também, precisam de nossas preces.
Morrer em vida é muito pior do que perder alguém fisicamente.
Se você acreditar no movimento da vida e no fluir da esperança, estará preparado para enfrentar as prováveis perdas que não são perdas.
Algumas pessoas vão à campa dos entes queridos orar ou adorná-la com flores. Sim; seu ente querido sentirá o aroma das flores e sua energia amorosa. Outros, rezam em templos, olhando para o porta-retratos ou mesmo num choro dorido de saudade. Eles gostam de ser lembrados, mas o desespero os aflige.
Outras pessoas querem recados e mensagens espirituais. Há uma profusão de médiuns habilitados para tal mas, de repente, você dorme e vai ao encontro deles. Sem tensão; sem cobranças. Acorda revitalizado e otimista. E mal sabe que bateu um longo papo com seu filho, seu ente querido ou amigo.
A vida sempre nos oferece a semente da esperança, da fé e da luz. Não procure luz olhando para as trevas. Acenda o candeeiro. A vida vai achar um jeito de lhe ajudar de acordo com sua crença e seu jeito de funcionar diante dos momentos.
Seu filho, seu namorado, seu pai, sua avó, estão todos vivos. E, não estão num céu fictício e, nem mesmo num inferno incandescente. Estão vibrando pela sua felicidade. Ouvem seu pranto ou sua risada. Não há distancia para a eternidade. Mesmo que seu filho tenha partido pelas portas do suicídio não acredite na voz da sombra e de eterno sofrimento. Jesus é misericordioso.
As folhas caem e começa tudo de novo! As flores voltam!
E, pare de pensar tanto no "morto" e olhe em volta! Os "vivos" precisam de você e, você precisa deles.
Depois das pedras vem uma estrada florida e, quiçá, você nem precise das pedras para aprender a caminhar.
A verdade é inevitável: um dia você vai partir dessa para melhor. Nem pense nisso e viva um dia de cada vez. Seu ente querido precisa de paz, silêncio e repouso nos primeiros tempos, mas de repente, se você ficar chamando muito por ele poderá assustá-lo ou confundi-lo. Cada ser tem seu processo evolutivo!
Dedico esse texto ao meu querido meu pai Sinval e minha querida Mãe Leny e tantos outros que já se foram.
E todos que amam e vivem o frescor da esperança!

Sandra Cecilia- Blog: Relax Mental

domingo, 26 de março de 2017

"AS VEZES DEUS ACALMA A TEMPESTADE, AS VEZES ELE ACALMA O MARINHEIRO E OUTRAS VEZES ELE NOS ENSINA A NADAR"

Às vezes tudo parece caminhar mal em nossas vidas e temos a sensação de que os problemas vieram à tona todos de uma vez só. Nesses momentos, tememos não conseguir, suportar tudo isso e choramos todas as noites até adormecer. Nesses dias, sentimos uma angústia enorme, daquelas que chegam a apertar o peito.
Nesses momentos eu oro, eu falo com Deus como quem deseja ter o coração acalmado com a sua paz.
Embora nós saibamos da sua enorme sabedoria e bondade nesses momentos de incertezas e medo nos questionamos se Deus realmente está olhando por nós, se Ele de fato tem ouvido as nossas orações.
Falta fé e sobra questionamento, falta esperança e sobra desânimo. Quando a tempestade vem e eu me sinto impotente diante de tantas dificuldades e problemas sem fim gosto de abrir o meu coração a Deus, evito falar disso com as pessoas por perceber que algumas delas não simplesmente não se importam e por as vezes ficar ainda pior depois do desabafo.
Quantas vezes não escutei, depois de abrir o meu coração, que eu estava reclamando de “barriga cheia” afinal aquilo nem era de fato um problema. Como isso doeu. A falta de empatia é mesmo uma doença que nos atinge de forma direta e certeira. Ninguém calçou os meus sapatos para sentir todo o aperto, todo o caminho, todas as feridas que ganhei. Nesses dias de angústia e desespero eu olho para trás e só vejo fracassos, tento olhar para o futuro, mas tudo parece surreal demais para acontecer. Parece que os meus sonhos são apenas sonhos e tenho a sensação de que nada dá certo.
Nesses dias tristes e nebulosos, o coração da gente fica aflito e não sabemos ao certo o que fazer. Dúvidas, medo e o passado que nos assombra na tentativa de nos convencer que somos fracassados e que de fato, nada irá dar certo. Olho ao redor e tudo parece ir tão bem na vida alheia e me pego perguntando onde falhei.
Mas aprendi que às vezes Deus acalma a tempestade, nos dá a solução dos problemas e o dia vai logo ficando ensolarado…
Outras Ele nos dá paciência e persistência para aguentar mais um pouquinho, outras Deus renova as nossas forças a cada manhã e nos ajuda a enfrentar os desafios, nos dá coragem e nos mostra que precisamos passar por aquilo.
Então Deus nos molda na dificuldade, nos transforma e nos mostra o quanto somos fortes. Às vezes Deus responde as nossas orações de forma imediata, outras Ele nos pede para esperar e confiar, mas às vezes o não de Deus vem para nos ajudar, mesmo que a gente não entenda o porque. O não de Deus pode ser a porta para outras histórias, para grandes oportunidades. Somos imediatistas demais e queremos tudo para já, mas quando entendemos que Ele sabe de tudo e que Deus não nos oferece qualquer coisa, entendemos que alguns não’s são necessários para que coisas melhores aconteçam em nossas vidas.

Autor desconhecido

“COMO O ESPIRITISMO EXPLICA AS CATÁSTROFES?

Um dos argumentos mais usados por descrentes da doutrina espírita e cristã para "desmoralizar" o amor fraterno e infinito de Deus é citar ele como culpado das catástrofes naturais ou acidentais. Então, como o Espiritismo consegue explicar esses acontecimentos (como o que aconteceu em São Francisco de Paula, na Serra gaúcha)?
No Livro dos Espíritos, Kardec indaga sobre as mesmas questões com os espíritos que o ajudaram a codificar a Doutrina.
737. Com que fim fere Deus a Humanidade por meio de flagelos destruidores?
“Para fazê-la progredir mais depressa. Já não dissemos ser a destruição uma necessidade para a regeneração moral dos Espíritos, que, em cada nova existência, sobem um degrau na escala do aperfeiçoamento? Preciso é que se veja o objetivo, para que os resultados possam ser apreciados. Somente do vosso ponto de vista pessoal os apreciais; daí vem que os qualificais de flagelos, por efeito do prejuízo que vos causam. Essas subversões, porém, são frequentemente necessárias para que mais pronto se dê o advento de uma melhor ordem de coisas e para que se realize em alguns anos o que teria exigido muitos séculos.”
740. Não serão os flagelos, igualmente, provas morais para o homem, por porem-no a braços com as mais aflitivas necessidades?
“Os flagelos são provas que dão ao homem ocasião de exercitar a sua inteligência, de demonstrar sua paciência e resignação ante a vontade de Deus e que lhe oferecem ensejo de manifestar seus sentimentos de abnegação, de desinteresse e de amor ao próximo, se o não domina o egoísmo.”
No blog "Guardas Municipais de Recife" achei um texto que se refere à catástrofe ocorrida no Haiti em Janeiro de 2010, mas que pode ser lido por quem procura respostas para o incidente no Japão pois possui o mesmo significado.
Para todos os fenômenos da vida humana, há sempre uma razão de ser. No dicionário Espírita, não deve constar a palavra “acaso”, ainda que as situações se nos afigurem insuportáveis. A tragédia do Haiti nos expõe, de maneira evidente, um episódio de resgate coletivo. Qual o significado dos milhares de seres que foram esmagados pelo terremoto? Catástrofe, cujas dimensões deixaram o mundo inteiro consternado? Para as tragédias coletivas, a Doutrina Espírita tem as explicações prováveis, considerando que, nos Estatutos de Deus, não há espaço para injustiça.
Segundo os Espíritos, “se há males nesta vida cuja causa primária é o homem, outros há, também, aos quais, pelo menos na aparência, ele é completamente estranho e que parecem atingi-lo como por fatalidade. Tal, por exemplo, os flagelos naturais.” (1) Pela reencarnação e pela destinação da Terra - como mundo expiatório - são compreensíveis as anomalias que o planeta apresenta quanto à distribuição da ventura e da desventura neste planeta. Aliás, anomalia só existe na aparência, quando considerada, tão-só, do ponto de vista da vida presente. “Aquele, pois, que muito sofre deve reconhecer que muito tinha a expiar e deve regozijar-se à ideia da sua próxima cura. Dele depende, pela resignação, tornar proveitoso o seu sofrimento e não lhe estragar o fruto com as suas impaciências, visto que, do contrário, terá de recomeçar.”
Em verdade, "as grandes provas são quase sempre um indício de um fim de sofrimento e de aperfeiçoamento do Espírito, desde que sejam aceitas por amor a Deus”.
Os flagelos destruidores ocorrem com o fim de fazer o homem avançar mais depressa. A destruição é necessária para a regeneração moral dos Espíritos, que adquirem, em cada nova existência, um novo grau de perfeição. "Esses transtornos são, frequentemente, necessários para fazerem com que as coisas cheguem, mais prontamente, a uma ordem melhor, realizando-se em alguns anos o que necessitaria de muitos séculos.” Dessa maneira, esses flagelos destruidores têm utilidade do ponto de vista físico, malgrado os males que ocasionam, "pois eles modificam, algumas vezes, o estado de uma região; mas o bem, que deles resulta, só é, geralmente, sentido pelas gerações futuras.”
Antes de reencarnarmos, sob o peso de débitos coletivos, muitas vezes, somos informados, no além-túmulo, dos riscos a que estamos sujeitos, das formas pelas quais podemos quitar a dívida, porém, o fato, por si só, não é determinístico, até, porque, depende de circunstâncias várias em nossas vidas a sua consumação, uma vez que a Lei de causa e efeito admite flexibilidade, quando o amor rege a vida e "o amor cobre uma multidão de pecados.”
Aquele que se compraz na caminhada pelos atalhos do mal, a própria lei se incumbirá de trazê-lo de retorno às vias do bem. O passado, muitas vezes, determina o presente que, por sua vez, determina o futuro. "Quem com ferro fere, com ferro será ferido" - disse o Mestre. Porém, cabe a ressalva de que nem todo sofrimento é expiação. No item 9, Cap. V, de O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec assinala: "Não se deve crer, entretanto, que todo sofrimento porque se passa neste mundo seja, necessariamente, o indício de uma determinada falta: trata-se, frequentemente, de simples provas escolhidas pelo Espírito para sua purificação, para acelerar o seu adiantamento."


Texto por Jorge Hessen- Rede Amigo Espírita

“QUAL A MELHOR FORMA DE AFASTAR OBSESSORES E ENERGIAS NEGATIVAS”

Muita gente já me perguntou “Como eu me livro dessas energias ruins que estão tentando me puxar para baixo?”
Eu só tenho uma resposta, que é verdadeiramente a única cura para isso: Vigiai e orai.
Você pode ler mil e uma táticas infalíveis para espantar energias ruins, ou então fazer as tais “limpezas energéticas” mas o seu obsessor vai sair do seu lado no minuto da tal limpeza, e vai te esperar na porta da igreja, do templo ou do lugar que você foi buscar a sua “cura”.
Tudo, absolutamente tudo, no nosso universo é energia, e como dizia Albert Einstein : “sintonize a frequência que você deseja, esta é a realidade que você terá, isso não é filosofia, é física”
E por mais que eu acredite sim que inimigos espirituais podem de verdade puxar a nossa vida para baixo, ou então nos desviar do caminho da alma, não existe outra solução para você não “ouvi-lo mais” a não ser mudando a sua própria vibração.
Pensamentos e sentimentos de gratidão alteram todo o seu campo energético, e você estará então apto a sintonizar com intuições positivas.
Muitas vezes somos enganados por nosso ego, e acreditamos que estamos em vibração muito elevada canalizando mensagens de muita luz.
Cuidado. Verdadeiros seres de luz dificilmente (raramente) se manifestam com seus os nomes que vieram à terra em sua última encarnação. Eles não precisam dizer quem são. Mensagens de seres tão iluminados são muito provavelmente de inimigos espirituais seus, doidinhos para que seu ego infle e você vibre mais ainda a frequência dele.
Ok, mas como posso saber se minhas intuições são de verdade boas?
Parece meio utópico, mas funciona. Sempre que você for fazer algo, ou intuir algo, se pergunte profundamente: “Jesus faria isso?” “Jesus estaria me falando isso?” Estamos longe, bem longe da luz espiritual do Mentor da Terra, porém, é a nossa missão nos aproximarmos ao máximo dos ensinamentos que Ele e outros seres de luz nos deixaram.
Quando nós vigiamos o nosso pensamento, e conseguimos perceber se este pensamento está ou não em sintonia com o que Jesus nos diria, ou pensaria, nós conseguimos elevar MUITO a nossa vibração, e como consequência mudamos as nossas atitudes.
Por mais que você tenha vários ou grandes inimigos espirituais, você estará com a sua frequência elevada e estará protegido.
O instituto Hearth Math na Califórnia, fez um estudo de como os pensamentos de amor e de gratidão alteram a nossa coerência cardíaca, e como consequência, ampliam o nosso campo eletromagnético.
Por mais que você se sinta “melhor” depois de limpezas energéticas ou coisas do tipo, saiba que você precisa mesmo é cuidar da sua limpeza de pensamentos e sentimentos.
A oração é também a nossa grande proteção, principalmente se feita com o coração.

Fonte: O Segredo

“COMUNICAÇÃO COM PARENTES DESENCARNADOS. ”“Quando podemos nos comunicar com nossos entes queridos? Com quanto tempo um Espírito, com a permissão de Deus, pode mandar mensagem? ”

Não podemos precisar, em termos temporais, quando será possível receber mensagens dos entes queridos que nos precederam no desencarne. Alguns fatores influem decisivamente na capacidade dos Espíritos se comunicarem com seus parentes na Terra. Entre eles, destacamos o estado de perturbação do Espírito após a morte, o merecimento dos envolvidos, as condições do médium e a utilidade providencial desta comunicação.
Em O Livro dos Espíritos, no capítulo que trata sobre a volta do Espírito à vida espiritual finda a vida corpórea, os Benfeitores da Codificação orientam que, após deixar o corpo, a alma experimenta um estado de perturbação que varia em grau e em duração, de acordo com a elevação do Espírito: “aquele que já está purificado, se reconhece quase imediatamente, pois que se libertou da matéria antes que cessasse a vida do corpo, enquanto que o homem carnal, aquele cuja consciência ainda não está pura, guarda por muito mais tempo a impressão da matéria” (questão 164).
Esta perturbação se dá pela necessidade que tem a alma de entrar em conhecimento de si mesma, para que a lucidez das ideias e as memórias lhe voltem. Allan Kardec afirma: “muito variável é o tempo que dura a perturbação que se segue à morte. Pode ser de algumas horas, como também de muitos meses e até de muitos anos” (comentário à questão 165, de O Livro dos Espíritos). Logo, este é um fator preponderante ao se avaliar a possibilidade de comunicação destes Espíritos com os parentes encarnados.
Outra questão a ser considerada é a do merecimento. No ensaio que desenvolveu sobre a pluralidade das existências (Parte Segunda - Capítulo V - O Livro dos Espíritos), Allan Kardec afirma que “cada um será recompensado segundo o seu merecimento real”. Neste caso, devemos não somente avaliar o merecimento dos entes que ficaram na Terra em receber mensagens, mas também o merecimento dos que desencarnaram em se dirigirem aos seus entes queridos, informando-lhes sobre sua situação no Plano Espiritual.
Podem interferir ainda na possibilidade de comunicação as condições dos médiuns. Orienta-nos Kardec que “alguns médiuns recebem mais particularmente comunicações de seus Espíritos familiares, que podem ser mais ou menos elevados; outros se mostram aptos a servir de intermediários a todos os Espíritos” (item 275 de O Livro dos Médiuns). Há de se levar em consideração, portanto, as relações de simpatia e antipatia entre médium e Espírito comunicante.
A utilidade das comunicações é outro ponto importante. Em várias circunstâncias, nas Obras Básicas, encontramos a justa colocação dos Espíritos para que observemos se há um fim útil naquilo que desejamos. Nesta mesma lógica, somente teremos a possibilidade de receber uma mensagem de entes queridos se for necessário, e não para atender a curiosidade ou outras motivações que não revelem grandeza de alma.
Como podemos perceber, há uma série de fatores a serem considerados. Porém, isso não é impedimento para que as comunicações aconteçam. Os próprios Espíritos narram a felicidade que sentem por serem lembrados por nós e a alegria em se comunicar, situação em que podem informar sobre sua nova situação no Plano Espiritual. “A possibilidade de nos pormos em comunicação com os Espíritos é uma dulcíssima consolação, pois que nos proporciona meio de conversarmos com os nossos parentes e amigos, que deixaram antes de nós a Terra. (...) A Doutrina Espírita nos oferece suprema consolação, por ocasião de uma das mais legítimas dores. Com o Espiritismo, não mais solidão, não mais abandono: o homem, por muito insulado que esteja, tem sempre perto de si amigos com quem pode comunicar-se” (comentário de Allan Kardec à questão 935 de O Livro dos Espíritos).
As mensagens de entes queridos desencarnados, pois, funcionam como uma prova incontestável da realidade da vida após a morte do corpo físico, demonstrando de forma inequívoca que os laços de afetividade persistem no Mundo Espiritual. Além disso, servem como consolação àqueles que permanecem no campo da vida, estimulando-os às conquistas dos valores da eternidade, para o breve reencontro com os que lhe precederam no Plano Maior da Vida.
Por fim, lembramos que não somente as mensagens mediúnicas possibilitam estas bênçãos. Uma situação muito oportuna para entrarmos em relação com nossos entes queridos é durante o desprendimento da alma pelo sono. Afirmam-nos os Espíritos da Codificação que “é tão habitual o fato de irdes encontrar-vos, durante o sono, com amigos e parentes, com os que conheceis e que vos podem ser úteis, que quase todas as noites fazeis essas visitas” (questão 414 de O Livro dos Espíritos). No entanto, para que isso aconteça, mais do que o simples fato de querer, quando desperto, é preciso evitar que as paixões nos escravizem e nos conduzam, durante o sono, a campos menos felizes da experiência espiritual.


Retirado do site OSGEFIC

“TENTAÇÃO: A CARNE É FRACA? APRENDA A RESISTIR. ”

“Há tendências viciosas que são evidentemente próprias do Espírito, porque se apegam mais ao moral do que ao físico; outras parecem antes dependentes do organismo, e, por esse motivo, menos responsáveis são julgados os que as possuem: consideram-se como tais as disposições à cólera, à preguiça, à sensualidade etc.
Hoje está plenamente reconhecido pelos filósofos espiritualistas que os órgãos cerebrais correspondentes a diversas aptidões devem o seu desenvolvimento à atividade do Espírito. Assim, esse desenvolvimento é um efeito, e não uma causa.
Se a atividade do Espírito reage sobre o cérebro, deve também reagir sobre as outras partes do organismo.
O Espírito é, deste modo, o artista do próprio corpo, por ele talhado, por assim dizer, à feição das suas necessidades e à manifestação das suas tendências.
Desta forma a perfeição corporal das raças adiantadas deixa de ser produto de criações distintas para ser o resultado do trabalho espiritual, que aperfeiçoa o invólucro material à medida que as faculdades aumentam.
Por uma consequência natural deste princípio, as disposições morais do Espírito devem modificar as qualidades do sangue, dar-lhe maior ou menor atividade, provocar uma secreção mais ou menos abundante de bílis ou de quaisquer outros fluidos.
…Compreende-se que um Espírito irascível deve encaminhar-se para estimular um temperamento bilioso, do que resulta não ser um homem colérico por bilioso, mas bilioso por colérico. O mesmo se dá em relação a todas as outras disposições instintivas: um Espírito indolente e fraco deixará o organismo em estado de atonia relativo ao seu caráter, ao passo que, ativo e enérgico, dará ao sangue como aos nervos qualidades perfeitamente opostas. A ação do Espírito sobre o físico é tão evidente que não raro vemos graves desordens orgânicas sobrevirem a violentas comoções morais.
Pode admitir-se, por conseguinte, ao menos em parte, que o temperamento é determinado pela natureza do Espírito, que é causa, e não efeito.
E nós dizemos em parte, porque há casos em que o físico influi evidentemente sobre o moral, tais como quando um estado mórbido ou anormal é determinado por causa externa, acidental, independente do Espírito, como sejam a temperatura, o clima, os defeitos físicos congênitos, uma doença passageira etc.
O moral do Espírito pode, nesses casos, ser afetado em suas manifestações pelo estado patológico, sem que a sua natureza intrínseca seja modificada. Escusar-se de seus erros por fraqueza da carne não passa de sofisma para escapar a responsabilidades.
A carne só é fraca porque o Espírito é fraco, o que inverte a questão, deixando àquele a responsabilidade de todos os seus atos. A carne, destituída de pensamento e vontade, não pode prevalecer jamais sobre o Espírito, que é o ser pensante e de vontade própria.
O Espírito é quem dá à carne as qualidades correspondentes ao seu instinto, tal como o artista que imprime à obra material o cunho do seu gênio. Liberto dos instintos da bestialidade, o Espírito elabora um corpo que não é mais um tirano de sua aspiração, para espiritualidade do seu ser, e é quando o homem passa a comer para viver e não mais vive para comer.
A responsabilidade moral dos atos da vida fica, portanto, intacta, mas a razão nos diz que as consequências dessa responsabilidade devem ser proporcionais ao desenvolvimento intelectual do Espírito. Assim, quanto mais esclarecido for este, menos desculpável se torna, uma vez que com a inteligência e o senso moral nascem as noções do bem e do mal, do justo e do injusto.
Esta lei explica o insucesso da Medicina em certos casos. Desde que o temperamento é um efeito, e não uma causa, todo o esforço para modificá-lo se nulifica ante as disposições morais do Espírito, opondo-lhe uma resistência inconsciente que neutraliza a ação terapêutica. Por conseguinte, sobre a causa primordial é que se deve atuar. Dai, se puderdes, coragem ao poltrão, e vereis para logo cessados os efeitos fisiológicos do medo. Isto prova ainda uma vez a necessidade, para a arte de curar, de levar em conta a influência espiritual sobre os organismos.”
Caro leitor amigo, permitimo-nos, para nossas reflexões, transcrever acima parte do texto escrito por Allan Kardec e inserido no livro O Céu e o Inferno, capítulo VII, sobre a fraqueza do Espírito em relação ao seu corpo físico.
Pensemos nisso.
Antônio Carlos Navarro-Rede Amigo Espírita

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...