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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

"PERDÃO DAS OFENSAS."

Perdoar aos inimigos é pedir perdão para si mesmo; perdoar aos amigos é dar prova de amizade; perdoar as ofensas é mostrar que se melhora. Perdoai, pois, meus amigos, para que Deus vos perdoe. Porque, se fordes duros, exigentes, inflexíveis, se guardardes até mesmo uma ligeira ofensa, como quereis que Deus esqueça que todos os dias tendes grande necessidade de indulgência? Oh, infeliz daquele que diz: Eu jamais perdoarei, porque pronuncia a sua própria condenação! Quem sabe se, mergulhando em vós mesmos, não descobrireis que fostes o agressor? Quem sabe se, nessa luta que começa por um simples aborrecimento e acaba pela desavença, não fostes vós a dar o primeiro golpe? Se não vos escapou uma palavra ferina? Se usaste de toda a moderação necessária? Sem dúvida o vosso adversário está errado ao se mostrar tão suscetível, mas essa é ainda uma razão para serdes indulgentes, e para não merecer ele a vossa reprovação. Admitamos que fosseis realmente o ofendido, em certa circunstância. Quem sabe se não envenenastes o caso com represálias, fazendo degenerar numa disputa grave aquilo que facilmente poderia cair no esquecimento? Se dependeu de vós impedir as conseqüências, e não o fizestes, sois realmente culpado. Admitamos ainda que nada tendes a reprovar na vossa conduta, e, nesse caso, maior o vosso mérito, se vos mostrardes clemente.
Mas há duas maneiras bem diferentes de perdoar: há o perdão dos lábios e o perdão do coração. Muitos dizem do adversário: “Eu o perdoo”, enquanto que, interiormente, experimentam um secreto prazer pelo mal que lhe acontece, dizendo-se a si mesmo que foi bem merecido. Quantos dizem: “Perdoo”, e acrescentam: “mas jamais me reconciliarei; não quero vê-lo pelo resto da vida”! É esse o perdão segundo o Evangelho? Não. O verdadeiro perdão, o perdão cristão, é aquele que lança um véu sobre o passado. É o único que vos será levado em conta, pois Deus não se contenta com as aparências: sonda o fundo dos corações e os mais secretos pensamentos, e não se satisfaz com palavras e simples fingimentos. O esquecimento completo e absoluto das ofensas é próprio das grandes almas; o rancor é sempre um sinal de baixeza e de inferioridade. Não esqueçais que o verdadeiro perdão se reconhece pelos atos, muito mais que pelas palavras.

PAULO Apóstolo, Lyon, 1861

"EM QUE MOMENTO A ALMA SE UNE AO CORPO?"

— A união começa na concepção, mas não se completa senão no momento do nascimento. Desde o momento da concepção, o Espírito designado para tomar determinado corpo a ele se liga por um laço fluídico, que se vai encurtando cada vez mais, até o instante em que a criança vem à luz; o grito que então se escapa de seus lábios anuncia que a criança entrou para o número dos vivos e dos servos de Deus.
A união entre o Espírito e o corpo é definitiva desde o momento da concepção? Durante esse primeiro período, o Espírito poderia renunciar a tomar o corpo que lhe foi designado?
— A união é definitiva no sentido de que outro Espírito não poderia substituir o que foi designado para o corpo; mas, como os laços que o prendem são muito frágeis, fáceis de romper, podem ser rompidos pela vontade do Espírito que recua ante a prova escolhida. Nesse caso, a criança não vinga.
Que acontece ao Espírito, se o corpo que ele escolheu morrer antes de nascer?
— Escolhe outro.
a) Qual pode ser a utilidade dessas mortes prematuras?
—As imperfeições da matéria, na maioria das vezes, são a causa dessas mortes.
Que utilidade pode ter para um Espírito a sua encarnação num corpo que morre poucos dias depois de nascer?
— O ser ainda não tem consciência bastante desenvolvida da sua existência; a importância da morte é quase nula; frequentemente, como já dissemos, trata-se de uma prova para os pais.
O Espírito sabe, com antecedência, que o corpo por ele escolhido não tem possibilidade de viver?
— Sabe, algumas vezes; mas, se o escolheu por esse motivo, é que recua ante a prova.
Quando falha uma encarnação para o Espírito, por uma causa qualquer, é ela suprida imediatamente por outra existência?
— Nem sempre imediatamente; o Espírito necessita de tempo para escolher de novo, a menos que a reencarnação instantânea decorra de uma determinação anterior.
O Espírito, uma vez unido ao corpo da criança, e não podendo mais retroceder, lamenta algumas vezes a escolha feita?
— Queres perguntar se, como homem, ele se queixa da vida que tem? Se desejaria outra? Sim. Se lamenta a escolha feita? Não, porque não sabe que a escolheu. O Espírito, uma vez encarnado, não pode lamentar uma escolha de que não tem consciência, mas pode achar muito pesada a carga. E, se a considera acima de suas forças, é então que recorre ao suicídio.
No intervalo da concepção ao nascimento, o Espírito goza de todas as suas faculdades? 
— Mais ou menos, segundo a fase, porque não está ainda encarnado, mas ligado ao corpo. Desde o instante da concepção, a perturbação começa a envolver o Espírito, advertido, assim, de que chegou o momento de tomar uma nova existência; essa perturbação vai crescendo até o nascimento. Nesse intervalo, seu estado é mais ou menos o de um Espírito encarnado, durante o sono do corpo. A medida que o momento do nascimento se aproxima, suas ideias se apagam, assim como a lembrança do passado se apaga desde que entrou na vida. Mas essa lembrança lhe volta pouco a pouco à memória, no seu estado de Espírito.
No momento do nascimento, o Espírito recobra imediatamente a plenitude de suas faculdades?
— Não: elas se desenvolvem gradualmente com os órgãos. Ele se encontra numa nova existência; é preciso que aprenda a se servir dos seus instrumentos; as ideias lhe voltam pouco a pouco, como a um homem que acorda e se encontra numa posição diferente da que ocupava antes de dormir.
A união do Espírito com o corpo não estando completa e definidamente consumada, senão depois do nascimento, pode considerar-se o feto como tendo uma alma?
— O Espírito que deve animar existe, de qualquer maneira, fora dele. Propriamente falando, ele não tem uma alma, pois a encarnação está apenas em vias de se realizar, mas está ligado à alma que deve possuir.
Como se explica a vida intrauterina?
— E a da planta que vegeta. A criança vive a vida animal. O homem possui em si a vida animal e a vida vegetal, que completa, ao nascer, com a vida espiritual.
Há, como o indica a Ciência, crianças que desde o ventre da mãe não têm possibilidades de viver? E com que fim acontece isso?
— Isso acontece frequentemente, e Deus o permite como prova, seja
para os pais, seja para o Espírito destinado a encarnar.
Há crianças natimortas que não foram destinadas à encarnação de um Espírito?
— Sim, há as que jamais tiveram um Espírito destinado aos seus corpos: nada devia cumprir-se nela. É somente pelos pais que essa criança nasce.
a) Um ser dessa natureza pode chegar ao tempo norma! De nascimento?
— Sim, algumas vezes, mas então não vive.             
b) Toda criança que sobrevive tem, portanto, necessariamente, um Espírito encarnado em si?
— Que seria ela, sem o Espírito? Não seria um ser humano.
Quais são, para o Espírito, as consequências do aborto?
— Uma existência nula e a recomeçar.
O aborto provocado é um crime, qualquer que seja a época da concepção? 
— Há sempre crime quando se transgride a lei de Deus. A mãe ou qualquer pessoa cometerá sempre um crime ao tirar a vida à criança antes do seu nascimento, porque isso é impedir a alma de passar pelas provas de que o corpo devia ser o instrumento.
No caso em que a vida da mãe estaria em perigo pelo nascimento da criança, há crime em sacrificar a criança para salvar a mãe?
—É preferível sacrificar o ser que não existe a sacrificar o que existe.
E racional ter pelos fetos o mesmo respeito que se tem pelo corpo de uma criança que tivesse vivido?
— Em tudo isto vede a vontade de Deus e a sua obra, e não trateis levianamente as coisas que deveis respeitar. Por que não respeitar as obras da criação, que, às vezes, são incompletas pela vontade do Criador? Isso pertence aos seus desígnios, que ninguém é chamado a julgar.
 FONTE:" O LIVRO DOS ESPÍRITOS" ALLAN KARDEC


domingo, 14 de fevereiro de 2016

"DESTINO"

Muito se fala sobre o destino. Tudo que acontece de anormal em nossas vidas, geralmente culpamos o destino. Se alguém ganha na loteria é coisa do destino. Se acontece uma tragédia na vida de alguém também é obra do destino.
Mas será que existe mesmo o Destino. ?
Se todos os acontecimentos da nossa vida fosse obra do destino o homem seria uma máquina sem vontade. Para que serviria sua inteligência uma vez que todos os atos de sua vida seriam invariavelmente dominados pelo poder do destino?
Não haveria mais responsabilidade para o homem, e consequentemente nem bem nem mal, nem crimes nem virtudes. Deus soberanamente justo não poderia castigar suas criaturas por faltas que não dependeram delas, nem recompensá-las pelas virtudes das quais não teriam o mérito. Onde estaria o livre arbítrio do homem?
De que adiantaria às pessoas estudarem, trabalharem para progredir se o seu destino está traçado?
Sempre que acontecer algo anormal em nossa vida, devemos perguntar:  Eu poderia ter evitado isto? Se estava em meu poder evitar tal acontecimento, então não é obra do destino. Se eu não poderia ter evitado tal fato, então posso considerá-lo uma fatalidade.
Se tenho conhecimento que dirigir um carro embriagado numa rodovia em alta velocidade, posso provocar uma tragédia e mesmo assim o faço; todo o risco é de minha responsabilidade, não é obra do destino.
Agora, se dirijo meu carro com minha família, tranquilamente, e vem um louco, bêbado, voando no seu carro e me atropela, sem que eu possa evitar a tragédia, aí sim posso culpar o destino.
A fatalidade ou destino, existe na posição que o homem ocupa na terra e nas funções que aí cumpre, por consequência do gênero de existência, que seu espírito escolheu como prova, expiação ou missão, antes de se reencarnar.
Ele sofre, fatalmente, todas as alternâncias dessa existência, e todas as tendência, boas ou más que lhe são próprias, porém, termina aí o Destino porque depende de sua vontade ceder ou não a estas tendências. O detalhe dos acontecimentos dependem das circunstâncias que ele provoca com os seus atos. A Fatalidade pode deixar de acontecer, quando o homem usando de prudência, mundifica-lhes o curso. Também não há fatalidade nos atos da vida moral.
Todas as nossas más tendência não é culpa do destino.
O Espírito livre da matéria, no intervalo da encarnações faz as escolhas de suas existências corporais futuras, de acordo com o grau de perfeição que atingiu, e nisso, consiste principalmente o seu livre arbítrio. Essa liberdade não é anulada pela encarnação. Se o homem cede à influência da matéria é porque fracassou nas provas que escolheu.
Se um espírito escolheu nascer e viver uma vida de pobreza, ele tem a opção de aceitar com dignidade esta situação, ou partir para o enriquecimento ilícito; roubando, corrompendo-se; `as consequências advindas das suas escolhas não é obra do destino.
O espírito pode também escolher apenas nascer num meio pobre para que force-o lutar e melhorar de vida. Usando de prudência e por merecimento, Deus pode conceder-lhe aquilo que deseja.
Se um espírito escolheu como prova nascer num meio propicio ao crime, ele poderá ou não vir a ser um criminoso, vai depender unicamente dele; de sua força de vontade.
Ceder as más tendências, as tentações, significa falhar nas escolhas feitas e ter que recomeçar numa outra encarnação.
Assim, nem tudo que acontece em nossa vida é obra do destino. Destino ou fatalidade são aquelas provas que escolhemos antes de nos encarnarmos. Aquelas coisas que não podemos evitar.
Fatalidade ou destino só existe mesmo, no verdadeiro sentido da palavra, apenas no instante da morte. Quando este momento chega, seja por um meio ou por outro, nada podemos fazer.
Sabino Rodrigues 

Fonte: O Livro dos Espíritos. “Allan Kardec”

sábado, 13 de fevereiro de 2016

"VELHICE CONSCIENTE; DESENCARNAÇÃO SERENA"

A velhice mais ou menos consciente vai depender em grande parte da perspectiva que se tenha diante da morte. E é na visão da morte, com todas suas consequências filosóficas e morais, que o Espiritismo realizou uma revolução irreversível, que o mundo ainda não reconheceu. É que a verdade deve vencer muitos preconceitos e muitos interesses antes de conquistar a realidade humana. Mas sua marcha é inexorável. O que é verdade está nas leis da natureza e mais dia menos dia todos a reconhecerão como tal. Aqueles que já a conhecem devem trabalhar pela sua propagação.
A Doutrina Espírita arrancou o véu que nos ocultava o outro lado e, pela mediunidade, mostrou a vida ativa, plena, imortal. A vestimenta do corpo passa. Volta ao pó da terra. Mas, como já pregavam todas as religiões, a alma se desprende e sobrevive e vai encontrar as consequências dos seus atos. Se não fosse assim - como pensam materialistas e niilistas - nada teria sentido e a moral seria uma farsa e a felicidade se reduziria realmente aos efêmeros gozos dos sentidos.
O Espiritismo veio provar a imortalidade, com fatos mediúnicos - que se observados e estudados com discernimento e reflexão dão a evidência insofismável da sobrevivência do Espírito - mas veio também descrever minúcias dessa vida espiritual. E ainda se debruça sobre o momento da transição, captando o que acontece nos derradeiros minutos da vida terrena e no despertar da vida espiritual. Inumeráveis descrições e testemunhos, recebidos por médiuns do mundo inteiro, desde o tempo de Kardec até hoje, oferecem fartíssimo material para estudo. Em nosso século, até correntes não-espíritas fornecem tais testemunhos.
Ora, o que fica evidente é que não existe uma morte igual a outra, porque cada consciência é um universo. A vida continua para todos. Mas o estado de cada um no momento do desprendimento e as condições experimentadas no Além variam ao infinito. A lei geral é que a morte não faz milagres. Continuamos a ser o que somos. Carregamos conosco desejos e aspirações, vícios e desajustes, condicionamentos e virtudes.
Mas existe sempre um componente moral no fenômeno de vida e morte: quanto mais virtudes e maior cultivo de espiritualidade legítima, mais paz, mais felicidade, mais luz. Quanto maiores os vícios, o egoísmo e o apego à Terra, mais sofrimento, mais desiquilíbrio e mais trevas. Sabemos, porém, que todas as virtudes e todos os vícios terão redenção, porque o progresso, embora possa ser retardado pela vontade de cada consciência, é quase uma fatalidade no Universo. As sucessivas reencarnações proporcionam sempre novas oportunidades.
Assim como já sabemos da importância da Educação na infância para o aproveitamento da presente encarnação, também a velhice tem um importante papel para a transformação da morte. O declínio das forças físicas e até as doenças devem justamente proporcionar ao ser encarnado e desprendimento gradual, devem avisá-lo para se fixar em outros valores que não apenas os valores efêmeros do mundo físico.
Sabe-se que as pessoas muito apegadas à matéria, que cultivaram demasiadamente o corpo físico, têm maiores dificuldades de o abandonarem, quando chega a hora. Sua situação espiritual depois da morte também pode ser problemática, se ainda se prendem com demasiada insistência na satisfação das necessidades físicas. Quem está familiarizado com a literatura espírita ou participa de sessões de desobsessão sabe quantos vivos do Além permanecem no meio dos vivos da Terra, para vampirizar sensações e energias que já não podem ter como Espíritos. O egoísmo, a mania de lamentação e a excessiva fixação mental em si mesmo, a ociosidade, o orgulho e todo o cortejo de defeitos humanos são outros tantos fatores de loucura e desespero no mundo espiritual. Não devemos nos esquecer, porém, que a qualquer momento, aqui ou no Além, o Espírito pode mudar o rumo do seu destino, arrependendo-se de seus erros e esforçando-se para progredir.
Assim, o Espiritismo se opõe terminantemente à eutanásia, pois até o último instante da vida no corpo, mesmo no estado de coma, o Espírito pode estar refletindo, fazendo um balanço de sua existência, adquirindo novas luzes e adaptando-se à ideia da desencarnação e ao mundo espiritual. Enquanto o corpo sofre, não sabemos o que a alma está vivenciando e o quanto lhe será útil essa desencarnação lenta - ela pode muitas vezes não estar preparada para cortar abruptamente o fio da vida.
Mas aquele que a morte surpreende nas condições descritas no início deste nosso estudo, as da velhice ideal, desprende-se com facilidade do corpo e logo se ajusta às novas condições de trabalho e evolução. Se compreendermos, aliás, que a vida prossegue sempre em atividade, luta e desenvolvimento, e que não existe repouso eterno e contemplação beatífica de um céu ocioso e entediante, fica mais evidente o fato de que a velhice também não deve ser pretexto para ociosidade. É claro que ninguém deve fazer nada acima de suas forças físicas e muito menos ser explorado por familiares e patrões. Mas em qualquer situação, cada um deve buscar ser útil na medida de suas possibilidades, pois a vida só se enche de sentido quando agimos em favor do bem comum.
Adão de Araujo.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

"MEDICINA RECONHECE OBSESSÃO ESPIRITUAL"

Dr. Sérgio Felipe de Oliveira com a palavra:
Ouvir vozes e ver espíritos não é motivo para tomar remédio de faixa preta pelo resto da vida… Até que enfim as mentes materialistas estão se abrindo para a Nova Era; para aqueles que queiram acordar, boa viagem, para os que preferem ainda não mudar de opinião, boa viagem também…
Uma nova postura da medicina frente aos desafios da espiritualidade
Vejam que interessante a palestra sobre a glândula pineal do Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico psiquiatra que coordena a cadeira de Medicina e Espiritualidade na USP:
A obsessão espiritual como doença da alma, já é reconhecida pela Medicina. Em artigos anteriores, escrevi que a obsessão espiritual, na qualidade de doença da alma, ainda não era catalogada nos compêndios da Medicina, por esta se estruturar numa visão cartesiana, puramente organicista do Ser e, com isso, não levava em consideração a existência da alma, do espírito. No entanto, quero retificar, atualizar os leitores de meus artigos com essa informação, pois desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado do aspecto físico, mental e social. Antes, a OMS definia saúde como o estado de completo bem-estar biológico, psicológico e social do indivíduo e desconsiderava o bem estar espiritual, isto é, o sofrimento da alma; tinha, portanto, uma visão reducionista, organicista da natureza humana, não a vendo em sua totalidade:
Mente, corpo e espírito
Mas, após a data mencionada acima, ela passou a definir saúde como o estado de completo bem-estar do ser humano integral:
Biológico, psicológico e espiritual.
Desta forma, a obsessão espiritual oficialmente passou a ser conhecida na Medicina como possessão e estado de transe, que é um item do CID – Código Internacional de Doenças – que permite o diagnóstico da interferência espiritual Obsessora.
O CID 10, item F.44.3 – define estado de transe e possessão como a perda transitória da identidade com manutenção de consciência do meio-ambiente, fazendo a distinção entre os normais, ou seja, os que acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados por doença.
Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença.
Neste aspecto, a alucinação é um sintoma que pode surgir tanto nos transtornos mentais psiquiátricos – nesse caso, seria uma doença, um transtorno dissociativo psicótico ou o que popularmente se chama de loucura bem como na interferência de um ser desencarnado, a Obsessão espiritual.
Portanto, a Psiquiatria já faz a distinção entre o estado de transe normal e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios.
O manual de estatística de desordens mentais da Associação Americana de Psiquiatria – DSM IV – alerta que o médico deve tomar cuidado para não diagnosticar de forma equivocada como alucinação ou psicose, casos de pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isso pode não significar uma alucinação ou loucura.
Na Faculdade de Medicina DA USP, o Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico, que coordena a cadeira (hoje obrigatória) de Medicina e Espiritualidade.
Na Psicologia, Carl Gustav Jung, discípulo de Freud, estudou o caso de uma médium que recebia espíritos por incorporação nas sessões espíritas.
Na prática, embora o Código Internacional de Doenças (CID) seja conhecido no mundo todo, lamentavelmente o que se percebe ainda é muitos médicos rotularem todas as pessoas que dizem ouvir vozes ou ver espíritos como psicóticas e tratam-nas com medicamentos pesados pelo resto de suas vidas.
Em minha prática clínica (também praticada por Ian Stevenson), a grande maioria dos pacientes, rotulados pelos psiquiatras de “psicóticos” por ouvirem vozes (clariaudiência) ou verem espíritos (clarividência), na verdade, são médiuns com desequilíbrio mediúnico e não com um desequilíbrio mental, psiquiátrico. (Muitos desses pacientes poderiam se curar a partir do momento que tivermos uma Medicina que leva em consideração o Ser Integral).
Portanto, a obsessão espiritual como uma enfermidade da alma, merece ser estudada de forma séria e aprofundada para que possamos melhorar a qualidade de vida do enfermo.
Texto de Osvaldo Shimoda
Colaboração de CEECAL – Centro de Estudos Espírita Caminho da Luz:
http://ceecal.com/
Fonte: http://www.celc.org.br/blog/2013/01/medicina-reconhece-obsessao-espiritual

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...