Equipes de
Desligamento:
Somente
alguns espíritos encarnados tem a capacidade de auto desligamento, ou seja, de
desligar os laços que o prendem ao corpo físico.
A grande
maioria precisa de ajuda e amparo, pois o processo de desligamento é difícil
para nós, que ainda estamos ligados "vibratoriamente" ao planeta.
Por esse
motivo existe na espiritualidade equipes especializadas no desligamento. Elas
realizam suas tarefas de acordo com o merecimento dos espíritos que estão
desencarnando.
Quando o
espírito é merecedor do auxílio que chamaremos de "completo", eles
realizam as seguintes tarefas:
Preparação :
O ambiente
doméstico, os familiares e o próprio espírito que desencarnará em breve recebem
visitas quase que diárias para auxílio magnético e preparação. Alguns recebem
uma aparente melhora para consumação das sua últimas tarefas e para o último
contato com os que lhe são queridos.
Proteção:
Existem
vampiros, obsessores e equipes das trevas especializadas em
"vampirizar" os recém-desencarnados. A equipe espiritual tem como
tarefa proteger o corpo físico e etérico (até o desligamento total) e o
espírito contra as investidas das trevas.
Desligamento:
Será
abordado no próximo item, contempla todo o processo de desligamento do corpo
físico.
Encaminhamento:
Os espíritos
recém-desencarnados são auxiliados para o encaminhamento ao local onde serão
amparados, seja um Posto de Socorro, uma Colônia Espiritual ou, infelizmente,
largados ao léu, isso só acontece com os que não podem ser auxiliados, devido a
grandes débitos ou apego em que se encontra. Ninguém pode ser levado para
planos superiores do Astral sem estar preparado.
O tamanho
das equipes é variado e geralmente organizado para amparar grupos de espíritos
que desencarnarão em um período específico.
Junto a
equipe de desligamento encontram-se os amigos espirituais dessa ou de outras
vidas, os familiares, os amigos espirituais de trabalho (no caso de médiuns),
etc ..
Mesmo os
médiuns que trabalham em casas onde existem mentores experientes nas ledes
espirituais, recebem o auxílio da equipe de desligamento. Sobre esse tópico
retiramos esse interessante texto do livro Obreiros da Vida Eterna:
"Porque
se formara expedição destinada a socorro de servidor que dispunha de amigos de
tamanha competência moral? Fabriciano demonstrava conhecimentos elevados e
condição superior. O obsequiosos amigo,
porém, evidenciando extrema acuidade perceptiva, antes que eu fizesse qualquer
pergunta inoportuna, acrescentou:
- Não
obstante nossa amizade ao médium, não nos foi possível acompanhar-lhe o transe.
Temos delegação de trabalho, mas, no assunto, entrou em jogo a autoridade de
superiores nossos, que resolveram proporcionar-lhe repouso, o que não nos seria
possível prodigalizar-lhe, caso viesse diretamente para nossa companhia."
Nem todos
recebem auxilio de equipes especializadas de desencarne, recebendo os outros o
atendimento de equipes gerais que não podem interceder "muito" junto
ao moribundo, sobre esse tema retiramos o seguinte texto do livro Obreiros da
vida eterna:
"- Nem
todas as desencarnações de pessoas dignas contam com o amparo de grupos
socorristas?
- Nem todas
- confirmou o interlocutor, e acentuou, todos os fenômenos contam com o amparo
da caridade afeta às organizações de assistência indiscriminada; no entanto, a
missão especialista não pode ser concedida a quem não se distinguiu no esforço
perseverante do bem."
O
Desligamento:
Horário:
O período da
noite não possui os raios solares, que desintegram as energias negativas e
eliminam as formas pensamento criadas pelo pensamento desregrado dos encarnados
e desencarnados.
Além disso,
temos uma diminuição na vitalidade existente no ambiente, o que piora as
condições do doente, facilitando seu desencarne no período da noite, embora, de
nenhuma forma isso seja uma regra, é simplesmente uma tendência, podendo por
isso ocorrer desencarnações a qualquer hora do dia ou da noite.
O Processo
de Desligamento:
Falaremos
aqui sobre o processo mais comum de desligamento, suicídio e mortes abruptas
serão abordadas em outros tópicos.
Preparando o
Ambiente:
Em casos de
doença, onde o moribundo está há algum tempo sofrendo, e junto com ele estão os
familiares e amigos, cria-se uma aura de imantação que dificulta o trabalho de
desligamento.
Fica muito
difícil para os espíritos criarem barreiras protetoras, o procedimento adotado
pelas equipes especializadas é criar uma melhora fictícia para afastar os que
"prendem" o agonizante ao corpo carnal.
Retiramos o
seguinte trecho do livro Obreiros da Vida Eterna:
"-
Nossa pobre amiga é o primeiro empecilho a remover. Improvisemos temporária
melhora para o agonizante, a fim de sossegar lhe a mente aflita. Somente depois
de semelhante medida conseguiremos retirá-lo, sem maior impedimento. As
correntes de força, exteriorizadas por ela, infundem vida aparente aos centros
de energia vital, já em adiantado processo de desintegração."
Cortando os
Laços:
É comum a
presença de espírito amigo ou familiar da última encarnação durante o
desligamento. A maior parte dos espíritos de nível "médio" de
evolução se mantém mais ou menos conscientes do que acontece (depende o grau de
desprendimento e evolução). Por isso a presença da mãe, filho(a), irmã(o), etc,
tranquiliza o espírito em processo de desencarnação.
No livro
Voltei e Obreiros da Vida Eterna (ambos de Francisco Candido Xavier) os
espíritos são amparados por familiares, mãe e filha, respectivamente.
Acredito que
a melhor forma de falar sobre o processo de desligamento é citando os dois
livros que falaram mais profundamente sobre o assunto, a seguir as
transcrições:
Obreiros da
Vida Eterna, Capítulo XIII, Companheiro Libertado,
"...Ordenou
Jerônimo que me conservasse vigilante, de mãos coladas à fronte do enfermo,
passando, logo após, ao serviço complexo e silencioso de magnetização. Em
primeiro lugar, insensibilizou inteiramente o vago, para facilitar o
desligamento nas vísceras. A seguir, utilizando passes longitudinais, isolou
todo o sistema nervoso simpático, neutralizando, mais tarde, as fibras
inibidoras no cérebro. Descansando alguns segundos, asseverou:
- Não convém
que Dimas fale, agora, aos parentes. Formularia, talvez, solicitações
descabidas....
E porque eu
indagasse, tímido, por onde iríamos começar, explicou-me o orientador:
- Segundo
você sabe, há três regiões orgânicas fundamentais que demandam extremo cuidado
nos serviços de liberação da alma:
o centro
vegetativo, ligado ao ventre, como sede das manifestações fisiológicas; o
centro emocional, zona dos sentimentos e desejos, sediado no tórax, e o centro
mental, mais importante por excelência, situado no cérebro....
Aconselhando-me
cautela na ministração de energias magnéticas à mente do moribundo, começou a
operar sobre o plexo solar, desatando laços que localizavam forças físicas. Com
espanto, notei que certa porção de substância leitosa extravasava do umbigo,
pairando em torno. Esticaram-se os membros inferiores, com sintomas de
esfriamento....
Jerônimo,
com passes concentrados sobre o tórax, relaxou os elos que mantinham a coesão
celular no centro emotivo, operando sobre determinado ponto do coração, que
passou a funcionar como bomba mecânica, desreguladamente. Nova cota de
substância desprendia-se do corpo, do epigástrio à garganta, mas reparei que
todos os músculos trabalhavam fortemente contra a partida da alma, opondo-se à
libertação das forças motrizes, em esforço desesperado, ocasionando angustiosa
aflição ao paciente. O campo físico oferecia-nos resistência, insistindo pela
retenção do senhor espiritual....
O Assistente
estabeleceu reduzido tempo de descanso, mas volveu a intervir no cérebro. Era a
última etapa. Concentrando todo o seu potencial de energia na fossa romboidal,
Jerônimo quebrou alguma coisa que não pude perceber com minúcias e brilhante
chama violeta-dourada desligou-se da região craniana, absorvendo,
instantaneamente, a vasta porção de substância leitosa já exteriorizada. Quis
fitar a brilhante luz, mas confesso que era difícil fixá-la, com rigor. Em
breves instantes, porém, notei que as forças em exame eram dotadas de movimento
plasticizante. A chama mencionada transformou-se em maravilhosa cabeça, em tudo
idêntica à do nosso amigo em desencarnação, constituindo-se, após ela, todo o
corpo perispiritual de Dimas, membro a membro, traço a traço. E, à medida que o
novo organismo ressurgia ao nosso olhar, a luz violeta-dourada, fulgurante no
cérebro, empalidecia gradualmente, até desaparecer de todo, como se
representasse o conjunto dos princípios superiores da personalidade,
momentaneamente recolhidos a um único ponto, espraiando-se, em seguida, através
de todos os escaninhos do organismo perispirítico, assegurando, desse modo, a
coesão dos diferentes átomos, das novas dimensões vibratórias.
Dimas-desencarnado
elevou-se alguns palmos acima de Dimas-cadáver, apenas ligado ao corpo através
de leve cordão prateado, semelhante a sutil elástico, entre o cérebro de
matéria densa, abandonado, e o cérebro de matéria rarefeita do organismo
liberto....
Para os
nossos amigos encarnados, Dimas morrera, inteiramente. Para nós outros, porém,
a operação era ainda incompleta. O Assistente deliberou que o cordão fluídico
deveria permanecer até ao dia imediato, considerando as necessidades do morto,
ainda imperfeitamente preparado para desenlace mais rápido."
Do livro A
vida Além da Sepultura, Capítulo 19, Espíritos Assistentes das Desencarnações:
"... A
desencarnação demanda ainda outras operações complexas, pois a intimidade que
se estabeleceu entre o perispírito e o corpo físico, durante alguns anos de
vida humana, não pode ser desfeita em poucos minutos de intervenções técnicas
do lado de cá. Salvo nos casos de desastres ou mortes violentas, em que a intervenção
dos técnicos assistentes se registra só depois da morte do corpo, as demais
desencarnações devem se subordinar gradativamente a várias operações
liberatórias, em diversas etapas..."
O Rompimento
do Cordão de Prata:
A grande
maioria dos espíritos em processo de desencarne ainda se acha ligado de alguma
forma à matéria física, seja por amor a família, aos bens, preocupações com os
que vão deixar, etc.
Em vista
disso o processo desencarnatório é gradual e o rompimento do cordão de prata,
última etapa no processo de desligamento, só é realizado (na maioria dos casos)
após algum tempo.
Sobre esse
assunto temos a sábia palavra de Bezerra de Menezes, no livro Voltei:
"Esclareceu
Bezerra que na maioria dos casos, não seria possível libertar os desencarnados
tão apressadamente, que a rápida solução do problema liberatório dependia, em
grande parte, da vida mental e das ideias a que se liga o homem na experiência
terrestre. ".
Até o
rompimento do cordão de prata o espírito encontra-se como um balão cativo
(palavras de Bezerra de Menezes), e fica mais suscetível à influência do
ambiente onde se encontra, também menos consciente e fraco. Após o rompimento,
ocorre um gradual aumento da consciência e fortalecimento.
Para os mais
evoluídos o rompimento é quase imediato.
Duplo
Etérico e Vitalidade Acumulada:
O desencarne
não extingue as energias vitais que circulam no Duplo Etérico, que está
diretamente ligado ao corpo físico e ao corpo astral. Os técnicos responsáveis
pelo desencarne também devem tomar as devidas providencias para proteger os
resíduos vitais contra as investidas dos vampiros do mundo astral.
Esses irmãos
que já desencarnaram e por apego ao mundo ou desregramento ainda necessitam de
?sentir? a vitalidade, que só pode ser absorvida através do contato com seres
encarnados ou recém-desencarnados, encontram-se a espreita, buscando se
?apropriar? de espíritos recém-desencarnados sem proteção, sugando as energias
restantes do corpo físico, do duplo etérico e do perispírito.
Retiramos o
seguinte trecho do livro Magia de Redenção ? Hercílio Maes, pelo espírito
Ramatis, Os males do Vampirismo:
"Quando
o espírito desencarna, primeiramente rompe-se o cordão que liga o perispírito
ao duplo etérico, e desse fato decorre a bipartição da corrente vital que flui
normalmente para o organismo físico. Então, o tônus vital reflui em parte para
o perispírito, enquanto a outra converge para o cadáver e depois desintegra-se
no túmulo, ou então é absorvida no processo de vampirismo pelos espíritos
subvertidos. Certa percentagem do tônus vital também é absorvida pela própria
terra, pois ele é fortemente constituído de éter-físico"
As palavras
de Ramatís são confirmadas por André Luiz no livro Obreiros da Vida Eterna,
"Jerônimo
examinou-o e auscultou-o, como clínico experimentado. Em seguida, cortou o
liame final, verificando-se que Dimas, desencarnado, fazia agora o esforço do
convalescente ao despertar, estremunhado, findo longo sono.
Somente
então notei que, se o organismo perispirítico recebia as últimas forças do
corpo inanimado, este, por sua vez, absorvia também algo de energia do outro,
que o mantinha sem notáveis alterações....
- Nossa
função, acompanhando os despojos esclareceu ele, afavelmente, não se verifica
apenas no sentido de exercitar o desencarnado para os movimentos iniciais da
libertação. Destina se também à sua defesa. Nos cemitérios costuma congregar-se
compacta fileira de malfeitores, atacando vísceras cadavéricas, para
subtrair-lhes resíduos vitais. ...
Logo após,
ante meus olhos atônitos, Jerônimo inclinou-se piedosamente sobre o cadáver, no
ataúde momentaneamente aberto antes da inumação, e, através de passes
magnéticos longitudinais, extraiu todos os resíduos de vitalidade,
dispersando-os, em seguida, na atmosfera comum, através de processo
indescritível na linguagem humana por inexistência de comparação analógica,
para que inescrupulosas entidades inferiores não se apropriassem deles.
Fonte: Grupo
PAS