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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

“O DESAFIO DAS DOENÇAS ESPIRITUAIS. ”

     A medicina humana não admite a existência do Espírito, não reconhecendo, consequentemente, as doenças espirituais. No passado, porém, durante séculos, o Espírito era considerado causa de doença, principalmente na loucura onde parecia evidente seu parentesco com o mal. Quando a Medicina começou a descobrir a fisiologia mecanicista dos fenômenos biológicos, excluiu dos meios acadêmicos a participação da alma, inclusive na criação dos pensamentos, que passaram a ser vistos como "secreção" do cérebro, e as doenças mentais, como distúrbios da química dos neurônios.
     O médico espírita que pretender retomar, nos dias de hoje, a discussão sobre as doenças espirituais precisa expurgar, em primeiro lugar, a "demonização" das doenças, um ranço medieval que ainda contamina igrejas e repugna o pensamento médico atual.
     A medicina moderna aprendeu a ajuizar os sintomas e os desvios anatômicos, usando sinais clínicos para fazer as classificações das doenças que conseguiu identificar. Para as doenças espirituais, porém, fica faltando conhecer "o lado de lá" de cada paciente para podermos dar um diagnóstico correto para cada necessitado. Já no século XVII, Paracelso atribuía causas exteriores ou perturbações internas aos doentes mentais, destacando oslunáticos (pela interferência das fases e movimentos da Lua), os insanos (pela hereditariedade), os vesanos (pelo abuso de bebida ou  mau uso de alimentos) e os melancólicos (por um vício de natureza interna).
     Para as doenças espirituais também percebemos causas externas e internas. Por enquanto, nossa visão parcial nos permite apenas uma proposta onde constem as possíveis causas da doença  espiritual, sem o rigor que uma avaliação individual completa exigiria, adotando-se para tanto a seguinte classificação: doenças espirituais auto-induzidas (por desequilíbrio vibratório e auto-obsessão), doenças espirituais compartilhadas(por vampirismo e obsessão), mediunismo e doenças cármicas.
As Doenças Espirituais auto induzidas
Por desequilíbrio vibratório      
     O perispírito é um corpo intermediário que permite ao espírito encarnado exercer suas ações sobre o corpo físico. Sua ligação é feita célula a célula, atingindo a mais profunda intimidade dos átomos que constitui a matéria orgânica do corpo físico. Esta ligação se processa pelas vibrações de cada um dos dois corpos - físico e espiritual - cujo "ajuste" exige uma determinada sintonia vibratória. Como o perispírito não é prisioneiro das dimensões físicas do corpo de carne, podendo manifestar suas ações além dos limites do corpo físico pela projeção dos seus fluidos, a sintonia e a irradiação do perispírito são dependentes unicamente das projeções mentais que o espírito elabora, do fluxo de idéias que construímos. De maneira geral, o ser humano ainda perde muito dos seus dias comprometido com a crítica aos semelhantes, o ódio, a maledicência, as exigências descabidas, a ociosidade, a cólera e o azedume entre tantas outras reclamações levianas contra a vida e contra todos. Como o vigiai e orai ainda está distante da nossa rotina, desajustamos a sintonia entre o corpo físico e o perispírito, causando um “desequilíbrio vibratório". Essa desarmonia desencadeia sensações de mal-estar, como a estafa desproporcional e a fadiga sistemática, a enxaqueca, a digestão que nunca se acomoda, o mau humor constante e inúmeras outras manifestações tidas como "doenças psicossomáticas". Ainda nos dedicamos pouco a uma reflexão sobre os prejuízos de nossas mesquinhas atitudes, principalmente em relação a um comportamento mental adequado.
Por auto obsessão
     O pensamento é energia que constrói imagens que se consolidam em torno de nós. Impressas no perispírito elas formam um campo de representações de nossas ideias. À custa dos elementos absorvidos do fluido cósmico universal, as ideias tomam formas, sustentadas pela intensidade com que pensamos nelas. A matéria mental constrói em torno de nós uma atmosfera psíquica (psicosfera) onde estão representados os nossos desejos. Neste cenário, estarão todos os personagens que nos aprisionam o pensamento pelo amor ou pelo ódio, pela indiferença ou pela proteção, etc. Medos, angústias, mágoas não resolvidas, idéias fixas, desejo de vingança, opiniões cristalizadas, objetos de sedução, poder ou títulos cobiçados, tudo se estrutura em "idéias-formas" na psicosfera que alimentamos, tornando-nos prisioneiros dos nossos próprios fantasmas. A matéria mental produz a "imagem" ilusória que nos escraviza. Por capricho nosso, somos, assim, "obsedados" pelos nossos próprios desejos.
As doenças espirituais compartilhadas
Por vampirismo
     O mundo espiritual é povoado por uma população numerosíssima de Espíritos, quatro a cinco vezes maior que os seis bilhões de almas encarnadas em nosso planeta. Como a maior parte desta população de Espíritos deve estar habitando as proximidades dos ambientes terrestres, onde flui toda a vida humana, não é de se estranhar que esses Espíritos estejam compartilhando das nossas condutas. Podemos atraí-los como guias e protetores, que constantemente nos inspiram, mas também a eles nos aprisionar pelos vícios - o álcool, o cigarro, as drogas ilícitas, os desregramentos alimentares e os abusos sexuais. Pare todas essas situações, as portas da invigilância estão escancaradas, permitindo o acesso de entidades desencarnadas afins. Nesses desvios da conduta humana, a mente do responsável agrega em torno de si elementos fluídicos com extrema capacidade corrosiva de seu organismo físico, construindo para si mesmo os germens que passam a lhe obstruir o funcionamento das células hepáticas, renais e pulmonares, cronificando lesões que a medicina considera incuráveis. As entidades espirituais viciadas compartilham dos prazeres do vício que o encarnado lhes favorece e ao seu tempo estimulam-no a nele permanecer. Nesta associação, há uma tremenda perda de enrgia por parte do encarnado. Daí a expressãovampirismo ser muito adequada para definir esta parceria.
Por obsessão     
     No decurso de cada encarnação, a misericórdia de Deus nos permite usufruir das oportunidades que melhor nos convém para estimular nosso progresso espiritual. Os reencontros ou desencontros são de certa maneira planejados ou atraídos por nós para os devidos resgates ou para facilitar o cumprimento das promessas que desenhamos no plano espiritual. É assim que, pais e filhos, reencontram-se como irmãos, como amigos, como parceiros de uma sociedade. Marido e mulher que se desrespeitaram, agora se reajustam como pai e filha, chefe e subalterno ou como parentes distantes, que a vida dificulta a aproximação. As dificuldades da vida de uma maneira ou de outra vão reeducando a todos. Os obstáculos que à primeira vista parecem castigo ou punição trazem no seu emaranhado de provas a possibilidade de recuperar danos físicos ou morais que produzimos no passado.
     No decorrer de nossas vidas, seremos sempre  ganhadores ou perdedores na grande luta da sobrevivência humana. Nenhum de nós percorrerá essa jornada sem ter que tomar decisões, sem deixar de expressar seus desejos e sem fazer suas escolhas. É aí que muitas e muitas vezes contrariamos as decisões, os desejos e as escolhas daqueles que convivem próximo a nós. Nos rastros das mazelas humanas, nós todos, sem exceção, estamos endividados e altamente comprometidos com outras criaturas, também exigentes como nós, que como obsessores vão nos cobrar noutros comportamentos, exigindo-nos a quitação de dívidas que nos furtamos em outras épocas. Persistem como dominadores implacáveis, procurando nos dificultar a subida mais rápida para os mais elevados estágios da espiritualidade. Embora a ciência médica de hoje ainda não a traga em seus registros, a obsessão espiritual, na qual uma criatura exerce seu domínio sobre a outra, é, de longe, o maior dos males da patologia humana.
Por mediunismo
     São os quadros de manifestações sintomáticas apresentadas por aqueles que, incipientemente, inauguram suas manifestações mediúnicas. Com muita freqüência, a mediunidade se manifesta de forma tranqüila e é tida como tão natural que, o médium, quase sempre ainda muito jovem, mal se dá conta de que o que vê, o que percebe e o que escuta de diferente. Outras vezes, os fenômenos são apresentados de forma abundante e o principiante é tomado de medos e inseguranças, principalmente, por não saber do que se trata. Em outras ocasiões, a mediunidade é atormentada por espíritos perturbadores e o médium se vê às voltas com uma série de quadros da psicopatologia humana, ocorrendo crises do tipo pânico, histeria ou outras manifestações que se expressam em dores, paralisias, anestesias, "inchaço" dos membros, insônia rebelde, sonolência incontrolável, etc. Uma grande maioria tem pequenos sintomas psicossomáticos e se sente influenciada ou acompanhada por entidades espirituais. São médiuns com aptidões ainda muito acanhadas, em fase de aprendizado e domínio de suas potencialidades, uma tenra semente que ainda precisa ser cultivada para se desabrochar.
Por "doenças cármicas" (compromissos adquiridos)
     A "doença cármica" é antes de mais nada uma oportunidade de resgate e redenção espiritual. Sempre que pelas nossas intemperanças desconsideramos os cuidados com o nosso corpo e atingimos o equilíbrio físico ou psíquico do nosso próximo, estamos imprimindo estes desajustes nas células do nosso corpo espiritual. É assim que, na patologia humana, ficam registrados os quadros de "lúpus" que nos compromete as artérias, do "pênfigo" que nos queima a pele, das "malformações" de coração ou do cérebro, da "esclerose múltipla" que nos imobiliza no leito ou das demências que nos compromete a lucidez e nos afasta da sociedade.
     Precisamos compreender que estas e todas as outras manifestações de doença não devem ser vistas como castigos ou punições. O Espiritismo ensina que as dificuldades que enfrentamos são oportunidades de resgate, as quais, com frequência fomos nós mesmos quem as escolhemos para acelerar nosso progresso e nos alavancar da retaguarda, que às vezes nos mantém distantes daqueles que nos esperam adiante de nós. Mais do que a cura das doenças, a medicina tibetana, há milênios atrás, ensinava que médicos e pacientes devem buscar a oportunidade da iluminação. Os padecimentos pela dor e as limitações que as doenças nos trazem sempre possibilitam esclarecimento, se nos predispormos a buscá-lo. Mais importante do que aceitar o sofrimento numa resignação passiva e pouco produtiva é tentar superar qualquer limitação ou revolta, para promovermos o crescimento espiritual, através desta descoberta interior e individual. (Dr. Nubor Orlando Facure - Neurologista) - Artigo inserido no Jornal Espírita de julho de 2004
Medicina e Espiritualidade


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

“MATERIALIZAÇÃO DE ESPÍRITOS”

Detalhes Imprescindíveis
Fator moral dos envolvidos: presente em todas as realizações espíritas;
¨Motivações superiores: razão de ser para os espíritos superiores se materializarem;
¨Nenhum espírito superior concorda em materializar-se para atender a caprichos e/ou curiosidades;
¨Todos os fenômenos de materialização são regidos e supervisionados por entidades elevadas por ser um trabalho importante, difícil e perigoso.
Conceito ¨Materialização ≠ Aparição;
¨Materialização = Corporificação dos espíritos que se tornam visíveis;
¨Não é preciso ser médium para ver o espírito materializado;
¨O materializado pode ser visto, sentido e tocado (temperatura, pulsações, conversa);
¨Materialização = Fenômeno objetivo, pois envolve elementos materiais pesados e permite exame direto, do ponto de vista científico. O Médium ¨O médium pode permanecer em transe ou desperto, sendo espectador;
¨Não é agente/produtor de fenômenos;
¨Médium = elemento de fornecimento parte dos fluidos necessários para a produção do fenômeno (ectoplasma);
¨Além disso, há necessidade de outros fluidos que o médium não possui (são retirados de outras fontes). Ectoplasma - Definição ¨“... neblina espessa e leitosa”;
¨“De aspecto viscoso, semilíquido e esbranquiçado, é uma substância básica e muito importante para os efeitos de materialização de objetos e espíritos”;
¨Matéria plástica e profundamente sensível às nossas criações mentais;
¨É moldável, utilizada nos efeitos físicos, mas é necessário conhecer as técnicas para isso;
¨Exterioriza-se através da boca, narinas e ouvidos (e outros orifícios) no aparelho mediúnico;
¨A luz branca (normalmente utilizada) interfere em sua vibração, por isso deve-se utilizar luz verde, azul ou meia luz durante os trabalhos;
¨“Nas materializações, não é utilizado diretamente o ectoplasma puro exalado pelo médium. É necessário combiná-lo com outros fluidos (espirituais, físicos), ou seja, utilizar nas materializações o ectoplasma elaborado”. A pureza do Ectoplasma ¨Fornecido pelo médium para a materialização do espírito;
¨É preciso ter disciplina espiritual e abstinência de certos alimentos, álcool, drogas, fumo, pensamentos inadequados (formas-pensa-mento inferiores);
¨Manter a pureza do ectoplasma para o trabalho e porque ele retorna ao médium após a desmaterialização para não afetar seu aparelhamento fisiológico. Importante Saber ¨Ocorre somente por motivos superiores:
¡Atendimento a sofredores encarnados – serviços de cura;
¡Facilitar investigações científicas respeitáveis – antes planejadas no Plano Superior.
¨Há esforço por parte dos espíritos para resguardar a organização mediúnica e garantir o bom êxito da materialização, espera-se o mesmo dos encarnados;
¨Perigo do processo = ausência de preparo dos encarnados (falta de elevação moral, deslumbramento, desatenção ao sacrifício de entidades e do médium). Primeiras providências ¨Exige trabalho intenso de encarnados e, principalmente, de desencarnados;
¨São três as principais providências:
Isolamento do local das sessões: círculo de aproximadamente 20 metros;
Ionização da atmosfera;
Destruição das larvas (ozonização). Isolamento do Local ¨Extenso cordão de obreiros esclarecidos;
¨Evita o acesso de entidades inferiores (perturbam e, também, afetam a pureza dos materiais utilizados:
fluidos, ectoplasma,...) Ionização da Atmosfera ¨Processo de eletrificação do ambiente;
¨Possibilitar a combinação de recursos para efeitos elétricos e magnéticos;
¨Por isso, pode-se observar lampejos, focos de luz. ¨Os plasmas possuem todas as propriedades dinâmicas dos fluidos, como turbulência, por exemplo. Como são formados de partículas carregadas livres, plasmas conduzem eletricidade. Eles tanto geram como sofrem a ação de campos eletromagnéticos, levando ao que se chama de efeito coletivo. Isto significa que o movimento de cada uma das partículas carregadas é influenciado pelo movimento de todas as demais. O comportamento coletivo é um conceito fundamental para a definição de plasmas.
Destruição das Larvas ¨É feita por aparelhos espirituais: aparelhos elétricos invisíveis - produção de ozônio (O3);
¨Evita-se, assim, que o ectoplasma (força nervosa do médium) sofra a intromissão de certos elementos microbianos, já que é matéria plástica e profundamente sensível às nossas criações mentais. Os elementos Nos fenômenos de Materialização os espíritos contam com três elementos essenciais: - Forças superiores e sutis das esferas elevadas:   São puras, contribuem para a sublimação do fenômeno;- Recursos ou energias do médium e dos seus companheiros (Ectoplasma):   Obstáculos são colocados por causa de formas pensamento, emanações viciosas (fumo, bebida, abuso de carnes), caprichos, incongruências;- Recursos ou energias tomadas da natureza terrestre, nas águas, nas plantas, etc. São dóceis, energias extremamente propícias à execução dos trabalhos. Últimas providências - Colocar o médium em condições fisiológicas e psicológicas para o trabalho;- Socorro magnético;   Incentivo aos processos digestivos(fluxo magnético projetado no estômago e fígado);- Limpeza do sistema nervoso, para as saídas de força (limpeza eficiente e enérgica - Extração de resíduos escuros);- Auxílio para o desdobramento do médium (Passes Magnéticos). Dois tipos de Materialização ¨Normal: o espírito incorpora o perispírito do médium colocado em transe;
¨Sublimada: O espírito organiza seu “corpo materializado” exclusivamente com os elementos essenciais às materializações (ectoplasma, forças sutis e da natureza), sem o concurso do perispírito do médium. Neste caso, elas podem ocorrer nos lares, ruas, campos, igrejas. É o próprio espírito, por si mesmo e com ajuda de supervisores espirituais (emtidades especializadas), que leva a efeito a sublima composição dos três elementos essenciais mencionados. Pedido de André Luíz¨ André Luiz mostra-se interessado sobre os fenômenos da materialização e o Instrutor Alexandre intervém a seu favor;
¨Explicação de Alexandre sobre a Materialização:
Exige todas as possibilidades do aparelho do médium;
Movimenta todos os elementos de colaboração dos companheiros encarnados presentes;
À falta de colaboradores encarnados nas condições espirituais necessárias, há grande risco para organização mediúnica, sendo necessário maior número de colaboradores espirituais. Seus Relatos¨50 minutos antes do início da sessão:
Alexandre e André Luiz se reuniram aos demais colaboradores das diversas funções preparatórias;
É apresentado o superintendente dos trabalhos Irmão Calimério.        
Descrição dos procedimentos ¨Fronteira vibratória: isolamento da residência onde ocorreria o trabalho por uma extensa corrente de trabalhadores espirituais.
Observa que não estavam presentes os sofredores (ocorrência comum nos demais casos);
Havia o máximo cuidado para que princípios mentais de origem inferior não afetassem a saúde física dos colaboradores encarnados nem a pureza do material necessário;
Não conseguiam impedir a entrada de entidades inferiores (obsessores de obsidiados, ambos muito ligados);
Os cuidados eram estendidos aos encarnados. Alteração na atmosfera ¨Ionização: 20 entidades, preparando o local, movimentaram o ar ambiente com gestos rítmicos a fim de ionizar a atmosfera;
¨Condensação do oxigênio: várias entidades colaboradoras, com aparelhos de grande potencial elétrico, realizaram a ozonização da atmosfera (O3) = extermínio de larvas e expressões microscópicas de atividade inferior (bactericida); Recursos ¨Recursos da Natureza: entidades entravam no local portando material luminoso = elementos de plantas e da água estruturados para reduzido número de vibrações e invisíveis a olhos humanos;
¨Outros Recursos: forças superiores e sutis das esferas elevadas; e ectoplasma (energias do médium e de seus companheiros) – este exige esforço da equipe de trabalhadores, em função das formas-pensamento absurdas e emanações viciosas. Participantes ¨Pessoas familiarizadas com a reunião;
¨A médium acompanhada de diversas entidades (destaque para Alencar – entidade de elevada condição, parecia chefiar o grupo de servidores);
¨Verônica, amiga do orientador, fora enfermeira em vida passada. Preparação da Médium ¨Verônica convida Alexandre para dar início aos procedimentos:
Ambos mais três colaboradores colocaram a mão em forma de coroa sobre a fronte da jovem, formando vigoroso fluxo magnético projetado no estômago e fígado. As forças concentraram-se sobre o plexo solar, espalhando-se sobre todo o sistema vegetativo e acelerando o processo químico da digestão; ¡Aplicaram fluxos magnéticos diferenciados para a preparação do sistema nervoso (saída de forças), Alexandre no cérebro e Verônica e os demais sobre o sistema nervoso central (nervos cervicais, dorsais, lombares e sacros).
limpeza eficiente e enérgica = saída de resíduos dos centros vitais ;
socorro do organismo nos processos de nutrição, circulação metabolismo e ações protoplasmáticas = equilíbrio fisiológico.
Quando Verônica inicia a aplicação de passes magnéticos a fim de processar o desdobramento...Surpresa desagradável ¨Sr. P. chega à sessão e causa perturbação:
Provocou choque de vibrações no recinto, pois havia bebido (mesmo estando bem disposto, sem traços de embriaguez);
Alencar ordenou aos colaboradores para insulá-lo (isolá-lo), para evitar maiores influenciações; ­Semelhantemente, a respiração emite venenos quando alguém bebe alcoólicos em abundância;
Os princípios etílicos são emanados pelos poros, nariz, boca, prejudicando os trabalhos;
Emanações do álcool de cana = nocivas aos delicados elementos de formação plástica, assim como às forças exteriorizadas do aparelho mediúnico. Desdobramento ¨A médium é levada a pequeno gabinete improvisado:
Calimério opera seu desdobramento projetando seu sublime potencial de energias;
Verônica e outras amigas amparavam a jovem parcialmente liberta dos veículos físicos;
O ectoplasma passou a exteriorizar-se como se fosse uma neblina espessa e leitosa. A Materialização ¨A assistência encarnada não conseguiu colaborar com os preparativos finais;
¨Alencar solicitou ajuda a Alexandre e André:
Prepararam uma garganta ectoplasmática;
Alexandre, através dela, conclamou a todos solicitando que cantasse, a fim de não mais interferirem no processo que acontecia;
Fez-se música no ambiente e Alencar, profundamente ligado à organização mediúnica, tomou forma, ao lado da médium que era sustentada por Calimério e assistida por numerosos trabalhadores.
Referências: ¨ARMOND, Edgar. Mediunidade. São Paulo: Aliança, 1992.
¨KULCHESKI, Edvaldo . O Ectoplasma. In: Revista Cristã de Espiritismo. Edição especial sobre Materialização. Fonte:http://www.rcespiritismo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=28&Itemid=25 (acesso em 23/06/2009).
¨PERALVA, Martins. Estudando a Mediunidade. Rio de Janeiro: FEB, 1987. 12ª Edição.

¨XAVIER, Francisco Cândido. Missionários da Luz. Pelo espírito de André Luiz. Rio de Janeiro: FEB, 2003. 37ª Edição. Pesquisa realizada por Paula da Silva Soares

“ESTRUTURA DO CORPO ESPIRITUAL E DEFORMIDADES ESPIRITUAIS. ”

Inicialmente, para que tenhamos uma visão mais clara do mecanismo da encarnação, faz-se necessário reportarmos ao estudo do corpo espiritual.
Quando as entidades espirituais se nos tornam visíveis, seja pela simples vidência mediúnica, seja pelo fenômeno de materialização ectoplasmática, observamos que elas possuem um corpo semelhante ao nosso corpo físico. No fenômeno da materialização, tão estudado pelo famoso físico inglês Willian Crookes[1] e pelo prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia, Charles Richet, os espíritos tornam-se visíveis e palpáveis a todos os presentes à sessão de estudos. São percebidos e tocados em seus corpos espirituais.
Inegável é, sem dúvida, que existem alhures, fraudes conscientes e inconscientes; no entanto a grande frequência dos fenômenos e o elevado nível cultural e ético das pessoas, seriamente envolvidas em determinados casos, atestam a sua realidade.
Embora a essência espiritual não tenha forma, pois é o princípio inteligente, os espíritos de mediana evolução, ou seja, aqueles relacionados ao nosso planeta, possuem um corpo espiritual anatomicamente definido e com uma fisiologia própria da dimensão extrafísica.
Dos planos espirituais temos notícia, por inúmeros médiuns confiáveis, como Francisco Cândido Xavier (Chico) e Divaldo Pereira Franco, da organização de comunidades sociais que os espíritos constituem, comunidades essas às vezes semelhantes às terrestres.
A energia cósmica universal ou fluido cósmico que permeia todo o universo é a matéria-prima que o comando mental dos espíritos utiliza para a construção dos objetos por eles manuseados. As primeiras informações mais detalhadas foram dadas a Kardec em O Livro dos Médiuns[2], no capítulo: “Do Laboratório do Mundo Invisível”.
O corpo dos espíritos, já mencionado pelo apóstolo Paulo e conhecido nas diferentes religiões com os mais diferentes nomes, como perispírito, corpo astral, psicossoma  e outros, é também constituído de um tipo de matéria derivada do fluido cósmico universal. Assim nos informam as entidades espirituais.
O corpo espiritual apresenta-se moldável conforme as emanações mentais do espírito. Cada espírito apresenta seu perispírito com aspecto correspondente ao seu estado psíquico. A maior elevação intelecto-moral vai determinar como consequência uma sutilização do próprio corpo espiritual. Em contrapartida, os espíritos, cujas vibrações mentais são mais inferiores, determinam inconscientemente que seu corpo espiritual se apresente mais denso e obscurecido, não tendo a irradiação luminosa dos primeiros.
Conforme se tem notícia por meio de inúmeros autores espirituais, o perispírito apresenta-se estruturado por aparelhos ou sistemas que se constituem de órgãos; esses órgãos são formados por tecidos que, por sua vez, são constituídos por células.
As células do corpo espiritual, em nível mais profundo, são formadas por moléculas constituídas de átomos. Os átomos do perispírito são formados por elementos químicos nossos conhecidos, além de outros desconhecidos do homem encarnado. Elementos aquém do Hidrogênio e além do Urânio, que na Terra representam os limites da matéria atômica conhecida.
Nas obras de Gustave Geley[3] e Jorge Andréa, encontramos referências a essas afirmações.
Os átomos e moléculas que constituem as células do perispírito possuem uma energia cinética própria que é a força determinante de sua vibração constante. Quanto mais evoluída a entidade espiritual, maior a velocidade com que vibram os átomos do perispírito.
Da mesma forma, conforme o adiantamento moral do espírito, maior o afastamento entre as moléculas que compõem o perispírito, por sua vibração, daí a menor densidade de seu corpo espiritual.
 Uma analogia: a água em estado líquido, quando fervida, transforma-se em vapor pela maior energia cinética de suas moléculas, determinando um afastamento entre elas decorrente da vibração mais intensa que passa a ter. Neste exemplo simples nós mentalizamos o porquê da leveza do corpo espiritual das entidades cujo padrão vibratório é mais elevado.
No livro Mecanismos da Mediunidade[4], de André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier, encontramos elementos complementares a respeito dessa informação. Espíritos de alta hierarquia moral possuem vibrações de alta frequência. Isto é, as ondas que emitem ou irradiam são “finas”, ou de pequeno comprimento de onda.
As energias emanadas pelas vibrações das moléculas perispirituais se traduzem também por uma irradiação luminosa com cores típicas. Os espíritos são vistos pelos videntes ou descritos nas obras psicografadas emitindo cores e tons bastante peculiares ao seu grau de adiantamento.
Quanto mais primitivas forem as entidades espirituais, mais escuros os tons das cores e mais opacos se apresentam. À medida que galgam mais degraus na escada do progresso, mais sábios e amorosos, as entidades espirituais passam a emitir uma luminosidade mais clara e cada vez mais brilhante.
  Salientamos, no entanto, que transitoriamente pela postura mental adotada, decorrente de situações momentâneas, as vibrações se aceleram ou se desaceleram, determinando modificações na estrutura do corpo espiritual, e todo o conjunto se altera. São descritos casos de zoantropia ou licantropia[5], em que as formas perispirituais tornam-se profundamente modificadas. 
Exemplos práticos de modificações profundas e graves, no capítulo das patologias do corpo astral, seriam os casos descritos como os de zoantropia ou licantropia. Nessas situações as formas perispirituais se animalizam pela postura de ódio recalcitrante ou outros sentimentos inferiores, sentimentos que se tornam agentes deformantes do corpo espiritual. 
  Denomina-se zoantropia (zôo=animal e anthropos=homem) aos casos em que o corpo espiritual, pela deformação progressiva, passa a se assemelhar a um animal. Licantropia (lican=lobo e anthropos=homem) aos casos em que o corpo espiritual, pela alteração degenerativa da forma, lembra a figura de um lobo, o que nos remete à lenda do lobisomem que, talvez, tenha sua origem no fato de que, pelo fenômeno da vidência mediúnica, tenham sido vistos espíritos com esse tipo de deformidade anatômica no seu corpo astral.
Naturalmente, que essas deformidades são transitórias e relativas ao tempo em que a entidade espiritual ainda se mantém na atitude mental de ódio.
O tratamento reparador dessas deformidades efetua-se por meio de uma energização adequada dos Espíritos, de acordo com o que temos observado nas lides mediúnicas em que participamos.
Ousamos, inclusive, a criar o verbeteperispiritoplastia para nos referir ao processo de recuperação anatômica observado nas entidades tratadas e recuperadas, em seu aspecto morfológico, nos grupos mediúnicos. Tanto energias do plano extrafísico, bem como energias extraídas da natureza, além de ectoplasma dos médiuns, fizeram parte da matéria-prima utilizada por nós, nessa restauração anatômica do perispírito licantropizado das entidades tratadas. Todavia, lembramos que nesse trabalho nós estamos, constantemente, sendo assistidos pelos mentores espirituais que nos amparam.
Ricardo Di Bernardi
FONTE; Medicina e Espiritualidade.

[1] William Crookes – químico e físico inglês.
[2] KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. FEB, 1960, p.413.
[3] Gustave Geley – médico e pesquisador espírita francês.
[4] XAVIER, Francisco Cândido. Mecanismos da Mediunidade. FEB, 1959, p.188.
[5] Tipo de deformidade presente no corpo espiritual em que a forma chega a parecer não-humana.

Postado por Sérgio Vencio às sexta-feira, dezembro 02, 2011

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

"DISSERTAÇÕES DE ALÉM-TÚMULO.""

Pobres homens que poucos conheceis os fenômenos mais comuns que fazem vossa vida! Credes ser bem sábios, credes possuir uma vasta erudição, e a esta pergunta de todas as crianças: Que fazemos quando dormimos? O que são os sonhos? Permaneceis interditados. Não tenho a pretensão de vos fazer compreender o que vou vos explicar, porque há coisas às quais vosso Espírito não pode ainda se submeter, não admitindo senão o que compreende.
O sono liberta inteiramente a alma do corpo. Quando se dorme, se está, momentaneamente, no estado em que se acha de um modo fixo depois da morte. Os Espíritos que são logo desligados da matéria em sua morte, tiveram sonos inteligentes; aqueles, quando dormem, juntam-se à sociedade de outros seres superiores a eles: viajam, conversam e se instruem com eles; trabalham mesmo em obras que encontram prontas quando morrem. Isso deve nos ensinar, uma vez mais, a não temermos a morte, porque morreis todos os dias, segundo a palavra de um santo.
É assim para os Espíritos elevados; mas para a massa dos homens que na morte devem permanecer longas horas nessa perturbação, nessa incerteza da qual vos falaram, aqueles vão, seja em mundos inferiores à Terra, onde antigas afeições o chamam, seja procurar prazeres talvez ainda mais baixos que aqueles que têm aqui; vão haurir doutrinas mais vis, mais ignóbeis, mais nocivas do que aquelas que professam em vosso meio. E o que faz a simpatia na Terra não é outra coisa senão esse fato, que se sente ao despertar, de se aproximar pelo coração daqueles com quem viemos de passar oito ou nove horas de felicidade ou de prazer. O que explica essas antipatias invencíveis, é que se sabe, no fundo de seu coração, que aquelas pessoas têm uma outra consciência que a nossa porque são conhecidas sem tê-las jamais visto com os olhos. É ainda o que explica a indiferença, uma vez que não se deseja fazer novos amigos, quando se sabe que existem outros que vos amam e que vos querem. Em uma palavra, o sono influi mais que pensais em vossa vida.
Pelo efeito do sono, os Espíritos encarnados estão sempre em relação com o mundo dos Espíritos, e é o que faz que os Espíritos superiores consintam, sem muita repulsa, se encarnarem entre vós. Deus quis que, durante seu contato com o vício, eles possam ir se retemperarem nas fontes do bem, para eles mesmos não falirem, eles que vêm instruir os outros. O sono é a porta que Deus lhes abre até os amigos do céu; é a recreação depois do trabalho, na espera da grande libertação, a liberação final que deverá devolvê-los ao seu verdadeiro meio.
O sonho é a lembrança daquilo que vosso Espírito viu durante o sono, mas notai que não sonhais sempre, porque não vos lembrais sempre do que vistes, ou de tudo o que vistes. Vossa alma não está em todo desenvolvimento; não é, frequentemente, senão a lembrança de uma perturbação que acompanha vossa partida ou vossa reentrada, à qual se junta a do que fizestes ou do que vos preocupou no estado de vigília; sem isso, como explicaríeis esses sonhos absurdos que têm os mais sábios como os mais simples? Os maus Espíritos se servem também dos sonhos para atormentar as almas fracas e pusilânimes.
De resto, vereis em pouco se desenvolver uma nova espécie de sonho; ela é tão antiga quanto a que conheceis, mas a ignorais. O sonho de Joana, o sonho de Jacó o sonho dos profetas judeus e de alguns adivinhos indianos; aquele sonho é a lembrança da alma inteiramente desligada do corpo, a lembrança dessa segunda vida, da qual vos falei ainda há pouco.
Procurai distinguir bem essas duas espécies de sonho dos quais vos lembrareis, sem isso cairíeis nas contradições e nos erros, que seriam funestos à vossa fé.
Nota. – O Espírito que ditou esta comunicação, instado a dar seu nome, respondeu: “Para quê? Credes, pois, que não haja senão os Espíritos de vossos grandes homens que vêm dizer-vos coisas boas? Contai, pois, por nada todos aqueles que não conheceis ou que não têm nome sobre a vossa Terra? Sabei que muitos não tomam um nome senão para vos contentar.”
Revista Espírita, dezembro de 1858

“ALIMENTAÇÃO CARNÍVORA E ESPIRITISMO” “ATÉ QUANDO EXISTIRÃO MATADOUROS E FRIGORÍFICOS NA TERRA? ”

A cada dia que passa, recebemos mais notícias a respeito de movimentos em defesa dos animais. Muitos, inclusive, contrários ao antigo hábito da humanidade de fazer uso deles na alimentação, como o Vegetarianismo, e também às demais formas de sua utilização por nós, como o Veganismo.
O Vegetarianismo é uma prática alimentar que faz uso, exclusivamente, de alimentos de origem vegetal, sem incluir os de origem animal. Algumas definições mais abrangentes dessa prática consideram vegetariano, também, aqueles que consomem produtos de origem animal, porém que não envolvam diretamente a morte de nenhum ser, como o ovo e o leite, por exemplo.
O Veganismo é uma ideologia cuja base é a convicção de que os animais, como os humanos, têm direitos fundamentais e que, devido a isso, nenhum deles deve ser vítima de exploração por parte da humanidade. Baseado nesse modo de pensar, o vegano evita produtos e atividades em que os animais são explorados e/ou mortos. Sendo assim, ele adota, como regime alimentar, o Vegetarianismo estrito (sem nada que venha de animais, nem mesmo leite e ovos), não usa roupas de origem animal, se abstém de produtos que foram testados em animais – no limite de suas possibilidades – e também boicota circos com animais, rodeios, zoológicos etc.
O crescimento desses movimentos sociais nos leva às seguintes questões: o que nos ensina o Espiritismo a respeito de como devemos nos relacionar com os animais? É correto nos alimentarmos deles?
Para respondermos a essas perguntas, vamos começar pelas primeiras orientações dos Espíritos sobre esse tema, seguindo uma ordem cronológica, que – veremos – será importante para compreendê-las adequadamente:
Em 1857, O Livro dos Espíritos dizia, na questão 723, que "a carne nutre a carne, do contrário o homem perece" e, na 734, que "o homem tem direito de destruição sobre os animais, porém limitado e regulado pela necessidade de prover à sua alimentação e segurança".
Na questão 888 do mesmo livro, recebemos a seguinte recomendação: "sede dóceis e benevolentes para com todos (...), assim como em relação aos seres mais ínfimos da Criação, e tereis obedecido à Lei de Deus". Na 963, nos é comunicado: "Deus se ocupa de todos os seres que criou, por menores que sejam; nada é demasiado pequeno para a sua bondade".
Percebemos, assim, já pelos ensinamentos do Livro dos Espíritos (1857), que devemos ser afáveis e bondosos com os animais, e fazer uso deles como alimento apenas quando realmente necessário.
Mas, desde a publicação deste livro, a Ciência da Nutrição evoluiu muito e, como Allan Kardec havia esclarecido que "o Espiritismo é uma revelação progressiva, que assimila as descobertas da Ciência" (A Gênese, cap. I, item 55), o conteúdo das mensagens espirituais foi se desenvolvendo, de acordo com a capacidade da humanidade de recebê-lo, acompanhem:
AS OPINIÕES DOS BENFEITORES ESPIRITUAIS
O benfeitor Emmanuel, mentor espiritual de Chico Xavier, nos diz em 1938: "Os animais têm a sua linguagem, os seus afetos, a sua inteligência rudimentar, com atributos inumeráveis. São eles os irmãos mais próximos do homem, merecendo, por isso, a sua proteção e amparo." (...) "Recebei como obrigação sagrada o dever de amparar os animais. (...) Estendei até eles a vossa concepção de solidariedade e o vosso coração compreenderá, mais profundamente, os grandes segredos da evolução, entendendo os maravilhosos e doces mistérios da vida." (Livro Emmanuel, psicografia de Chico Xavier, cap. XVII: "Sobre os animais").
Emmanuel, ainda, quando questionado se é um erro nos alimentarmos com a carne dos animais, responde, em 1941: "É um erro de enormes consequências. (...) É de lastimar semelhante situação, mesmo porque, se o estado de materialidade da criatura exige a cooperação de determinadas vitaminas, esses valores nutritivos podem ser encontrados nos produtos de origem vegetal, sem a necessidade absoluta de matadouros e frigoríficos." (Livro O Consolador, psicografia de Chico Xavier, resposta à pergunta 129).
Aniceto, instrutor de André Luiz, orienta-nos contra a matança de animais, em 1944: "Cooperemos no despertar dos homens, nossos irmãos, relativamente ao nosso débito para com a Natureza maternal. (...) Ajudemo-los a compreender, para que se organize uma era nova. Auxiliemo-los a amar a terra, antes de explorá-la no sentido inferior; a valer-se da cooperação dos animais, sem os recursos do extermínio! Nessa época, o matadouro será convertido em local de cooperação..." (Livro Os Mensageiros, psicografia de Chico Xavier, cap. 42: "Evangelho no Ambiente Rural").
Outro instrutor de André Luiz que nos adverte quanto ao equívoco de nos alimentarmos de animais é Alexandre. Ele, em 1945, chama a atenção para nossa capacidade de encontrar nutrientes para nossos corpos sem recorrer às "indústrias da morte". Vejamos: "A pretexto de buscar recursos proteicos, exterminávamos frangos e carneiros, leitões e cabritos incontáveis. (...) Encarecíamos, com toda a responsabilidade da Ciência, a necessidade de proteínas e gorduras diversas, mas esquecíamos de que a nossa inteligência, tão fértil na descoberta de comodidade e conforto, teria recursos de encontrar novos elementos e meios de incentivar os suprimentos proteicos ao organismo, sem recorrer às indústrias da morte." (...) "Tempos virão, para a humanidade terrestre, em que o estábulo, como o lar, será também sagrado."
Continuando com suas sábias palavras, Alexandre nos mostra a incoerência de rogarmos proteção aos superiores benevolentes e, ao mesmo tempo, permanecermos infringindo a lei divina de auxílios mútuos: "Se não protegemos, nem educamos, aqueles que o Pai nos confiou, como gérmens frágeis de racionalidade nos pesados vasos do instinto; se abusamos largamente de sua incapacidade de defesa e conservação, como exigir o amparo de superiores benevolentes e sábios, cujas instruções mais simples são para nós difíceis de suportar, pela nossa lastimável condição de infratores da lei de auxílios mútuos?" (...) "Devemos prosseguir no trabalho educativo, acordando os companheiros encarnados, mais experientes e esclarecidos." (...) "Sem amor para com nossos inferiores, não podemos aguardar a proteção dos superiores." (Livro Missionários da Luz, psicografia de Chico Xavier, cap. 4: "Vampirismo").
ALERTA DO ESPÍRITO HUMBERTO DE CAMPOS
Podemos encontrar ainda, entre as obras psicografadas por Chico Xavier, este alerta, em 1958, do Espírito Humberto de Campos (o Irmão X): "Os homens que se julgam distantes da harmonia orgânica sem o sacrifício de animais, são defrontados por gênios invisíveis que se acreditam incapazes de viver sem o concurso deles. (...) Quem devora os animais, incorporando-lhes as propriedades ao patrimônio orgânico, deve ser apetitosa presa dos seres que se animalizam. Os semelhantes procuram os semelhantes. Esta é a Lei." (Livro Contos e Apólogos, psicografia de Chico Xavier, cap. 15: "O Enigma da Obsessão").
Neste trecho de outra obra, Humberto de Campos também nos estimula à renovação dos hábitos alimentares, em 1967: "Comece a renovação de seus costumes pelo prato de cada dia. Diminua, gradativamente, a volúpia de comer a carne dos animais. O cemitério na barriga é um tormento depois da grande transição. O lombo de porco ou o bife de vitela, temperados com sal e pimenta, não nos situam muito longe dos nossos antepassados, os tamoios e os caiapós, que se devoravam uns aos outros." (Livro Cartas e Crônicas, psicografia de Chico Xavier, cap. 4: "Treino para a Morte").
Hoje, a Ciência já constatou que os nutrientes contidos nas carnes, e mesmo no leite ou em ovos, podem ser substituídos pelos de origem vegetal. Esta é a declaração, sobre o tema, da principal organização científica mundial especializada em Nutrição – a Academy of Nutrition and Dietetics: "Dietas vegetarianas apropriadamente planejadas – incluindo dietas vegetarianas estritas ou veganas – são saudáveis, nutricionalmente adequadas e podem prover benefícios à saúde, na prevenção e tratamento de certas doenças. São apropriadas para indivíduos durante todos os estágios da vida, incluindo gravidez, lactação, infância e adolescência, e para atletas”.
CONCLUSÃO
Diante destas tão claras manifestações de nobres espíritos, por meio da confiável mediunidade de Chico Xavier, e da evolução da Ciência da Nutrição, cabe o questionamento: por que nós, espíritas, não iniciamos essa nova era a que se referem os mentores? Não é hora de modificarmos nossos hábitos diários para que deixemos de causar sofrimentos desnecessários aos nossos irmãos animais?
As informações sobre como substituir os alimentos vindos de animais pelos de origem vegetal já estão disponíveis para todos, seja em livros, revistas especializadas, internet ou com nutricionistas e nutrólogos atualizados. Compete a cada um de nós assumirmos a responsabilidade que temos perante nossos irmãos de outras espécies, nos informarmos e modificarmos essas práticas que já não condizem com os conhecimentos adquiridos. Só assim os matadouros e frigoríficos poderão se tornar "página virada" na história da humanidade.
Correio Espírita.


𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...