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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

"JESUS..OBSIDIADOS E OBSESSORES"

Estava em Sinagoga, em Jerusalém, um homem possuído por um Espírito atrasado que bradou, em voz alta, à vista de Jesus:
— Ora, que importa a nós e a ti, Jesus de Nazaré, o que este sofre? Vieste a perder-nos? Eu sei que és o enviado de Deus.
Jesus repreendeu-o, dizendo:
— Cala-te e sai dele.
E tendo-o lançado por terra no meio de todos, o desencarnado saiu dele sem tê-lo magoado. Todos ficaram admirados, e perguntaram uns aos outros:
— Que palavra é essa, pois com autoridade e poder ordena aos Espíritos atrasados e eles saem?
E por todos os lugares da circunvizinhança divulga-se sua fama. (Lucas, 4:31-37 - tradução direta do original grego).
Como lhe era de hábito, nos sábados, Jesus visitava a Sinagoga. Não esclarecem os textos se os discípulos o acompanhavam; entretanto, a tradição afirma que ele se fazia acompanhar de alguns de seus seguidores mais chegados, a exemplo de Pedro, André, Tiago e João. Na Sinagoga era costume convidarem-se os visitantes e assistentes a falar, o que muito contribuiu para que o Mestre, vez que outra, usasse da palavra, pregando, àquela gente envolvida pela ortodoxia escriturística, a BOA NOVA, plena de conceitos e valores realmente revolucionários.
O evangelista Marcos destaca a admiração dos circunstantes pela autoridade com que Jesus se expressava, não exatamente como os escribas (os intelectuais da época), que, de ordinário, levavam, ao cenáculo da Sinagoga, seus comentários devidamente decorados. Os frequentadores do Templo estavam, pois, acostumados a ouvir as arengas dos escribas, recheadas de sentenças adredemente elaboradas, distanciadas, pois, de qualquer senso crítico. A palavra de Jesus diferia, em tudo, dessa postura. Ela era toda feita de interpretações vivas e palpitantes, elaboradas à luz da maravilhosa análise dos caracteres humanos. Jesus, na realidade, desceu aos labirintos da alma e de lá exumou as suas mazelas, os seus traumas, os seus mais recônditos sentimentos, e, debruçado sobre eles, elaborou o mais notável Código de Ética jamais concebido.
Jesus defrontou-se com o obsessor no Templo, apenas lhe impõe silêncio e o desliga do obsidiado, pondo em prática a mais estranha e fantástica técnica de desobsessão jamais, em tempos posteriores, igualada. O ato de desligamento provoca violenta agitação, e a perspectiva da separação (já se estabelecera, provavelmente, uma estranha simbiose entre subjugado e subjugador), causa, no subjugado, forte reação, e ele grita!
O que aconteceu na Sinagoga, ante os olhares espantados dos seus frequentadores, que, na verdade, não estavam entendendo nada, ocorre, guardadas as devidas proporções, nos recessos das casas espíritas que promovem sessões de desobsessão em que obsidiado e obsessor têm a oportunidade salutar e regeneradora de se enfrentarem, sob a égide de Espíritos superiores que se seguem, conquanto palidamente, a metodologia desobsessional do Mestre de Nazaré.
Lucas afirma que o subjugado foi lançado por terra, como se lhe faltasse o chão. Aliás, essa reação é natural em semelhante processo de desobsessão, aos moldes, por exemplo, de alguns casos relatados por Allan Kardec, na Revue Spirite.
É evidente que a fama de Jesus se espalhou por todos os recantos da Judéia. diziam, as boas e as más línguas, que Jesus de Nazaré era senhor de forças notáveis, acima do comum dos homens. O resultado dessa fama inesperada é que muita gente passa a procurar o Mestre, levando seus enfermos e obsidiados à sua presença. Ele atendia a todos, indistintamente, com o mesmo empenho e benevolência.

O obsidiado de Gerasa

Mateus (8:28-35), Marcos (5:1-20) e Lucas (8:26-39) referem-se ao famoso episódio de Gerasa, em que Jesus topou com uma legião de Espíritos inferiores que subjugavam um pobre coitado da região.
A iniciativa de ação pertence ao subjugado, que Mateus afirma terem sido dois:
Tendo ele - Jesus - chegado à outra margem, à terra dos gerasenos, vieram-lhe ao encontro dois obsidiados em extremo, furiosos.
É provável que tenham sido dois, embora um deles fosse o célebre louco violento e o outro apenas uma espécie de comparsa, que não chegou a chamar a atenção dos demais evangelistas.
Marcos apresenta maiores dados do episódio que ouvira dos lábios de Pedro, testemunha ocular:
— Quando Jesus desembarcou, veio logo ao seu encontro, dos túmulos, um homem obsidiado por Espírito não purificado o qual morava nas sepulturas e nem mesmo com cadeias podiam alguém segurá-lo.
Ao vê-lo vir a si, Jesus ordena, energicamente, que abandone a sua presa, chamando-o Espírito não-purificado (pneuma akátharton), ou seja inferior. O obsessor vocifera, blasfema, irrita-se! Jesus pergunta-lhe o nome, ao que o Espírito responde legião, o que é o mesmo que falange. Não quer dizer, porém, segundo pretendem alguns comentaristas, que se tratava, efetivamente, de 300 Espíritos (número de que se compunha uma legião de soldados romanos), mas apenas, como explica o obsessor incorporado, porque somos muitos.
Ainda segundo Marcos, o obsessor pede que não seja mandada a falange para fora do território: e, segundo Lucas, que não a mande para o abismo!

Por que Jesus não doutrinava os obsessores?

Jesus, realmente, não se preocupou em doutrinar essa falange ou legião de obsessores, como, aliás, nenhum outro Espírito mau que foi por Ele afastado. Ou as entidades espirituais superiores se encarregavam disso, ou esses obsessores eram ainda tão involuídos que não adiantava doutrinação e se devia aguardar um pouco mais de evolução para que pudessem compreender a necessidade de corrigir-se.
Os obsessores de Gerasa estavam justamente nessa situação, e não poderiam entender qualquer tipo de providência desobsessional, senão aquela posta em prática pelo Mestre de Nazaré.
Após o acontecimento, os moradores de Gerasa correram até o local do histórico episódio e viram, sentado aos pés de Jesus, o ex-obsidiado, risonho, feliz, em seu juízo perfeito, ele que, antes, tanto pânico vivia a causar na região e que por todos era bem conhecido.
No momento em que Jesus se prepara para partir daquele lugar, o ex-obsidiado solicita-lhe lugar entre os discípulos. Sem dar os motivos, o Mestre recusa mantê-lo a seu lado, mas nem por isso deixa de lhe confiar tarefa de significativa responsabilidade: a pregação, sobretudo pelo exemplo! Humildemente, o ex-obsidiado aceita a tarefa. Sabe-se, mais tarde, que ele passou a percorrer a região da Decápole falando dos maravilhosos poderes de Jesus.
Carlos Bernardo Loureiro
(Jornal Verdade e Luz Nº 193 Fevereiro de 2002)

domingo, 18 de novembro de 2012

"A ALMA TAMBÉM"


Casas de saúde espalham-se em todas as direções com o objetivo de sanar as moléstias do corpo e não faltam enfermos que lhes ocupem as dependências.
Entretanto, as doenças da alma, não menos complexas, escapam aos exames habituais de laboratório e, por isso, ficam em nós, requisitando a medicação, aplicável apenas por nós mesmos. 
Estimamos a imunização na patologia do corpo. 
Será ela menos importante nos achaques do Espírito? 
Surpreendemos determinada verruga e recorremos, de imediato, à cirurgia plástica, frustrando calamidades orgânicas de extensão imprevisível. 
Reconhecendo uma tendência menos feliz em nós próprios é preciso ponderar igualmente que o capricho de hoje não extirpado será hábito vicioso amanhã e talvez criminalidade em futuro breve. 
Esmeramo-nos por livrar-nos da neurastenia capaz de esgotar-nos as forças. 
Tratemos também de nossa afeição temperamental para que a impulsividade não nos induza à ira fulminatória. 
Tonificamos o coração, corrigindo a pressão arterial ou ampliando os recursos das coronárias a fim de melhorar o padrão de longevidade. Apuremos, de igual modo, o sentimento para que emoções desregradas não nos precipitem nos desvãos passionais em que se aniquilam tantas vidas preciosas. 
Requintamo-nos, como é justo, em assistência dentária na proteção indispensável. 
Empenhemo-nos de semelhante maneira, na triagem do verbo para que a nossa palavra não se faça azorrague de sombra.
 Defendemos o aparelho ocular contra a catarata e o glaucoma. Purifiquemos igualmente o modo de ver. Preservamos o engenho auditivo contra a surdez. 
No mesmo passo, eduquemos o ouvido para que aprendamos a escutar ajudando. 
A Doutrina Espírita é instituto de redenção do ser para a vida triunfante. A morte não existe. 
Somos criaturas eternas. Se o corpo, em verdade, não prescinde de remédio, a alma também.

André Luiz





sábado, 17 de novembro de 2012

"REENCARNAR PRA QUÊ???


Assim como as pessoas têm muito medo de morrer porque não sabem o que irão encontrar na outra dimensão, os espíritos que estão vivendo no astral têm medo de reencarnar.
Esquecer o passado e mergulhar no mar encalpelado do mundo, enfrentar seus próprios limites e os desafios de seu crescimento é assustador. Controlar as emoções, ordenar a mente, experimentar as próprias idéias e enfrentar os resultados requer coragem, persistência. Ficar entregue ao próprio discernimento, tomar decisões, ser responsável pelo próprio destino atemoriza.
Para o espírito, reencarnar é como vestir um escafandro e mergulhar nas profundezas do oceano. O corpo de carne tem um metabolismo lento, muito diferente da vida astral, onde tudo é mais dinâmico e rápido. Lá, a força do pensamento materializa rapidamente os objetivos, de acordo com a capacidade de cada um, criando e movimentando os elementos.
Aqui, na Terra, nossos projetos levam muito mais tempo para se tornar realidade. Para construirmos um edifício levamos muitos meses, enquanto lá eles o fazem em algumas horas..
- Como?! Há prédios no astral? – alguns vão perguntar.
Há prédios, ruas , cidades, tudo. O que chamamos de astral são os mundos das outras dimensões do universo.
Cada um deles gravita em determinada faixa de ondas, possui um magnetismo próprio e, para os que vivem lá, tudo é tão sólido quanto para nós é nosso mundo.
Não os podemos ver porque nossos olhos enxergam apenas em limitada faixa de percepção, o que não os impede de continuar existindo. A limitação é nossa. Os micróbios existem, mas só os podemos ver se tivermos um microscópio.
- Se eles têm medo, porque reencarnam?
Para reeducar o emocional. No astral as emoções são muito mais fortes e profundas. A tristeza, o remorso, o arrependimento, a frustração, a mágoa tornam-se insuportáveis e chega um momento em que, cansado de suporta-las, o espírito aceita nascer na Terra. Para ele, o esquecimento será uma bênção. O magnetismo lento permitirá que ele medite mais, experimente, reflita, conheça-se melhor e amadureça.
Reencarnar na Terra é começar de novo. Todas as lembranças do passado são guardadas no inconsciente temporariamente e, embora possam influenciar intuitivamente o espírito reencarnado, ele estará em sintonia com o cérebro do novo corpo, que como um filme virgem vai registrar as novas experiências. Não é genial?
A vida, mágica e divina, vai tecer os acontecimentos, juntar pessoas, de acordo com as necessidades daquele espírito, e criar estímulos a que ele se torne mais consciente, liberte-se dos antigos padrões de crença que o levaram ao sofrimento. Se ele aproveitar, voltará ao astral mais lúcido e feliz.
A vida é um eterno agora, e nós continuaremos sendo o que fizermos de nós, seja onde for que passemos a viver. Enfrentar nossas dificuldades desde já, fazer nosso melhor, é construir nossa paz.
Zíbia Gasparetto

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

"A VIDA E SEU SENTIDO"


Segundo a Organização Mundial de Saúde, a saúde não é a ausência de doença, mas uma condição de pleno bem estar físico, mental social e espiritual, no qual se tem acesso ao uso de todas as potencialidades, mantendo-se aberto ao crescimento e a evolução.
Neste estado podemos sentir em todos os momentos alegria de estar interagindo com os outros e o prazer de viver, sentimentos de plenitude e consciência de harmonia com o universo que nos circunda, e quando falamos em universo, não expressamos somente o universo planetário, distante de nós, mas as mais singelas expressões naturais que estão definitivamente vivas ao nosso redor, participando ativamente de nosso habitat e interagindo conosco, recebendo as nossas vibrações e transmitindo suas energias, a todo o instante.
O sentido da vida esta efetivamente em buscarmos viver não em excessos mais em equilíbrio, fazendo o que queremos, pois que somos livres para agir, mas medindo o poder de nossas ações e estudando cautelosamente as conseqüências das mesmas. Saber onde acaba nosso limite e começa o do outro, é um dos principais recursos para se viver em sociedade e em harmonia, ainda que exista conflitos a serem vencidos e vivenciados.
As emoções e sentimentos, especialmente quando não encontram meios de expressão, somatizam-se e manifestam-se de variadas maneiras, de acordo com a predisposição genética e comportamental e as fragilidades orgânicas de cada indivíduo. Somos sabedores que todos temos uma genética espiritual, da qual não podemos fugir, mas podemos sublimar as deficiências aí existentes, então nessa genética espiritual estão contidas nossas principais deficiências que viemos angariando com o passar dos tempos, e que hoje muitas dessas deficiências estão em estado de latência, e outras virão compulsoriamente no sentido de nos reeducar. As que estão no estado de latência, poderão ou não se manifestar ao longo dessa atual etapa existencial, dependendo de nosso modus vivendi, de hoje. Vamos exemplificar, eu posso ter pré-disposição a uma enfermidade cancerígena e dependendo de minha conduta, manifestá-la ou não, se abusar de cigarros ou outras substancias que eminentemente ativam essa deficiência, eu de fato terei. Mas se vivo, buscando a saúde e não me favoreço com tais substancia, é possível que eu não desenvolva tal enfermidade.
Cada vez mais avoluma-se o número de pesquisas que nos mostram a relação que existe entre a saúde, emoções e atitude mental. Existem pensamentos, sentimentos e atitudes que predispõem à saúde e outras que predispõem à doença.
O que nos leva a perguntar: Estamos vivendo o que é próprio para viver no hoje? – Estamos vivendo agora da melhor maneira que podemos viver? – O nosso corpo está saudável? – Estamos nos sentindo bem, mas de fato estamos bem? – Agradecemos cotidianamente o nosso corpo? – Oramos durante o dia? – Entramos em sintonia com o Senhor da Vida? - Quando chegamos diante do espelho, nos achamos belos? – Somos importantes para nós mesmos? – Fazemos o melhor possível, sempre que produzimos algo?.
A nossa essência não é o corpo, a mascara. A nossa essência é o ser, o espírito, que essencializa todas as coisas.
Quando se tornar mais patente a compreensão desta verdade em nossas vidas, e nossas mentes estiverem conscientes, a ponto de se tornarem transparentes, a luz interna do nosso ser já não estará mais escondida, oculta, esquecida, ela irá espelhar o que de fato somos e nossos potenciais adormecidos.
Fazer a nossa parte na vida, respeitando os outros, é muito importante. Por vezes, fazemos pouco, mas já é um começo, e aí, mesmo sendo pequeno nosso contributo, precisamos acreditar que ele também é importante. DESISTIR NUNCA!
Aluney Elferr Albuquerque Silva


𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...