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quinta-feira, 21 de abril de 2016

“MEDIUNIDADE GRATUITA”

Os médiuns modernos, — pois os apóstolos também tinham mediunidade, — receberam igualmente de Deus um dom gratuito, que é o de serem intérpretes dos Espíritos, para instruírem os homens, para lhes ensinarem o caminho do bem e levá-los à fé, e não para lhes venderem palavras que não lhes pertencem, pois que não se originam nas suas ideias, nem nas suas pesquisas, nem em qualquer outra espécie de seu trabalho pessoal. Deus deseja que a luz atinja a todos, e não que o mais pobre seja deserdado e possa dizer: Não tenho fé, porque não pude pagar; não tive a consolação de receber o estímulo e o testemunho de afeição daqueles por quem choro, pois sou pobre. Eis porque a mediunidade não é um privilégio, e se encontra por toda parte. Fazê-la pagar, seria portanto desviá-la de sua finalidade providencial.
Qualquer pessoa que conheça as condições em que os bons Espíritos se comunicam, sua repulsa a todas as formas de interesse egoísta, e saiba como pouca coisa basta para afastá-los, jamais poderá admitir que Espíritos Superiores estejam à disposição do primeiro que os convocar a tanto por sessão. O simples bom senso repele semelhante coisa. Não seria ainda uma profanação, evocar por dinheiro os seres que respeitamos ou que nos são caros? Não há dúvida que podemos obter manifestações dessa maneira, mas quem poderia garantir-lhes a sinceridade? Os Espíritos levianos, mentirosos e espertos, e toda a turba de Espíritos inferiores, muito pouco escrupulosos, atendem sempre a esses chamados, e estão prontos a responder ao que lhes perguntarem, sem qualquer preocupação com a verdade. Aquele, pois, que deseja comunicações sérias, deve primeiro procurá-las com seriedade, esclarecendo-se quanto à natureza das ligações do médium com os seres do mundo espiritual. Ora, a primeira condição para se conseguir a boa vontade dos bons Espíritos é a que decorre da humildade, do devotamento e da abnegação: o mais absoluto desinteresse moral e material.
Ao lado da questão moral, apresenta-se uma consideração de ordem positiva, não menos importante, que se refere à própria natureza da faculdade. A mediunidade séria não pode ser e não será jamais uma profissão, não somente porque isso a desacreditaria no plano moral, colocando os médiuns na mesma posição dos ledores da sorte, mas porque existe ainda uma dificuldade material para isso: é que se trata de uma faculdade essencialmente instável, fugida, variável, com a qual ninguém pode contar na certa. Ela seria, portanto, para o seu explorador, um campo inteiramente incerto, que poderia escapar-lhe no momento mais necessário. Bem diversa é uma capacidade adquirida pelo estudo e pelo trabalho, e que, por isso mesmo, torna-se uma verdadeira propriedade, da qual é naturalmente lícito tirar proveito. A mediunidade, porém, não é nem uma arte nem uma habilidade, e por isso não pode ser profissionalizada. Ela só existe graças ao concurso dos Espíritos; se estes faltarem, não há mediunidade, pois embora a aptidão possa subsistir, o exercício se torna impossível. Não há, portanto, um único médium no mundo, que possa garantir a obtenção de um fenômeno espírita em determinado momento. Explorar a mediunidade, como se vê, é querer dispor de uma coisa que realmente não se possui. Afirmar o contrário é enganar os que pagam. Mas há mais, porque não é de si mesmo, que se dispõe, e sim dos Espíritos, das almas dos mortos, cujo concurso é posto à venda. Este pensamento repugna instintivamente. Foi esse tráfico, degenerado em abuso, explorado pelo charlatanismo, pela ignorância, a credulidade e a superstição, que provocou a proibição de Moisés. O Espiritismo moderno, compreendendo o aspecto sério do assunto, lançou o descrédito sobre essa exploração, e elevou a mediunidade à categoria de missão. (Ver Livro dos Médiuns, cap. XXVIII, e Céu e Inferno, cap. XII).
A mediunidade é uma coisa sagrada, que deve ser praticada santamente, religiosamente. E se há uma espécie de mediunidade que requer esta condição de maneira ainda mais absoluta, é a mediunidade curadora. O médico oferece o resultado dos seus estudos, feitos ao peso de sacrifícios geralmente penosos; o magnetizador, o seu próprio fluído, e frequentemente a sua própria saúde: eles podem estipular um preço para isso. O médium curador transmite o fluído salutar dos bons Espíritos, e não tem o direito de vendê-lo. Jesus e os Apóstolos, embora pobres, não cobravam as curas que operavam.
Que aquele, pois, que não tem do que viver, procure outros recursos que não os da mediunidade; e que não lhe consagre, se necessário, senão o tempo de que materialmente possa dispor. Os Espíritos levarão em conta o seu devotamento e os seus sacrifícios, enquanto se afastarão dos que pretendem fazer da mediunidade um meio de subir na vida.

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

“OS INIMIGOS DESENCARNADOS”

O espírita tem ainda outros motivos de indulgência para com os inimigos. Porque sabe, antes de qualquer coisa, que maldade não é o estado permanente do homem, mas que decorre de uma imperfeição momentânea, e que da mesma maneira que a criança se corrige dos seus defeitos, o homem mal reconhecerá um dia os seus erros e se tornará bom.
Sabe ainda que a morte só pode livrá-lo da presença material do seu inimigo, e que este pode persegui-lo com o seu ódio, mesmo depois de haver deixado a Terra. Assim, a vingança assassina não atinge o seu objetivo, mas, pelo contrário, tem por efeito produzir maior irritação, que pode prosseguir de uma existência para outra. Cabia ao Espiritismo provar, pela experiência e pela lei que rege as relações do mundo visível com o mundo invisível, que a expressão: extinguir o ódio com o sangue é radicalmente falsa, pois a verdade é que o sangue conserva o ódio no além-túmulo. Ele dá, por conseguinte, uma razão de ser efetiva e uma utilidade prática ao perdão, bem como à máxima de Cristo: Amai os vossos inimigos. Não há coração tão perverso que não se deixe tocar pelas boas ações, mesmo a contragosto. O bom procedimento não dá pelo menos, nenhum pretexto a represálias, e, com ele se pode fazer, de um inimigo, um amigo antes e depois da morte. Com o mau procedimento ele se irrita, e é então que serve de instrumento à justiça de Deus, para punir aquele que não perdoou.
Pode-se, pois, ter inimigos entre os encarnados e os desencarnados. Os inimigos do mundo invisível manifestam sua malevolência pelas obsessões e subjugações, a que tantas pessoas estão expostas, e que representam uma variedade das provas da vida. Essas provas, como as demais, contribuem para o desenvolvimento e devem ser aceitas com resignação, como uma consequência da natureza inferior do globo terrestre: se não existirem homens maus na Terra, não haveria Espíritos maus ao redor da Terra. Se devermos, portanto, ter indulgência e benevolência para os inimigos encarnados, igualmente as devemos ter para os que estão desencarnados.
Antigamente, ofereciam-se sacrifícios sangrentos para apaziguar os deuses infernais, que nada mais eram do que os Espíritos maus. Aos deuses infernais sucederam os demônios, que são a mesma coisa. O Espiritismo vem provar que esses demônios não são mais do que as almas de homens perversos, que ainda não se despojaram dos seus instintos materiais; que não se pode apaziguá-los senão pelo sacrifício dos maus sentimentos, ou seja, pela caridade; e que a caridade não tem apenas o efeito de impedi-los de fazer o mal, mas também de induzi-los ao caminho do bem e contribuir para a sua salvação. É assim que a máxima: Amai aos vossos inimigos, não fica circunscrita ao círculo estreito da Terra e da vida presente, mas integra-se na grande lei da solidariedade e da fraternidade universais.
O Evangelho Segundo o Espiritismo.

terça-feira, 19 de abril de 2016

“ADVOGADO AMBICIOSO REENCARNA COM HIDROCEFALIA.”

Dr. Abelardo Tourinho era, indiscutivelmente, verdadeira águia de inteligência. Advogado de renome, não conhecia derrotas. Sua palavra sugestiva, nos grandes processos, tocava-se de maravilhosa expressão de magnetismo pessoal. Seus pareceres denunciavam apurada cultura. Abelardo se mantinha, horas e horas, no gabinete particular, surpreendendo as colisões das leis humanas entre si. Mas, seu talento privilegiado caracterizava-se por um traço lamentável. Não vacilava na defesa do mal, diante do dinheiro. Se o cliente prometia pagamento farto, o advogado torturava decretos, ladeava artigos, forçava interpretações e acabava em triunfo espetacular. Chamavam-lhe “grande cabeça” nos círculos de convivência comum. Era temido pelos colegas de carreira. Os assistentes se atropelavam a fim de atendê-lo no que desejasse. Muita vez, foi convidado a atuar, em posição destacada, nas esferas político-administrativas; entretanto, esquivava-se, porque as gratificações dum deputado eram singelas, perto dos honorários que recebia. Seus clientes degradantes eram sempre numerosos. Sua banca era frequentada por avarentos transformados em sanguessugas do povo, por negociantes inescrupulosos ou por criminosos da vida econômica, detentores de importante ficha bancária. Abelardo nunca foi visto lutando em causa humilde, defendendo os fracos contra os poderosos, amparando infortunados contra os favorecidos da sorte. Afirmava não se interessar por questões pequenas.
Mas, havia alguém que o acompanhava, sem tecer elogios precipitados. Era sua mãe, nobre velhinha cristã, que o alertava, de quando em quando, com sinceridade e amor. Dizia ela:
- Abelardo, não te descuides na missão do Direito. Não admitas que a ideia de ganho te avassale as cogitações. Creio que a tarefa da justiça terrestre é muito delicada, além de profundamente complexa. Ser advogado ou juiz é difícil ministério da consciência. Por vezes, observo-te as inquietações na defesa dos clientes ricos e fico preocupada. Não te impressiones pelo dinheiro, meu filho! Repara, sobretudo, o dever cristão e o bem a praticar. Sinto falta dos humildes, em derredor de teu nome. Ouço os aplausos de teus colegas e conheço a estima que desfrutas, no seio das classes abastadas, mas ainda não vi, em teu círculo, os amigos apagados de que Jesus se cercava sempre. Nunca pensaste, Abelardo, que o Mestre Divino foi advogado da mulher infeliz e que, na própria cruz, foi ardoroso defensor dum ladrão arrependido? Creio que o teu apostolado é também santo...
O eminente advogado balançava a cabeça, em sinal de desacordo, e respondia:
- Mãezinha, os tempos são outros. Devo preservar as conquistas efetuadas. Não posso, por isso, satisfazer-lhe as sugestões. Compreende a senhora que o advogado de renome necessita cliente à altura. Aliás, não desprezo os mais fracos. Tenho meu gabinete vasto, onde dou serviço a companheiros iniciantes, junto aos quais os menos favorecidos do campo social encontram os recursos que necessitam...
- Oh! Meu filho! Estimaria tanto ver-te a sementeira evangélica! ...
O advogado interrompia lhe as observações, sentenciando:
- A senhora, porém, necessita compreender que não sou ministro religioso. Não devo ligar-me a preceituação estranha ao Direito. E é tão escasso o tempo para a leitura e analise dos códigos que me não sobra ensejo para estudos do Evangelho. Além do mais – e fazia um gesto irônico -, que seria de meus filhos e de mim mesmo se apenas me rodeasse de pobretões? Seria o fim da carreira e a bancarrota geral.
A genitora discutia amorosa, fazendo-lhe sentir a beleza dos ensinamentos cristãos, mas Abelardo, que se habituara aos conceitos religiosos de toda gente, não se curvava às advertências maternas, conservando mordaz sorriso ao canto da boca.
A experiência terrestre foi passando devagar, como quem não sentia pressa em revelar a eternidade da vida infinita.
A Senhora Tourinho regressou à espiritualidade, muito antes do filho.
Abelardo, todavia, jamais cedeu aos seus pedidos.
E foi assim que a morte o recolheu, envolvido em extensa rede de compromissos (com a lei divina). Compreendeu, tarde demais, as tortuosidades perigosas que traçara para si mesmo. Muito sofreu (no umbral) e chorou nos caminhos novos. Não conseguia levantar-se, achava-se caído, na expressão literal. Crescera-lhe a cabeça enormemente, retirando-lhe a posição de equilíbrio normal. Colara-se à terra, entontecido e frequentemente atormentado pelas vítimas ignorantes e sofredoras (pessoas que ele prejudicou quando os fez perder a causa tornaram-se obsessores).
A devotada mãezinha visitou-o por anos, sem alcançar resultados animadores. Ele prosseguia na mesma situação de imobilidade, deformação e sofrimento. A mãe, reparando na ineficácia de seus carinhos, trouxe um elevado orientador de almas à paisagem escura (umbral).
Pretendia um parecer, a fim de traçar diretrizes de ação.
O prestimoso amigo examinou o paciente, registrou lhe as pesadas vibrações mentais, pensou, pensou e dirigiu-se à abnegada mãe, compadecido:
- Minha irmã, o nosso amigo padece de inchação da inteligência pelos crimes cometidos com as armas intelectuais. Seus órgãos da ideia foram atacados pela hipertrofia de amor-próprio. Ao que vejo, a única medida capaz de lhe apressar a cura é a hidrocefalia no corpo terrestre.
A nobre genitora chorou amargurada, mas não havia remédio senão conformar-se.
E, daí a algum tempo, pela inesgotável bondade do Cristo, Abelardo Tourinho reencarnou e podia ser identificado por amigos espirituais numa desventurada criança do mundo, colada a triste carrinho de rodas, apresentando um crânio terrivelmente disforme, para curar os desvarios da “grande cabeça”.
Observação: Se todos acreditassem na reencarnação, pensariam duas vezes antes de transgredir as leis de Deus. Saberiam que a lei é a de causa e efeito (o que causarmos de bom e de ruim a tudo que conviva conosco neste planeta, seja uma pessoa, um animal, a Natureza e a nós mesmos sofreremos as consequências); colheremos aquilo que plantarmos; seja nessa ou em outra encarnação, ninguém sofre a toa e, consequentemente, Deus é justo.

Escrito pelo espírito: Irmão X (Humberto de Campos)
Psicografia de: Chico Xavier-Livro: Pontos e Contos
Tema: Grande Cabeça


segunda-feira, 18 de abril de 2016

"A FÍSICA QUÂNTICA COMPROVA O ESPIRITISMO"

A obra de André Luiz, através de Chico Xavier, em complemento à Codificação Kardeciana, em vários aspectos, gradativamente, vem mostrando quanto se antecipa às modernas conquistas da Ciência, mormente no campo da Física Quântica.
A partir de “Nosso Lar”, em 1943, a nossa concepção de Mundo Espiritual se amplia, consideravelmente, com a revelação da existência de diversas “Esferas Espirituais” que o constituem. Há, inclusive, um estudo muito interessante a respeito, num dos livros editados pela FEB, intitulado “As Sete Esferas da Terra”, de Mário Frigéri, todo ele calcado em André Luiz. Aliás, a referida publicação, em grande parte, se baseia ainda em “Cidade no Além”, publicado pelo IDE, de Araras, através dos médiuns Chico Xavier e Heigorina Cunha, pelos espíritos André Luiz e Lucius, este último, segundo informação de Chico Xavier, pseudônimo de Camille Flammarion.
O que Allan Kardec, genericamente, denomina de Mundo Espiritual, e André Luiz de “Esferas Espirituais”, a Física Quântica vem chamando de “Hiperespaço”. Em “Os Mensageiros”, cap. 15, encontramos na palavra de Aniceto:
“Há, porém, André, outros mundos sutis, dentro dos mundos grosseiros, maravilhosas esferas que se interpenetram. O olho humano sofre variadas limitações e todas as lentes físicas reunidas não conseguiriam surpreender o campo da alma, que exige o desenvolvimento das faculdades espirituais para tornar-se perceptível. A eletricidade e o magnetismo são duas correntes poderosas que começam a descortinar aos nossos irmãos encarnados alguma coisa dos infinitos potenciais do Invisível, mas ainda é cedo para cogitarmos do êxito completo.”
Nas considerações constantes do livro “Cidade no Além”, no cap. IV, “Localização de ‘Nosso Lar’ – Esferas Espirituais”, nos deparamos com preciosa elucidação: “O TRÂNSITO ENTRE AS ESFERAS SE FAZ POR MANEIRAS DIVERSAS. POR ‘ESTRADAS DE LUZ’, REFERIDAS PELOS ESPÍRITOS COMO CAMINHOS ESPECIAIS, DESTINADOS A TRANSPORTE MAIS IMPORTANTE. ATRAVÉS DOS CHAMADOS ‘CAMPOS DE SAÍDA’ QUE SÃO PONTOS NOS QUAIS AS DUAS ESFERAS PRÓXIMAS SE TOCAM. PELAS ÁGUAS, DE SE SUPOR AS QUE CIRCUNDAM OS CONTINENTES” (OCEANOS).
Vejamos agora o que transcrevemos da obra intitulada “Hiperespaço”, de Michio Kaku, professor de Física Teórica no City College da Universidade de Nova York. Graduou-se em Harvard e recebeu o título de doutor em Berkeley: “NOSSO UNIVERSO, PORTANTO, NÃO ESTARIA SOZINHO, MAS SERIA UM DE MUITOS MUNDOS PARALELOS POSSÍVEIS. SERES INTELIGENTES PODERIAM HABITAR ALGUNS DESSES PLANETAS, IGNORANDO POR COMPLETO A EXISTÊNCIA DE OUTROS.” “(...) NORMALMENTE, A VIDA EM CADA UM DESSES PLANOS PARALELOS PROSSEGUE INDEPENDENTEMENTE DO QUE SE PASSA NOS OUTROS. EM RARAS OCASIÕES, NO ENTANTO, OS PLANOS PODEM SE CRUZAR E, POR UM BREVE MOMENTO, RASGAR O PRÓPRIO TECIDO DO ESPAÇO, O QUE ABRE UM BURACO – OU PASSAGEM – ENTRE ESSES DOIS UNIVERSOS. (...) ESSAS PASSAGENS TORNAM POSSÍVEL A VIAGEM ENTRE ESSES MUNDOS, COMO UMA PONTE CÓSMICA QUE LIGASSE DOIS UNIVERSOS DIFERENTES OU DOIS PONTOS DO MESMO UNIVERSO”.
No livro “Voltei”, de Irmão Jacob, igualmente psicografado por Chico Xavier (obra de leitura obrigatória para os espíritas!), no capítulo “Incidente em Viagem”, há interessante narrativa que Mário Frigéri sintetiza em “As Sete Esferas da Terra”:
“Havia uma ponte luminosa assinalando a passagem das regiões de treva para as de luz. Um desencarnado do grupo que volitava sob a supervisão e sustentação fluídica de Bezerra de Menezes e do Irmão Andrade, se desequilibrou ante a visão magnífica da nova região e, recordando seus antigos deslizes na carne, passou a gritar:
- Não! não! não posso! eu matei na Terra! Não mereço a luz divina! sou um assassino, um assassino!
Quando seus brados ressoaram lúgubres pelas quebradas sombrias abaixo, outras vozes, parecendo provir de maltas de feras ao pé da ponte, esbravejaram, horríveis:
- Vigiemos a ponte! Assassinos não passam, não passam!”.
Corroborando este rápido estudo, atentemos para a palavra lúcida de Emmanuel, em carta dirigida a César Burnier, em 2 de abril de 1938, recentemente inserida na obra “Um Amor – Muitas Vidas”, de Jorge Damas Martins, da Editora “Lachâtre”:
“Não podereis compreender, de pronto, o nosso esforço. Tendes de reconhecer, primeiramente, que o Além não é uma região, e sim um estado imperceptível para a vossa potencialidade sensorial. E entendereis que igualmente nós somos ainda relativos, sem nenhum característico absoluto, irmãos de vossa posição espiritual, em caminho para as outras realizações e conquistas, como vós outros”. (grifamos)
Em suma, a vasta obra que Emmanuel e André Luiz realizaram através de Chico Xavier, em complemento ao Pentateuco, estão a requisitar de nós, espíritas, uma releitura, à luz das modernas conquistas da Ciência, para que possamos mais bem assimilar as inúmeras informações que contêm, muitas vezes em textos que necessitam ser cotejados entre si, à espera de que disponhamos de maturidade espiritual a fim de compreendê-los em sua profundidade reveladora.
Porque permanecem na superfície da palavra, sem visão mais ampla desta ou daquela abordagem, muitos não conseguem atinar com o caráter progressivo da Doutrina, opondo-se, de maneira sistemática, ao que, por outros autores, encarnados ou desencarnados, lhes soa como novidade ou mesmo contrário aos princípios básicos da Terceira Revelação.
Apenas acrescento e, fazendo referência ao texto acima o que refere a obra de Léon Denis “O GÊNIO CÉLTICO E O MUNDO INVISÍVEL” pág. 154.
“... O homem moderno evoluído retirará as suas conclusões partindo da ação das forças superiores e tornar-se-á comparável à antena das vossas telegrafias sem fios. Não está longe o dia em que ficareis convencidos de que o infinito é o próprio Deus e de que A VIDA UNIVERSAL CIRCULA POR TODA A PARTE, SENDO OS ESPAÇOS UNICAMENTE CAMPOS VIBRATÓRIOS RADIANTE"
Ana Maria Teodoro Massuci.

domingo, 17 de abril de 2016

“QUE APARÊNCIA TEM OS ESPÍRITOS”?

Você já pensou em como é a aparência dos Espíritos depois da morte?
Terão a aparência de fantasmas?
Serão como uma nuvem de fumaça?
Ou será que se apresentam como uma assombração?
Nem uma coisa, nem outra. Os Espíritos mantêm a aparência que tinham quando encarnados no corpo físico.
Já tivemos notícias de vários casos de aparições de Espíritos em todo o Mundo. E, em todos os casos, que se tornaram célebres, as pessoas que tiveram as visões afirmam que o Espírito tinha um corpo.
Podem ter uma luminosidade diferente, mas a aparência é de um ser humano.
Um dos casos bem conhecido de todos nós é o encontro de Jesus com os Espíritos de Moisés e Elias.
Diante de Jesus e dos Apóstolos Pedro, Tiago e João, esses dois Espíritos se tornaram visíveis e com a mesma aparência que tinham quando seu corpo era de carne.
Outro exemplo é do próprio Cristo. Após a crucificação, Ele surge entre os Apóstolos e convive com eles por algum tempo.
Sua aparência era a mesma de antes, a tal ponto que todos O reconheceram.
Assim, podemos eliminar das nossas mentes essas ideias distorcidas de que os Espíritos têm forma diversa da que tinham quando encarnados.
Mas, se é verdade que o corpo físico fica no túmulo, que corpo é esse que mantém a mesma forma?
A verdade é que nós somos formados por três elementos: o Espírito, o corpo físico, e o perispírito.
O perispírito é o que  Paulo, Apóstolo, chamava de corpo espiritual.
É formado de matéria sutil, imperceptível aos olhos comuns, mas visível aos que têm a faculdade mediúnica chamada vidência.
E não é só a aparência exterior que conservamos após a desencarnação. Mantemos também todas as condições psíquicas que tínhamos na véspera.
Nada dá saltos na natureza. E com o Espírito não poderia ser diferente.
Saindo do corpo físico sem sair da vida, a criatura busca seus interesses, no outro plano, e segue vivendo da mesma forma que viveu até o túmulo.
Se assim é, todos os esforços que empreendermos para nos aperfeiçoarmos intelectual e moralmente, ainda hoje, não serão em vão. 
O perispírito é conhecido desde a mais remota Antiguidade.        
Pitágoras o denominava carne sutil da alma.
Aristóteles o chamava corpo sutil e etéreo.
Orígenes identificava-o como aura.
Paracelso, no século 16, detectou-o sob a designação de corpo astral.
Como podemos perceber, esse corpo, com o qual se mostram os Espíritos, já era muito bem conhecido, embora com denominações diferentes.
Allan Kardec, ao codificar a Doutrina Espírita chamou-o  perispírito.
Redação do Momento Espírita.

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...