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segunda-feira, 13 de junho de 2011

"A ORDEM DO MESTRE"



 
Avizinhando-se o Natal, havia também no Céu um rebuliço de alegrias suaves. Os Anjos acendiam estrelas nos cômoros de neblinas douradas e vibravam no ar as harmonias misteriosas que encheram um dia de encantadora suavidade a noite de Belém. Os pastores do paraíso cantavam e, enquanto as harpas divinas tangiam suas cordas sob o esforço caricioso dos zéfiros da imensidade, o Senhor chamou o Discípulo Bem-Amado ao seu trono de jasmins matizados de estrelas.
O vidente de Patmos não trazia o estigma da decrepitude como nos seus últimos dias entre as Espórades. Na sua fisionomia pairava aquela mesma candura adolescente que o caracterizava no princípio do seu apostolado.
- João – disse-lhe o Mestre – lembras-te do meu aparecimento na Terra?
- Recordo-me, Senhor. Foi no ano 749 da era romana, apesar da arbitrariedade de frei Dionísios, que colocou erradamente o vosso natalício em 754, calculando no século VI da era cristã.
- Não, meu João – retornou docemente o Senhor – não é a questão cronológica que me interessa em te argüindo sobre o passado. É que nessas suaves comemorações vem até mim o murmúrio doce das lembranças!...
- Ah! sim, Mestre Amado – retrucou pressuroso o Discípulo – compreendo-vos. Falais da significação moral do acontecimento. Oh!...se me lembro... a manjedoira, a estrela guiando os poderosos ao estábulo humilde, os cânticos harmoniosos dos pastores, a alegria ressoante dos inocentes, afigurando-se nos que os animais vos compreendiam mais que os homens, aos quais ofertáveis a lição da humildade com o tesouro da fé e da esperança. Naquela noite divina, todas as potências angélicas do paraíso se inclinaram sobre a Terra cheia de gemidos e de amargura para exaltar a mansidão e a piedade do Cordeiro. Uma promessa de paz desabrochava para todas as coisas com o vosso aparecimento sobre o mundo. Estabelecera-se um noivado meigo entre a Terra e o Céu e recordo-me do júbilo com que Vossa Mãe vos recebeu nos seus braços feitos de amor e de misericórdia. Dir-se-ia, Mestre, que as estrelas de ouro do paraíso fabricaram, naquela noite de aromas e de radiosidades indefiníveis um mel divino no coração piedoso de Maria!...
Retrocedendo no tempo, meu Senhor bem-amado, vejo o transcurso da vossa infância, sentindo o martírio de que fostes objeto; o extermínio das crianças de Vossa idade, a fuga nos braços carinhosos da Vossa progenitora, os trabalhos manuais em companhia de José, as vossas visões maravilhosas no Infinito, em comunhão constante com o Vosso e nosso Pai, preparando-Vos para o desempenho da missão única que Vos fez abandonar por alguns momentos os palácios de sol da mansão celestial para descer sobre as lamas da Terra.
- Sim, meu João, e, por falar nos meus deveres, como seguem no mundo as coisas atinentes à minha doutrina?
- Vão mal, meu Senhor. Desde o concílio ecumênico de Nicéia, efetuado para combater o cisma de Ario em 325, as vossas verdades são deturpadas. Ao arianismo seguiu-se o movimento dos inconoclastas em 787 e tanto contrariaram os homens o Vosso ensinamento de pureza e de simplicidade, que eles próprios nunca mais se entenderam na interpretação  dos textos evangélicos.
- Mas não te recordas, João, que a minha doutrina era sempre acessível a todos os entendimentos? Deixei aos homens a lição do caminho, da verdade e da vida sem lhes haver escrito uma só palavra.
- Tudo isso é verdade, Senhor, mas logo que regressastes aos vossos impérios resplandecentes, reconhecemos a necessidade de legar à posteridade os vossos ensinamentos. Os evangelhos constituem a vossa biografia na Terra; contudo, os homens não dispensam, em suas atividades, o véu da matéria e do símbolo. A todas as coisas puras da espiritualidade adicionam a extravagância de suas concepções. Nem nós e nem os evangelhos poderíamos escapar. Em diversas basílicas de Rávena e de Roma, Mateus é representado por um jovem, Marcos por um leão, Lucas por um touro e eu, Senhor, estou ali sob o símbolo estranho de uma águia.
- E os meus representante, João, que fazem eles?
- Mestre, envergonho-me de o dizer. Andam quase todos mergulhados nos interesses da vida material. Em sua maioria, aproveitam-se das oportunidades para explorar o vosso nome e, quando se voltam para o campo religioso, é quase que apenas para se condenarem uns aos outros, esquecendo-se de que lhes ensinastes a se amarem como irmãos.
- As discussões e os símbolos, meu querido – disse-lhe suavemente o Mestre – não me impressionam tanto. Tiveste, como eu, necessidade destes últimos, para as predicações e, sobre a luta das idéias, não te lembras quanta autoridade fui obrigado a despender, mesmo depois da minha volta da Terra, para que Pedro e Paulo não se tornassem inimigos? Se entre meus apóstolos prevaleciam semelhantes desuniões, como poderíamos eliminá-las do ambiente dos homens, que não me viram, sempre inquietos nas suas indagações? ... O que me contrista é o apego dos meus missionários aos prazeres fugitivos do mundo!
- É verdade, Senhor.
- Qual o núcleo de minha doutrina que detém no momento maior força de expressão?
- É o departamento dos bispos romanos, que se recolheram dentro de uma organização admirável pela sua disciplina, mas altamente perniciosa pelos seus desvios da verdade. O Vaticano, Senhor, que não conheceis, é um amontoado suntuoso das riquezas das traças e dos vermes da Terra. Dos seus palácios confortáveis e maravilhosos irradia-se todo um movimento de escravização das consciências. Enquanto vós não tínheis uma pedra onde repousar a cabeça, dolorida os vossos representantes dormem a sua sesta sobre almofadas de veludo e de ouro; enquanto trazíeis os vossos pés macerados nas pedras do caminho escabroso, quem se inculca como vosso embaixador traz a vossa imagem nas sandálias matizadas de pérolas e de brilhantes. E junto de semelhantes superfluidades e absurdos, surpreendemos os pobres chorando de cansaço e de fome; ao lado do luxo nababesco das basílicas suntuosas, erigidas no mundo como um insulto à glória da vossa humildade e do vosso amor, choram as crianças desamparadas, os mesmos pequeninos a quem estendíeis os vossos braços compassivos e misericordiosos. Enquanto sobram as lágrimas e os soluços entre os infortunados, nos templos, onde se cultua a vossa memória, transbordam moedas em mãos cheias, parecendo, com amarga ironia, que o dinheiro é uma defecação do demônio no chão acolhedor da vossa casa.
- Então, meu Discípulo, não poderemos alimentar nenhuma esperança?
- Infelizmente, Senhor, é preciso que nos desenganemos. Por um estranho contraste, há mais ateus benquistos no Céu do que aqueles religiosos que falavam em vosso nome na Terra.
- Entretanto – sussurraram os lábios divinos docemente – consagro o mesmo amor à humanidade sofredora. Não obstante a negativa dos filósofos, as ousadias da ciência, o apodo dos ingratos, a minha piedade é inalterável... Que sugeres, meu João, para solucionar tão amargo problema?
- Já não dissestes, um dia, Mestre, que cada qual tomasse a sua cruz e vos seguisse?
- Mas prometi ao mundo um Consolador em tempo oportuno!...
E os olhos claros e límpidos, postos na visão piedosa do amor de seu Pai Celestial, Jesus exclamou:
- Se os vivos nos traíram, meu Discípulo Bem-Amado, se traficam com o objeto sagrado da vossa casa, profligando a fraternidade e o amor, mandarei que os mortos falem na Terra em meu nome. Deste Natal em diante, meu João, descerrarás mais um fragmento dos véus misteriosos que cobrem a noite triste dos túmulos para que a verdade ressurja das mansões silenciosas da Morte. Os que já voltaram pelos caminhos ermos da sepultura retornarão à Terra para difundirem a minha mensagem, levando aos que sofrem, coma esperança posta no Céu as claridades benditas do meu amor!...
E desde essa hora memorável, há mais de cinqüenta anos, o Espiritismo veio, com as suas lições prestigiosas, felicitar e amparar na Terra a todas as criaturas.

Humberto de Campos
(Recebida em Pedro Leopoldo a 20 de dezembro de 1935)

Do livro Crônicas de Além Túmulo. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


"A ORDEM DO MESTRE"



 
Avizinhando-se o Natal, havia também no Céu um rebuliço de alegrias suaves. Os Anjos acendiam estrelas nos cômoros de neblinas douradas e vibravam no ar as harmonias misteriosas que encheram um dia de encantadora suavidade a noite de Belém. Os pastores do paraíso cantavam e, enquanto as harpas divinas tangiam suas cordas sob o esforço caricioso dos zéfiros da imensidade, o Senhor chamou o Discípulo Bem-Amado ao seu trono de jasmins matizados de estrelas.
O vidente de Patmos não trazia o estigma da decrepitude como nos seus últimos dias entre as Espórades. Na sua fisionomia pairava aquela mesma candura adolescente que o caracterizava no princípio do seu apostolado.
- João – disse-lhe o Mestre – lembras-te do meu aparecimento na Terra?
- Recordo-me, Senhor. Foi no ano 749 da era romana, apesar da arbitrariedade de frei Dionísios, que colocou erradamente o vosso natalício em 754, calculando no século VI da era cristã.
- Não, meu João – retornou docemente o Senhor – não é a questão cronológica que me interessa em te argüindo sobre o passado. É que nessas suaves comemorações vem até mim o murmúrio doce das lembranças!...
- Ah! sim, Mestre Amado – retrucou pressuroso o Discípulo – compreendo-vos. Falais da significação moral do acontecimento. Oh!...se me lembro... a manjedoira, a estrela guiando os poderosos ao estábulo humilde, os cânticos harmoniosos dos pastores, a alegria ressoante dos inocentes, afigurando-se nos que os animais vos compreendiam mais que os homens, aos quais ofertáveis a lição da humildade com o tesouro da fé e da esperança. Naquela noite divina, todas as potências angélicas do paraíso se inclinaram sobre a Terra cheia de gemidos e de amargura para exaltar a mansidão e a piedade do Cordeiro. Uma promessa de paz desabrochava para todas as coisas com o vosso aparecimento sobre o mundo. Estabelecera-se um noivado meigo entre a Terra e o Céu e recordo-me do júbilo com que Vossa Mãe vos recebeu nos seus braços feitos de amor e de misericórdia. Dir-se-ia, Mestre, que as estrelas de ouro do paraíso fabricaram, naquela noite de aromas e de radiosidades indefiníveis um mel divino no coração piedoso de Maria!...
Retrocedendo no tempo, meu Senhor bem-amado, vejo o transcurso da vossa infância, sentindo o martírio de que fostes objeto; o extermínio das crianças de Vossa idade, a fuga nos braços carinhosos da Vossa progenitora, os trabalhos manuais em companhia de José, as vossas visões maravilhosas no Infinito, em comunhão constante com o Vosso e nosso Pai, preparando-Vos para o desempenho da missão única que Vos fez abandonar por alguns momentos os palácios de sol da mansão celestial para descer sobre as lamas da Terra.
- Sim, meu João, e, por falar nos meus deveres, como seguem no mundo as coisas atinentes à minha doutrina?
- Vão mal, meu Senhor. Desde o concílio ecumênico de Nicéia, efetuado para combater o cisma de Ario em 325, as vossas verdades são deturpadas. Ao arianismo seguiu-se o movimento dos inconoclastas em 787 e tanto contrariaram os homens o Vosso ensinamento de pureza e de simplicidade, que eles próprios nunca mais se entenderam na interpretação  dos textos evangélicos.
- Mas não te recordas, João, que a minha doutrina era sempre acessível a todos os entendimentos? Deixei aos homens a lição do caminho, da verdade e da vida sem lhes haver escrito uma só palavra.
- Tudo isso é verdade, Senhor, mas logo que regressastes aos vossos impérios resplandecentes, reconhecemos a necessidade de legar à posteridade os vossos ensinamentos. Os evangelhos constituem a vossa biografia na Terra; contudo, os homens não dispensam, em suas atividades, o véu da matéria e do símbolo. A todas as coisas puras da espiritualidade adicionam a extravagância de suas concepções. Nem nós e nem os evangelhos poderíamos escapar. Em diversas basílicas de Rávena e de Roma, Mateus é representado por um jovem, Marcos por um leão, Lucas por um touro e eu, Senhor, estou ali sob o símbolo estranho de uma águia.
- E os meus representante, João, que fazem eles?
- Mestre, envergonho-me de o dizer. Andam quase todos mergulhados nos interesses da vida material. Em sua maioria, aproveitam-se das oportunidades para explorar o vosso nome e, quando se voltam para o campo religioso, é quase que apenas para se condenarem uns aos outros, esquecendo-se de que lhes ensinastes a se amarem como irmãos.
- As discussões e os símbolos, meu querido – disse-lhe suavemente o Mestre – não me impressionam tanto. Tiveste, como eu, necessidade destes últimos, para as predicações e, sobre a luta das idéias, não te lembras quanta autoridade fui obrigado a despender, mesmo depois da minha volta da Terra, para que Pedro e Paulo não se tornassem inimigos? Se entre meus apóstolos prevaleciam semelhantes desuniões, como poderíamos eliminá-las do ambiente dos homens, que não me viram, sempre inquietos nas suas indagações? ... O que me contrista é o apego dos meus missionários aos prazeres fugitivos do mundo!
- É verdade, Senhor.
- Qual o núcleo de minha doutrina que detém no momento maior força de expressão?
- É o departamento dos bispos romanos, que se recolheram dentro de uma organização admirável pela sua disciplina, mas altamente perniciosa pelos seus desvios da verdade. O Vaticano, Senhor, que não conheceis, é um amontoado suntuoso das riquezas das traças e dos vermes da Terra. Dos seus palácios confortáveis e maravilhosos irradia-se todo um movimento de escravização das consciências. Enquanto vós não tínheis uma pedra onde repousar a cabeça, dolorida os vossos representantes dormem a sua sesta sobre almofadas de veludo e de ouro; enquanto trazíeis os vossos pés macerados nas pedras do caminho escabroso, quem se inculca como vosso embaixador traz a vossa imagem nas sandálias matizadas de pérolas e de brilhantes. E junto de semelhantes superfluidades e absurdos, surpreendemos os pobres chorando de cansaço e de fome; ao lado do luxo nababesco das basílicas suntuosas, erigidas no mundo como um insulto à glória da vossa humildade e do vosso amor, choram as crianças desamparadas, os mesmos pequeninos a quem estendíeis os vossos braços compassivos e misericordiosos. Enquanto sobram as lágrimas e os soluços entre os infortunados, nos templos, onde se cultua a vossa memória, transbordam moedas em mãos cheias, parecendo, com amarga ironia, que o dinheiro é uma defecação do demônio no chão acolhedor da vossa casa.
- Então, meu Discípulo, não poderemos alimentar nenhuma esperança?
- Infelizmente, Senhor, é preciso que nos desenganemos. Por um estranho contraste, há mais ateus benquistos no Céu do que aqueles religiosos que falavam em vosso nome na Terra.
- Entretanto – sussurraram os lábios divinos docemente – consagro o mesmo amor à humanidade sofredora. Não obstante a negativa dos filósofos, as ousadias da ciência, o apodo dos ingratos, a minha piedade é inalterável... Que sugeres, meu João, para solucionar tão amargo problema?
- Já não dissestes, um dia, Mestre, que cada qual tomasse a sua cruz e vos seguisse?
- Mas prometi ao mundo um Consolador em tempo oportuno!...
E os olhos claros e límpidos, postos na visão piedosa do amor de seu Pai Celestial, Jesus exclamou:
- Se os vivos nos traíram, meu Discípulo Bem-Amado, se traficam com o objeto sagrado da vossa casa, profligando a fraternidade e o amor, mandarei que os mortos falem na Terra em meu nome. Deste Natal em diante, meu João, descerrarás mais um fragmento dos véus misteriosos que cobrem a noite triste dos túmulos para que a verdade ressurja das mansões silenciosas da Morte. Os que já voltaram pelos caminhos ermos da sepultura retornarão à Terra para difundirem a minha mensagem, levando aos que sofrem, coma esperança posta no Céu as claridades benditas do meu amor!...
E desde essa hora memorável, há mais de cinqüenta anos, o Espiritismo veio, com as suas lições prestigiosas, felicitar e amparar na Terra a todas as criaturas.

Humberto de Campos
(Recebida em Pedro Leopoldo a 20 de dezembro de 1935)

Do livro Crônicas de Além Túmulo. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


sábado, 11 de junho de 2011

"AS DROGAS"

Não se pode levar adiante a idéia genérica de que não existe diversão sadia. Não é essa a questão. Porém, o que ocorre nos dias atuais, típicos desse período de transição que a humanidade atravessa, está relacionado às drogas.
Quando falamos em drogas, falamos também das bebidas alcoólicas, nas quais, infelizmente, nossos jovens se iniciam cada vez mais cedo. É o beber socialmente. É a cervejinha aparentemente inocente, a porta de entrada para drogas mais pesadas e perigosas.
A bebida funciona afrouxando a noção da sensibilidade que o individuo ainda mantém a respeito dos sinais de alerta. Propagandas maciças apregoam o prazer da bebida, com um discreto alerta que passa desapercebido: ”beba com moderação”.   Dir-se-ia que é até um contra-senso ou uma  ironia, pois a mensagem instigando o consumo já atingira o consumidor à exaustão, principalmente o jovem, que acredita que precisa beber muito com os amigos para se sentir parte do grupo. É símbolo de status a “latinha na mão” do jovem, ostentando que é “descolado”é “da hora”, bebendo até perder a noção da linha sutil que separa o lícito do ilícito.
O jovem alterado pela bebida, juntamente com seu grupo, sente-se corajoso, conquistador, torna-se audacioso, imprudente e, muitas vezes, irresponsável.  Nesta situação, a condição para o consumo de drogas ilícitas e pesadas está apenas a um passo, e então ele vai no embalo.
É o amigo que oferece, é o traficante sorrateiro, é a droga ministrada na bebida por mal-intencionados. Quando o jovem já tiver “passado da conta” para perceber o perigo, e os sinais evidentes da dependência química se manifestam, e então os pais percebem o que está ocorrendo, e via de regra já é tarde demais para medidas preventivas.
Não queremos dizer que as “baladas”, tão a gosto de nossa juventude, sejam locais perigosos. Certamente, muitos jovens também se divertem nestes ambientes sem, entretanto,  se envolver em perigosa sintonia, porque conseguem manter o campo vibratório mental da diversão saudável, permanecendo sem o exagero da bebida, a qual leva  individuo a perder o controle de si mesmo, vindo a ser presa fácil de irmãos menos felizes, encontrando neles a sintonia dos desejos libidinosos incontroláveis pela ação da bebida e das drogas, que afrouxam a retaguarda moral de cada um.  
Reconhecemos, entretanto, que a combinação de fatores como bebida, ritmo alucinante da musica e consumo de drogas funcionam  como um catalisador de sensações  agressivas e primitivas que afloram de forma incontrolável, escancarando as portas mentais para vícios perigosos, que trazem sempre em sua essência o componente da obsessão espiritual.
Nossos irmãos desencarnados elegem seus companheiros pela sintonia vibratória do desejo inferior, das sensações desenfreadas, e os acompanham, exigindo cada vez mais de seus eleitos, para que eles, sem o corpo físico, também possam encontrar a satisfação que procuram no mundo da matéria, ao qual não mais pertencem mais.
Dessa forma, aquele que imagina que está bebendo, é o bebido. Aquele que acha  que está “viajando” nas sensações do grande barato da droga, é o viajado.  Esse é um fator de extrema preocupação, pois o drogado não é apenas dependente químico-físico, mas também dependente químico-espiritual, pois tem, do lado de lá, um companheiro espiritual que se utiliza de seu corpo físico para satisfazer a própria dependência e angustia que se situa o campo mental espiritual.
Por essa razão, é extremamente difícil reverter quadros graves e crônicos. Na maioria das vezes, além de lutar contra a própria dependência, o dependente tem a vontade própria anulada pelo companheiro espiritual que o obsedia. 
Muitos casos já ocorreram em que o dependente num ato de loucura, é capaz de assassinar a própria família, e cometer outros atos tresloucados, para  atender à vontade soberana que se impõe de forma avassaladora e incontrolável. E tudo isso começa de forma quase imperceptível, com a aparentemente inocente “cervejinha” com os amigos.
Trecho da Obra: “O SÉTIMO SELO”. Médium Antonio Demarchi.
Pelo Espírito:”IRMÃO VIRGILIO “.  


"AS DROGAS"

Não se pode levar adiante a idéia genérica de que não existe diversão sadia. Não é essa a questão. Porém, o que ocorre nos dias atuais, típicos desse período de transição que a humanidade atravessa, está relacionado às drogas.
Quando falamos em drogas, falamos também das bebidas alcoólicas, nas quais, infelizmente, nossos jovens se iniciam cada vez mais cedo. É o beber socialmente. É a cervejinha aparentemente inocente, a porta de entrada para drogas mais pesadas e perigosas.
A bebida funciona afrouxando a noção da sensibilidade que o individuo ainda mantém a respeito dos sinais de alerta. Propagandas maciças apregoam o prazer da bebida, com um discreto alerta que passa desapercebido: ”beba com moderação”.   Dir-se-ia que é até um contra-senso ou uma  ironia, pois a mensagem instigando o consumo já atingira o consumidor à exaustão, principalmente o jovem, que acredita que precisa beber muito com os amigos para se sentir parte do grupo. É símbolo de status a “latinha na mão” do jovem, ostentando que é “descolado”é “da hora”, bebendo até perder a noção da linha sutil que separa o lícito do ilícito.
O jovem alterado pela bebida, juntamente com seu grupo, sente-se corajoso, conquistador, torna-se audacioso, imprudente e, muitas vezes, irresponsável.  Nesta situação, a condição para o consumo de drogas ilícitas e pesadas está apenas a um passo, e então ele vai no embalo.
É o amigo que oferece, é o traficante sorrateiro, é a droga ministrada na bebida por mal-intencionados. Quando o jovem já tiver “passado da conta” para perceber o perigo, e os sinais evidentes da dependência química se manifestam, e então os pais percebem o que está ocorrendo, e via de regra já é tarde demais para medidas preventivas.
Não queremos dizer que as “baladas”, tão a gosto de nossa juventude, sejam locais perigosos. Certamente, muitos jovens também se divertem nestes ambientes sem, entretanto,  se envolver em perigosa sintonia, porque conseguem manter o campo vibratório mental da diversão saudável, permanecendo sem o exagero da bebida, a qual leva  individuo a perder o controle de si mesmo, vindo a ser presa fácil de irmãos menos felizes, encontrando neles a sintonia dos desejos libidinosos incontroláveis pela ação da bebida e das drogas, que afrouxam a retaguarda moral de cada um.  
Reconhecemos, entretanto, que a combinação de fatores como bebida, ritmo alucinante da musica e consumo de drogas funcionam  como um catalisador de sensações  agressivas e primitivas que afloram de forma incontrolável, escancarando as portas mentais para vícios perigosos, que trazem sempre em sua essência o componente da obsessão espiritual.
Nossos irmãos desencarnados elegem seus companheiros pela sintonia vibratória do desejo inferior, das sensações desenfreadas, e os acompanham, exigindo cada vez mais de seus eleitos, para que eles, sem o corpo físico, também possam encontrar a satisfação que procuram no mundo da matéria, ao qual não mais pertencem mais.
Dessa forma, aquele que imagina que está bebendo, é o bebido. Aquele que acha  que está “viajando” nas sensações do grande barato da droga, é o viajado.  Esse é um fator de extrema preocupação, pois o drogado não é apenas dependente químico-físico, mas também dependente químico-espiritual, pois tem, do lado de lá, um companheiro espiritual que se utiliza de seu corpo físico para satisfazer a própria dependência e angustia que se situa o campo mental espiritual.
Por essa razão, é extremamente difícil reverter quadros graves e crônicos. Na maioria das vezes, além de lutar contra a própria dependência, o dependente tem a vontade própria anulada pelo companheiro espiritual que o obsedia. 
Muitos casos já ocorreram em que o dependente num ato de loucura, é capaz de assassinar a própria família, e cometer outros atos tresloucados, para  atender à vontade soberana que se impõe de forma avassaladora e incontrolável. E tudo isso começa de forma quase imperceptível, com a aparentemente inocente “cervejinha” com os amigos.
Trecho da Obra: “O SÉTIMO SELO”. Médium Antonio Demarchi.
Pelo Espírito:”IRMÃO VIRGILIO “.  


quinta-feira, 9 de junho de 2011

"A SOCIEDADE HUMANA"





 A sociedade humana pode ser comparada a imensa floresta de criações mentais, onde cada espírito, em processo de evolução e acrisolamento, encontra os reflexos de si mesmo.
Aí dentro os princípios de ação e reação funciona exatos.
As pátrias, grandes matrizes do progresso, constituem notáveis fulcros da civilização ou expressivos redutos de trabalho, em que vastos grupos de almas se demoram no serviço de auto-educação, mediante o serviço à comunidade, emigrando, muita vez, de um país para outro, conforme se lhes faça precisa essa ou aquela aquisição nas linhas da experiência.
O lar coletivo, definindo afinidades radicais e interesses do clã, é o conjunto das emoções e dos pensamentos daqueles que o povoam.
Entre as fronteiras vibratórias que o definem, por intermédio dos breves aprendizados “berço-túmulo”, que denominamos existências terrestres, transfere-se a alma de posição, conforme os reflexos que haja lançado de si mesma e conforme aqueles que haja assimilado do ambiente em que estagiou.
Atingida a época da aferição dos próprios valores, quando a morte física determina a extinção da força vital corpórea, emprestada ao espírito para a sua excursão de desenvolvimento e serviço, reajuste ou elevação, na esfera da carne, colhemos os resultados de nossa conduta e, as vezes, é preciso recomeçar o trabalho para regenerar atitudes e purificar sentimentos, na reconstrução de nossos destinos.
Dessa forma, os corações que hoje oprimem o próximo, a se prevalecerem da galeria social em que se acastelam, na ilusória supremacia do ouro, voltam amanhã ao terreno torturado da carência e do infortúnio, recolhendo, em impactos diretos, os raios de sofrimento que semearam no solo das necessidades alheias,.
E se as vítimas e os verdugos não souberem exercer largamente o perdão recíproco, encontramos no mundo social verdadeiro círculo vicioso em que se entrechocam, constantemente, as ondas da vingança e do ódio, da dissensão e do crime, assegurando clima favorável aos processos da delinqüência.
Sociedades que ontem escravizaram o braço humano são hoje obrigadas a afagar, por filhos do próprio seio, aqueles que elas furtaram à terra em que se lhes situava o degrau evolutivo.
Hordas invasoras que talam os campos de povos humildes e inermes, neles renascem Como rebentos do chão conquistado, garantindo o refazimento das instituições que feriram ou depredaram.
Agrupamentos separatistas, que humilham irmãos de cor, voltam na pigmentação que detestavam, arrecadando a compensação das próprias obras.
Citadinos aristocratas, insensíveis aos problemas da classe obscura, depois de respirarem o conforto de avenidas suntuosas costumam renascer em bairros atormentados e anônimos, bebendo no cálice do pauperismo os reflexos da crueldade risonha com que assistiram, noutro tempo, à dor e à dificuldade dos filhos do sofrimento.
Em todas as épocas, a sociedade humana é o filtro gigantesco do espírito, em que as almas, nos fios da experiência, na abastança ou na miséria, na direção ou na subalternidade, colhem os frutos da plantação que lhes é própria, retardando o passo na planície vulgar ou acelerando-o para os cimos da vida, em obediência da evolução.
Pelo Espírito “Emmanuel” - Do livro: Pensamento e Vida. Francisco Cândido
Xavier


𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...