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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

"O ESPIRITISMO E AS CIVILIZAÇÕES EXTRATERRESTRES"

Desde as mais recuadas épocas o Universo tem nos acenado com a possibilidade, cada vez mais admissível, de existência de vida fora do planeta Terra. E, ao elevarmos a fronte em direção ao firmamento, uma profunda intuição nos dá a certeza de que Deus não ergueria bilhões de corpos celestes apenas para nossa contemplação. Sob o ponto de vista estatístico, no mínimo, seria uma grave incoerência nos arrogarmos os únicos moradores deste Cosmo Infinito. Fato é que, astros como a Terra, pululam aos milhões na Via Láctea, que, por sua vez, é apenas uma dentre as mais de 400 bilhões de outras galáxias. Ademais, de 1995, até os dias atuais, foram descobertos mais de 140 (cento e quarenta) planetas situados além do sistema  solar .Prestamo-nos, portanto, no presente estudo, a demonstrar, por todas as comunicações mediúnicas até hoje recebidas, a total consonância dos ensinamentos dos Espíritos, que compõem a Doutrina Espírita, com as investigações ufológicas, que, através dos tempos, nos têm dado provas substanciais acerca da existência de vida extraterrena. Costumamos afirmar que o Espiritismo é o Cristianismo Redivivo, pois, como tal, nos vêm apresentar, com amplitude de entendimento, os ensinamentos de ordem filosófica, com profundas implicações científicas, repletas de religiosidade cósmica, oferecidos pelo Cristo. E foi assim que, na França, a partir de 18 de abril 1857, data do lançamento de “O Livro dos Espíritos”, primeira obra basilar do Espiritismo, passamos a ter o respaldo das Inteligências Celestiais, que vinham para atestar a Pluralidade dos Mundos Habitados, revivendo, na verdade, o próprio Jesus, quando assim sentenciou:
“Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo  teria dito. Vou preparar-vos lugar.” (João 14 : 2).
DE CAPELA PARA O PLANETA TERRA REENCARNAÇÃO DOS EXTRATERRESTRES.
Uma dessas maravilhosas moradas merece especial atenção, justamente por ter marcado sensivelmente toda a história do planeta Terra. Referimo-nos a um daqueles maravilhosos planetas, submetido à orbita deu ma espetacular estrela, distante da Terra cerca de 42 anos-luz, situada na Constelação de Cocheiro que, entre nós, foi batizada pelo nome de Cabra ou Capela. Aquele orbe passava por grandes transformações, sobretudo morais, que o credenciavam a uma ascensão na escala evolutiva dos mundos . Havia, contudo, naquele planeta, como hoje na Terra, alguns milhões de Espíritos rebeldes que obstaculavam a consolidação do progresso que não mais se poderia adiar. Conta-nos o Espírito Emmanuel, através da obra “A Caminho da Luz”, sob psicografia de Francisco Cândido Xavier, que as grandes comunidades diretoras do Cosmo deliberaram, então, por localizar aqueles espíritos pertinentes no mal aqui na Terra, que à época do expurgo, encontrava-se numa posição bastante primitiva, razão pela qual passariam a animar os corpos dos homens primatas. Entretanto, ressalte-se que, muito embora decaídos moralmente, aquela falange de exilados manteve em seu inconsciente todos os progressos intelectuais individualmente conquistados no planeta de origem, que foram desabrochando lentamente à medida em que reencarnavam sucessivamente, o que se tornou possível pela gradual evolução dos corpos físicos, efetivada através dos tempos .
Esse despertar intelectual resultou na formação das chamadas raças adâmicas, troncos das principais civilizações antigas, tais quais: Egito, Índia, China e Israel, cuja origem é, por conseguinte, indubitavelmente extraterrestre Certamente chegaremos a tal conclusão ao analisarmos, por exemplo, as maravilhosas contribuições deixadas pela civilização egípcia, nos mais variados campos do conhecimento humano. Até hoje, a propósito, temos tentado, de posse de nossa “avançada” tecnologia, desvendar o mistério que ainda cerca a construção das grandes pirâmides, que, sem dúvida alguma, foi resultado da aplicação da mais pura “tecnologia extraterrestre”.
Assim nos falou “Emmanuel” a respeito do Antigo Egito:
“Foi por esse motivo que, representando uma das mais belas e adiantadas civilizações de todos os tempos, as expressões do antigo Egito desapareceram para sempre do plano tangível do planeta.
Depois de perpetuarem nas Pirâmides os seus avançados conhecimentos, todos os Espíritos daquela região africana regressaram à pátria sideral.
Significa dizer que os extraterrestres egípcios, após terem cumprido com sabedoria sua trajetória expiatória na Terra, fizeram por merecer retornar ao seu maravilhoso planeta de origem. Prova disso é que o Egito de hoje é, sob todos os aspectos, um pálido reflexo do que representou outrora para toda a humanidade. Mas a realidade é que espíritos de outros planetas, ainda hoje, têm reencarnado na Terra.
Na questão 172, de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec assim indagava:
As nossas diversas existências corporais se verificam todas na Terra?
Ao que responderam os Espíritos:
“Não;
Vivemo-las em diferentes mundos.
“As que aqui passamos não são as primeiras, nem as últimas; são, porém, das mais materiais e das mais distantes da perfeição.”
Estabelecida está, portanto, a indubitável existência de “Vida extraterrestre,” além da franca possibilidade de reencarnações de espíritos de diversos mundos em nosso planeta, sem que nos apercebamos dessa realidade; reencarnações essas, das mais materiais, conforme acima se observa. Isso se justifica pela análise da nota de Kardec ligada à questão 188 daquela mesma obra basilar, que assim nos esclarece:
“De acordo com o ensinamento dos Espíritos, de todos os globos que compõem o nosso sistema planetário, a Terra é onde os habitantes são menos avançados, tanto física como moralmente).”
Basta atentarmos para os acontecimentos diários para, de fato, atestarmos a realidade de que habitamos um mundo ainda muito primitivo; repleto de provas e expiações, como habitualmente rotulamos, no qual, ainda que transitoriamente, o mal predomina sobre o bem; onde o orgulho e o egoísmo, duas terríveis chagas da humanidade, nos impedem de alçar voos mais longos em direção a planetas que, certamente, não estão assim tão distantes de nós, pois fazem parte de nossa família solar, como por exemplo: Marte.
AS CONTRIBUIÇÕES DA CIÊNCIA
Alguém poderá questionar: Que populações são essas que habitam outros planetas, cuja existência, as mais variadas incursões Científicas  não foram capazes de atestar?  Poderão, certamente, citar as diversas sondas enviadas até o planeta Marte; desde a missão fracassada da “Marsnik 1,” enviada pela URSS em 1960, até a bem sucedida “Pathfinder”,fruto do investimento de milhões de dólares que, tendo pousado em solo marciano em 04/07/1997, liberou, dois dias após, o veículo teleguiado denominado “Sojourner.”
Durante meses diversas imagens nos foram transmitidas, entretanto, em momento algum foram encontrados quaisquer indícios de vida orgânica, como a temos na Terra. Por extensão de raciocínio, poderíamos dizer: Se nos é defeso, enquanto encarnados, visualizar aspectos da civilização marciana, mesmo de posse dos mais  modernos recursos da tecnologia astronômica, a que espécie de vida, afinal, se referiram os Espíritos Humberto de Campos e Maria João de Deus em suas revelações? Primeiramente devemos dizer que, em decorrência da alta tecnologia praticada em outros Planetas mais evoluídos que a Terra, é provável que os nossos aparatos tecnológicos visualizem tão somente aquilo que eles permitam, em virtude de nossa inferior condição moral. Mas pode ser também que os corpos e as edificações destes Planetas, tenham uma constituição bastante diferenciada da nossa. Recorramos à estão 181, de “O Livro dos Espíritos”  na qual o mestre de Lyosn indagava: Os seres que habitam os diferentes mundos têm corpos semelhantes aos nossos? A que os Espíritos respondem:  
Sem dúvida possuem corpo, porque é preciso que o Espírito esteja revestido de matéria para agir sobre a matéria. Porém, esse corpo é mais ou menos material, de acordo com o grau de pureza a que chegaram os Espíritos. E é isso que diferencia os mundos que devem percorrer; porque há muitas moradas na casa de nosso Pai e, portanto, muitos graus )”.
E mais adiante, à questão 186, Kardec questionaria:
“Há mundos em que o Espírito, deixando de habitar um corpo material, tem apenas como envoltório o perispírito?
Tendo obtido o seguinte esclarecimento:
-Sim, há. Nesses mundos até mesmo esse envoltório, o perispírito, torna-se tão etéreo que para vós é como se não existisse.
É o estado dos Espíritos puros.).
Percebemos, destarte, que os Espíritos que ora habitam esses mundo bastante evoluídos, ainda que não se encontrem num patamar evolutivo de absoluta pureza, certamente se fazem revestir de um corpo de matéria tão sutil que nossa visão não se encontra aparelhada para captar. Importante ressaltar que quanto mais evoluídos forem os habitantes, mais equilibrados, em todos os sentidos, serão os planetas que lhes servirão de morada e menos grosseiros os corpos de que se revestirão em suas encarnações. E foi por respeitar profundamente as investigações científicas a respeito do tema, que Kardec, certamente orientado pelos Espíritos Superiores, assim,estatuiu:
“Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará.”
(Kardec, A Gênese, capítulo I,item 55).
INTERCÂMBIO COM EXTRATERRESTRES
Cremos, portanto, na existência, para nós comprovada, dos extraterrestres,pois que os consideramos espíritos eternos que habitam conosco o Universo, nos mais variados graus evolutivos. Bem sabemos que, na escala dos planetas, existem aqueles ainda inferiores à Terra, moral e intelectualmente. Outros, certamente, se encontram num patamar superior, em todos os sentidos, não porque sejam seres de exceção, criados puros ou melhores, mas, sim, porque souberam conquistar essa condição ao longo das sucessivas encarnações a que estamos todos sujeitos. Tornaram-se, portanto, inteligências atuantes, capazes de construir os mais avançados aparatos tecnológicos que lhes permite deslocar-se no espaço em velocidades até agora inimagináveis pelos terráqueos. Em vista disso, não há que se negar a possibilidade de contato com nossos irmãos de outros sistemas planetários, nos diversos graus catalogados pela Ufologia, com base em registros históricos fidedignos espalhados por todo o mundo.
DA COMUNICAÇÃO MEDIÚNICA COM EXTRATERRESTRES
Estando os habitantes de outros orbes submetidos às mesmas leis universais, que eles compreendem num grau mais elevado ainda, não podemos negar,também, a possibilidade de intercâmbio mediúnico desses conosco, guardadas as devidas possibilidades mediúnicas inerentes a cada ser e as dificuldades de se transformar, no inconsciente do médium, pensamentos em palavras que possam ser compreendidas por nós. Além, é claro, da utilidade e urgência da mensagem que se pretende transmitir. É importante ressaltar que as ondas mentais estão no domínio de todos os processos de comunicação mediúnica, e, portanto, pode se dar que o contato se desencadeie pela telepatia, em que um desencarnado transmite suas ideias que serão codificadas pelo médium, na medida de sua sensibilidade e aptidão. Por isso, nos afirma Kardec que somos todos médiuns em maior ou menor grau. Vivemos ,portanto, num oceano de mentalizações que não conhecem obstáculos. Imaginemos, outrossim, a questão da psicografia: Quando um espírito desencarnado, que tenha ou não vivenciado sua experiência reencarnatória na Terra, deseja se manifestar, ele o faz agindo, não sobre a mão do médium, como se estivesse a tomá-la, mas, sim, atuando na região psicomotora do cérebro, que, então, desencadeará o movimento da escrita. Poderá ocorrer, em tese, que a comunicação se dê pela psicofonia, quando o desencarnado fala através do médium, ou, poderá se dar, ainda, uma materialização plena ou parcial de um extraterrestre que tenha se despojado de seu corpo físico, como o entendemos na Terra, ainda, que esse tipo de manifestação seja raro nos dias atuais. Queremos por fim, ressaltar que não há qualquer impedimento para que se processe um contato mediúnico de fora do planeta para a comunidade terrestre, até porque, pela sutileza dos corpos de que são dotados alguns extraterrestres,não deverão estar necessariamente “desencarnados” para que se cumpra o intercâmbio a nível mediúnico.
A OPINIÃO DE CHICO XAVIER
Em 1971, Chico Xavier submeteu-se a uma entrevista no programa Pinga Fogo, da TV Tupi. Através da mediunidade auditiva, conforme declararia mais tarde, Chico foi totalmente assessorado por Emmanuel em suas respostas. E a pergunta que nos interessa lhe foi feita nos seguintes termos:

Será possível, ainda, em nossa civilização, o homem entrar em contato com civilizações de outros planetas?"
Ao que obteve a seguinte resposta:
"Se não entrarmos numa guerra de extermínio nos próximos 50 anos, então poderemos esperar realizações extraordinárias da ciência humana, partindo da Lua. (...)Portanto não podemos acusar nossos irmãos que estão se dirigindo à Lua para pesquisas que devem ser consideradas da máxima importância para o nosso progresso futuro, pois as despesas serão naturalmente compensadas com, talvez, a tranquilidade para uma sociedade mais pacífica na Terra, porque se não entrarmos num conflito de proporções imensas, é possível que o homem  construa na Lua cidades de vidro — cidades estufa — onde cientistas possam estabelecer pontos de apoio para observação da nossa galáxia. Tais cidades não são sonhos da ciência, e com muito sacrifício da humanidade poderão ser feitas, e com elas poderão obter azoto, oxigênio, usinas de alumínio e formações de vidro e matéria plástica na própria Lua, e a água será fornecida pelo próprio solo lunar. Teremos, quem sabe, a possibilidade de entrar em contato com outras comunidades da nossa galáxia, então vamos definitivamente encerrar o período bélico na evolução dos povos terrestres, pois vamos compreender que fazemos parte de uma grande família universal, pois não somos o único mundo criado por Deus. Portanto nós precisamos prestigiar a paz nos povos, com a delegação máxima para a ciência, para que possamos auferir esses benefícios num futuro talvez mais próximo do que remoto, se fizermos por merecer."
Entretanto, infelizmente, enquanto humanidade ainda desviada do caminho do bem, preferimos despender grandes recursos econômicos e morais no poderio bélico, em busca das guerras fratricidas que alimentam os interesses financeiros, embalados pelo personalismo inferior e a vaidade avassaladora. Pretendemos encerrar nossa modesta contribuição para a temática falando brevemente de Jesus, que, para nós espíritas, foi, e será sempre, o Espírito mais perfeito que Deus nos concedeu como Guia e Modelo. Não foi, absolutamente, um ser de exceção, criado à revelia das Leis Naturais, pois que viveu inúmeras encarnações até chegar ao patamar em que se encontra. Não as viveu na Terra, mas em outros planetas, onde construiu sua autoridade moral e intelectual com esforço próprio desencadeado ao longo dos séculos. Segundo as tradições espirituais, há bilhões de anos, Ele já fazia parte de uma Comunidade de Espíritos Puros, responsabilizando-se pela formação deste orbe, desde os seus primeiros momentos. Espíritos da qualidade de Jesus encontram-se em toda parte do Universo, a convidar, num apelo constante, todas as coletividades planetárias para que se unam em torno de uma sublime determinação, que é a solução para toda a problemática humana, pois que resume plenamente a
Religião Universal a ser praticada em todos os cantos e recantos do Universo e que foi magistralmente eternizada pelo Cristo Planetário, com as seguintes palavras:
Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.” (Marcos 12 : 30 e 31).

 (PUBLICADO NA REVISTA UFO, nº 119, EDIÇÃO DE FEVEREIRO DE2006)J José Marcelo Gonçalves Coelho

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

"BORBOLETE-SE"



"As borboletas são flores que se desprenderam da terra...
E que as flores são borboletas que a terra apreendeu..."
Seja como for, se as flores marcam a primavera, as borboletas são seu símbolo maior.
São quatro fases da mesma vida:
ovo, lagarta, crisálida e borboleta.
Enquanto ovo, é princípio vivo, puro.
Representa a potencialidade do ser, guardada dentro de um invólucro de heranças parentais.
É fundamental para desenvolver a solidez das bases estruturais do indivíduo.
Mas num determinado momento, torna-se necessário romper com essa capa de proteção,para caminhar sobre as próprias pernas.
A lagarta tem o aprendizado da terra, do rastejar, das coisas que se processam lentamente.
Simboliza os cuidados com o mundo físico, com os aspectos materiais que compõem a existência cotidiana.
Pode ser o lado pesado da vida.
A crisálida é o encapsular para gestar.
É como se retornasse ao estágio do ovo, mas só que por escolha pessoal.
É criar um casulo para si mesmo, como forma de conectar-se com seus sentimentos, sua interioridade e seus próprios desejos.
E, finalmente, as asas libertam a borboleta!
Mas, para se chegar à borboleta, é preciso superar o conforto e a comodidade do "já conhecido"...
É preciso deixar morrer o velho e partir ao encontro das possibilidades em aberto, sem certezas, sem garantias.
A borboleta é a lição viva de que tudo é passageiro.
Assim também somos nós...
Uns vivem para sempre no ovo...
Outros jamais passam de lagarta...
E tem gente que vive gestando um sonho, um ideal,
mas sem nada realizar...
Ainda existem aqueles que, com esforço, se libertam,
ganham asas e voam leves!
Pousam aqui e ali, no colorido das flores, e só de existir fazem a vida mais bela!
Identifique em que fase você está e observe como fazer para processar a sua metamorfose.
Viver é cumprir fase por fase.
Desapegar-se do antigo e entregar-se ao novo até ser capaz de voar.
Desperte e tente uma nova forma!
Deixe acontecer em você esse misterioso processo de se abrir para florescer!
Deixe aparecer suas asas, suas melhores cores, seu vôo!"
Texto:
Ana Ester Nogueira

“ESPÍRITOS QUE NÃO REENCARNARÃO MAIS NA TERRA”

Allan Kardec, abordando a questão da geração nova, em A Gênese, diz para que os homens sejam felizes na Terra, é preciso que somente a povoem Espíritos bons, encarnados e desencarnados, que só se dediquem ao bem. Havendo chegado o tempo, grande emigração se verifica neste momento entre os que a habitam: a dos que praticam o mal pelo mal, ainda não tocados pelo sentimento do bem, os quais, já não sendo dignos do planeta transformado, serão excluídos, visto que, se assim não fosse, lhe ocasionariam de novo perturbação e confusão e constituiriam obstáculo ao progresso. Irão expiar o endurecimento de seus corações, uns em mundos inferiores, outros em raças terrestres ainda atrasadas, equivalentes a mundos inferiores, aos quais levarão os conhecimentos que hajam adquirido, tendo por missão fazê-las avançar. Serão substituídos por Espíritos melhores, que farão reinarem em seu seio a justiça, a paz e a fraternidade.
No dizer dos Espíritos, a Terra não deverá transformar-se por meio de um cataclismo que aniquile de súbito uma geração. A atual desaparecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança alguma na ordem natural das coisas.
Tudo, pois, se processará exteriormente, como de costume, mas com uma única e capital diferença: uma parte dos Espíritos que encarnavam na Terra, aí não mais tornarão a encarnar. Em cada criança que nascer, em vez de um Espírito atrasado e inclinado ao mal, que antes nela encarnaria, virá um Espírito mais adiantado e propenso ao bem.
Trata-se, pois, muito menos de uma nova geração corpórea, do que de uma nova geração de Espíritos. Sem dúvida, é neste sentido que Jesus entendia as coisas, quando declarava: “Digo-vos, em verdade, que esta geração não passará sem que estes fatos tenham ocorrido”. Assim, os que esperam ver a transformação operar-se efeitos sobrenaturais e maravilhosos ficarão bastante decepcionados.
A época atual é de transição; os elementos das duas gerações se confundem. Colocados no ponto intermediário, assistimos à partida de uma e à chegada da outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelas características que lhes são peculiares.
As duas gerações que se sucedem têm ideias e pontos de vista opostos. Pela natureza das disposições morais e, sobretudo, das disposições intuitivas e inatas, torna-se fácil distinguir a qual das duas pertence cada indivíduo. Cabendo-lhe fundar a era do progresso moral, a nova geração se distingue por inteligência e razão geralmente precoces, aliadas ao sentimento inato do bem e a crenças espiritualistas, o que constitui sinal indubitável de certo grau de adiantamento anterior. Não se comporá de Espíritos eminentemente superiores, mas dos que, já tendo progredido, se acham predispostos a assimilar todas as ideias progressistas e estejam aptos a secundar o movimento de regeneração.
Ao contrário, o que distingue os Espíritos atrasados é, em primeiro lugar, a revolta contra Deus, por se recusarem a reconhecer um poder superior aos poderes humanos; a propensão instintiva para as paixões degradantes, para os sentimentos anti-fraternos de egoísmo, de orgulho, de inveja, de ciúme; enfim, o apego a tudo o que é material: a sensualidade, a cupidez, a avareza.
A PROMESSA DE JESUS
Queremos concluir essas linhas sobre todos esses acontecimentos que já estão ocorrendo, em consonância com as palavras proféticas pronunciadas pelo Cristo no célebre Sermão do Monte:
– “BEM-AVENTURADOS OS QUE SÃO BRANDOS E PACÍFICOS PORQUE ELES HABITARÃO A TERRA”.
Jesus ao dizer isso, não está exigindo perfeição dos que vão continuar no planeta depois da sua ascensão de categoria, mas sim a condição de “manso e pacífico”, em outras palavras, pacificado interiormente.

Publicado no Jornal Correio Espírita edição 67 Janeiro 2011


"FOI DIFÍCIL ACORDAR HOJE DE MANHÃ."

 Foi difícil acordar hoje de manhã?
Talvez você seja mais um entre os que negociam minutos a mais com o despertador.
Sair da cama cambaleando, tentando organizar os pensamentos para iniciar a rotina de todos os dias.
Seguimos, resignados, o roteiro da “vida real” , sabendo que não nos resta outra escolha a não ser assumirmos nosso papel na sociedade, nos esforçando para correspondermos as expectativas do chefe, esposa, marido, filhos, amigos…
Mas, e você, o que espera?
Construímos nossas vidas sobre estruturas que já estavam aqui, afinal, todos fazem a mesma coisa sempre, certo? Acreditamos que não nos resta alternativa a não ser simplesmente aceitá-las.
Vestimos os uniformes, seguimos as regras, nos adequamos as demandas, muitas vezes suprimindo o que de fato nos habita.
Por que estou falando isso agora?
Talvez para lhe questionar se esse caminho, esse que você está agora, é realmente o seu caminho.
É nele que você gostaria de estar? Isso tem a ver com você de verdade ? Essa é SUA vida?
Infelizes os que constroem seus dias a partir das necessidade financeiras, de medo ou culpa, preenchendo todas as suas ambições pelo desejo do reconhecimento alheio.
Um dia você foi “ligado na tomada” e apareceu por aqui.
Sem nenhuma consciência, foi gerado e cuidado para que chegasse até esse instante.
Todos os seus caminhos te trouxeram para o hoje, para essa tela de computador, para esse lugar, nesse dia, nesse segundo e, saiba, foi você quem quis assim.
E agora? Para onde irá?
Não me refiro exclusivamente a navegação pela net logo após ler esse texto, mas, também: o que fará com o que está lendo?
Como a maioria das mentes atuais, a sua está sobrecarregada de informações, mas qual delas guardará por considerar relevante ?
Será que você não está programado para arquivar apenas o que contribui para a manutenção do que já está?
É você quem determina para onde vai a partir de suas escolhas.
É você quem escolhe. Você.
São suas prioridades que revelam que tipo de coração tem.
Talvez você não veja agora outros caminhos.
É possível que queira mudar algumas coisas, mas nem saiba como.
Preste atenção.
Isso vale para absolutamente tudo: os caminhos- todos eles- existem em você.
Aí dentro vivem todas as possibilidades que te transformariam em qualquer coisa.
A única questão é : você vê.?
São seus olhos que iluminam seus passos, que definem o que você consegue enxergar.
A luz que sai deles, é a que habita seu coração.
Seus caminhos revelam quem é você.
Então o que você precisa mudar?
Independente do que seja, comece pela mente.
Nada mudará de verdade se antes você não mudar sua mente.
Alimente-a com o que faz bem.
Sorva bons pensamentos, olhe por outras perspectivas, ouça boa música, leia bons livros, tenha pensamentos construtivos, enxergue o lado bom das pessoas, se há bons pensamentos, que habitem seu interior, abra mão da vitimização, deixe de adular seus traumas, fique perto de quem agrega, de tudo que construa um ser humano melhor e principalmente: perdoe, perdoe-se, livre-se do gigantesco peso da mágoa, da vingança, do “justicismo”, seja ele de que natureza for.
Se seu interior for bom, seus olhos também serão e, consequentemente, seus caminhos também.
Dificuldades e dores todos temos, mas quando você está em paz, o choro não significa desespero.
A dor não tangencia caminhos, a escassez vira apenas contratempo, oportunidade para amadurecer.
Quer repensar seus caminhos?
Então comece pelos caminhos que ninguém vê e que estão dentro de você. Mude sua mente.
Fazendo assim, todos, absolutamente todos os seus caminhos refletirão aquele que antes mudou em você.
Não existem fórmulas mágicas, não sei quantos passos para não sei o que, ou qualquer outro ritual que substitua o fato de que seus caminhos refletem quem você é.
Antes de mudá-los, mude sua mente.
Você só precisa perceber.
Flavio Siqueira


"A HUMILDADE ESPÍRITA "

“Alguém disse um dia que a hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude. Mas não é exatamente de hipocrisia que quero falar. Quero falar da busca de equilíbrio no comportamento humano, que tanto nos exige se estivermos realmente dispostos a mudar. 
Muitos não querem mudar. Acho que a maioria. O que querem é que a situação mude, que as pessoas mudem, que tudo mude, menos elas mesmas. Se existe um padrão ideal de comportamento devemos conquistá-lo. Não se trata de deixarmos de lado nossas características, não se trata de nos estereotiparmos, de nos tornarmos todos iguais. Pelo contrário. 
Justamente para podermos nos mostrar exatamente como somos é que precisamos alcançar um ponto de equilíbrio que nos permita nos manifestar tal como somos sem ferir o próximo. Porque o que mais vemos são dois extremos: Aquele que se mostra por inteiro, sem considerar direitos, sentimentos e conceitos alheios; e aquele que se esconde atrás de uma máscara de indiferença, como se nada lhe importasse, mas que por dentro fica se remoendo. 
Comecei falando sobre hipocrisia. É que a palavra hipocrisia se refere a máscara, a essa máscara que alguns nunca tiram da cara, e que todos nós experimentamos uma vezinha ou outra. A palavra hipocrisia vem do grego e designava, originalmente, o ator de teatro. Quando Jesus chamava os fariseus de hipócritas era o mesmo que hoje chamarmos alguém de "artista", querendo dizer com isso que a pessoa finge, que ela representa como um artista. 
Mas a designação pejorativa da palavra só se consolidou na Idade Média. Hoje hipócrita é um palavrão dos mais feios. E nós somos hipócritas mais vezes do que pensamos. Quando você cede no seu ponto de vista, sabendo que ele é verdadeiro, você acha que está sendo humilde? Eu, particularmente, evito discussão. Quando discutimos esquecemos a busca da verdade e só queremos que prevaleça o nosso ponto de vista. 
Mas uma coisa é evitar discussão, outra coisa é fazer de conta que aceita o ponto de vista alheio e ficar se remoendo por dentro. Isso acontece muito em querelas religiosas. Alguns espíritas, por força do preconceito, têm medo de assumir sua postura. E aceitam os argumentos fajutos de pessoas descrentes do Espiritismo. Fazem cara de banana e fingem que concordam. Cedem externamente e se revoltam intimamente. Isso não é humildade, longe disso. Isso é hipocrisia grossa. Para com os outros a para consigo mesmo. 
Não estou condenando quem faz isso. Eu já fiz coisas do gênero. Na tentativa de sermos humildes fazemos coisas muito ridículas. Ceder contra a vontade não é humildade, é hipocrisia. Ceder para evitar discussão, ser condescendente, dependendo das circunstâncias é atitude madura e meritória. Ceder por medo de assumir sua postura é covardia. Ser humilde não é ser covarde, ser manso não é ser medroso. Um cavalo para ser encilhado precisa ser domado. Depois da doma ele fica manso, e sua força e intrepidez podemos ser controladas e direcionadas. Mas o cavalo não deixa de ser forte e intrépido por ser manso. Não se torna medroso por ser manso. 
Acho que o conceito de humildade foi muito deturpado. É verdade que a palavra deriva do latim humus, terra. Por causa disso, talvez, se pense que ser humilde é rebaixar-se, é andar se arrastando. Mas as palavras homem e humanidade também derivam de humus. Isso se deve ao fato de os antigos considerarem que o homem veio do barro, da terra, do humus. Ser humilde, então, é ser como se é, é ser conforme a sua natureza, ser apenas mais um homem, indivíduo da humanidade. Ser humilde não é rebaixar-se, ser humilde é ser exatamente como se é, nem acima, nem abaixo. 
Ser humilde não é andar se arrastando, falando mole e aceitando desaforos e engolindo absurdidades. Devemos defender as verdades que nos são caras. Para isso é possível que tenhamos que ser firmes, enérgicos. Claro que não vamos perder tempo e energia discutindo ou dando conversa pra quem nem sabe direito o que pensa. Mas algumas vezes nos vimos na contingência de ter que defender nossas verdades, as posturas que adotamos. E isso exige energia e coragem. Isso são virtudes, não defeitos. Defeito é covardia, moleza, rebaixamento de si mesmo. Essas fraquezas não condizem com a grandeza de Deus.


Autor desconhecido.

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...