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terça-feira, 24 de maio de 2016

“O CÂNCER NA VISÃO ESPÍRITA”

Recentemente, na Califórnia, nos Estados Unidos, Hannah Powell-Auslam, uma menina de 10 anos de idade, foi diagnosticada com câncer de mama, um caso considerado, extremamente, raro (carcinoma secretório invasivo). Os médicos fizeram uma mastectomia, mas o câncer se espalhou para um nódulo e Hannah terá que passar por outra cirurgia, ou por tratamento de radioterapia.
Outro caso instigante é o das duas gêmeas idênticas britânicas, diagnosticadas com leucemia, com apenas duas semanas de intervalo.
O drama das meninas Megan e Gracie Garwood, de 4 anos, começou em agosto de 2009. "Receber a notícia de que você tem três filhos e dois deles têm câncer é inimaginável", afirmou a mãe das meninas. "Você fica pensando o que fez para merecer isso". Câncer é uma palavra derivada do grego “karkinos”, a figura mitológica de um caranguejo gigante, escolhida por Hipócrates, para representar úlceras de difícil cicatrização e que, ao longo do tempo, consagrou-se como sinônimo genérico das neoplasias malignas. Há mais de cem tipos diferentes de câncer, que variam, ao extremo, em suas causas, manifestações e prognósticos.
Diferentemente do câncer em adultos, em que se leva em conta aspectos do comportamento como fumo, alcoolismo, alimentação, sedentarismo e exposição ao sol, a medicina, ainda, não conseguiu estabelecer os verdadeiros fatores de risco do câncer pediátrico.
Os casos de Hannah Powell-Auslam, Megan e Gracie Garwood bem que podem entrar nas estatísticas brasileiras do câncer infanto-juvenil, que atinge crianças e adolescentes de um a 19 anos.
Segundo pesquisa divulgada pelo Inca (Instituto Nacional de Câncer) e pela Sobop (Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica), o câncer é a doença que mais mata os jovens, na faixa dos cinco aos 18 anos, no Brasil. Pesquisa indica o surgimento de, aproximadamente, 10 mil casos de câncer infanto-juvenil, a cada ano, no Brasil, a partir do biênio 2008/2009.
O agravante é que o câncer, nos adolescentes, costuma ser mais agressivo do que nos adultos, e é mais difícil de ser diagnosticado, segundo Luiz Henrique Gebrin, Diretor do Departamento de Mastologia do Hospital Pérola Biynton, em São Paulo (SP).
- Será o câncer, então, uma obra do acaso, uma “punição divina” ou um “carma” do espírito?
Hoje, à luz da Ciência médica, pode-se afirmar que o fator predominante da carcinogênese é, sem dúvida, o comportamento humano: tabagismo, abuso de álcool, maus hábitos alimentares e de higiene, obesidade e sedentarismo, os quais são responsáveis por quatro, em cada cinco casos de câncer e por 70% do total de mortes. Os cânceres por herança genética pura, ou seja, que não dependem de fatores comportamentais e ambientais, são menos de 5% do total.
A experiência corrobora, pois, que o câncer é uma enfermidade, potencialmente, “cármica”.
Estamos submetidos a um mecanismo de causa e efeito que nos premia com a saúde ou corrige com a doença, de acordo com nossas ações.
A criança de hoje foi o adulto de antanho. “O corpo físico reflete o corpo espiritual que, por sua vez, reflete o corpo mental, detentor da forma”.
(1) “Os que se envenenaram, conforme os tóxicos de que se valeram, renascem, trazendo as afecções valvulares, os achaques do aparelho digestivo, as doenças do sangue e as disfunções endocrínicas, tanto quanto outros males de etiologia obscura; os que incendiaram a própria carne amargam as agruras da ictiose ou do pênfigo; os que se asfixiaram, seja no leito das águas ou nas correntes de gás, exibem os processos mórbidos das vias respiratórias, como no caso do enfisema ou dos cistos pulmonares; os que se enforcaram carreiam consigo os dolorosos distúrbios do sistema nervoso, como sejam as neoplasias diversas e a paralisia cerebral infantil; os que estilhaçaram o crânio ou deitaram a própria cabeça sob rodas destruidoras, experimentam desarmonias da mesma espécie, notadamente as que se relacionam com o cretinismo, e os que se atiraram de grande altura reaparecem, portando os padecimentos da distrofia muscular progressiva ou da osteíte difusa.” (2)
“A cura para o câncer não deverá surgir nos próximos dez anos” (3) é o que afirma o articulista da Revista Time, Shannon Browlee.
Talvez os cientistas nunca encontrem uma única resposta, um único medicamento capaz de restaurar a saúde de todos os pacientes com câncer, porque um tumor não é igual ao outro.
Os espíritas sabem que não existem doenças e sim doentes. Em verdade, "todos os sintomas mentais depressivos influenciam as células em estado de mitose, estabelecendo fatores de desagregação.”
(4) Apesar dos consideráveis avanços tecnológicos, em busca do diagnóstico precoce e do tratamento eficaz, a Medicina e a Ciência, em geral, estão, ainda, distantes de dominarem o comportamento descontrolado das células neoplásicas.
Obviamente, não precisamos insistir na busca de vidas passadas para justificar o câncer: As estatísticas demonstram grande incidência de câncer no pulmão, em pessoas que fumam na atual encarnação.
Muitas formas de cânceres têm sua gênese no comportamento moral insano atual, nas atitudes mentais agressivas, nas postulações emocionais enfermiças. “O mau-humor é fator cancerígeno que ora ataca uma larga faixa da sociedade estúrdia.”
(5) O ódio, o rancor, a mágoa, a ira são tóxicos fulminantes no oxigênio da saúde mental e física, consomem a energia vital e abrem espaços intercelulares para a distonia e a instalação de doenças. São “agentes poluidores e responsáveis por distúrbios emocionais de grande porte, são eles os geradores de perturbações dos aparelhos respiratório, digestivo, circulatório. Responsáveis por cânceres físicos, são as matrizes das desordens mentais e sociais que abalam a vida”
(6) Falando sobre doença cármica, “o câncer pode, até, eliminar as sombras do passado, mas não ilumina a estrada do porvir. Isso depende de nossas ações, da maneira como arrostamos problemas e doenças.
Quando a nossa reação diante da dor não oprime aqueles que nos rodeiam, estamos nos redimindo, habilitados a um futuro luminoso. "Quando nos rendemos ao desequilíbrio ou estabelecemos perturbações em prejuízo contra nós (...), plasmamos nos tecidos fisiopsicossomáticos determinados campos de ruptura na harmonia celular, criando predisposições mórbidas para essa ou aquela enfermidade e, conseqüentemente, toda a zona atingida torna-se passível de invasão microbiana.”
(7) Outra situação complicada é o aborto que “oferece funestas intercorrências para as mulheres que a ele se submetem, impelindo-as à desencarnação prematura, seja pelo câncer ou por outras moléstias de formação obscura, quando não se anulam em aflitivo processo de obsessão.”
(8)O conhecimento espírita nos auxilia a transformar a carga mental da culpa, incrustada no perispírito, e nos possibilita maior serenidade ante os desafios da doença. Isso influenciará no sistema imunológico.
Os reflexos dos sentimentos e pensamentos negativos que alimentamos se voltam sobre nós mesmos, depois de transformados em ondas mentais, tumultuando nossas funções orgânicas.
Para todos os males e quaisquer doenças, centremos nossos pensamentos em Jesus, pois nosso bálsamo restaurador da saúde é, e será sempre, o Cristo.
Ajustemo-nos ao Evangelho Redentor, pois o Mestre dos mestres é o médico das nossas almas enfermas.

CENTRO ESPÍRITA MÉDICO UBIRAJARA LARA, 30 de novembro de 2012.

Fontes:
(1) Xavier, Francisco Cândido. Evolução em Dois Mundos , ditado pelo espírito André Luis 15ª edição, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1997.
(2) Xavier Francisco Cândido. Religião dos Espíritos, Rio de Janeiro: 11ª Edição Ed. FEB - (Mensagem psicografada por em reunião pública de 03/07/1959)
(3) Transcrita em um caderno especial na Folha de São Paulo de 4 de novembro de 1999
(4) Xavier, Francisco Cândido. Pensamento e Vida, ditado pelo espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2000
(5) Franco, Divaldo. Receita de Paz, ditado pelo espírito Joanna de Angelis, Salvador: Ed. Leal, 1999

(6) FRANCO, Divaldo Pereira. O Ser Consciente, Bahia, Livraria Espírita Alvorada Editora, 1993

segunda-feira, 23 de maio de 2016

“COLÔNIAS ESPIRITUAIS NO BRASIL”

Quando o filme “Nosso lar” saiu, muitas pessoas acabaram interessadas no Espiritismo e nas chamadas “Cidades Astrais”, que nada mais são do que Formas-Pensamento de comunidades agrupadas em grandes egrégoras com até dezenas de milhares de pessoas. Nosso Lar, certamente é a mais famosa, mas não é a única colônia relatada em livros kardecistas.
Colônia Espiritual, cidade espiritual, comunidade espiritual ou mundos transitórios é o lugar onde vivem os espíritos após a morte. Existem vários tipos de colônias espirituais, temos: Colônias correcionais, de estudo e desenvolvimento das artes, socorristas, pesquisa no autoconhecimento e científicas e várias outras. Lá os espíritos trabalham, mandam mensagens espirituais para as pessoas encarnadas, se recuperam, preparam-se para encarnar novamente, além de muitas outras coisas.
Vamos citar nessa postagem algumas colônias espirituais situadas sobre o Brasil, mostraremos sua localidade e sua função como colônia espiritual, vamos a elas:
– Colônia Regeneração: Localizada nas proximidades de Goiânia até Brasília, esta Comunidade trabalha com a recuperação de espíritos mutilados no períspirito, além de proceder com atendimentos fluídico concentrados, terapias, academias, tudo com o intuito de renovação interior.
– Colônia Amigos da Dor: Encontra-se no norte de Minas e extremo sul da Bahia. Realiza socorro a recém-desencarnados através de missas. Os espíritos servidores dessa Colônia prestam atendimento em igrejas, santas casas de misericórdia e é uma das mais antigas Colônias em terras brasileiras.
– Colônia Redenção: Se situa no leste da Bahia em formato mais ou menos triangular. Sendo uma grande referência no mundo espiritual, esta Colônia realiza um grande trabalho em laboratório fluídico por intermédio de seus socorristas na Terra. Encontra-se lá um arquivo com as mais lindas histórias e exemplos de amor que o mundo já viu, começando pela história de Jesus em cenas vivas.
– Colônia Arco-Íris: Esta Comunidade Espiritual é localizada na região norte do Brasil, indo de Porto Velho (RO) a Manaus (AM) em linha reta. Seus servidores oferecem grande amparo aos encarnados e conhecidos como “filhos do arco-íris”.
Colônia Raios do Amanhecer: Localizada na parte central do planeta, tendo maiores núcleos no Brasil, no norte do Amapá. Seus diferentes núcleos espalhados por vários países representam uma atividade diferente. No Brasil se parece com um grande parque infantil, pois é um mundo espiritual de crianças.
– Colônia Bom Retiro: Localiza-se no Paraná tendo um formato de losango. Além de dar socorro aos desencarnados, ela tem como principal função dar a volta ao reequilíbrio do espírito.
– Colônia Padre Chico: Situada no Triangulo Mineiro, é também conhecida no mundo espiritual como Colônia das Margaridas. É uma colônia muito movimentada, pois nela tem espíritos abrigados para socorro e para trabalhar em nome de Cristo.
– Colônia da Praia: Fica no sudeste do Espírito Santo. É voltada para atividades espirituais que atuam na ecologia terrena, desenvolvem estudo e mantém observação atuando no equilíbrio exercido pelo Oceano.
– Colônia Nova Esperança: Localizada bem próximo de Palmelo (GO), esta Colônia tem como função a catalogação de todos os espíritos que entram, saem e que permanecem no planeta, que hoje em dia é de aproximadamente 30 bilhões de espíritos. 
– Colônia das Águas: Situa-se próxima à entrada do rio Amazonas, Sua especialidade é receber os desencarnados por problemas circulatórios e que foram afetados no períspirito.
– Colônia Morada do Sol: Encontrada na parte leste do Brasil e se estendendo até o norte da Bahia. Esta Colônia coordena equipes espalhadas pelo planeta, os servidores levam amparo aos portadores de “doenças tropicais” encarnados.
– Colônia das Flores: Sendo uma das maiores colônias espirituais, ela inicia na parte centra de Santa Catarina indo até Goiás, tendo pontos no Paraná e adentrando São Paulo. Especializada em socorro aos desencarnados vítimas de câncer e que geralmente conservam esta impressão no períspirito.
– Colônia Gramado: Sobre o Rio Grande do Sul, possui vários núcleos de atendimento socorrista. Entre elas destacam-se as colônias “Das Orquídeas”, “Girassóis”, “Do Guaíba” e “Estrela D’alva”, todas recebem o nome de Colônia Gramado. Específica em trabalhos de técnicas de estudo relacionados à coluna vertebral, coordenação motora das pernas e dos pés.
– Colônia das Montanhas: Encontrada no noroeste de Minas Gerais, próximo à divisa de Goiás. Adentrando o sudoeste entre a Serra Bonita (MG) e a Serra da Capivara (BA/PI) e a Serra dos Gaúchos (MG), envolve toda a área do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, onde envolve as águas dos rios Urucaia e Pardo com seus afluentes.
– Colônia Estudo e Vida: Fica no Mato Grosso do Sul e parte da Bolívia. Tem por finalidade o estudo da vida. Possibilita que todos os espíritos tenham autoconhecimento para compreender próprios conflitos e desencontros para qualquer assunto.
Colônia das Violetas: Situada entre Amazonas, Tocantins, Paraná e Mato Grosso, está Colônia realiza técnicas voltadas para a cura de enfermidades cardíacas.
– Colônia do Sol Nascente: No sudoeste do estado de São Paulo, esta Comunidade apresenta um setor de preparação do espírito para reencarnar, aguardando um momento determinado por Deus.
– Colônia do Abacateiro: Abrangendo os estados de Goiás e Mato Grosso, esta Cidade Espiritual é toda cercada por abacateiros e desenvolve técnicas e atendimentos renais, tanto no períspirito quanto no auxílio a todos os processos de enfermidade renal.
– Colônia do Rouxinol: Ao norte do Brasil, no Maranhão, a Colônia passa uma profunda sensação de paz e ali ficam espíritos que desencarnaram após longo período de enfermidade ou que tiveram morte súbita.
– Colônia do Moscoso: Encontra-se na parte centro-leste do Espírito Santo, esta Comunidade tem o formato de um retângulo e com características orientais, fundada por Moscos (povos que habitavam o Mar Negro e o Mar Cáspio). A Colônia desenvolve técnicas que auxiliam o espírito a desenvolver a autodescoberta, como essência divina.
Além destas temos outras, como:
Nosso Lar
Colônia Socorrista Moradia
Colônia Campo da Paz
Casa Transitória de Fabiano
Colônia Redenção
Colônia da Música
Colônia Espiritual de Eurípedes Barsanulfo
Colônia Alvorada Nova
Colônia Casa do Escritor
Colônia Triângulo, Rosa e Cruz
Sanatório Esperança
Moradias
Colônia Porto da Paz
Instituto de Confraternização
Espírito Meimei
Colônia A Cruzada
Colônia Gordemônio
É bom lembrar…                     Que as cidades espirituais que se localizam mais próximas a terra, normalmente são planos transitórios. Existem outros planos superiores e também inferiores.
Nas colônias os espíritos aprendem a se desligar da matéria, alguns lentamente, outros com uma adaptação mais depressa. Cada espírito é um espírito, e seu tempo em determinada colônia, em um plano inferior ou em até mesmo quando reencarnado é relativo.
Nas colônias existem animais, pois eles são princípios espirituais que estão a caminho da evolução, da mesma forma que nós procuramos progredir. Eles também reencarnam e são bem utilizados, cuidados e amados no mundo espiritual.]
No Brasil existem mais colônias do que as mostradas aqui. Este é um trabalho que pretende mostrar uma pequena noção do que é e como se localizam as colônias e moradas. Como disse nosso mestre Jesus: “Há várias moradas na casa do meu pai.”
Além das colônias que foram criadas recentemente, existem colônias Indígenas. Apesar disso não existe colônias para católicos, separados dos espíritas, assim como não se separam celebridades e fãs, todos somos iguais, apenas diferenciados pelo nosso pensamento, não pela cor ou pelo credo. Mas devemos lembrar que os espíritos mantém sintonia, seja com o bem ou com o mal, isso é que definirá onde irá se encontrar.
Lembrando que existem colônias especializadas em desenvolvimento tecnológico, existem as que preparam trabalhadores para trabalharem nos Grupos Espíritas e em outros núcleos também que trabalham com amor e para o amor, como as casas de Umbanda. Tem colônias que trabalham como pronto-socorro e outras como grandes editoras, espíritos que trabalham para trazerem obras magníficas para nós encarnados.
Abraços irmãos, fiquem com Deus.

Grupo de Estudos Amigos de Chico Xavier

domingo, 22 de maio de 2016

“OS SUPERIORES E OS INFERIORES”

A autoridade, da mesma maneira que a fortuna, é uma delegação, de que se pedirá contas a quem dela foi investido. Não creias que ela seja dada satisfazer ao fútil prazer do mando, nem tampouco, segundo pensa falsamente a maioria dos poderosos da terra, como um direito ou uma propriedade. Deus, aliás, tem demonstrado suficientemente que ela não é nem uma, nem outra coisa, desde que a retira quando bem lhe apraz. Se fosse um privilégio inerente à pessoa que a exerce, seria inalienável. Ninguém pode dizer, entretanto, que uma coisa lhe pertence, quando pode ser tirada sem o seu consentimento. Deus concede autoridade a título de missão ou de prova, conforme lhe convém, e da mesma forma a retira.
Todo aquele que é depositário da autoridade, de qualquer extensão que esta seja, desde a do senhor sobre o escravo até a do soberano sobre o povo, não deve esquivar-se à responsabilidade de um encarregado de almas, pois responderá pela boa ou má orientação que der aos seus subordinados, e as faltas que estes puderem cometer, os vícios a que forem arrastados em consequência dessa orientação ou dos maus exemplos recebidos, recairão sobre ele. Da mesma maneira, colherá os frutos de sua solicitude, por conduzi-los ao bem. Todo homem tem, sobre a Terra, uma pequena ou uma grande missão. Qualquer que ela seja, sempre lhe é dada para o bem. Desviá-la, pois, do seu sentido, é fracassar no seu cumprimento.
Se Deus pergunta ao rico: Que fizeste da fortuna que devia ser em tuas mãos uma fonte espalhando a fecundidade em seu redor? Também perguntará ao que possui alguma autoridade: Que uso fizeste dessa autoridade? Que males impediste? Que progressos impulsionaste? Se te dei subordinados, não foi para torná-los escravos da tua vontade, nem dóceis instrumentos dos teus caprichos e da tua cupidez; se te fiz forte e te confiei os fracos, foi para que os amparasses e os ajudasses a subir até mim.
O superior que guardou as palavras do Cristo, não despreza a nenhum dos seus subordinados, porque sabe que as distinções sociais não subsistem diante de Deus. O Espiritismo lhe ensina que, se eles hoje o obedecem, na verdade já podem tê-lo dirigido, ou poderão dirigi-lo mais tarde, e que então será tratado como por sua vez os tratou.
Se o superior tem deveres a cumprir, o inferior também os tem de sua parte, e não são menos sagrados. Se também este é espírita, sua consciência lhe dirá, ainda mais fortemente, que não está dispensado de cumpri-los, mesmo que o seu chefe não cumpra os dele, porque sabe que não deve pagar o mal com o mal, e que as faltas de uns não autorizam as de outros. Se sofre na sua posição, dirá que sem dúvida o mereceu, porque ele mesmo talvez tenha abusado outrora de sua autoridade, devendo agora sentir os inconvenientes do que fez os outros sofrerem. Se for obrigado a suportar essas posições, na falta de outra melhor, o Espiritismo lhe ensina a resignar-se a isso, como a uma prova a sua humildade, necessária ao seu adiantamento. Sua crença o guia na sua conduta: ele age como desejaria que os seus subordinados agissem com ele, caso fosse o chefe. Por isso mesmo é mais escrupuloso no cumprimento das obrigações, pois compreende que toda negligência no trabalho que lhe foi confiado será um prejuízo para aquele que o remunera, e a quem deve o seu tempo e os seus cuidados. Numa palavra, ele é guiado pelo sentimento do dever que a sua fé lhe infunde, e a certeza de que todo desvio do caminho reto será uma dívida, que terá de pagar mais cedo ou mais tarde.

O Evangelho  Segundo o Espiritismo

sábado, 21 de maio de 2016

CHICO XAVIER CONTA SOBRE A VISITA QUE FEZ À COLÔNIA ESPIRITUAL "NOSSO LAR" NA COMPANHIA DE ANDRÉ LUIZ!

Tive a alegria de conhecer a Doutrina em 1980 e o prazer de conhecer (ou reconhecer) o médium Chico Xavier em 1981, em Pedro Leopoldo (MG), na casa de sua irmã, Cidália Xavier e do nosso saudoso Francisco Carvalho. Um encontro que ficará registrado na minha memória espiritual. Nesse período, estabelecemos um contato estreito, onde tive a oportunidade de acompanhar parte do seu admirável trabalho. Em todos esses anos, sempre procurei manter a nossa amizade em bases de respeito e confiança. Talvez, por isso, ela só tenha sido interrompida em 30 de junho de 2002.
O caso que narro a seguir foi contado pelo Chico, em meados da década de 80, na casa de sua irmã Luiza Xavier, na cidade de Pedro Leopoldo (MG). Estávamos conversando sobre o livro Nosso Lar, quando fiz ao Chico a seguinte pergunta:
Qual foi o acontecimento que mais o alegrou na Seara Espírita até o dia de hoje?
R - Tenho tido sempre muitas alegrias em minha vida mediúnica, principalmente na recepção dos livros de nossos instrutores do Alto,
no entanto, assinalo, como sendo uma das mais belas surpresas da minha vida de médium, a saída de meu corpo físico, durante algumas horas, em julho de 1943, na companhia do nosso amigo desencarnado, André Luiz, a fim de conhecer uma faixa suburbana de Nosso Lar, a cidade que ele descreve no primeiro livro que ele escreve, por meu intermédio, providência essa que Emmanuel permitiu fosse tomada para que eu não prejudicasse a psicografia de André Luiz, cujas narrações eram para mim inteiramente novas.” (No Mundo de Chico Xavier, p. 106-107) Chico Xavier.
Ele me disse também que no capítulo do livro intitulado Bônus Hora, ele havia parado de psicografar por uns 15 dias.
Pensou que estava sendo mistificado. Segundo ele, André Luiz, percebendo que a dúvida poderia atrapalhar o desenvolvimento da obra, disse que em uma das quartas-feiras ele seria levado para conhecer alguns aspectos da cidade. Recomendou o Chico quanto aos cuidados em relação aos pensamentos e à alimentação. E aconselhou que ele se deitasse em decúbito dorsal, procurando evitar qualquer posição desconfortável, principalmente para a região do pescoço. Chico disse que ele se deslocou do corpo e ficou aguardando a chegada de André Luiz, mantendo boa consciência.
No horário marcado, André Luiz e Chico “caminham” na rua São Sebastião, em direção à rua Comendador Antônio Alves (rua principal da cidade), e ficam aguardando em frente à Matriz. Lá permanecem por alguns minutos, quando Chico observa que um veículo na forma de um “cisne” aterriza suavemente na rua. No lugar onde ficam os “órgãos do cisne” se localizavam as janelas e nos “olhos do cisne” os condutores do veículo.
Antes de entrar no citado veículo, André Luiz disse a Chico que a partir daquele momento ele não precisava articular nenhuma palavra, que se comunicariam através do pensamento. Entraram no veículo e Chico observou que todos os lugares já estavam ocupados, com exceção dos dois últimos. Chico perguntou mentalmente a André Luiz o que aquelas pessoas estavam fazendo ali e ele disse que muitas estavam indo à cidade de Nosso Lar para refazimento e outras para orientação e instrução, sempre acompanhadas por algum amigo ou benfeitor espiritual.
Chico observou que o deslocamento do veículo era muito diferente do avião comum, que para pegar altitude tem de dispor de muito espaço. Ao contrário, aquele veículo pegava altitude rapidamente e foi exemplificando com as mãos que o veículo pegava altitude utilizando um movimento espiralado.
Chico não soube precisar exatamente quanto tempo esteve no veículo, mas me relatou que acreditava ter ficado por volta de 40 minutos. Disse ainda que não era possível observar pela janela o que estava acontecendo na paisagem exterior e que, de repente, o veículo fez um movimento semelhante ao de quando empurramos um objeto de plástico para o fundo da água e o soltamos ele volta um pouco acima do nível da água e depois se acomoda na superfície.
Naquele momento, quando Chico olhou pela janela, o veículo estava sobre um oceano. Segundo André Luiz, na perspectiva de Nosso Lar os encarnados "estão vivendo em um mar de oxigênio”. 
O médium relatou que o veículo deslizou por alguns minutos na horizontal e parou em uma espécie de porto. O comandante da “nave” disse a todos que deveriam estar novamente naquele local a uma determinada hora.
Cada grupo seguiu a sua direção. Chico afirmou que no trajeto para a cidade existiam flores emitindo cores variadas. André Luiz disse que pela manhã as flores absorvem a luz solar e à noite emitem luz, permitindo um jogo de cores impressionante. Chico não teve permissão de conhecer a Governadoria.
Observou que as ruas eram bem largas e arborizadas. Conheceu algumas dependências do Ministério da Regeneração. Disse que entrou em uma espécie de hospital (acho que ele se referiu ao Santuário da Bênção). Viu muitos enfermos. Observou que as lâmpadas nesse local tinham a forma de um coração. André Luiz disse que durante as orações da Governadoria e de toda a comunidade, pontualmente às 18h, os enfermos recebem energias de refazimento através dessas lâmpadas.
André Luiz falou sobre o chamado Bônus Hora, explicando o seu mecanismo. Boa parte dessa explicação consta no próprio livro. Retornaram no horário previsto.
Das obras psicografadas pela faculdade mediúnica do nosso Chico Xavier, na minha opinião, a série André Luiz representa uma fonte inesgotável de informação, consolo e esclarecimento. Precisamos estudá-la urgentemente.
Ana Maria Teodoro Massuci.
Fonte: Geraldo Lemos Neto Vinha de Luz Editora Ismael Gobbo | SP

Jhon Harley - Presidente do Conselho Curador da Fundação Cultural Chico Xavier, instituída em 01/07/2005, e trabalhador do Grupo Espírita Scheilla e da Casa de Chico Xavier, na cidade de Pedro Leopoldo (MG).

sexta-feira, 20 de maio de 2016

“A SEPARAÇÃO RESOLVE?" CONFLITOS ENTRE CASAIS SE RESOLVE COM O DIVÓRCIO?

Os dias atuais têm testemunhado muitas separações conjugais. Nós perguntamos, e gostaríamos que você respondesse, com toda a sinceridade: a separação resolve?
Embalados pelo suave encantamento do namoro e noivado, os casais entram na barca da paixão e se deixam levar pelo grande oceano do casamento.
Sentindo ainda as emoções dos primeiros tempos, tudo é alegria e contentamento...
A música, o perfume, as flores, os passeios, a comida predileta, tudo é compartilhado com carinho e cada um faz tudo para agradar ao outro.
Na balança das ações, somente o prato das virtudes é utilizado.
Todavia, o tempo passa... surgem os ventos, os maremotos, a neblina... E as dificuldades começam...
O casal esquece de estender a ponte do diálogo que, certamente, iria propiciar soluções para os problemas ou encontrar maneiras de os contornar com sabedoria.
Surgem os conflitos... e na balança das ações começa a pesar mais o prato das imperfeições...
Perguntamo-nos: Como pôde aquela alma tão querida de outrora se transformar em uma pessoa cheia de defeitos? E o outro, seguramente, faz-se os mesmos questionamentos a nosso respeito.
Cada um se isola num canto da barca buscando resolver o próprio problema. O que antes era compartilhado com carinho e doçura, agora é tratado de forma egoísta e, muitas vezes, injusta.
É bem certo que o suave encantamento do início não é mais o mesmo, todavia, ele ainda está lá, basta que o busquemos.
Iremos descobrir que, com o passar do tempo, os sentimentos amadureceram, se transformaram em amizade, em companheirismo, em afeto verdadeiro...
Vale a pena que repensemos a nossa situação relativamente ao casamento. Vale a pena lembrar que, os que estamos em família, não estamos juntos por conta do acaso.
Se o esposo ou esposa não é bem o que desejamos, lembremos que é o melhor que Deus pôde nos oferecer para que cresçamos juntos.
Se a barca do nosso casamento está navegando por mares difíceis e as neblinas densas dos problemas o ameaçam, pensemos nos frutos dessa união: os filhos, que se somaram a nós.
Busquemos colocar na balança todos os momentos de alegria compartilhada...
As pequenas coisas que nos faziam rir antes...
As tantas vezes que o outro nos acarinhou os cabelos nos momentos amargos...
Os chás feitos com ternura nos dias de enfermidades...
As preces dirigidas a Deus, em nosso favor...
Os cabelos brancos, adquiridos juntos... os quilinhos a mais... os vincos na face... os filhos amados...
Tudo isso deve ser pesado antes de decidir-se pela separação, causadora, em muitos casos, de maiores dissabores e tormentos.
Nesses tempos de dificuldades, quando as pessoas buscam a separação por motivos fúteis, lembre-se de que talvez os dois juntos superem os obstáculos com mais facilidade, se somarem ao invés de dividir.
E se o fato já estiver consumado, não se desespere, busque amar e compreender, rogando a Deus que o abençoe, abençoando igualmente os demais familiares, que são também, antes de tudo, filhos de Deus.
Redação do Momento Espírita.

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𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...