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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

"APARIÇÃO DE JESUS DEPOIS DA MORTE"

Em várias oportunidades Jesus disse aos seus discípulos que após sua morte ressuscitaria. Preocupa-nos a compreensão correta do que, em seu conceito, era a ressurreição. Vejamos a seguinte passagem:
“E que os mortos ressuscitem, é Moisés quem dá a conhecer através do episódio da Sarça Ardente, quando chama ao Senhor: o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó. Ora, Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos; para ele, então, todos são vivos”. (Lc 20,37-38).
Vejam bem, se Jesus, em se referindo a pessoas que haviam morrido, diz que para Deus todos “são vivos” é porque nossa individualidade sobrevive após a morte, em outras palavras, poderia estar dizendo da nossa condição de espíritos eternos. Ao que chamamos de morte é apenas o processo, ao qual nosso espírito, em seu regresso ao plano espiritual de onde veio, devolve à natureza os elementos constitutivos do corpo físico, cuja finalidade era viabilizar o seu desenvolvimento moral e intelectual. Em vista disso, é que devemos entender que a ressurreição de que Jesus falava não era no corpo físico, e sim o ressurgir em espírito. Foi o que aconteceu com ele. Depois de sua morte esteve ainda na terra em seu corpo espiritual, conforme se encontra em Atos: “Após sua paixão,ele lhes mostrou, com muitas provas, que estava vivo, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando-lhes do Reino de Deus”. (1,3).
Sabemos, por informação dos próprios espíritos, que eles se manifestam em seu corpo espiritual, denominado perispírito. Nele é evidenciada toda a evolução moral do espírito, assim quanto mais luminoso maior evolução e, via de conseqüência, quanto menos luz produzir mais inferior é o espírito. Deve ser pelo motivo de sua luminosidade que, em algumas situações, Jesus não foi reconhecido pelos seus discípulos, como observamos em Mc 16,12: “Depois disto, ele apareceu sob outra forma, a dois deles que estavam a caminho do campo”. Também ao aparecer a Saulo, na estrada de Damasco (At 9, 3-9), veio em sua plenitude espiritual, fato que impossibilitou aos que presenciavam o fenômeno de vê-lo, só ouviram sua voz. Ao narrar esse acontecimento, Paulo diz (At 22,6-9): “... aí pelo meio-dia, de repente uma grande luz que vinha do céu brilhou ao redor de mim”, o que confirma o que estamos dizendo sobre o perispírito refletir a evolução moral.
A matéria, igualmente, não oferece nenhuma resistência a esse corpo perispiritual. Vejamos a prova disso, pelo fato de Jesus ter entrado em ambiente fechado:“Oito dias depois, os discípulos se achavam de novo na casa, e Tomé com eles. Jesus entrou, estando as portas fechadas, pôs-se no meio deles e os cumprimentou: A paz esteja convosco!”. (Jo 20,26).
Podemos aceitar também que, em algumas circunstâncias, Jesus se materializou diante dos discípulos, nesse caso tornou-se tangível, o que podemos verificar quando diz: “Olhai para minhas mãos e pés: sou eu mesmo! Apalpai-me e vede: um fantasma não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho! Dizendo isto, mostrou-lhes mãos e pés. Mas como hesitavam em acreditar, por causa da muita alegria, e continuavam espantados, Jesus lhes disse: ‘Tendes aqui alguma coisa para comer?’ Deram-lhe um pedaço de peixe grelhado. Ele o tomou e comeu na presença deles”. (Lc 24, 39-43). É bem provável que Jesus, ao se materializar, teve que se comportar como se fosse realmente de carne e osso, tendo em vista que nem os discípulos nem os de sua época tinham conhecimento dos mecanismos das manifestações espirituais para entender o que estava acontecendo.
Temos que convir que, em certos relatos do Evangelho, existem alguns exageros. Assim, determinados acontecimentos foram colocados buscando valorizar os fatos ou a pessoa quem os produziu. Vejamos, como exemplo, o que consta em Jo 21,25: “Há, porém, muitas outras coisas que Jesus fez. Se todas elas fossem escritas uma por uma, creio que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que seriam escritos”.
Dito isso, vamos à 1ª carta aos Coríntios 15, 3-6: “Eu vos transmiti principalmente o que eu mesmo recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras; que foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras; que apareceu a Cefas, depois aos doze. Em seguida apareceu, de uma só vez, a mais de quinhentos irmãos, dos quais a maior parte vive ainda hoje, embora alguns tenham morrido”. Nenhum dos quatro evangelistas fala que Jesus teria aparecido a quinhentas pessoas, assim podemos supor que pode ser apenas um exagero de Paulo.
Por outro lado, até mesmo a questão de Jesus ter ficado quarenta dias no meio dos discípulos poderíamos entender de outra forma, pois o número 40 possuía, para eles, um significado importante, observem:
·         O povo hebreu permaneceu 40 anos no deserto;
·         No dilúvio choveu 40 dias e 40 noites;
·         Jacó ao morrer ficou 40 dias embalsamado;
·         Moisés ficou no Sinai 40 dias e 40 noites, quando recebe os Dez Mandamentos;
·         Deus, por castigo, entrega os israelitas aos filisteus por 40 anos (Jz 13,1);
·         Em desafio um filisteu se apresenta ao exército hebreu por 40 dias (1Sm 17,16);
·         Davi reinou por 40 anos (2Sm 5,4);
·         O templo tinha 40 côvados.(1Rs 6,17);
·         O reinado de Salomão durou 40 anos (1Rs 11,42);
·         Elias, após comer o que um anjo lhe dá, caminha 40 dias e 40 noites (1Rs 19,8);
·         Jesus jejuou 40 dias e 40 noites.
Carlos Torres Pastorino no Livro A Sabedoria do Evangelho, quando fala sobre como devemos fazer a interpretação da Bíblia, coloca:
Os números possuem sentido muito simbólico, assim:
10 – diversos
40 – muitos
07 – grande número
70 – todos, sempre.
Então, conclui: não devem ser tomados à risca.
Dessas aparições de Jesus podemos realçar duas coisas. A primeira, é que há vida após a morte, caso contrário, ninguém poderia aparecer depois de morto. A segunda, é que os mortos se comunicam com os vivos, por mais que alguns ainda venham a dizer que isso não pode ocorrer, a nós não resta dúvida alguma quanto a isso. Alguns querem sustentar que Jesus tenha se manifestado com o corpo físico, entretanto isso não condiz com o que podemos tirar dos acontecimentos.
Então Jesus não ressuscitou no corpo físico? Reafirmamos: Não, apesar de que isso possa lhe causar um certo choque, mas analisemos.
Quando se apresenta a Maria de Madalena, diz “não me toques, porque ainda não subi para meu Pai” (Jo 20,17), entretanto, a Tomé Ele disse: “Põe aqui o teu dedo, vê as minhas mãos, aproxima também a tua mão, põe-na no meu lado” (Jo 20,27), nos parecendo contraditório. Fica ainda mais difícil de compreender, quando colocam Jesus dizendo “porque um espírito não tem carne, nem ossos, como vós vedes que eu tenho” (Lc 24,39), e, na seqüência (v.43), ele está comendo peixe com favo de mel. Tudo isso nos parece ter sido um ajuste para sustentar a idéia de que a alma não sobrevive sem o corpo físico.
No livro de Tobias, encontramos um anjo fazendo coisas comuns ao seres humanos, inclusive comendo, mas ao final ele declara: “Eu sou Rafael, um dos sete anjos... Vocês pensavam que eu comia, mas era só aparência... E o anjo desapareceu...”. (Tb 12, 15-22). No caso de Jesus não poderia ter sido uma situação semelhante ou mesmo completamente materializado, conforme já o dissemos? Esta hipótese justificaria a questão de que poderia ser tocado, pois estaria tangível.
Mas considerando que, em várias oportunidades, se manifesta e ninguém o reconhece, somente acontecendo após algum gesto dele. Isso não ocorreria se ele tivesse mesmo ressuscitado no corpo físico. Se fosse em espírito poderia muito bem, por sua evolução espiritual, transparecer com tanta luz que não conseguiram de imediato identificá-lo. Teria Ele, quando vivo, dito algo que viesse a negar depois de morto, já que acreditamos que o que pregou foi realmente a ressurreição do Espírito?
Os evangelistas são unânimes em dizer que o corpo de Jesus foi colocado num túmulo novo. As narrativas de Mateus (27.59-60) e Marcos (15,46) dizem que o túmulo era de José de Arimatéia, enquanto a de Lucas (23,52) não dá a entender isso e João (19,41-42) diz que o túmulo estava localizado no jardim perto do lugar onde Jesus fora crucificado e o colocaram lá apenas porque estava perto, faltam dados para concluir que seria de José de Arimatéia. Prestem a atenção à narrativa, pois foi dito “colocaram” em vez de enterraram, com isso não estaria mesmo para ser um lugar provisório?
Em Atos (5,6.10), quando se narra a morte de Ananias, e, logo após, a de Safira, sua mulher, a expressão usada foi: “levaram para enterrar”, ou seja, em definitivo. Assim, por falta de maiores comprovações, podemos concluir que o lugar onde colocaram o corpo de Jesus não era o seu túmulo definitivo, o que, provavelmente, foi feito depois, daí a razão do desaparecimento de seu corpo, hipótese mais provável tomando-se como base as narrativas.
Por outro lado, no domingo de manhã, dois dias depois da morte de Jesus, algumas mulheres compraram perfumes e foram ao sepulcro para embalsamar o corpo (Mc 16,1; Lc 24,1), reforçando a idéia de que estava ali provisoriamente. João (20,1-2) relata que somente Maria Madalena foi ao sepulcro, sem dizer o motivo, que ao encontrá-lo vazio, diz: “levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde o puseram”, ou seja, falou exatamente o que seria de se esperar para uma situação provisória.
Quem vai nos tirar desse impasse? Em Atos (16,7) Paulo e Timóteo tentam entrar na Bitínia, aí diz o texto: “mas o Espírito de Jesus os impediu”. Em 2Cor 3,17, Paulo afirma: “O Senhor é Espírito”. Pedro já nos diz que Jesus: “...sofreu a morte em seu corpo, mas recebeu vida pelo Espírito (1Pe 3,18) e mais adiante nos dá outra informação dizendo que Jesus foi pregar o Evangelho aos mortos (1Pe 4,4-6), o que Jesus só poderia ter feito em Espírito. Assim, tudo se converge para a idéia de que Jesus, após sua morte, ressuscitou em Espírito.
A conclusão final, portanto, fica-nos que a ressurreição contida na Bíblia é a do Espírito e não do corpo. E sendo a do Espírito teremos também que, forçosamente, admitir a comunicação dos “mortos” com os vivos, conforme o acontecido com o próprio Jesus após sua morte.
Fica aí ainda evidenciada a necessidade de uma exegese mais realista dos fatos acontecidos, já que o que os teólogos nos colocaram não condiz com a realidade.
Paulo da Silva Neto Sobrinho

Bibliografia:

  • Bíblia Sagrada, São Paulo, Edições Paulinas, 1980.
  • Bíblia Sagrada, São Paulo, Paulus, 1990.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

"O QUE É SEXO?"

Muito se tem escrito e discutido, nos últimos tempos, no movimento espírita a questão homossexual. Mas, a discussão me parece fora do seu problema real. Numa boa aplicação do pensamento lógico, antes de se abordar a parte, deve-se conseguir uma clara visão do todo.
Está a se debater o homossexualismo, sem haver sido deslindada a problemática sexual. Cabe "incorporarmos" o método socrático, e sairmos pela imensa "Agora" que e a Web, inquirindo, principalmente dos espíritas que pretendem saber do assunto: "O que e o sexo?"
Foi dessa forma que Sócrates desmascarou a pretensa "sabedoria" de muitos dos seus contemporâneos.
Estudando a Codificação e as obras espíritas, psicografadas ou não, a que tivemos acesso, e pensamos adequadas, não conseguimos, ate o momento, fazer uma idéia clara do que, em ultima analise, seja "sexo".
No Livro dos Espíritos, a única abordagem direta sobre o assunto, e a seguinte: "Les Esprits ont-ils des sexes? 'Non point comme vous l'entendez, car les sexes dependent de l'organisation. Il y a entre eux amour et sympathie, mais fondes sur la similitude des sentiments'" ("Os Espíritos tem sexos? 'Não como vos o entendeis, porque os sexos dependem da organização. Existe entre eles amor e simpatia, porem fundados sobre a similitude dos sentimentos'") (questão 200 - nos ativemos o mais perto possível, na tradução, do original).
Em francês, o termo "organisation" ao tempo de Kardec, tinha os mesmo significados que em português e, também, de "organismo", sendo que, hoje em dia, neste sentido, e empregado, como em nossa língua, com um complemento aclamatório: "organização física, corporal, orgânica" etc.).
Segundo a resposta, os Espíritos estão destituídos de sexo, no sentido biológico, isto e, não possuem aparelho reprodutor, logo, também não tem hormônios sexuais em sua estrutura. E, é claro que não poderiam tê-los, pois não se reproduzem. Ainda, segundo a resposta, eles se vinculam por "sentimento", por afinidade eletiva.
Fica, contudo, uma pergunta, sendo que o corpo e estruturado e mantido pela organização perispiritual, de onde vem o impulso que fixa, durante a embriogenese, a definição sexual? Mas, busquemos respostas efetivas, e não "petitio principii", ou floreios verbais muito bonitos, mas sem significação concreta, tais como: "almas passivas e almas ativas", pois ainda cabe perguntar, o que são almas passivas, e porque o são, assim como as ativas.
Como vemos, uma resposta desse tipo e adiar o problema, e não solucioná-lo. Freud concebeu o sexo, em ultima analise, como uma forma de energia, a libido.
Os teosofistas e hinduístas também se referem a uma energia sexual, própria da alma que, a semelhança da libido, pode ser "sublimada", ou seja, transferida para outro tipo de atividade do individuo. André Luiz descreve o sexo como uma manifestação de uma energia, o amor, pelo qual os seres se alimentam uns aos outros.
Então, deveremos entender que os Espíritos, na Codificação, ao falar de "amor e simpatia", estavam falando de uma energia sexual da alma? Uma espécie de "libido"? Mas, permanece a questão, o que e o sexo? Como ele se diferencia, quando a alma encarna?
Creio que este é o melhor caminho para podermos, a partir de princípios solidamente estabelecidos, discutirmos, não só o homossexualismo, mas todas as formas de manifestação da sexualidade.
Inclusive a mais grave: a pratica sexual de forma geral. Porque, senão, estaremos a dividir o mundo entre os certos (os heterossexuais) e os errados (os homossexuais).
E será que nós, os heterossexuais estamos corretos pelo simples fato de o sermos? E não falamos apenas de perversões ou sexolatria, mas sim da "normalidade" da pratica sexual.
O que é o "normal", neste lado? Existirá um "check list" de atos, atitudes, palavras e pensamentos que podem, ou não, serem realizados durante o ato sexual?
O ato sexual entre parceiros sem compromisso matrimonial é certo ou não? Isto sem referencia ao adultério, que eticamente e incorreto. Voltamos a frisar que nos referimos a sexualidade hetero.
Ora, com tantas coisas a resolvermos, que dizem respeito a nossa vivencia sexual, esperamos que os que vivem a "ditar catedra" quanto a homossexualidade, já tenham resolvido estas "simples" questões em suas vidas.
De minha parte, posso dizer que ainda estou meditando sobre elas, e buscando respostas, mesmo aos 57 anos de idade, uma viuvez e dois casamentos, isto sem enfrentar a angustiante problemática da homossexualidade.
Por :"Djalma Argollo"
(Retirado do Boletim GEAE Número 272 de 23 de dezembro de 1997)

"O QUE É SEXO?"

Muito se tem escrito e discutido, nos últimos tempos, no movimento espírita a questão homossexual. Mas, a discussão me parece fora do seu problema real. Numa boa aplicação do pensamento lógico, antes de se abordar a parte, deve-se conseguir uma clara visão do todo.
Está a se debater o homossexualismo, sem haver sido deslindada a problemática sexual. Cabe "incorporarmos" o método socrático, e sairmos pela imensa "Agora" que e a Web, inquirindo, principalmente dos espíritas que pretendem saber do assunto: "O que e o sexo?"
Foi dessa forma que Sócrates desmascarou a pretensa "sabedoria" de muitos dos seus contemporâneos.
Estudando a Codificação e as obras espíritas, psicografadas ou não, a que tivemos acesso, e pensamos adequadas, não conseguimos, ate o momento, fazer uma idéia clara do que, em ultima analise, seja "sexo".
No Livro dos Espíritos, a única abordagem direta sobre o assunto, e a seguinte: "Les Esprits ont-ils des sexes? 'Non point comme vous l'entendez, car les sexes dependent de l'organisation. Il y a entre eux amour et sympathie, mais fondes sur la similitude des sentiments'" ("Os Espíritos tem sexos? 'Não como vos o entendeis, porque os sexos dependem da organização. Existe entre eles amor e simpatia, porem fundados sobre a similitude dos sentimentos'") (questão 200 - nos ativemos o mais perto possível, na tradução, do original).
Em francês, o termo "organisation" ao tempo de Kardec, tinha os mesmo significados que em português e, também, de "organismo", sendo que, hoje em dia, neste sentido, e empregado, como em nossa língua, com um complemento aclamatório: "organização física, corporal, orgânica" etc.).
Segundo a resposta, os Espíritos estão destituídos de sexo, no sentido biológico, isto e, não possuem aparelho reprodutor, logo, também não tem hormônios sexuais em sua estrutura. E, é claro que não poderiam tê-los, pois não se reproduzem. Ainda, segundo a resposta, eles se vinculam por "sentimento", por afinidade eletiva.
Fica, contudo, uma pergunta, sendo que o corpo e estruturado e mantido pela organização perispiritual, de onde vem o impulso que fixa, durante a embriogenese, a definição sexual? Mas, busquemos respostas efetivas, e não "petitio principii", ou floreios verbais muito bonitos, mas sem significação concreta, tais como: "almas passivas e almas ativas", pois ainda cabe perguntar, o que são almas passivas, e porque o são, assim como as ativas.
Como vemos, uma resposta desse tipo e adiar o problema, e não solucioná-lo. Freud concebeu o sexo, em ultima analise, como uma forma de energia, a libido.
Os teosofistas e hinduístas também se referem a uma energia sexual, própria da alma que, a semelhança da libido, pode ser "sublimada", ou seja, transferida para outro tipo de atividade do individuo. André Luiz descreve o sexo como uma manifestação de uma energia, o amor, pelo qual os seres se alimentam uns aos outros.
Então, deveremos entender que os Espíritos, na Codificação, ao falar de "amor e simpatia", estavam falando de uma energia sexual da alma? Uma espécie de "libido"? Mas, permanece a questão, o que e o sexo? Como ele se diferencia, quando a alma encarna?
Creio que este é o melhor caminho para podermos, a partir de princípios solidamente estabelecidos, discutirmos, não só o homossexualismo, mas todas as formas de manifestação da sexualidade.
Inclusive a mais grave: a pratica sexual de forma geral. Porque, senão, estaremos a dividir o mundo entre os certos (os heterossexuais) e os errados (os homossexuais).
E será que nós, os heterossexuais estamos corretos pelo simples fato de o sermos? E não falamos apenas de perversões ou sexolatria, mas sim da "normalidade" da pratica sexual.
O que é o "normal", neste lado? Existirá um "check list" de atos, atitudes, palavras e pensamentos que podem, ou não, serem realizados durante o ato sexual?
O ato sexual entre parceiros sem compromisso matrimonial é certo ou não? Isto sem referencia ao adultério, que eticamente e incorreto. Voltamos a frisar que nos referimos a sexualidade hetero.
Ora, com tantas coisas a resolvermos, que dizem respeito a nossa vivencia sexual, esperamos que os que vivem a "ditar catedra" quanto a homossexualidade, já tenham resolvido estas "simples" questões em suas vidas.
De minha parte, posso dizer que ainda estou meditando sobre elas, e buscando respostas, mesmo aos 57 anos de idade, uma viuvez e dois casamentos, isto sem enfrentar a angustiante problemática da homossexualidade.
Por :"Djalma Argollo"
(Retirado do Boletim GEAE Número 272 de 23 de dezembro de 1997)

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

"QUEM É DEUS"?

Se partimos do principio de só acreditar nas coisas que vemos, seria difícil acreditar na existência de Deus pois não podemos vê-lo. Mas se partimos do principio de que não há efeito sem causa, fica mais fácil. Se não podemos ver Deus podemos ver a sua obra; e se do nada, nada se cria, toda obra tem que ter um autor. Daí concluímos que Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.
Para acreditar em Deus basta lançarmos nossos olhos sobre à sua criação O universo existe, portanto ele tem uma causa. Duvidar da existência de Deus seria negar que todo efeito tem uma causa e admitir que o nada pode fazer alguma coisa.
A Biblia diz que Deus fez o homem a sua imagem e semelhança. Deduziram-se então que DEUS  tinha forma humana. Logo deram forma a ele: Um senhor barbudo, sentado num trono, dando ordens aos seus súditos. Ridículo, não? Como se fosse possível dar forma a algo que não podemos ver.
Na bíblia está escrito: "Não farás para ti escultura, nem imagem alguma daquilo que existe no alto, no céu, ou aqui em baixo, na terra, ou daquilo que existe debaixo da terra, nas águas. Não te prostrarás diante delas, nem as servirás." — Êxo. 20:4-6.
Dar forma a Deus seria como dar forma ao vento que sopra nosso rosto, ao ar que respiramos. Impossível né!!!
Podemos comparar Deus como um fluido universal; invisível aos nossos olhos mas que está em todos os lugares ao mesmo tempo.
Em cada átomo existente no universo, por menor que seja, Deus esta presente.
Deus é eterno. Se ele tivesse tido um começo teria saído do nada ou teria sido criado por um ser anterior. É imutável. Pois se estivesse sujeito a mudanças as leis que regem o universo não teriam nenhuma estabilidade.
É imaterial. Ou seja. Sua natureza difere de tudo o que chamamos matéria. De outro modo não seria imutável porque estaria sujeito as transformações da matéria.
É único. Pois se houvesse vários Deuses não haveria unidade de desígnios nem unidade
de poder na ordenação do universo.
É todo poderoso porque é único. Se não tivesse o soberano poder haveria alguma coisa mais ou tão poderosa quanto ele; não teria feito todas as coisas e as que não tivesse feito seria obra de um outro Deus.
É soberanamente justo e bom. A sabedoria providencial das Leis divinas se revela nas menores como nas maiores coisas, e essa sabedoria não permite duvidar de sua justiça e de sua bondade.
A imagem de um Deus vingativo, cruel que manda para o inferno todos aqueles que não concordam com ele foi criada por Moisés. E ele tinha suas razões. Moisés era líder de um povo naturalmente turbulento e indisciplinado no qual tinha que combater os abusos e os preconceitos enraizados adquirido durante o período de escravidão no Egito. Para dar autoridade as suas Leis, ele atribuiu-lhes origem divina, assim como o fizeram todos os legisladores dos povos primitivos. A autoridade do homem precisava se apoiar sobre a autoridade de Deus. Mas apenas a idéia de um Deus terrível poderia impressionar homens ignorantes nos quais o sentido moral e o sentimento de uma delicada justiça ainda estavam pouco desenvolvidos.
A Lei de Moisés é composta por duas partes distintas: A Lei de Deus recebida no Monte Sinai; que foi o primeiro livro psicografado na historia da humanidade, e a Lei civil ou disciplinar, estabelecida pelo próprio Moisés. A Lei de Deus é inalterável; a Lei de Moisés, apropriada aos costume e ao caráter de cada povo. Pode ser modificada com o tempo.
Jesus não veio destruir a Lei de Moises, mas modificou-a profundamente . Tanto no conteúdo quanto na forma. Combateu constantemente os abusos das praticas exteriores e as falsas interpretações, e não lhes podia ter dado uma reforma mais radical do que reduzindo-as a estas palavras:” Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. E acrescentou: Está aí toda a Lei e os profetas.
Deus não um Juiz é um legislador. O Juiz condena o legislador faz as leis. Quando alguém comete um atentado contra a vida humana é levado a júri popular. Quem o julga é o conselho de sentença. Quem o condena é o Juiz. Mas condena baseado em que? Baseado num código de leis feitas por um legislador. Assim é Deus. Sua leis são imutáveis por toda eternidade, e quem infringir uma virgula destas leis sofrerá as conseqüências por esta desobediência.
Jesus disse: “Não farás aos outros o que não queres que te faças. Pois toda ação provoca uma reação. Impossível plantarmos joio e colhermos trigo...odiarmos alguém e sermos amados...
Deus não tem culpa dos nossos sofrimentos. Sofrimentos que as vezes não encontramos explicação nesta existência. Talvez a explicação esteja em vidas passadas.
Deus nos fez livres. Deu-nos o livre arbítrio. Podemos seguir o caminho que quisermos. Mas as vezes tomamos o caminho errado e quando percebemos já é tarde; só nos resta pagar o preço da nossa ignorância, da nossa teimosia.
Mas Deus que não é vingativo, que não condena ninguém; está sempre nos esperando de braços abertos. Sabe que nos criou, não para sermos eternamente maus, mas para sermos santos. Pode demorar muito tempo. Centenas de anos talvez. Pode custar-nos muitas existências...muitos sofrimentos; mais um dia compreenderemos o que ele quer de nós; compreenderemos o significado da sua criação. E neste dia, como o filho pródigo, arrependido, voltaremos a casa do Pai; que estará de portas abertas nos esperando e com certeza fará uma grande festa para nos receber.
Fonte: Evangelho segundo o Espiritismo e O Livro dos Epiritos. Allan Kardec

"QUEM É DEUS"?

Se partimos do principio de só acreditar nas coisas que vemos, seria difícil acreditar na existência de Deus pois não podemos vê-lo. Mas se partimos do principio de que não há efeito sem causa, fica mais fácil. Se não podemos ver Deus podemos ver a sua obra; e se do nada, nada se cria, toda obra tem que ter um autor. Daí concluímos que Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.
Para acreditar em Deus basta lançarmos nossos olhos sobre à sua criação O universo existe, portanto ele tem uma causa. Duvidar da existência de Deus seria negar que todo efeito tem uma causa e admitir que o nada pode fazer alguma coisa.
A Biblia diz que Deus fez o homem a sua imagem e semelhança. Deduziram-se então que DEUS  tinha forma humana. Logo deram forma a ele: Um senhor barbudo, sentado num trono, dando ordens aos seus súditos. Ridículo, não? Como se fosse possível dar forma a algo que não podemos ver.
Na bíblia está escrito: "Não farás para ti escultura, nem imagem alguma daquilo que existe no alto, no céu, ou aqui em baixo, na terra, ou daquilo que existe debaixo da terra, nas águas. Não te prostrarás diante delas, nem as servirás." — Êxo. 20:4-6.
Dar forma a Deus seria como dar forma ao vento que sopra nosso rosto, ao ar que respiramos. Impossível né!!!
Podemos comparar Deus como um fluido universal; invisível aos nossos olhos mas que está em todos os lugares ao mesmo tempo.
Em cada átomo existente no universo, por menor que seja, Deus esta presente.
Deus é eterno. Se ele tivesse tido um começo teria saído do nada ou teria sido criado por um ser anterior. É imutável. Pois se estivesse sujeito a mudanças as leis que regem o universo não teriam nenhuma estabilidade.
É imaterial. Ou seja. Sua natureza difere de tudo o que chamamos matéria. De outro modo não seria imutável porque estaria sujeito as transformações da matéria.
É único. Pois se houvesse vários Deuses não haveria unidade de desígnios nem unidade
de poder na ordenação do universo.
É todo poderoso porque é único. Se não tivesse o soberano poder haveria alguma coisa mais ou tão poderosa quanto ele; não teria feito todas as coisas e as que não tivesse feito seria obra de um outro Deus.
É soberanamente justo e bom. A sabedoria providencial das Leis divinas se revela nas menores como nas maiores coisas, e essa sabedoria não permite duvidar de sua justiça e de sua bondade.
A imagem de um Deus vingativo, cruel que manda para o inferno todos aqueles que não concordam com ele foi criada por Moisés. E ele tinha suas razões. Moisés era líder de um povo naturalmente turbulento e indisciplinado no qual tinha que combater os abusos e os preconceitos enraizados adquirido durante o período de escravidão no Egito. Para dar autoridade as suas Leis, ele atribuiu-lhes origem divina, assim como o fizeram todos os legisladores dos povos primitivos. A autoridade do homem precisava se apoiar sobre a autoridade de Deus. Mas apenas a idéia de um Deus terrível poderia impressionar homens ignorantes nos quais o sentido moral e o sentimento de uma delicada justiça ainda estavam pouco desenvolvidos.
A Lei de Moisés é composta por duas partes distintas: A Lei de Deus recebida no Monte Sinai; que foi o primeiro livro psicografado na historia da humanidade, e a Lei civil ou disciplinar, estabelecida pelo próprio Moisés. A Lei de Deus é inalterável; a Lei de Moisés, apropriada aos costume e ao caráter de cada povo. Pode ser modificada com o tempo.
Jesus não veio destruir a Lei de Moises, mas modificou-a profundamente . Tanto no conteúdo quanto na forma. Combateu constantemente os abusos das praticas exteriores e as falsas interpretações, e não lhes podia ter dado uma reforma mais radical do que reduzindo-as a estas palavras:” Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. E acrescentou: Está aí toda a Lei e os profetas.
Deus não um Juiz é um legislador. O Juiz condena o legislador faz as leis. Quando alguém comete um atentado contra a vida humana é levado a júri popular. Quem o julga é o conselho de sentença. Quem o condena é o Juiz. Mas condena baseado em que? Baseado num código de leis feitas por um legislador. Assim é Deus. Sua leis são imutáveis por toda eternidade, e quem infringir uma virgula destas leis sofrerá as conseqüências por esta desobediência.
Jesus disse: “Não farás aos outros o que não queres que te faças. Pois toda ação provoca uma reação. Impossível plantarmos joio e colhermos trigo...odiarmos alguém e sermos amados...
Deus não tem culpa dos nossos sofrimentos. Sofrimentos que as vezes não encontramos explicação nesta existência. Talvez a explicação esteja em vidas passadas.
Deus nos fez livres. Deu-nos o livre arbítrio. Podemos seguir o caminho que quisermos. Mas as vezes tomamos o caminho errado e quando percebemos já é tarde; só nos resta pagar o preço da nossa ignorância, da nossa teimosia.
Mas Deus que não é vingativo, que não condena ninguém; está sempre nos esperando de braços abertos. Sabe que nos criou, não para sermos eternamente maus, mas para sermos santos. Pode demorar muito tempo. Centenas de anos talvez. Pode custar-nos muitas existências...muitos sofrimentos; mais um dia compreenderemos o que ele quer de nós; compreenderemos o significado da sua criação. E neste dia, como o filho pródigo, arrependido, voltaremos a casa do Pai; que estará de portas abertas nos esperando e com certeza fará uma grande festa para nos receber.
Fonte: Evangelho segundo o Espiritismo e O Livro dos Epiritos. Allan Kardec

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...