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sexta-feira, 7 de outubro de 2016

“POR QUE NOS ESQUECEMOS DAS NOSSAS VIDAS PASSADAS”


O Livro dos Espíritos (LE) possui um capítulo intitulado “Retorno à Vida Corporal”. Neste capítulo são respondidas várias perguntas; inclusive uma pergunta básica: se reencarnamos, por que não nos lembramos das outras encarnações? A resposta é que “o esquecimento do passado” é um grande benefício para facilitar a evolução dos espíritos encarnados no planeta Terra.
O esquecimento do passado é uma proteção para o ser humano que encarna. “A encarnação é uma nova oportunidade de desenvolver habilidades, desenvolver recursos e fazer boas escolhas. A encarnação com menos influência do passado é uma nova oportunidade facilitada. As decisões e as experiências nesta nova encarnação servirão de contraponto às experiências de outras encarnações”, diz o livro Nascer Várias Vezes. Ou seja, ao reencarnar, somente algumas informações do passado influenciam a nova encarnação; isto evita que a mente seja inundada por influências do passado.
Nos sentiríamos humilhados, se nossos próximos soubessem de todos os erros que cometemos na presente encarnação; muitas vezes, nos sentimos humilhados ao ter de admiti-los até a nós mesmos. Convém então perguntar o que sentiríamos se adicionássemos as falhas do passado às falhas atuais? Naturalmente, nos sentiríamos bem mais desanimados, sabendo de todas as vezes que reincidimos nos mesmos erros.
Deus sabe o que faz. Se o esquecimento do passado é obrigatório, há razões para isso, até mesmo além das que conhecemos.
Não nos lembramos das vidas passadas e nisso está a sabedoria de Deus.
Se lembrássemos do mal que fizemos ou dos sofrimentos que passamos, dos inimigos que nos prejudicaram ou daqueles a quem prejudicamos, não teríamos condições de viver entre eles atualmente.
Pois, muitas vezes, os inimigos do passado hoje são os nossos filhos, nossos irmãos, nossos pais, nossos amigos, que presentemente se encontram junto de nós para a reconciliação. Por isso, existe a reencarnação.
Do total de memórias do espírito, somente algumas fazem parte e influenciam a encarnação atual. As outras memórias do espírito ficam dissociadas; não influenciam a vida encarnada. De um modo bem simplificado podemos dizer: ao invés de encarnar com “milhares” de problemas para resolver, o espírito encarna com a missão de vida de resolver alguns problemas.
O capítulo citado do Livro dos Espíritos (LE) diz: “o homem não pode nem deve saber de tudo” (pergunta 392). Um espírito com milhares e milhares de anos possui uma história tão rica e diversa que seria exagero querer saber tudo sobre ela. Além de exagero, desperdício de tempo e perda de foco da sua real missão de vida. Por isto, existe a dissociação da memória que mantém a imensa maioria das memórias do espírito sem ascendência sobre esta encarnação.
Existem, por outro lado, uma minoria de memórias que ajudam a formar o novo corpo/mente desde a concepção. A vida que temos hoje é uma continuidade da vida espiritual e das encarnações passadas. Para que exista esta continuidade é necessário que muitos conteúdos de encarnações passadas (“vidas passadas”) façam parte desta vida atual. Ou seja, somos formados primeiramente por experiências e memórias de encarnações passadas e do plano espiritual que se armazenam em nossa mente a partir da vida intrauterina.
Qual a função da encarnação? Propiciar a evolução (desenvolvimento moral e intelectual do ser). Cada um nasce com suas missões de vida, ou seja, com metas evolutivas prioritárias. As memórias de vidas passadas que continuam a atuar na vida atual estão, principalmente, relacionadas a estas missões de vida.
Os conteúdos do espírito são filtrados quando da encarnação, isto permite o foco nos objetivos traçados como a missão de vida. Nascemos com objetivos evolutivos bem determinados, e nascemos com boas condições para atingi-los. Este filtro favorece a realização da missão de vida”, diz o livro Nascer Várias Vezes.
Existem três tipos de memórias do espírito: aquela que ficou dissociada e a que está ativa na vida encarnada (a terceira será abordada mais a frente no texto). A memória ativa está relacionada com os desafios evolutivos que o espírito tem que enfrentar.
Acontece que a memória que está ativa também está “esquecida”, porque ela está no inconsciente. Somente podemos percebê-las pelos resultados de sua influência. Algumas vezes elas aparecem como medos irracionais, como interesses por algo, ou como um traço da personalidade, ou outra particularidade qualquer. Enquanto o sintoma ou característica da personalidade está presente na consciência, a origem (história) permanece no inconsciente influenciando a mente total. Este não é um esquecimento verdadeiro. É mais uma ignorância. Ignoramos parte da nossa verdade interior. Ignoramos parte do motivo de sermos como somos. A verdade é esta: o ser humano ignora o que está no seu inconsciente e que ajudou a formá-lo como ele é. A terapia de vidas passadas (TVP) lida com estas memórias que ignoramos. São memórias ativas, presentes e que nos fazem sofrer (ou nos favorecem com suas qualidades e experiências). A maioria destas memórias inconscientes é de encarnações passadas e do plano espiritual – e fazem parte desta encarnação.
Podemos dizer que a TVP é uma forma a mais de ajuda para que todos possam evoluir e superar os desafios da vida. É uma forma de caridade, de compaixão e de facilitar o cumprimento das missões de vida.
Existem quatro tipos de memórias no ser humano: as que são conscientes, as que ignoramos (que estão no inconsciente), as que são próprias do espírito (que estão dissociadas da mente encarnada) e as memórias transpessoais.
No livro “A Gênese”, Kardec escreve que existem ideias intuitivas e inatas ao ser. Estas ideias inatas foram desenvolvidas antes do nascimento, em parte são originadas de “memórias” que vão além da história do espírito. Por exemplo, há uma capacidade inata de o espírito escolher “o bem ao invés do mal”. Esta capacidade não foi desenvolvida pelo espírito, e sim “dada” por Deus como um recurso a ser utilizado para facilitar a evolução. C.G.Jung deu o nome de arquétipo a um tipo de “memória” inata que todos os humanos possuem e que serve de referência para a mente desenvolver.
A importância da memória transpessoal para a evolução do espírito advém do fato de que é um dos recursos mais poderosos que existem à disposição de cada um para aprender, amadurecer e progredir. A existência desta memória é um dado lógico. Deus, ao criar espíritos destinados a evoluir, lhes deu condição (desde a primeira encarnação) de fazer boas escolhas. Estas condições presentes desde o início são memórias presentes no espírito e, portanto, em cada ser humano.
“Conheça a verdade, e esta vos libertará”, diz o ditado. O ser humano, espírito encarnado, pode evoluir mais facilmente quando busca a origem dos seus problemas em memórias que ele ignora e que estão guardadas no seu inconsciente. Ele supera sofrimentos e, acima de tudo, pode contribuir mais efetivamente para o progresso da sociedade e dos seus familiares.
 Por Regis Mesquita.

*Regis Mesquita é psicólogo e Terapeuta de Vidas Passadas em Campinas, SP, autor e escritor do livro “Nascer Várias Vezes”.

DIVALDO FRANCO FALA DE COMO SE LIBERTAR DOS ESPÍRITOS INFERIORES."


quarta-feira, 5 de outubro de 2016

O CORPO PODE CONTINUAR VIVO MESMO APÓS O DESLIGAMENTO DO ESPÍRITO?

A separação entre a alma e o corpo pode se dar antes que o corpo paralise suas funções orgânicas, porém, isso é muito raro. Depende muito da situação psíquica do Espírito. O mais das vezes, a chama espiritual permanece ligada ao fardo físico por horas, dias ou meses e até anos, chumbada aos restos mortais por provas ou por incapacidade de se libertar do próprio apego à vida física. Isto tem uma variação muito grande. Pode-se dizer que é zero ao infinito.
Não existe uma desencarnação igual a outra. Os processos de desligamento dos laços têm variadas modalidades. Temos a dizer que, na arte de Deus, não existe violência. Os meios de ligar-se à vida corporal e desligar-se dela são regidos por leis que correspondem às necessidades da alma.
Sempre falamos da necessidade dos homens se prepararem, no tocante à vida na Terra, porque a verdadeira moradia é a espiritual. Quantos sofrem duras provas ligados aos restos do corpo por muito tempo, por lhes faltar compreensão das leis divinas!? Sofrem por ignorância. Não é por faltarem escolas; existem muitas que levam as almas a despertar, educando a si mesmas. A vida é, pois, uma escola onde todos devemos aprender como viver.
Os Espíritos elevados descem de altas esferas, por misericórdia de Deus, no sentido de ensinarem aos homens e Espíritos ainda humanizados nos seus instintos, a se libertarem da inferioridade. Eles sabem esperar a maturidade de cada um, entrementes, a melhor escola ainda é a dor. No estágio em que se encontra a humanidade, sofrer é salutar remédio para desprender-se.
Assim, como pode a alma desatar seus laços antes que cesse a vida orgânica, por evolução, pode a vida orgânica cessar e o Espírito ficar ainda por muito tempo preso aos restos carnais, de onde escapou toda a força vital dos órgãos. Assim como os pais têm o dever de preparar seus filhos para a vida na Terra, dando-lhes receitas que lhes possam assegurar uma existência melhor, o dever é o mesmo, ou maior, de prepará-los ante a vida espiritual, diminuindo, portanto, seus sofrimentos para o futuro, conscientizando-os da realidade da vida do Espírito.
O Espírito encarnado está preso às grades da carne, sujeito a inúmeros problemas, que antes eram chamados de castigo, e hoje, em certos meios, provações ou missões, porém, é um aprendizado, onde gradativamente vão se despertando os valores da alma. Essa poderá, com o tempo, ascender para regiões superiores, quando compreender as leis de Deus e passar a vivê-las. A vida física é breve e cheia de obstáculos, por ser o calvário de quem sustenta o corpo, e é nessa engrenagem que aprendemos a escolher os nossos próprios caminhos e a corrigir as nossas deficiências.
É bom que saibamos que não há somente os laços espirituais que prendem a alma ao corpo; há – e sim – os laços psicológicos, que por vezes são mais difíceis de serem rompidos. A educação neste sentido é de grande valor. É por isso que o Espírito renasce como membro de muitas famílias, participando de diversas nações, para que surja o desprendimento e se liberte.

Filosofia Espírita - Comentário de Miramez sobre a questão 0156 do Livro dos Espíritos.

terça-feira, 4 de outubro de 2016

“CELIBATO E CASTIDADE.”

É possível seguir Jesus, evidentemente nos limites que o nosso estágio evolutivo atual permite, não sendo celibatário? 
Perfeitamente, por que não? Kardec, por exemplo, era casado. E muito bem-casado com Amélie Boudet, o que não o impediu, mas, muito pelo contrário, o sustentou na luta pela codificação e divulgação da Doutrina Espírita, revivendo o Cristianismo na sua pureza doutrinária. Portanto, ele seguiu Jesus sem ser celibatário.
Mudemos o enfoque. É possível seguir Jesus não sendo casto, considerando, da mesma forma, os limites que nossa evolução atual nos enseja? Não. Não é possível. E não é possível porque castidade, ao contrário do que muitos pensam, não se refere simplesmente à ausência de relacionamento sexual, mas sim de uma pureza interior que vai muito além da abstinência de sexo. Por essa pureza interior passa o bom emprego do sexo, onde um não transforma o outro no objeto de satisfação de seus instintos, mas onde uma pessoa se completa e completa a outra dentro de um clima de bem-querer onde só é possível ser feliz mergulhado na felicidade que emana do outro, e cujo autor somos cada um de nós.
Jesus, muito além de celibatário, era casto. Sua pureza moral não pode ser seguida com uma simples ausência da atividade sexual que muitas vezes leva o indivíduo ao desequilíbrio emocional, a exemplo de uma gigantesca represa que, quanto mais é contida, mais corre o risco de se romper na pedofilia, no estupro e tantos outros crimes que o sexo reprimido e desequilibrado enseja.
Chico Xavier e Divaldo Franco, para tomarmos exemplos dentro da Doutrina Espírita, optaram pelo celibato, face aos inúmeros compromissos que trouxeram junto à família espiritual de nosso planeta. Só que não ficaram apenas no celibato. Viveu o primeiro e vive o segundo também a castidade que a evolução alcançada pelos dois permite.
Albert Schweitzer era casado e casto. E exatamente por ser casto foi capaz de se entregar a tratar de leprosos no continente africano; a não pisar sobre uma simples flor silvestre por respeitar-lhe a existência e o direito à vida; a amar profundamente aos animais por entendê-los como criaturas de Deus e com o direito a viver, enquanto presenciamos motoristas insensíveis direcionando o veículo que dirigem, de forma irresponsável, para cima de uma pomba que busca o seu alimento numa via pública ou em direção a um cachorro abandonado de rua pelo simples prazer de tirar uma vida! Dia desses presenciei um motorista em alta velocidade na área urbana gritando com um cachorro que quase foi atropelado impiedosamente ao atravessar de um lado para o outro daquela via, como se o animal tivesse consciência de que atravessava uma rua. Poderia muito bem ter feito o mesmo com uma criança ou com um idoso com dificuldades de locomoção. Esse último não tem a castidade para seguir Jesus, por enquanto.
Martin Luther King Jr. era casado e casto para seguir Jesus a ponto de entregar a sua própria vida defendendo os direitos de nossos irmãos de cor de pele diferente da branca, como se esse tecido superficial que reveste nosso corpo não estivesse destinado à morte como todos os outros, mais dia, menos dia! Ele teve a castidade suficiente para seguir Jesus.
É impossível falar sobre celibato ou castidade sem que o tema sexo nos venha à mente. O que será que a Doutrina Espírita pode nos orientar a respeito? Vejamos as lições de Emmanuel contida no livro O Consolador, questão 184:Não devemos esquecer que o amor sexual deve ser entendido como o impulso da vida que conduz o homem às grandes realizações do amor divino, através da progressividade de sua espiritualização no devotamento e nos sacrifícios. 
Haveis de observar que Deus não extermina as paixões dos homens, mas fá-las evoluir, convertendo-as pela dor em sagrados patrimônios da alma, competindo às criaturas dominar o coração, guiar os impulsos, orientar as tendências, na evolução sublime dos seus sentimentos.
Examinando-se, ainda, o elevado coeficiente de viciação do amor sexual, que os homens criaram para os seus destinos, somos obrigados a ponderar que, se muitos contraem débitos penosos, entre os excessos da fortuna, da inteligência e do poder, outros o fazem pelo sexo, abusando de um dos mais sagrados pontos de referência de sua vida.
Depreende-se, pois, que, ao invés da educação sexual pela satisfação dos instintos, é imprescindível que os homens eduquem sua alma para a compreensão sagrada do sexo.
Quando tivermos conseguido essa compreensão sagrada, o celibato será uma condição absolutamente dispensável em todo aquele que decidir seguir Jesus, pois que terá se iniciado no estado da castidade indispensável para segui- lo.

RICARDO ORESTES FORNI

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...