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terça-feira, 5 de janeiro de 2016

"A SOCIEDADE HUMANA."

A sociedade humana pode ser comparada a imensa floresta de criações mentais, onde cada espírito, em processo de evolução e acrisolamento, encontra os reflexos de si mesmo.
Aí dentro os princípios de ação e reação funciona exatos.
As pátrias, grandes matrizes do progresso, constituem notáveis fulcros da civilização ou expressivos redutos de trabalho, em que vastos grupos de almas se demoram no serviço de autoeducação, mediante o serviço à comunidade, emigrando, muita vez, de um país para outro, conforme se lhes faça precisa essa ou aquela aquisição nas linhas da experiência.
O lar coletivo, definindo afinidades radicais e interesses do clã, é o conjunto das emoções e dos pensamentos daqueles que o povoam.
Entre as fronteiras vibratórias que o definem, por intermédio dos breves aprendizados “berço-túmulo”, que denominamos existências terrestres, transfere-se a alma de posição, conforme os reflexos que haja lançado de si mesma e conforme aqueles que haja assimilado do ambiente em que estagiou.
Atingida a época da aferição dos próprios valores, quando a morte física determina a extinção da força vital corpórea, emprestada ao espírito para a sua excursão de desenvolvimento e serviço, reajuste ou elevação, na esfera da carne, colhemos os resultados de nossa conduta e, as vezes, é preciso recomeçar o trabalho para regenerar atitudes e purificar sentimentos, na reconstrução de nossos destinos.
Dessa forma, os corações que hoje oprimem o próximo, a se prevalecerem da galeria social em que se acastelam, na ilusória supremacia do ouro, voltam amanhã ao terreno torturado da carência e do infortúnio, recolhendo, em impactos diretos, os raios de sofrimento que semearam no solo das necessidades alheias,
E se as vítimas e os verdugos não souberem exercer largamente o perdão recíproco, encontramos no mundo social verdadeiro círculo vicioso em que se entrechocam, constantemente, as ondas da vingança e do ódio, da dissensão e do crime, assegurando clima favorável aos processos da delinquência.
Sociedades que ontem escravizaram o braço humano são hoje obrigadas a afagar, por filhos do próprio seio, aqueles que elas furtaram à terra em que se lhes situava o degrau evolutivo.
Hordas invasoras que talam os campos de povos humildes e inermes, neles renascem Como rebentos do chão conquistado, garantindo o refazimento das instituições que feriram ou depredaram.
Agrupamentos separatistas, que humilham irmãos de cor, voltam na pigmentação que detestavam, arrecadando a compensação das próprias obras.
Citadinos aristocratas, insensíveis aos problemas da classe obscura, depois de respirarem o conforto de avenidas suntuosas costumam renascer em bairros atormentados e anônimos, bebendo no cálice do pauperismo os reflexos da crueldade risonha com que assistiram, noutro tempo, à dor e à dificuldade dos filhos do sofrimento.
Em todas as épocas, a sociedade humana é o filtro gigantesco do espírito, em que as almas, nos fios da experiência, na abastança ou na miséria, na direção ou na subalternidade, colhem os frutos da plantação que lhes é própria, retardando o passo na planície vulgar ou acelerando-o para os cimos da vida, em obediência da evolução.
 “Emmanuel” - Do livro: Pensamento e Vida. Francisco Cândido Xavier



segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

"NAS ESFERA DOS SONHOS."

Os interesses recalcados, as aspirações frustradas, os tormentos íntimos, complexos, mal conduzidos dormem temporariamente no inconsciente do homem e assomam quando emoções de qualquer porte fazem-no desbordar, facultando o predomínio de conflitos em formas perturbadoras, gerando neuroses que se incorporam à personalidade, inquietando-a.
Da mesma forma os ideais de enobrecimento, os anelos de beleza, o hábito das emoções elevadas, a mentalização de planos superiores, as aquisições e lutas humanistas repousam nos departamentos da subconsciência, acordando, frequentemente, e produzindo euforia, emulações no homem, ajudando-o o seu programa de paz interior e de realizações externas.
O homem é sempre aquilo que armazena consciente ou inconscientemente nos complexos mecanismos da mente.
Quando se dá o parcial desprendimento da alma através do sono natural, açodado pelos desejos e paixões que erguem ou envilecem, liberam-se as memórias arquivadas que o assaltam, em formas variadas de sonhos nos quais se vê envolvido.
Permanecem nesse capítulo os estados oníricos da catalogação freudiana, em que as fixações de ordem sexual assumem expressões de realidade, dominando os múltiplos setores psíquicos da personalidade.
Além deles, há os que decorrem dos fenômenos digestivos, das intoxicações de múltipla ordem por consequência dos estados alucinatórios momentâneos, que produzem.
Concomitantemente, em decorrência do cultivo de ideias deprimentes ou das otimistas, a alma em liberdade relativa sente-se atraída pelos locais que lhe são inacessíveis, enquanto na lucidez corpórea e fortemente arrastada por esse anseio de realização desloca-se do envoltório físico e visita aqueles com os quais se compraz e onde se sente feliz. Disso decorrem encontros agradáveis ou desditosos em que adquire informes sobre ocorrências futuras, esclarecimentos valiosos, ou, conforme o campo de interesse que cada qual prefira, experimenta as sensações animalizantes, frui, em agonia, as taças vinagrosas dos desejos inconfessáveis, continuando o comércio psíquico com Entidades vulgares, perversas ou irresponsáveis que se lhe vinculam ao pensamento, dando origem a longos e rudes processos obsessivos de curso demorado e de difícil liberação.
Nos estados de desprendimento pelo sono natural, a alma pode recordar o seu pretérito e tomar conhecimento de seu futuro, fixando essas impressões que assumem a forma de sonhos nos quais as reminiscências do ontem, nem sempre claras, produzem singulares emoções. Outrossim, a visão do porvir, as revelações que haure no intercâmbio com os desencarnados manifestam-se como positivos sonhos premonitórios de ocorrência cotidiana.
Quanto mais depurada a alma, possibilidades mais amplas depara, sucedendo no sentido inverso, pelo seu embrutecimento e materialização, os desagradáveis e perturbadores sucessos na esfera dos sonhos.
Multiplicam-se e perpassam em todas as direções ondas mentais, que percorrem distancias imensas, sintonizando com outras que lhe são afins e que buscam intercâmbio.
Em decorrência, pouco importa o espaço físico que separa os homens, desde que estes intercambiam mentalmente na faixa das aspirações, interesses e gostos que os caracterizam e associam...
Quando dorme o corpo, não adormece o Espírito, exceto quando profundas as libertações e anestesiamentos íntimos lhe perturbam os centros da lucidez.
Automaticamente, inconscientemente, libera-se do corpo e arroja-se aos recintos que o agradam, porque anseia e de que supõe necessitar...
Quando, porém, se exercita nos programas renovadores e preserva os relevantes fatores da dignificação humana, sutilizam-se as suas vibrações, sintonizando nas ondas que o erguem às esferas da Paz e da Esperança, onde os Seres ditosos, encarregados dos labores excelentes dos homens, facultam que se mantenham diálogos, recebendo recursos terapêuticos e lições que se incorporam à individualidade, indelevelmente...
Nas esferas dos sonhos - nos Círculos Espirituais elevados ou nos tormentosos conforme a preferência individual - se engendram muitas, incontáveis programações para o futuro humano, nascendo ali ou se corporificando, quando já existentes, os eloquentes capítulos das vidas em santificação, como as tragédias, os vandalismos, as desditosa inomináveis...
Vive no corpo físico considerando a possibilidade da desencarnação sem aviso prévio.
Cada noite em que adormeces, experimentas um fenômeno consentâneo ao da morte.
Dormir é morrer momentaneamente. Desse sono logo retornas, porque não se te desatam os liames que fixam o Espírito ao corpo.
Podes, porém, pelas ocorrências que experimentas na esfera dos sonhos, ter  uma ideia do que te sucederá nos Círculos da Vida, após o desenlace definitivo.
Por tal imperativo, aprimora-te, eleva-te, supera-te, mediante o exercício dos pensamentos salutares e das realizações edificantes.
Não apenas fruirás de paz por decorrência da consciência reta, como te prepararás para a vida real, porquanto, examinada do Angulo imortalista, o homem na Terra, se encontra numa esfera de sonhos, que normalmente, transforma, por invigilância ou rebeldia, em desditoso pesadelo.
Autor: Joanna de Ângelis

Psicografia de Divaldo Franco. Do livro: Leis morais da Vida

domingo, 3 de janeiro de 2016

"MORRER NÃO É O FIM"

Eu somente passei para a sala seguinte. Nada aconteceu. Tudo permanece exatamente como sempre foi. 
Eu sou eu, você é você, e a antiga vida que vivemos tão maravilhosamente juntos, permanece intocada, imutável. 
O que quer que tenhamos sido um para o outro, ainda somos. 
Chame-me pelo antigo apelido familiar. Fale de mim da maneira como sempre fez. Não mude o tom. Não use nenhum ar solene ou de dor. 
Ria como sempre o fizemos juntos. Brinque, sorria, pense em mim, reze por mim. 
Deixe que meu nome seja uma palavra comum em casa, como sempre foi. Faça com que seja falado sem esforço, sem sombra. 
A vida continua a ter o significado que sempre teve. 
Existe uma continuidade absoluta e inquebrável. A ligação não foi interrompida. 
O que é a morte? 
Por que ficarei fora dos seus pensamentos apenas porque estou fora do alcance da sua visão? 
Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do caminho. 
Estou simplesmente à sua espera, como num intervalo bem próximo, na outra esquina. 
Você que aí ficou, siga em frente. A vida continua bela, como sempre foi. 
Tudo está bem. 
A morte é somente a cessação da vida orgânica. É apenas o fim do corpo físico e de mais uma etapa da programação Divina. 
A essência humana sobrevive para além da vida física, pois o Espírito não tem fim. Somos imortais. 
A morte vem apenas nos dizer que chegou o momento da alma retornar à vida plena e verdadeira. 
Mostra-nos que o Espírito se despediu do corpo que o abrigou durante a jornada terrestre para se elevar a outras dimensões e continuar sua trajetória evolutiva. 
A afeição real, de alma a alma, é durável, e também sobrevive à destruição do corpo. Apenas as afeições de natureza carnal se extinguem com a causa que lhes deu origem. 
O amor que nutrimos uns pelos outros continuará existindo na Espiritualidade. 
Ao desencarnarmos, seremos recebidos do outro lado da vida por aqueles a quem estamos ligados por laços de afeto e que desencarnaram antes de nós. 
Será o momento de rever seres amados que nos aguardam. 
O reencontro na Espiritualidade ou em vidas futuras, através de uma nova encarnação, haverá de acontecer. 
E todas as vezes que a saudade daquele que partiu parecer maior do que nossas forças possam suportar, busquemos o lenitivo da oração. 
Nossas preces alcançam os seres amados onde quer que estejam, levando até eles nossas melhores vibrações. 
E, para que possamos sentir as vibrações enviadas pelo pensamento dos amores que hoje vivem em outras dimensões, aquietemos nossas mentes e corações. Com certeza, experimentaremos algum conforto. 
A prece é mecanismo abençoado que nos aproxima de Deus e dos afetos que estão distantes. 

Redação do Momento Espírita

sábado, 2 de janeiro de 2016

“NAMORAR, “FICAR OU CASAR”, EIS A GRANDE QUESTÃO. '

De modo geral, a moral espírita não é dogmática em suas recomendações, porque reconhece no ser humano a necessidade de liberdade de ação para a aprendizagem evolutiva. Isto é tanto mais válido no que se refere à vida afetiva e sexual de cada um. Esse é um setor onde cada Espírito tem inteira jurisdição de si mesmo e ninguém pode ou deve fazer imposições. Mas dentro do princípio monogâmico, que é um princípio claramente expresso na Doutrina Espírita, poderíamos tirar algumas orientações gerais de conduta.
Que cada um reflita por si mesmo sobre sua validade e as aplique em sua vida, na medida de sua adesão e capacidade moral.
O ideal de formar uma família deve estar por trás de qualquer relacionamento. Se um indivíduo tem um namoro, um caso, uma relação qualquer, sem que este objetivo o esteja orientando, já está partindo do pressuposto de que será algo passageiro e sua postura não é responsável, nem diante de si mesmo, nem diante do parceiro. A premissa de que o namoro é coisa sem importância é que deveria ser evitada. Nada que envolva o sentimento das pessoas pode ser considerado banal. Aquele que entra num relacionamento com essa mentalidade está brincando com o outro ser humano, que pode ficar seriamente envolvido. Espíritos responsáveis não brincam com os sentimentos sagrados da vida e encaram seus próprios atos com gravidade e reflexão.
Pode-se alegar que ninguém vai começar um namoro já pensando em casamento e que justamente os namoros servem para conhecer o outro, para observarmos se de fato temos afinidade real para a constituição de uma família. O problema é sutil. Esta alegação é verdadeira, mas é preciso esclarecê-la. Primeiro, que fique claro que o namoro é uma forma de compromisso - pois todo envolvimento afetivo pode implicar em lesão de sentimento do outro e de nós mesmos - principalmente se for acompanhado de relação sexual, como o é hoje, na maioria das vezes. Ora, com a liberdade e convivência que existe hoje entre os dois sexos, é perfeitamente possível conhecer alguém numa relação de amizade, até relativamente bem, antes do início de qualquer compromisso mais profundo. Para se entrar, portanto, num relacionamento, seria necessário já um certo conhecimento do outro, um sentimento mais intenso e pelo menos uma séria possibilidade de que o namoro possa se desdobrar numa relação mais estável.
 Quanto mais cedo o adolescente comece a namorar, maior a possibilidade de enganos e decepções. Acha-se, hoje em dia, que quanto maior número de relacionamentos, mais experiente é o indivíduo. É justamente o contrário: mais lúcido, mais maduro e mais elevado espiritualmente se mostrará aquele que durante a vida toda se relacionar apenas com aquela pessoa que lhe está destinada. Não há necessidade de ensaios para aprender: já temos vastíssima experiência no assunto em centenas de encarnações. O que devemos buscar agora é equilíbrio e responsabilidade e não sensação e experimentação. Quanto mais a criatura esperar o momento certo e a pessoa certa para namorar e depois se casar, mais facilmente alcançará uma vida afetiva saudável e equilibrada e mais simples se tornará a realização da uma família.
 É premente e necessidade de outros objetivos na vida que não apenas o de relacionar-se com o sexo oposto. Há milhões de criaturas na Terra que centralizam todas as suas forças e capacidades na busca da satisfação nesse setor. A excessiva concentração no assunto, a fixação mental num só objetivo (ainda que seja no fundo o de casar) é prejudicial à lucidez do Espírito e revela desequilíbrio. Nosso objetivo maior na Terra é evoluir e, dentro dessa meta, temos várias tarefas a realizar - uma delas pode ser a formação da família. Mas nosso ideal deve ser sempre abrangente, deve se elevar e se alargar o máximo possível. Durante a adolescência e a mocidade é que esses ideais se solidificam e será muito mais fácil para alguém preservar seu potencial afetivo para a criatura certa, à sua espera em algum ponto do destino, se estiver trabalhando e se desenvolvendo em outros ideais. Muita gente estuda, trabalha, adquire uma profissão, pratica uma religião, mas tudo de forma mecânica, pois sua preocupação central é entregar-se às sensações do sexo ou a busca desesperada de satisfação afetiva. Ao invés, quem se dedicar ao desenvolvimento do próprio Espírito, cultivando sua inteligência e procurando a prática do Bem, terá maior facilidade de controlar seus impulsos e não dispersar energias inutilmente.
A vida sexual não pode ser o ponto central do namoro e depois do casamento. A afinidade espiritual, a amizade, a admiração mútua, a troca de intensas vibrações afetivas, a identidade de ideais e objetivos na vida -  entre os quais o de ter filhos e educá-los - o amor fiel e equilibrado, são estes os fatores preponderantes de um relacionamento estável. A manifestação física do sexo é consequência. Tanto isso é verdade que, com o avançar dos anos, o desejo carnal pode esmaecer, mas o amor pode continuar mais vivo do que nunca. É, pois, importante que desde o namoro dedique-se muito mais tempo e atenção para cuidar desses fatores do que à sôfrega entrega aos desejos carnais. Antes dos corpos se juntarem, é preciso que as almas se amem e se entendam. As manifestações da carne são transitórias e instáveis, mas o amor é eterno.
Jovens, adolescente e adultos! Pensem que desde o primeiro desabrochar de sonhos românticos, desde os primeiros anseios de satisfação sexual e afetiva, podem estar juntos de vocês, invisíveis e atentos, os Espíritos destinados a nascer como seus filhos!  Não decepcionem suas esperanças, não traiam compromissos assumidos no Plano Espiritual. Eles esperam que vocês se conduzam com dignidade e responsabilidade diante do sexo, que se unam à alma que lhe está destinada a ser mãe ou pai. Com que tristeza e vergonha verão se vocês se entregarem a relacionamentos passageiros, a paixões desregradas; se ferirem sentimentos alheios e se desviarem do caminho previsto! Procurem estar em sintonia mental com eles, os Espíritos dos seus futuros filhos, para prepararem dignamente a família que os deverá receber. Procurem a inspiração dos Espíritos do Bem, buscando forças para vencer os arrastamentos das más tendências, das paixões inferiores e dos discursos sofísticos do mundo, que justificam todos os desregramentos com bonitas palavras que podem levar os incautos para o abismo! A,luta é difícil - sabemos todos! Os impulsos sexuais muitas vezes nos torturam, nos atormentam! E mais que de sexo, temos também sede de companhia, de compreensão, de carinho! Então, queremos nos atirar às conquistas, queremos forçar o destino, pensando encontrar aqui e ali a realização do nosso anseio mais profundo! Olhamos todas as pessoas do sexo oposto com um interesse exagerado! Pensamos encontrar satisfação em vários relacionamentos! Busquemos, porém, o autocontrole e o equilíbrio. Através da prece, do estudo, do trabalho, podemos sempre elevar nossos sentimentos e encontrar a lucidez para enxergar para onde de fato deve nos levar nosso destino espiritual! O desejo sincero de acertar e evoluir já é um primeiro passo. Se as fraquezas e as hesitações próprias do ser humano já nos fizeram cair em armadilhas, já nos deixaram o gosto amargo do remorso, tenhamos coragem para nos levantar, encarando nossas imperfeições com naturalidade, mas também com o propósito firme de vencê-las. Afinal, está nas mãos de todos nós a realização de um mundo melhor. E nesse mundo regenerado e mais feliz, a família deve ser o esteio das nossas emoções sublimadas. E para que a família brilhe em sua missão de educar os Espíritos, é preciso que canalizemos a força do sexo para a sua construção e que elevemos o nosso amor à altura dessa tarefa.

ADÃO ARAUJO

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

"NOSSA MISSÃO É SER FELIZ"

 “A mais agradável, a mais desejada sensação do ser humano dentro de todas as suas emoções é a felicidade. Eu diria que nosso destino é praticar e gerar felicidade para as pessoas.” A afirmação é do psiquiatra Ururahy Barroso, idealizador e fundador da Academia da Felicidade, em Rio Preto. Afelicidade   é considerada por especialistas como a grande missão daqueles que habitam a Terra. Estudos realizados pela psicóloga Sonja Lyubomirsky, da Universidade da Califórnia, comprovam que é a felicidade que traz o sucesso - e não o contrário, como se pensava. Antigamente, acreditava-se que as nossas conquistas, esforços e realizações eram o que nos faziam felizes. Mas de acordo com Sonja, é a felicidade que determina as nossas conquistas.
Segundo ela, pessoas felizes têm mais garra na busca pelos seus objetivos e mais disposição para adquirir os meios para conquistá-los. Sonja defende que a felicidade gera confiança, otimismo, energia e sociabilidade. Além disso, a psicóloga afirma que pessoas felizes são mais preparadas para enfrentar situações difíceis, tendem a ter relacionamentos mais longos, casamentos melhores, são mais saudáveis e vivem mais. Barroso, que também é dirigente espiritual, ensina que praticar a felicidade é fazer de cada momento uma oportunidade para vivenciar a felicidade. “Devemos acordar, a cada dia, não para trabalhar, mas para praticar a felicidade através de várias atividades, entre elas o trabalho”, observa.
O promotor de Justiça e dirigente espiritual Marcos Antonio Lelis Moreira, de Rio Preto, diz que para ser feliz e gerar felicidade é preciso compreender que a distribuição de felicidade nasce da prática da regra áurea divulgada por Jesus: faça aos outros o que gostaria que os outros vos fizesse. “Se agirmos desta forma, estaremos fazendo o nosso próximo feliz, independentemente da sua afinidade conosco, se familiares, amigos verdadeiros, colegas de trabalho ou mesmo estranhos”, diz. Lelis ainda destaca a importância das pessoas aprenderem que felicidade é um estado d’alma e não uma conquista transitória de coisas, pessoas ou posições sociais. “Todos renascemos com a possibilidade da conquista da felicidade relativa, própria deste nosso plano terreno, e é preciso trabalhar para merecê-la, vencendo o nosso egoísmo e o orgulho. Não há, portanto, privilégios.
A felicidade é conseqüência de aprimoramento espiritual de cada um de nós. Exige esforço contínuo”, explica. Para Lelis, a felicidade pode ser considerada como missão do processo evolutivo na Terra, já que o objetivo desta vivência é alcançar a perfeição. “Ensina-nos Jesus: sede perfeitos como o Pai Celestial é perfeito. Devemos, portanto, atentar para esta necessidade. Buscarmos o autoconhecimento e iniciarmos a aquisição de valores culturais, morais e espirituais. Este é o caminho que nos dará a perfeição, a plenitude, quando adquiriremos a real felicidade e faremos outros que convivem conosco felizes”, diz. 
Corrente de felicidade: 
Para o idealizador da Academia da Felicidade, a partir do momento em que a pessoa aprende que é dona da própria felicidade, passa a ser fonte geradora de felicidade para os outros. “Quando a pessoa está em busca da felicidade plena, também alcançada pela combinação de realização nos campos da espiritualidade, afetividade, sexualidade, profissional e outras instâncias da existência, naturalmente, alcança as demais pessoas, criando uma corrente de felicidade”, diz.
A teoria de Barroso é confirmada em estudo divulgado há um ano pela revista acadêmica British Medical Journal, realizado pelos americanos James Fowler, professor de ciência política da Universidade da Califórnia, e Nicholas Christakis, professor de sociologia da Universidade de Harvard. O estudo mostra que a felicidade é contagiosa, já que uma pessoa tem 15% mais chance de se sentir feliz se estiver em conexão direta com alguém feliz. A teoria poderá ser conferida no livro “The Surprising Power of Our Social Networks and How They Shape Our Lives”,  lançado  pela Editora Campus. 
Energia: 
O pesquisador espiritualista, projetor extra físico e autor Wagner Borges, de São Paulo, diz que a felicidade é fundamental para a nossa energia, especialmente após a morte. “Nossas energias se apresentam como uma espécie de atmosfera psíquica multicolorida, uma aura que se irradia em torno de nossos corpos e reflete justamente o clima do que pensamos, sentimos e fazemos na vida. Logo, a média de nossas energias revela o que somos realmente, e não aquilo que muitas vezes queremos aparentar”, explica. De acordo com Borges, a energia de quem está de bem com a vida e com a auto-estima elevada é brilhante e cheia de viço. “E o contrário também é real: se a pessoa não está bem com ela mesma e nem com a vida, suas energias se mostrarão confusas e opacas, sem vitalidade”, diz.
Borges explica que o corpo espiritual reflete a energia e a maneira de ser da pessoa, ou seja, o espírito sempre apresenta a energia correspondente ao nível psíquico do que ela pensa e sente. Além disso, a pessoa feliz está sempre com pensamentos positivos, focados na atitude de amor pela existência. A felicidade - que reflete a auto estima e a forma como a pessoa manifesta na vida - possibilita maior integração com espíritos elevados. “Uma pessoa feliz apresenta uma aura irradiante, e isso naturalmente a protege de seres astrais negativos, que não suportam vibrações elevadas e se afastam por eles mesmos”, garante Borges.
Lelis destaca ainda o poder do pensamento. “Ele é o reflexo de nossa alma e a expansão do nosso ser. É energia pura e através dele nós nos relacionamos (encarnados e desencarnados) refletindo a nossa sintonia”, diz. “Pensamentos felizes e nobres nos ligam aos seres espirituais superiores. Assim devemos cultuar as idéias dignas, com boas leituras e estudos permanentes, para alcançar o nosso aperfeiçoamento e, ainda, planejar conquistas espirituais, buscando concretizá-las, conscientes que não estaremos sozinhos nesta empreitada, porque entidades espirituais superiores estão solidárias e nos auxiliarão nestas conquistas”, afirma o promotor.

Por :Rita Fernandjes
Reportagem publicada na Revista Bem Estar em
São José do Rio Preto, 4 de outubro de 2009


𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...