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sábado, 5 de agosto de 2017

“A VISÃO ESPIRITA DA PEDOFILIA”

1- Como o espiritismo vê a questão da pedofilia?
R: Como um grave desequilíbrio mental e espiritual, necessitando severo tratamento multidisciplinar, isto é envolvendo diversos profissionais além de tratamento espiritual complementar.
2- Qual a razão de existirem pedófilos?
R: A mesma razão de existirem quaisquer outros desequilíbrios psíquicos. São atitudes doentias que se estruturaram ao longo de uma ou mais existências, ou seja, reencarnações. Ninguém foi criado pedófilo.
3- O que se passa nas suas mentes?
R: Cada um deles tem uma história. Não há como colocar todos em um mesmo rótulo. Mas poder-se-ia dizer que tem um impulso sexual doente e destituído de ética.
4- Quais os traumas que eles têm?
R: Diversos, e variam conforme cada caso. Podem ter sofrido: violência infantil, abandono, desprezo, presenciado quando em tenra idade, sexo entre os pais, enfim outras distorções de educação ou de vivência.
5- Como se explica tal comportamento?
R: A resposta é tão difícil como explicar qualquer outra grave alteração de comportamento. São espíritos que pelo seu atraso, imaturidade, ignorância e, sobretudo pelo livre arbítrio desviaram-se da linha normal de conduta.
6- E as vitimas, por que isso?
R: Em diversas oportunidades, quando fizemos palestra sobre reencarnação, fomos questionados posteriormente sobre a dolorosa e delicada circunstância da pedofila. Principalmente, ao se propiciar perguntas nos serem dirigidas por escrito viabilizava-se este questionamento.
Embora o tema seja potencialmente polêmico e desagradável, não há como ignorá-lo no contexto de nossa situação planetária. Nossa abordagem será pelo ângulo transcendental e reencarnacionista considerando que são dois espíritos, no mínimo, envolvidos na tragédia em questão. Cumpre-nos esclarecer que o livre arbítrio é o maior patrimônio que nós, espíritos humanos, temos alcançado ao atingirmos a faixa evolutiva pensante. Livre arbítrio que não legitima atitudes, mas oportuniza as criaturas decidir e se responsabilizar pelas consequências de seus atos posteriores.
Outra premissa que deveremos estabelecer é aquela da maior ou menor repercussão dos atos perante a Lei Universal, em função do nível de esclarecimento que possuímos. Importante também salientar que não há atos perversos que tenham sido planejados pela espiritualidade superior. Seria de uma miopia intelectual sem limites, a ideia de que alguém deve reencarnar a fim de ser violentado ou sofrer pedofilia.
A concepção do Deus punitivo e vingativo já não cabe mais no dicionário dos esclarecidos sobre a vida espiritual. Deus é a fonte inesgotável de amor.
É a Lei maior que a tudo preside uma lei de amor que coordena as leis da natureza. Então, como conceber a violência física? Como enquadrar a onipresença divina em situações e sofrimentos que observamos? Deus estaria ausente nestas circunstâncias? Ou estaria presente? Para muitos indivíduos se estivesse presente já seria motivo para não crer na sua existência ou na sua infinita bondade e onisciência.
Outra questão importante: Quem é a “vítima”? Analisemos. Cada um de nós ao reencarnar trouxe todo o seu passado impresso indelevelmente em si mesmo, são os núcleos energéticos que trazemos em nosso inconsciente construídos no passado.
Espíritos que somos e pelas inúmeras viagens que percorremos, representadas pelas inúmeras vidas, possuímos no nosso “passaporte” inúmeros “carimbos” das pousadas onde estagiamos em vidas anteriores. Hoje, a somatória dessas experiências se traduzem em manancial energético que irradia constantemente do nosso interior para a superfície desta vida.
Assim, é também a “vítima”. A criança, que hoje se apresenta de forma diferente, traz em seu passado profunda marcas de atitudes prejudiciais a irmãos seus. Atitudes de desequilíbrio que são gravadas em si mesma.
Algumas dessas, hoje crianças, participaram intelectualmente de verdadeiras emboscadas visando atingir de maneira dolorosa a intimidade sexual de criaturas; outras foram executoras diretas, pela autoridade que eram investidas, de crimes nesta área. Enfim, são múltiplas as situações geradoras da desarmonia energética que agora pulsa constantemente nos arquivos vibratórios da criança, nossa personagem neste drama.
Pela Lei Universal da sintonia de vibrações, poderá ocorrer, em um dado momento, uma surpresa desagradável. O espírito, criança agora, poderá atrair e sintonizar com a frequência do agressor, ou seja, o pedófilo e ser agredida.
Identificados dois dos protagonistas (agressor e criança), temos também que considerar o frequente processo obsessivo que vinha se desenvolvendo. Uma outra entidade pode estar fixa perifericamente ou até profundamente à trama perispiritual de um ou dos doisenvolvidos no processo.
Lembramos, novamente, não foi em hipótese alguma programada a violència ou o estupro, nem ele em qualquer circunstância teria justificativa. No entanto, o crime existindo, necessário compreender em uma visão mais ampla o que está acontecendo. A espiritualidade sempre fará o máximo para evitar o “mal” ou não sendo possível, apoiar aos que sofrem.
O espírito submetido à violência da pedofilia sofre intensamente no processo, conforme o seu grau de maturidade espiritual. Não houve a programação, mas a tendência que trazia era forte e havia o risco em passar por algo do gênero , que, a espiritualidade não conseguiu evitar. Perante a Lei divina sabemos que o espírito reencarnado não deve receber a agressão arbitrária em face da violência cometida por outro. Violência que gera violência, um ciclo triste que necessita ser rompido com uma postura de amor, de orientação e de perdão.
A violência da pedofilia gera, muitas vezes, profundos traumas em todos os envolvidos exacerbando a dolorosa situação cármica da constelação familiar.
Há, também, espíritos afins e benfeitores que, visam amparar os envolvidos nesta dor. Amigos do extra físico cheios de ternura em seu coração, com projetos de dedicação e amparo, sempre se fazem presentes.
O tempo se encarregará de cicatrizar os ferimentos da alma.
Fonte: Entrevista com Dr. Ricardo Di Bernardi

Médico pediatra, homeopata, palestrante espírita internacional, autor de diversos livros.

“NO VALE DOS DROGADOS”

Certa noite, já de madrugada, percebi que estava projetado fora do corpo em um pântano escuro e tenebroso. Não sei como fui parar lá, mas com certeza fui levado pelos amparadores espirituais, pois participei de um trabalho de assistência extrafísica.
O que mais me surpreendeu não foi o local, mas os espíritos que encontrei lá. Conforme caminhava, ia passando por vários jovens desencarnados caídos naquele chão imundo. Escutava gemidos e uma energia de medo e dor vibrava no ambiente. Muitos espíritos puxavam minhas pernas, outros estavam completamente atordoados, indiferentes à minha presença.
Andei um pouco por aquela multidão de infelizes. Todos pareciam ainda estar sob o efeito das drogas, completamente sugados em sua vitalidade, sem forças para se levantar.
Em determinado momento, senti a necessidade de me sentar no chão, mesmo sem saber ao certo o motivo. Logo que fiz isso, uma jovem aparentando uns 19 anos, loira, aproximou-se de mim muito amedrontada. Não sabia onde estava nem o que estava acontecendo. Sentou-se ao meu lado e me abraçou, na ânsia de se proteger daquilo tudo.
Não sei quanto tempo ela ficou abraçada em mim. Na verdade, a percepção do tempo varia de acordo com o plano em que nos manifestamos. Só sei que fui me sentindo cada vez mais fraco, até perder a consciência e despertar no corpo físico.
O que aconteceu é fácil de entender. Fui levado pelos amparadores à uma região umbralina onde muitos espíritos que desencarnaram devido ao uso de drogas estavam reunidos, de acordo com a lei de afinidade. Muitos espíritos ainda ficam sob o efeito de drogas devido à ligação energética que têm com seus corpos e com a energia de determinada droga. Suas mentes estão cristalizadas no vício, fazendo com que fiquem por tempo indeterminado naquelas regiões. Mas alguns, devido ao próprio carma ou a uma vontade sincera, se encontram em condições de sair desses lugares e buscar apoio nos hospitais extrafísicos. Era o caso daquela jovem. É bem provável que ela tivesse desencarnado por overdose recentemente e por isso, seu corpo astral estava muito denso. Como se encontrava fraca, somente alguém encarnado, temporariamente afastado do corpo poderia doar energia vital mais densa, para que ela pudesse ser tratada posteriormente pelos amparadores, que devido ao plano de manifestação, irradiam energias mais sutis.
É claro que nem todos os espiritos que desencarnam sob o vício das drogas se dirigem a este vale. Cada caso é um caso. Tudo é uma questão de afinidade.
Relato de uma projeção astral- Por Victor Rebelo

Revista Cristã de Espiritismo, edição 32

“CHEGA DE CARREGAR CULPAS! ISSO ACABA COM À SUA ALMA.”

Inúmeras crenças religiosas têm sido imensamente nocivas ao desenvolvimento das pessoas, pois usam frequentemente a culpa como forma de atemorizar. Com isso, obtêm a submissão dos indivíduos, conduzindo-os a seu bel-prazer. 
Utilizam-se de comportamentos manipuladores baseados em crenças punitivas. Um dos conceitos mais apregoados é o de que a Divina Providência age através do castigo e da vingança e de que Deus, quando se decepciona conosco, impede-nos de desfrutar e participar das benesses do Reino dos Céus. 
A doutrina do fogo eterno (...) não produzirá bom resultado (...) Se ensinardes coisas que mais tarde a razão venha a repelir causareis uma impressão que não será duradoura, nem salutar". 
As religiões foram criadas para retirar as pessoas da convenção e transportá-las à espiritualização, mas, na atualidade, algumas religiões se transformaram nas próprias convenções sociais. 
Abordaremos agora algumas mensagens que produzem culpa e consequentemente infelicidade no íntimo das pessoas: 
"Vocês desobedeceram às leis divinas, mas, se sofrerem bastante, talvez serão perdoados". 
"Vocês não entrarão na Casa de Deus, a menos que se sacrifiquem muito pelos necessitados". 
"se vocês amassem ao Pai, não ousariam ter a atitude que tiveram".
A culpa é frequentemente difundida por religiosos ortodoxos de forma consciente e até mesmo inconsciente, como meio de, produzindo temor nos fiéis, estabelecer dependência religiosa e determinar comportamentos e posturas de vida que acreditam ser corretas e convenientes às suas "nobres causas missionárias". 
Esquecem-se, porém, de que cada ser tem uma idade astral, que lhe permite ver e compreender a existência de forma específica e única. Também não se lembram de que, por maior que seja a soma das culpas de um indivíduo, ele não poderá transformar seu comportamento passado nem mesmo suas atitudes do presente. Portanto, a única forma possível de levá-lo a uma transformação interior é a mudança de entendimento e de atitude. 
Somente através de uma real conscientização é que se estabelece o processo de amadurecimento das criaturas. Em outras palavras, tal conscientização se dá pelo somatório de sua experiências vivenciadas através do tempo, nunca pela imposição ou pelo receio. 
"Sacrifique-se pelos necessitados", poderá ser uma recomendação equivocada, quando endereçada a uma pessoa psicologicamente fragilizada, pois, se ela não consegue nem mesmo ajudar a si mesma, obviamente se sentirá culpada por não conseguir ajudar o próximo. 
Ela até poderá estar provida de boa vontade e tentar fazer algumas coisas, mas não conseguirá efetuar uma real ajuda, visto que é tão necessitada que dentro de si não há senão escuridão e desequilíbrio. Então, como poderá cooperar convenientemente com os outros? 
Só poderemos prestar auxílio a alguém que estiver se afogando se soubermos nadar. como ajudá-lo, se estivermos também afogando? 
Na realidade, pessoas imaturas se consideram profundamente culpáveis porque valorizam em excesso o que os outros dizem e pensam. Por lhes faltar independência interior, nem sempre reúnem condições de julgar seu próprio comportamento, pensamentos e emoções, responsabilizando-se pelas consequências que tais atos causam sobre elas. 
Não creem que Deus lhes fala diretamente; ao contrário, necessitam de homens que se autodenominam "iluminados", para conduzi-las, conforme julguem correto e justo São infelizes. Quando não se culpam, atribuem culpa aos outros. Não percebem que são elas mesmas que determinam o seu destino! 
A culpa não encontrará abrigo em nossa alma, se tivéssemos uma ampla fé no amor de Deus por nós e se acreditássemos que Ele habita em nosso interior e sabe que somos tão bons e adequados quanto permite nosso grau de conhecimento e de entendimento sobre nossa vida interior e também exterior.


Hammed - as dores da alma

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

"CORDÃO DE PRATA- A ANIMAÇÃO SOBRE O DESENCARNE QUE VEM EMOCIONANDO O MUNDO"

"Quando amamos alguém temos que aprender a deixa-lo ir..."
Saiba mais sobre o cordão de prata:
Como o próprio nome sugere, trata-se de uma espécie de "cordão" que liga o perispírito ao corpo físico. É imprescindível à vida carnal, pois assegura a perfeita realização das funções biológicas vitais durante o período do sono natural, quando então o espírito se desprende do corpo físico para interagir no mundo espiritual, embora sempre seu corpo e seu perispírito estejam sempre ligados através do chamado cordão de prata.
O cordão de prata é pré-requisito essencial para a vida orgânica, posto que no momento da morte física ele se rompe. Em alguns meios "espiritualistas" com pouco estudo, há uma discussão sobre os "perigos de rompimento" de tal cordão espontaneamente, durante o conhecido fenômeno das projeções para fora do corpo, como se algo no Universo pudesse acontecer "espontaneamente", ou seja, sem o consentimento e o conhecimento de Deus. Esse temor não tem lógica, nem sentido algum, a não ser que seja "a hora exata" de o indivíduo desencarnar.
O cordão de prata não é feito de material suscetível a atritos ou a acontecimentos que possam vir a "rompê-lo" - esse tipo de pensamento não apenas contraria diametralmente a lógica, mas sobretudo vai inteiramente contra os ensinamentos estabelecidos pela codificação Kardequiana.
FONTES:

MISSIONÁRIOS DA LUZ, de André Luiz, por Chico Xavier

“MORTES VIOLENTAS E PLANEJAMENTO REENCARNATÓRIO.”

Inegavelmente, vivemos um período em que a violência se acentua, tomando conta, quase que integralmente, da mídia televisiva e escrita. São notícias diárias de sequestros, roubos, estupros, homicídios e mortes causadas por acidente de carro.
A violência é fruto da nossa imperfeição moral, da predominância dos instintos agressivos (adquiridos pelos Espíritos nas vivências evolutivas no reino animal), que a razão ainda não converteu em expressões de amor.
Neste período de transição planetária, vivenciamos o ápice das provas e expiações, de forma que a violência atinge índices alarmantes, praticada por Espíritos ainda primários, que não desenvolveram os sentimentos nobres, os quais, nesse processo de expurgo evolutivo (separar o joio do trigo, como ensinava Jesus), após a desencarnação, já não terão mais condições vibratórias de reencarnar no planeta Terra. Lembremos, ainda, a assertiva de Jesus: Os mansos herdarão a Terra.
Anote-se que a tônica deste artigo é abordar a incidência do planejamento reencarnatório nos casos de mortes violentas, isto é, a vítima teria que desencarnar dessa maneira? E o agressor, também teria assumido esse papel de algoz antes de reencarnar?
Alguns autores espíritas defendem a ideia de que a morte causada pela violência alheia não fazia parte do contexto reencarnatório, em virtude de que ninguém reencarna para o mal, portanto o agressor não havia planejado matar alguém, de tal sorte que a vítima desencarnaria em função do mau uso do livre arbítrio daquele (agressor).
Em que pese o nosso respeito por aqueles que nutrem esse tipo de ponto de vista, sabemos que as vítimas que desencarnam em razão da violência alheia estão inseridas, basicamente, em três tipos de situações:
1) Prova – a vítima vivencia uma situação de violência que gera a sua desencarnação, o que lhe trará um teste, um desafio para que ela exercite as virtudes no sentido de perdoar sinceramente o agressor (gera aprendizado, evolução – esse tipo de morte foi solicitado pela vítima antes de sua reencarnação). Lembremos que prova pressupõe avaliação, ou seja, colocar em teste as virtudes aprendidas. Caso vença moralmente a situação, podemos dizer que o Espírito alcançou determinada virtude.
2) Expiação – são as situações mais frequentes. A vítima foi a autora de violência em vidas anteriores que lesou alguém e, como não se liberou desse compromisso através do amor, sofre as consequências na atual existência. Expiar é reparar, quitar, harmonizar-se com as leis divinas.
3) Missão – algumas almas nobres morrem de forma violenta, uma vez que seus exemplos de amor e tolerância geram antipatias nas pessoas mais embrutecidas. Menciono como exemplos os casos de Jesus e Gandhi.
Notem que estamos abordando a questão das violências mais graves, que acabam gerando a nossa desencarnação, pois as violências menores que vivenciamos em nosso cotidiano, tais como calúnias, traições, indiferença e outras, normalmente são circunstâncias naturais da vida num mundo atrasado moralmente como o nosso, a estimular nosso aprendizado espiritual (veja questão nº 859 do Livro dos Espíritos). Jesus já nos orientava: “No mundo só tereis aflições”.
Dessa forma, à luz do Espiritismo e da justiça divina (a cada um segundo suas obras), temos a certeza de que a desencarnação violenta fazia parte de seu cronograma reencarnatório.
Aliás, O Livro dos Espíritos, na questão nº 853-a, nos ensina que nós somente morreremos quando chegar a nossa hora, com exceção do suicídio, conforme acima exposto.
Não há acaso, mesmo nas hipóteses de “bala perdida” e erro médico. Não há desencarnação casual, produzida por falha de terceiros ou mau uso do livre arbítrio alheio.
Caso não tenha chegado a hora de morrer, os benfeitores espirituais interferirão para evitar essa afronta às leis divinas, como inúmeros casos que conhecemos (veja o capítulo X - lei de liberdade - da 3º parte do O Livro dos Espírito, no subcapítulo “fatalidade”).
A questão crucial diz respeito aos autores dessas violências graves. Concordo que ninguém reencarna com o compromisso de matar outra pessoa (veja questão nº 861 do Livro dos Espíritos). Quando, por exemplo, o agressor opta por assassinar alguém, ele o faz em virtude de sua inferioridade espiritual, ou quando atropela alguém por estar alcoolizado e/ou em excesso de velocidade, o faz em razão de sua imprudência, de forma que, em ambas as hipóteses, está usando indevidamente sua liberdade de escolha e ação, o que gerará compromissos expiatórios.
Consigne-se, ainda, que num mundo de provas e expiações, como a Terra, há muitos Espíritos na faixa evolutiva do primarismo, que se comprazem na violência e na imprudência, de forma que não faltará matéria-prima ou instrumentos para que se cumpram as leis divinas quando algum Espírito necessite desencarnar de forma violenta.
Assim sendo, quando a vítima reencarna com o compromisso de morrer violentamente, não haverá nesse momento algum Espírito predeterminado a matá-la, que assuma esse compromisso reencarnatório antes de nascer, mas haverá na Terra inúmeros Espíritos atrasados que, ao dar vazão à sua inferioridade (violência e/ou imprudência), ceifarão a vida daquela (vítima). Esses autores da violência funcionarão como instrumentos das leis divinas. Todavia, tal situação não os isentará das consequências morais e espirituais de suas ações, pois, repita-se, os agressores não estavam predeterminados a agirem dessa forma, poderiam ter elegido outro tipo de conduta, e foi Jesus quem nos ensinou que os escândalos eram necessários, mas ai de quem os causar.
Para fixar o ensino, recordemos do recente e trágico caso da escola de Realengo, na cidade do Rio de Janeiro. O assassino poderia ter deixado de agir daquela forma, pois ele não havia planejado aquilo na espiritualidade (antes de nascer), e se não tivesse adentrado na escola e efetuado os disparos com a arma de fogo, os menores que morreram naquela circunstância sobreviveriam, mas, mais adiante (dias, semanas ou meses – não há dia e hora certa para a desencarnação, mas um período provável), desencarnariam em outra situação violenta.
Poder-se-ia perguntar: Mas como o agressor identifica a pessoa que deve desencarnar? Aprendemos com o Espiritismo que o indivíduo que deve desencarnar de forma violenta, notadamente nos casos de expiação, tem uma vibração espiritual específica, que denuncia e reflete esse débito, de forma que o agressor, inconscientemente, identifica-se com aquele e promove-lhe a desencarnação. É essa particularidade vibracional que, da mesma forma, explica outros tipos de violência (estupro, roubos, sequestros,...), fazendo com que o autor do delito aja em desfavor daquele que deve vivenciar a situação traumática.
É dessa maneira que compreendemos a justiça divina, mas convém enfatizar que a lei divina maior é a lei de amor, portanto, conforme assevera o apóstolo Simão Pedro, o amor cobre uma multidão de erros, de tal sorte que aquele que venha com o compromisso expiatório de desencarnar de forma violenta, poderá amenizar ou diluir integralmente esse débito com as leis divinas através do bem que realize em sua vida, que poderá libertá-lo de uma possível desencarnação violenta. Não nos esqueçamos de que Deus é amor.

Por: ALESSANDRO VIANA VIEIRA DE PAULA

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...