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sexta-feira, 12 de maio de 2017

"O ESPIRITISMO E OS EXTRATERRESTRES"

Apesar de pouco conhecida, a ligação do espiritismo com a ideia de possíveis seres extraterrestres é antiga. Allan Kardec, codificador da doutrina, já em 1868 se referia à existência de vida inteligente em outros mundos. Depois dele, muitos autores espíritas voltaram a falar do assunto. Mas, curiosamente, nada se fala a respeito das naves extraplanetárias usadas pelos alienígenas em suas viagens: os enigmáticos discos voadores.
“Deserto inimaginável estende-se além das estrelas. Lá, em condições diferentes das do vosso planeta, novos mundos revelam-se e desdobram-se em formas de vida, que as vossas concepções não podem imaginar, nem vossos estudos comprovar”.
“Aquele que vem de vosso sistema depara-se com a ação de outras leis regendo as manifestações de vida. Os novos caminhos que se apresentam em tão singulares regiões abrem-nos surpreendentes perspectivas.”
“Se nos transportarmos além de nossa nebulosa, vemos que nos cercam milhões de sóis e um número ainda maior de planetas habitados.”
Esses períodos foram extraídos do capítulo 6 da  A  Gênese, obra codificada pelo francês Allan Kardec, codificador do espiritismo. Estas e outras passagens de sua obra evidenciam uma aceitação da existência de vários planetas e da possibilidade de serem habitados. No parágrafo 54 do capítulo A Vida Universal, ele escreve: “Que as obras de Deus sejam criadas para o pensamento e a inteligência; que os mundos sejam moradas se seres..., são questões que já não nos causam dúvidas”. Mas adiante, no parágrafo 56, lemos: “Se os astros que se harmonizam e seus vastos sistemas são habitados por inteligências, estas não se desconhecem. Pelo contrário, trazem marcado na fronte o mesmo destino e hão de se encontrar, temporariamente, segundo suas funções de vida, e isto poderá ocorrer de novo, segundo suas simpatias mútuas”.
Os espíritas aceitam a existência de vidas e inteligências extraterrenas. Não creem que os inúmeros planetas existentes sejam matéria inerte e sem vida. Mas, isso não significa que pensem ser a vida nestes mundos igual à terrena. Já em 1868 A Gênese alertava o homem para que não visse, em torno de cada sol, sistemas planetários iguais ao seu e, também, para o fato de lá não existirem somente três reinos... “Assim como o rosto de nenhum homem é igual ao de outro”, dizia Kardec, “da mesma forma são diversas as civilizações espalhadas pelo espaço. Elas divergem segundo as condições que lhes foram prescritas e de acordo com o papel que cabe a cada uma no cenário universal”.
Estas observações, feitas há mais de um século, estão de acordo com L. B. Taylor e seu livro For All Mankind, no capítulo Interplanetary Ambassadors, onde diz: "Não existem dois planetas iguais, e há grandes diferenças entre seus satélites. Cada um está num estágio, tem uma história e terá um futuro diferente. Considerando como um todo, o sistema solar é comparável a um laboratório rico em quantidade e variedade de espécies". E o humano é uma delas!
Ainda em A Gênese, ao falar dos seres humanos e dos extraterrestres, Kardec diz que no intervalo de suas existências corporais “os desencarnados formam a população espiritual da Terra”. Segundo ele, a morte e o nascimento fazem com que as duas populações – os encarnados (vivos) e os desencarnados (espíritos) – se completem constantemente. Contudo, quando a Terra ou outro mundo necessitam de renovação ocorrem épocas de grandes calamidades que provocam imigrações e emigrações. Ele observa, ainda, que esta troca populacional pode não se realizar num só planeta – como entre a Terra e o plano espiritual que lhe é próprio – mas entre este e um outro qualquer.
Os espíritos falam sobre os extraterrestres
Por várias vezes, artigos publicados na Revista Espírita descreveram extraterrestres e falaram sobre seus costumes, moradias, alimentação e meios de transporte e comunicação. Sobre os seres de Júpiter, por exemplo, podemos ler que “a conformação física é quase igual á nossa, mas menos densa e com um peso específico menor”. A densidade de seus corpos é tão pequena que pode ser comparada aos nossos fluidos imponderáveis, tendo o aspecto vaporoso, imaterial e luminoso, principalmente nos contornos do rosto e da cabeça. Este brilho magnético é semelhante àquele que os artistas simbolizaram na auréola dos santos. Como a matéria desses corpos é mais depurada, com a morte ela se dissipa sem passar pelo estado de decomposição pútrida. O “homem” de Júpiter é grande, maior que o terráqueo; seu desenvolvimento é rápido; e sua infância dura apenas alguns meses.
A duração de sua vida equivale a cinco de nossos séculos.
Quando à locomoção, é fácil e obtida pelo esforço de vontade, pois, como a densidade do corpo jupteriano é pouco maior do que a atmosférica, ele se liberta facilmente da atração planetária. Enquanto aqui andamos, eles deslizam pela superfície com a facilidade de um pássaro no ar.
Victorien Sardou, jovem literato contemporâneo de Allan Kardec, desenhou diversas cenas jupterianas. Desenhista sem habilidade foi, segundo diz, influenciado por um habitante de Júpiter que, séculos antes, havia morado na Terra, onde fora oleiro r chamara-se Bernard Palissy. Através de médium Sardou, Palissy não apenas fez um grande número de pinturas onde retratava habitações, personalidades e cenas do dia-a-dia, como menos também falou e explicou que, desde que um ser possua um corpo físico, por menos que um denso que seja, necessita não somente de alimentação e vestuário, mas, ainda, de moradia e organização social.
As descrições que Palissy fez de Júpiter são curiosas. Disse que a atmosfera desse planeta é diferente da terrestre. A água do planeta é mais etérea, parece-se mais ao vapor, e a matéria, como a conhecemos, quase não existe. Algumas plantas assemelham-se às nossas, e existem flores com uma textura tão delicada que as torna quase transparentes.
Ao falar sobre as habitações, Palissy disse que o material com o qual são construídas as casas do planeta funde-se sob a pressão dos dedos humanos, como se fosse neve, e que este é um dos materiais mais resistentes do lugar.
As vidraças são feitas por uma espécie de vidro líquido e colorido que endurece ao tomar contato com o ar. Palissy disse que “a imobilidade das moradias era um entrave, e por isso descobriu-se uma maneira de fazê-las leves e transportáveis a qualquer lugar do planeta".
Segundo ele, durante certas épocas do ano, o céu fica obscurecido por uma nuvem de “casas” que vêm do todos os pontos. "É um passar ininterrupto de moradias de várias formas, cores e tamanhos. Somente quando finda a temperada, o céu fica livre destes curiosas pássaros.
Os jupiterianos comunicam-se, normalmente, por telepatia, mas também se utiliza da linguagem articulada. A Segunda visão (clarividência), têm permanentemente. O estado rotineiro deles pode ser comparado ao de um “sonâmbulo lúcido”, e é por isso que podem comunicar-se conosco com uma facilidade maior que habitantes de mundos mais grossos e materiais".
Quando se perguntou a Kardec sobre as condições de luz e calor nos mundos extraterrenos, ele respondeu que a existência nesses lugares deve ser apropriada ao meio em que se vive. “Que impossibilidade haveria para a eletricidade ser mais abundante do que na Terra e desempenhar papéis cujos efeitos não compreendemos? Esses mundos podem conter em si mesmos as fontes de luz e calor de que necessitam”, disse ele.
Literatura espírita não menciona naves espaciais
Entretanto, não foi só Kardec que se manifestou a respeito do tema. Antes dele, Margeret, uma das irmãs Fox que deram origem ao espiritismo na América, havia mencionado o assunto. Posteriormente, numerosas mensagens surgiram em diversas partes do globo. No Brasil, o médium Chico Xavier psicografou mensagens enviadas pelo espírito do jornalista brasileiro Humberto de Campos e por Maria João de Deus. Ercílio Maes recebeu, do espírito Ramatis, A Vida no Planeta Marte. Nesta obra, Ramatis explica que o marciano não apresenta as mesmas características substanciais do terráqueo, pois, apesar de Ter a mesma forma, vibra num plano mais energético que material. Seu mundo situa-se num campo vibratório adequado a seu corpo físico, ou seja, é menos material que o nosso.
José Neufel diz que, “de acordo com a ciência, planos vibratórios podem sobrepor-se ou interpenetrar-se. Nosso aparelhamento sensorial é apto à percepção de fenômenos materiais situados entre as fronteiras do plano vibratório em que vivemos. Normalmente, não podemos transpô-las e penetrar em outro planos vibratórios e outros graus energéticos. Logo, o fato de não percebemos certas vibrações não significa que inexistam, mas apenas que estão aquém ou além dos limites de nosso mundo sensorial. Se formos a Marte ou a qualquer outro planeta, é provável que os consideremos inteiramente desértico ou sem vida. Não é impossível, todavia, que eles existam, num outro plano vibratório, mundos organizados e muito mais adiantados que o nosso, imperceptíveis aos nossos sentidos”.
Na literatura espírita, não encontramos qualquer menção às naves espaciais avistadas por pessoas d todos os lugares do mundo. Chico Xavier, no livro Nosso Lar, fala do “aerobus” mas, como a obra trata do mundo espiritual do nosso planeta, não a comentaremos num texto sobre ufologia. Também as vozes paranormais gravadas em fitas aludem a maios de transporte mas, segundo pesquisadores, elas não originárias de planos espirituais próximos à Terra, e por isso também fogem um pouco do tema deste artigo.
Assim, apesar de aceitar a existência de diversos planetas habitados, o espiritismo ainda não oferece explicações sobre locomoção dos extraterrestres por meio de naves espaciais, nem sobre alguns “seqüestros” registrados. As comunicações existente entre o homem e habitantes de outro planeta podem, segundo o espiritismo, ser feitas por intermédio de médiuns que recebem mensagens de espíritos que estão em comunicação com os extraterrestres.
Encerraremos este artigo citando os dois últimos parágrafo da obra de José Neufel, Buscando Vida nas Estrelas, onde ele sintetiza, muito bem, o pensamento dos espíritas: “O homem, na sua extrema vaidade e seu inescondível orgulho, considera-se o rei da criação, quando, na realidade, é um ser ainda no início da escala evolutiva universal”.
“É esta convicção que o espiritismo procura transmitir, bem como o sentimento do que, ao melhorarmos nosso íntimo  retificarmos nossas falhas e imperfeições, aprimoramos nossos espíritos em múltiplas e sucessivas existências, subimos na escala evolutiva e conquistamos o direito de viver em mundos melhores, migrando por planetas, estrelas e galáxias, numa apoteose gloriosa e sublime da ascensão espiritual.”


Fonte: Por Elsie Dubugras-Blog Cartas de Ouro

"ESPÍRITO PROTETOR. ANJO GUARDIÃO OU GUIA ESPIRITUAL"

No trecho abaixo do Programa Transição é abordado os seguintes temas:
Anjo da guarda/guia espiritual/orientador espiritual/ Espírito protetor
O Espírito protetor vive do nosso lado?
Por que não percebemos a ação do Espírito protetor?
O Espírito protetor pode ajudar para arrumar casamento ou informando os números da loteria?
O Espírito protetor pode abandonar o protegido que é rebelde aos seus conselhos?

"DIVALDO FRANCO FALA SOBRE ABORTOS EM VIDAS PASSADAS COMO REPASSAR NESSA VIDA? EXISTE PUNIÇÃO?


quinta-feira, 11 de maio de 2017

“A REENCARNAÇÃO E O CONCILIO DE CONSTANTINOPLA EM 553 D.C”

Até agora, quase todos os historiadores da igreja romana acreditam que a Doutrina da Reencarnação foi declarada herética durante o segundo Concílio de Constantinopla em 553 D.C, atual Istambul, na Turquia. No entanto, a condenação da Doutrina se deve a uma ferrenha oposição pessoal do finado imperador Justiniano, que nunca esteve ligado aos protocolos do Concílio. Segundo Procópio, uma mulher de nome Teodora, filha de um guardador de ursos do anfiteatro de Bizâncio, era a ambiciosa esposa de Justiniano, e na realidade, era quem manejava o poder. Ela, como cortesã, iniciou sua rápida ascensão ao Império. Para se libertar de um passado que a envergonhava, ordenou, mais tarde, a morte de quinhentas antigas "colegas" e, para não sofrer as consequências dessa ordem cruel em uma outra vida como preconiza a lei do Carma, empenhou-se em suprimir toda a magnífica Doutrina da Reencarnação. Estava confiante no sucesso dessa anulação, decretada por Justiniano " em nome de DEUS " !
Em 543 D.C, o déspota imperador Justiniano, sem levar em conta o ponto de vista clerical, declarou guerra frontal aos ensinamentos de Orígenes - exegeta e teólogo (185 - 235 D.C.), condenando tais ensinamentos através de um sínodo especial. Em suas obras: De Principiis e Contra Celsum, Orígenes tinha reconhecido, abertamente, a existência da alma antes do nascimento e sua dependência de ações passadas. Ele pensava que certas passagens do Novo Testamento poderiam ser explicadas somente à luz da Reencarnação.
Do Concílio convocado por Justiniano só participaram bispos do oriente (ortodoxos). Nenhum de Roma. E o próprio "Papa", que estava em Constantinopla nesta ocasião, deixou isso bem claro.
O Concílio de Constantinopla, o quinto dos Concílios, não passou de um encontro, mais ou menos em caráter privado, organizado por Justiniano, que, mancomunado com alguns vassalos, excomungou e maldisse a doutrina da preexistência da alma, com protestos do Papa Virgílio, e a publicação de seus anátemas. Embora estivesse em Roma naquela época, o Papa Virgílio sequestrado e mantido prisioneiro de Justiniano por oito anos, recusou-se a participar deste Concilio, quando Justiniano não assegurou o mesmo quórum de bispos representantes do leste e do oeste.
Uma vez convocado, o Concilio só incluiu 165 bispos da Cristandade em sua reunião final, dos quais 159 eram da Igreja oriental. Tal fato garantiu a Justiniano todos os votos de que precisava.
A conclusão oficial a que o Concílio chegou após uma discussão de quatro semanas teve que ser submetida ao "Papa" para ratificação. Na verdade, os documentos que lhe foram apresentados (os assim chamados "Três Capítulos") versavam apenas sobre a disputa a respeito de três eruditos que Justiniano, há quatro anos, havia por um edito (decreto) declarado heréticos. Nada continham sobre Orígenes. Os "papas" seguintes, Pelagio I (556 - 561 D.C.), Pelagio II (579 - 590 D.C.) e Gregório (590 - 604 D.C.), quando se referiram ao quinto Concílio, nunca tocaram no nome de Orígenes.
E a Igreja aceitou o edito de Justiniano - "Todo aquele que ensinar esta fantástica preexistência da alma e sua monstruosa renovação, será condenado" - como parte das conclusões do Concílio. Esta atitude da Igreja levou a reações tais como a do Cardeal Nicolau de Cusa que sustentou, em pleno Vaticano, a pluralidade das vidas e dos mundos habitados, com a concordância do Papa Eugênio IV (1431 -1447), embora isso provocasse descontentamento de influentes clérigos da Cúria Romana. Porém, havia e houve sempre o interesse em sepultar esse conhecimento. Então, ao invés de uma aceitação simples e clara da Reencarnação, a Igreja passou a rejeitá-la, justificando tal atitude com a criação de Dogmas que lançam obscuridade sobre os problemas da vida, revoltam a razão e impõem dominação, ignorância, apatia e graves entraves à autonomia da razão humana e ao desenvolvimento espiritual da humanidade.
FRATERLUZ-Fraternidade Espírita Luz do Cristianismo


"A DOR PARTILHADA"

Dois homens, ambos gravemente doentes, estavam no mesmo quarto de hospital. Um deles podia sentar-se na sua cama durante uma hora todas as tardes para conseguir drenar o líquido de seus pulmões.
Sua cama estava junto da única janela do quarto. O outro homem tinha de ficar sempre deitado de costas para a janela. Os homens conversavam horas a fio.
Falavam das suas mulheres e famílias, das suas casas, seus empregos, seu envolvimento no serviço militar, locais onde eles passava as férias.
Todas as tardes, quando o homem da cama perto da janela se sentava, ele passava o tempo descrevendo ao seu companheiro todas as coisas que ele podia ver do lado de fora da janela. O homem da cama do lado começou a viver para aqueles períodos de uma hora, em que o seu mundo era alargado e animado por toda a atividade e cor do mundo do lado de fora. A janela dava para um parque com um lindo lago de patos e cisnes brincavam na água enquanto crianças com os seus barquinhos. Jovens namorados caminhavam de braços dados por entre as flores de todas as cores e uma bela vista da silhueta da cidade podia ser visto na distância. Quando o homem perto da janela descrevia isto tudo com detalhes requintados , o homem no outro lado do quarto fechava os seus olhos e imaginava esta cena pitoresca . Uma tarde quente, o homem perto da janela descreveu um desfile que passava. Embora o outro homem não conseguisse ouvir a banda - ele podia vê-lo no olho da sua mente como o senhor a retratava através de palavras descritivas . Dias , semanas e meses se passaram. Uma manhã , a enfermeira chegou ao quarto trazendo água para os seus banhos, e encontrou o corpo sem vida do homem perto da janela , que tinha morrido tranquilamente em seu sono . Ela ficou muito triste e chamou o atendentes para que levassem o corpo . Logo que lhe pareceu apropriado, o outro homem perguntou se podia ser colocado na cama perto da janela. A enfermeira ficou feliz em fazer a troca , e depois de ter certeza que ele estava confortável , ela deixou ele sozinho. Vagarosamente, pacientemente , ele se apoiou em um cotovelo para tomar o seu primeiro olhar para o mundo real. Fez um grande esforço e lentamente a olhar para fora da janela além da cama . Ele enfrentou uma parede em branco . O homem perguntou à enfermeira o que poderia ter levado seu companheiro falecido, que tinha descrito coisas tão maravilhosas fora dessa janela. A enfermeira respondeu que o homem era cego e nem sequer conseguia ver a parede. Ela disse: Talvez ele só queria encorajar você.
Há uma felicidade tremenda em fazer os outros felizes, apesar dos nossos próprios problemas . A dor partilhada é metade da tristeza, mas a felicidade quando partilhada, é dobrada.
Se você quer se sentir rico, conta todas as coisas você tem que o dinheiro não pode comprar.
"Hoje é uma dádiva, é por isso que é chamado de O PRESENTE".


Autor desconhecido

“A ALMA APÓS A MORTE”

Que sucede à ama após a morte?
Volta a ser Espírito, isto é, volve ao mundo dos Espíritos, donde se apartara momentaneamente." (Questão 149, de “ O Livro dos Espíritos” – Allan Kardec)
Quando nos debruçamos sobre as obras básicas, entendemos a real dimensão do ser humano. Dentre os mistérios da humanidade, sem dúvida o destino de cada um após o que se convencionou chamar de Morte, é o que mais nos intriga.
O Pentateuco nos ensina que a alma, depois da morte, volta ao plano espiritual de onde veio. A doutrina, didaticamente, coloca a nossa existência corpórea como se estivéssemos em uma universidade, em contínuo aprendizado e, que ao terminar o curso, voltaremos ao campo de trabalho maior, a fim de praticar toda a teoria e os ensinamentos recebidos. Ao contrário das definições que colocam a vida na Terra como castigo ou tormentos, a nossa passagem pela vida terrestre é uma benção de Deus, que nos compete aproveitar como sendo das experiências a mais valiosa.
Os livros, principalmente os ditados por André Luiz, são pródigos em relatos daqueles que desprezaram essa oportunidade no mundo e praticaram toda sorte de equívocos. Os depoimentos apontam para espíritos amargurados, tomados de um arrependimento constrangedor e que imploram pelo retorno à vida na esfera carnal, reconhecendo aqui como uma grande oficina de ajuste moral.
Ao estudarmos a Reencarnação, deparamo-nos com algumas constatações. A primeira, que é sumamente impossível atingir-se um grau de perfeição em apenas uma única existência e, a segunda, em se comparando com a eternidade da alma, que o corpo humano é uma prisão, uma espécie de reformatório, no qual nossas faculdades estão temporariamente oprimidas. Vai depender do nosso esforço, de nossa perseverança no bem, iniciarmos o processo da libertação, na luz do tempo e com as bênçãos de Deus.
Se o Evangelho de Jesus é um código que favorece a iluminação dos nossos sentimentos, a luz não pode atingir quem não se decidir em buscar sua melhoria. Ninguém poderá fazer a nossa parte, e, tal qual Jesus na subida do Gólgota, precisamos superar as barreiras, vencer todos os obstáculos e vivenciar a mensagem que o Mestre nos deixou.
Mesmo que isso leve um bom número de reencarnações. Olhemos ao nosso redor, existem muito mais oportunidades para se fazer o bem do que o mal. Deus, o Pai Maior, criou tudo o que existe para o nosso bem, esperando como retribuição nosso desejo renovado de buscar conhecimentos no avanço em prol da nossa libertação. Entretanto, são tantas as tentações da porta larga que, muitas vezes, nos perdemos no caminho e nos distanciamos do objetivo.
Confúcio disse “aprenda viver e saberás morrer bem”. Uma sábia verdade, pois estudamos que, no instante da morte a alma volta a ser Espírito, retornando ao estado espiritual, seu lugar de origem, conservando a sua individualidade e seu perispírito, e guardando este o aspecto que tinha na sua última encarnação, já que assim se mentaliza. Na chamada “morte”, o encarnado leva consigo deste mundo apenas as lembranças doces ou amargas, conforme a maneira como se conduziu. Além disso, a sua bagagem é constituída pelos valores morais que conquistou. Ao expor essa verdade de maneira tão clara, a Doutrina Espírita transforma completamente a perspectiva do futuro.
A vida futura deixa de ser uma hipótese para ser realidade. O estado das almas depois da morte não é mais um sistema, porém o resultado da observação. Os oradores espíritas gostam de referir-se a este tema dizendo que “ergueu-se o véu”. É a realidade. Ao entendermos a pluralidade das existências; o mundo espiritual aparece-nos na plenitude de uma realidade prática. E isso, não foi Kardec quem descobriu; numa concepção engenhosa, foram os próprios Espíritos que vieram descrever a sua situação. Contaram-nos dos vários graus da escala espiritual, todas as fases da felicidade e da desgraça, que eles mesmos assistiram, em suas epopeias de além-túmulo.
Ao aprender o real sentido da resposta à pergunta 149, os espíritas passam a encarar a morte calmamente, pois que não alimentam mais somente a esperança, mas experimentam uma certeza reconfortante: a vida futura é a continuação da vida terrena em melhores condições. Assim, não enxergam a morte como o fim de tudo, mas comparam-na ao nascer do Sol depois de uma noite de tempestade.
O próprio conceito de família muda, pois passamos a compreender que eles não são almas penadas que nada falam ao pensamento, e sim, seres que existem sob uma forma concreta. O Espiritismo apresenta-se como o Consolador Prometido, quando sinaliza claramente que já não é a esperança que nos guia, mas a certeza. Ele nos faz saber que, apesar de nossos erros e acertos, temos a convicção que estamos no caminho e que não haverá uma condenação eterna e nem a separação dos entes queridos.
Orlando Ribeiro
FRATERLUZ-Fraternidade Espírita Luz do Cristianismo



𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...