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domingo, 20 de agosto de 2017

“PARENTES DESENCARNADOS EM VISITAS A ENTES ENCARNADOS”

Quando um Espírito, já harmonizado na vida espiritual, recebe uma autorização superior para nos visitar na Terra, naturalmente, não trará qualquer malefício aos encarnados. Sua presença carinhosa poderá apenas despertar “lembranças” nos familiares mais sensíveis que poderão sentir-lhe a presença.
Mas a questão é que muitos dos nossos entes queridos, após desencarnarem, não se desvinculam do ambiente doméstico, podendo afetar negativamente aqueles que permanecem na experiência física.
Há no Movimento Espírita um fato muito interessante, que comprova essa afirmação. Um dos nossos mais queridos oradores, o conhecido médium e tribuno baiano Divaldo Franco, na adolescência, após a morte de um irmão biológico, foi tomado por uma repentina paralisia nas pernas. Durante seis meses, recebeu toda a assistência médica sem qualquer resultado positivo. Os médicos não conseguiam sequer diagnosticar o que exatamente ocorria com o jovem, já que não encontravam quaisquer problemas no campo orgânico. Até que um prima de Divaldo decidiu recorrer a uma senhora espírita que, prontamente, atendeu ao pedido. A experiente trabalhadora do Cristo estendeu as mãos sobre o rapaz acamado, aplicando-lhe o “passe magnético”, enquanto orava ao Senhor da Vida. Através da mediunidade, percebeu também a presença do irmão desencarnado de Divaldo que, inconscientemente, se lhe vinculara magneticamente, tirando-lhe o movimento das pernas.
Imediatamente após o passe e o afastamento do Espírito enfermo, a senhora gentilmente informou o que estava acontecendo, pedindo ao jovem que se levantasse e andasse, o que, para surpresa de todos, ocorreu com desenvoltura. Divaldo Franco, na época, ainda não era espírita, mas já possuía uma acentuada sensibilidade mediúnica. Após o ocorrido, foi conduzido pela família a uma Casa Espírita, onde iniciou seus estudos doutrinários e seu ministério de amor. E até hoje, aos 85 anos, prossegue viajando pelo mundo, já tendo visitado mais de 60 países, divulgando as diretrizes seguras e abençoadas do Espiritismo.
Como se vê, muitos desencarnados não são conduzidos imediatamente às colônias espirituais; ficam apegados aos plano físico, podendo gerar “obsessões inconscientes”, desconfortos e até desequilíbrios orgânicos, pela lei de sintonia.
A terapêutica da oração, do passe e, principalmente, a renovação do campo mental e emocional do encarnado, através de leituras e palestras edificantes, são recursos preciosos para que os vínculos energéticos sejam retirados e o equilíbrio psicofísico retorne à pessoa espiritualmente afetada.
Aproveitando o ensejo da pergunta, é importante informar, de forma mais generalizada, que somente pode haver um real processo de desobsessão ou libertação espiritual, quando o obsediado (quem sofre a influência) suplantar o obsessor (quem influencia) com sua vibração pessoal, que deve ser alcançada principalmente através da transformação moral e comportamental, proposta pelo Evangelho do Cristo.
Esperando der oferecido algumas singelas “sementes” para reflexão sobre esse tema tão significativo, envio meu fraterno abraço aos queridos leitores, com votos de muita paz em Jesus.
Rossano Sobrinho

Fonte: Portal espera feliz

“PODEMOS MUDAR NOSSO DESTINO?

Heráclito, filósofo grego, dizia: “A única coisa permanente no universo é a mudança”. A sabedoria do I Ching revela que tudo é mutação. Antoine Lavoisier, considerado o pai da química moderna, por sua vez, afirmava: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.
Se tudo muda, conforme preconiza a sabedoria milenar, e a nossa trajetória na vida? Temos poder para mudar nosso destino?
O insigne mestre Allan Kardec perguntou aos Espíritos Superiores, na questão 860 de O Livro dos Espíritos: “Pode o homem, por sua vontade e por seus atos, fazer que se não deem acontecimentos que deveriam verificar-se?” E recebeu como resposta: “Pode-o, se essa aparente mudança na ordem dos fatos tiver cabimento na sequência da vida que ele escolheu”.
O que não podemos mudar são os fatos principais da nossa reencarnação, os quais traçamos juntamente com nossos padrinhos espirituais, no momento da escolha da vida que merecemos e precisamos ter. “A cada um será dado segundo suas obras”.
Muitas vezes a doença representa a cura verdadeira para nosso espírito. A dor, o sofrimento, são instrumentos utilizados como filtro para a limpeza das nossas imperfeições.
No livro Contos e Apólogos, no capítulo intitulado, “Dívida e Resgate”, o Espírito Humberto de Campos narra a história de uma senhora rica, que, ao retornar à sua fazenda, às margens do Rio Paraíba, na antevéspera do Natal de 1856, após um ano de entretenimento na Corte, no Rio de Janeiro, é recebida, com sorrisos e gestos humildes, por seus sessenta e dois cativos, que lhe pediam bênçãos, de joelhos:
— Louvado seja Nosso Senhor Jesus-Cristo, sinhá!
— Louvado seja! — acentuava Dona Maria com terrível severidade a transparecer-lhe da voz.
Em um canto recuado, esperando sua vez de cumprimentá-la, pobre moça mestiça sustentava nos braços duas crianças recém-nascidas, sob a feroz atenção de um capataz desalmado. A fazendeira, demonstrando na face e nos gestos o que iria fazer, dirigiu-se a ela, duramente:
— Matilde, guarde as crias na senzala e encontre-me no terreiro. Precisamos conversar.
No grande pátio, já noite, guiadas pelo rude capitão do mato, as duas mulheres dirigiram-se para o rio transbordante. Dona Maria falou:
— Diga de quem são essas duas “crias” nascidas em minha ausência!
— De nhô Zico, sinhá!
— Miserável! — bradou a proprietária poderosa. — Meu filho não me daria semelhante desgosto. Negue essa infâmia!
— Não posso! Não posso!
A patroa encolerizada relanceou o olhar pela paisagem deserta e bramiu, rouquenha:
— Nunca mais verá você essas crianças que odeio...
— Ah! sinhá — soluçou a infeliz —, não me separe dos meninos! Não me separe dos meninos! Pelo amor de Deus! ...
Após muitas ofensas e humilhações à sua cativa, Dona Maria Augusta fez um gesto para seu capataz, que estalou o chicote no dorso da jovem. Esta, indefesa, caiu na corrente profunda do rio.
— Socorro! Socorro, meu Deus! Valei-me, Nosso Senhor! — gritou a mísera, debatendo-se nas águas.
Todavia, daí a instantes, apenas um cadáver de mulher descia rio a baixo, ante o silêncio da noite...
Cem anos passaram...
Na antevéspera do Natal de 1956, Dona Maria Augusta Correia da Silva, reencarnada, estava na cidade de Passa-Quatro, no sul de Minas Gerais. Mostrava-se noutro corpo de carne, como quem mudara de vestimenta, mas era ela mesma, com a diferença de que, em vez de rica latifundiária, era agora apagada mulher, em rigorosa luta para ajudar o marido na defesa do pão. Sofria no lar as privações dos escravos de outro tempo. Era mãe, padecendo aflições e sonhos... Ante a expectativa do Natal, Dona Maria Augusta meditava nos filhinhos, quando a chuva, sobre o telhado, se fez mais intensa.
Horrível temporal desabara na região...
Diante da ex-fazendeira erguia-se um rio inesperado e imenso e, em dado instante, esmagada de dor, ante a violenta separação do companheiro e dos pequeninos, tombou na caudal, gritando em desespero:
— Socorro! Socorro, meu Deus! Valei-me Nosso Senhor!
No entanto, decorridos alguns momentos, apenas um cadáver de mulher descia corrente a baixo, ante o silêncio da noite...
A antiga sitiante do Vale do Paraíba resgatou o débito que contraíra perante a Lei.
Nas questões 258 a 273 de O Livro dos Espíritos, marco inicial do Espiritismo, os Espíritos Superiores nos esclarecem, em um verdadeiro tratado sobre a escolha, como se processa o nosso destino, quanto ao gênero de vida, às particularidades das provas e às expiações.
O sábio e bondoso espírito Emmanuel, em seu livro O Consolador, psicografado pela mediunidade sublimada de Chico Xavier, define, de forma clara, na questão 246, o que significam a provação e a expiação:
“A provação é a luta que ensina ao discípulo rebelde e preguiçoso a estrada do trabalho e da edificação espiritual. A expiação é a pena imposta ao malfeitor que comete um crime”.
Somos, dessa forma, rebeldes, preguiçosos e criminosos, pois aqui nos encontramos com a missão sublime de evoluir. Esse é o objetivo principal de nossa estada neste mundo classificado, didaticamente, por Allan Kardec, como mundo de expiações e de provas.
Porém, como nos valorizamos muito, alguém pode contestar e dizer: “Não sou criminoso!” Entretanto, na questão 358 da obra basilar da Doutrina Espírita, os Emissários Divinos afirmam: “Há crime sempre que transgredis a lei de Deus”.
Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo V, que trata sobre “Causas atuais das aflições”, os Espíritos Superiores escreveram: “Deus, porém, quer que todas as suas criaturas progridam e, portanto, não deixa impune qualquer desvio do caminho reto. Não há falta alguma, por mais leve que seja, nenhuma infração da sua lei, que não acarrete forçosas e inevitáveis consequências, mais ou menos deploráveis. Daí se segue que, nas pequenas coisas, como nas grandes, o homem é sempre punido por aquilo em que pecou.”
Mas, a Lei de Deus não é lei de cobrança inflexível e, sim, de reajuste. Deus é Amor e Justiça. Se fizemos um mal, por pior que seja, podemos atenuá-lo ao infinito das possibilidades, construindo o bem. Se plantamos espinhos nas estradas da vida e retornamos plantando rosas, corrigimos, assim, nossos passos em direção a um novo caminho. Dependendo do quantum de bem que praticarmos, diminuiremos ou dissiparemos completamente nosso erro.
No mundo espiritual, no intervalo das reencarnações, escolhemos, consciente ou inconscientemente, o gênero de provas, de acordo com nossas necessidades e possibilidades adquiridas pela conduta. Entretanto, ao reencarnarmos, não ficamos escravos desse modo de vida, uma vez que as particularidades correm por nossa conta. A todo o instante, podemos escolher a atitude a tomar, como disseram as Entidades Sublimadas: “Dando ao Espírito a liberdade de escolher, Deus lhe deixa a inteira responsabilidade de seus atos e das consequências que estes tiveram. Nada lhe estorva o futuro; abertos se lhe acham, assim, o caminho do bem, como o do mal”.
Podemos, dessa forma, atenuar as dificuldades do nosso caminho e ser muito felizes, à proporção do bem que praticarmos, com fé em Deus e a consciência tranquila.
Muita paz!
Fonte- Correio Espírita

Itair Ferreira

sábado, 19 de agosto de 2017

“LEI DE CAUSA E EFEITO E OS COMPROMISSOS CÁRMICOS. ”

Todos nós temos os nossos compromissos cármicos. E nascemos com todas as condições necessárias e ajustadas para atendermos aos princípios da Lei de causa e efeito.
Você se considera uma pessoa forte? Nos períodos de turbulência da vida, você consegue dar conta do recado?
Quando tiramos os olhos de cima do nosso próprio umbigo, podemos perceber que há pessoas com muito mais atribuições que outras, e podemos ver que as que mais fazem não são as que mais se queixam. Acho que foi Paulo, numa epístola aos Coríntios (epístola quer dizer carta, que é o nosso e-mail hoje… dá pra imaginar Paulo mandando um e-mail pros Coríntios? E Coríntios é um pessoal lá da Grécia, não tem nada a ver com o time…), Pois parece que foi o Paulo que disse que Deus não nos dá um fardo que nossos ombros não possam carregar.
Deus não nos dá um fardo que não possamos carregar
E é por aí. Cada um com suas atribuições, cada um com seus compromissos cármicos. Esses compromissos que trazemos de outras existências foram gerados por nós mesmos, são pequenos ou grandes equívocos que cometemos e que agora devem ser reparados. O hoje é o momento mais propício para reparar erros do passado. Nascemos com todas as condições necessárias e ajustadas para atendermos aos princípios da Lei de causa e efeito. Dificuldades financeiras, problemas familiares, possíveis enfermidades, tudo o que trazemos na bagagem foi colocado em nossa mala existencial por nós mesmos, então não adianta esperneio e choradeira.
Que coisa ridícula viver se lamuriando! É claro que não usamos esses termos na frente dos chorões, eles precisam de outra abordagem, precisam se fortalecer para perder a pena que sentem de si mesmos. Mas não podemos nos deixar contagiar. Pena é um sentimento inútil, não resolve nada. Podemos fazer algo? Façamos esse algo, então! Mas ter pena não adianta, é um sentimento que gera energias pesadas, densas.
Você deve se sentir um privilegiado pelo fato de a vida exigir muito de você! Esteja certo de que a vida não lhe exigiria esse esforço se não pudesse contar com você. A vida só exige muito daqueles que têm a capacidade de vencer, de dar conta do recado. Nos processos que regem a reencarnação, só nos é proposto/exigido/sugerido fazer aquilo que está de acordo com nossa capacidade, de acordo com nossas forças.
A dramatização dos problemas é responsável por grande parte do peso do fardo que carregamos. Muito desses “fardos” já poderiam ter sido deixados em qualquer lugar, mas às vezes insistimos em carregá-los conosco. São as dores de estimação, as antigas ofensas, as contrariedades que não foram superadas. É preciso perdoar, relaxar, ser feliz.
Mesmo pessoas caridosas, humildes, de princípios morais sólidos, cometem erros banais como esses, de passar a vida carregando pesos inúteis. Quando não são reencarnacionistas, não entendem a simplicidade e implacabilidade da Lei de causa e efeito, e chegam a duvidar da Justiça Divina. Realmente, sem compreender a reencarnação, tudo parece injusto.
Não estou querendo dizer que somos melhores ou mais certos por compreendermos a reencarnação. Mas se não fosse por esse entendimento, eu, de minha parte, seria ateu, e convicto. Não há Justiça se desconsiderarmos a pluralidade das existências. Mas isso é pessoal; há ateus e religiosos de todos os tipos que carregam seus fardos com alegria, sem lamúrias e lamentações. E é isso o que importa, né? Alegria e responsabilidade.

Morel Felipe Wilkon

“QUAL A DIFERENÇA ENTRE PROVAS, EXPIAÇÕES E MISSÕES? ”

Muitos confundem provas do espírito com expiação. O entendimento adequado da diferença entre o significado desses dois termos é fundamental para que o indivíduo compreenda melhor sua vida e o sentido de sua existência tendo em vista sua necessidade de aprimoramento moral e de resgates cármicos.
Eis o significado de cada termo:
EXPIAÇÃO
O vocábulo Expiação também é oriundo do latim, expiatione, e tem como significação o ato ou efeito de expiar, isto é, castigo, penitência, cumprimento de pena.
Todavia, sabemos que Deus não castiga ninguém e o sofrimento pelo qual estamos sendo infligidos é fruto dos nossos próprios erros. É bem verdade que a encarnação muitas vezes constitui um aprisionamento para o espírito e poderíamos comparar o planeta Terra, que ainda é um mundo de expiações e provas, a um grande presídio de almas, que padecem dos mais diversos problemas ligados às doenças, à miséria, à violência, etc. Porém, como podemos encontrar na apostila do Curso Básico de Espiritismo da Federação Espírita do Estado de São Paulo, tais sofrimentos, quando suportados com resignação, paciência e entendimento, apagam erros passados e purificam o espírito que assim vai, encarnação após encarnação, libertando-se das imperfeições da matéria.
Muitas pessoas ainda ficam estupefatas quando afirmamos que o sofrimento se faz necessário para a correção das falhas que possuímos. Obviamente, as almas possuem a faculdade de se melhorarem sem as dores e dificuldades infligidas na encarnação, isto quando despertam para uma nova consciência de trabalho em prol da reforma íntima e amor ao próximo. Entretanto, é sabido que muitos desses espíritos ainda relutam em se despojar dos vícios e das más inclinações. Endurecidos e cegos pelo egoísmo e pela vaidade, não conseguem se libertar dos sentimentos que aviltam o homem e, por isso, carecem da expiação terrena para compreenderem melhor os desígnios de Deus.
A Expiação é, assim, a alavanca que move o espírito estacionário ao caminho da perfeição.
A Expiação está relacionada ao passado, enquanto a Prova está relacionada ao futuro do Espírito.
PROVA
Entendemos aqui a acepção Prova como sinônimo de aprendizado para o espírito. O Livro dos Espíritos nos ensina que, em sentido amplo, cada nova existência corporal é uma prova para o espírito.
Prova não significa necessariamente sofrimento, como é o caso da expiação, mas sim a aquisição de novos conhecimentos em virtude de testes a que será submetido o espírito encarnado.
Exemplificativamente, em uma nova existência o espírito encarnado estará sujeito a Provas de paciência, de tolerância, de amor, de fé, de perseverança, entre outras, para que possa se depurar e adquirir mais virtudes. É a reforma íntima operando no espírito para que este possa um dia atingir a perfeição.
Para questão de conhecimento citaremos a MISSÃO, como definição dos espíritos:
MISSÃO
É uma tarefa a que o Espírito se propõe a fazer (LE 572) e pode ser desempenhada tanto na erraticidade quanto encarnado. Neste sentido, Kardec comenta, à questão 569 de “O Livro dos Espíritos”: “As Missões dos Espíritos têm sempre por objeto o bem. Quer como Espíritos, quer como homens, são incumbidos de auxiliar o progresso da Humanidade, dos povos ou dos indivíduos, dentro de um círculo de idéias mais ou menos amplas, mais ou menos especiais e de velar pela execução de determinadas coisas. Alguns desempenham missões mais restritas e, de certo modo, pessoais ou inteiramente locais, como seja assistir os enfermos, os agonizantes, os aflitos, velar por aqueles de quem se constituíram guias e protetores, dirigi-los, dando-lhes conselhos ou inspirando-lhes bons pensamentos. Pode dizer-se que há tantos gêneros de missões quantas as espécies de interesses a resguardar, assim no mundo físico, como no moral. O Espírito se adianta conforme à maneira por que desempenha a sua tarefa”. Os Espíritos esclarecem também, à questão 573, que a missão dos Espíritos encarnados consiste em “instruir os homens, em lhes auxiliar o progresso; em lhes melhorar as instituições, por meios diretos e materiais. As missões, porém, são mais ou menos gerais e importantes. O que cultiva a terra desempenha tão nobre missão, como o que governa, ou o que instruí. Tudo em a Natureza se encadeia. Ao mesmo tempo em que o Espírito se depura pela encarnação, concorre, dessa forma, para a execução dos desígnios da Providência. Cada um tem neste mundo a sua missão, porque todos podem ter alguma utilidade.”

Autor desconhecido

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

“AS RELIGIÕES E A MEDIUNIDADE”

Nos poucos anos que passamos por esta existência vivemos em uma realidade toda pessoal, formamos as nossas verdades baseados em informações que chegam até nós trazidas da espiritualidade. Nossas verdades estão impregnadas da nossa própria personalidade, das nossas experiências e das nossas vivências nas muitas personagens que animamos e estas verdades se fazem mais palpáveis após desencarnarmos.
Notamos, nos Espíritos que nos trazem as informações que precisamos, haver em cada um o seu próprio conceito sobre a mesma verdade e por isso existem múltiplas formas de se afirmar a mesma coisa. Já com o Espiritismo tenta-se eliminar ao máximo os conceitos pessoais das verdades propagadas para que permaneça a pureza do ensinamento. Foi assim que se formaram diversas religiões ao longo da História,  já que não deve existir uma única religião que não teve a sua formação pela mediunidade, e se tratando de médiuns cada um possui sua própria personalidade, conceitos e interpretação própria, sendo assim, não evoluíram os escolásticos religiosos dentro de muitos debates, já que cada um enxergava a mesma coisa do seu próprio ponto de vista.
Com o Cristianismo houve uma base forte trazida pelo Cristo, a qual, mesmo submetida aos conceitos degradados dos homens medievais, permaneceu algo de concreto em se tratando de moral e fé. O evangelho, como este mesmo reza, sobreviveu aos ventos e tempestades, pois estava firmado na rocha das verdades imutáveis do Cristo e não na areia do doble ânimo humano, o qual é inconsistente e instável, propenso a modificações e na verdade tem que ser assim visando a evolução da humanidade.
Já nos meios escolásticos da teologia católica ou protestante não se há como ter uma evolução sadia nos ensinos objetivando a verdade, já que os mesmos prenderam-se na tradição literária e onde Paulo falou “a letra mata e o espírito vivifica” estes pressupõem que seus seminários os preparem para o ensino, quando entendemos que o verdadeiro ensino vem do Espírito, o qual é eterno e reencarnante e por isso versado em milhares de disciplinas ainda que não lembre quando encarnado. Foi por isso que os cristãos primitivos davam muito mais importância à vivência no evangelho e era isso que designava eclesiásticos para o serviço da igreja, não a sapiência secular, mas sim a experiência evangélica no viver cotidiano, pois o exercício dessa vivência faz o Espírito despertar para aquilo que combinou em realizar antes de reencarnar, sendo assim, não nasceu o cristianismo para ser uma religião e sim uma filosofia de vida baseada no Cristo e nos seus ensinamentos.
O viver dos cristãos primitivos era muito simples e baseavam-se eles em três palavras-chaves para uma vida evangélica e cheia de bons frutos. Essas palavras eram a fé, a esperança e o amor ao Cristo e ao próximo. Vendiam eles tudo que tinham: casas, campos e pertences, para doar à comunidade para que nada do que é vestes e mantimento, também abrigo, faltasse para ninguém. Por isso todos tinham tudo em comum, já que eram uma comum unidade, comunidade.
Veja como nos afastamos da simplicidade desses primeiros irmãos. Hoje formamos centros teológicos com gastos exorbitantes só para provarmos os nossos próprios conceitos religiosos, enquanto muitos carecem de agasalhos, alimentos e abrigo. Como esperar o retorno do Cristo para nós? Certamente seríamos envergonhados ante a sua sublime luz de caridade, ele que até o mais básico negou a si mesmo, não tinha onde reclinar a cabeça, para poder atender à sua geração de sofredores e enfermos. Sim, ele que era ridicularizado pelos seus conterrâneos por pregar a humildade e a misericórdia, chegando ao ápice de entregar-se à uma morte dolorosa, cuspido e humilhado e levando uma cruz tão pesada sobre os ombros, na qual foi pregado com enormes cravos que lhe rasgaram os pulsos até as palmas das mãos, os espinhos rasgaram a sua fronte chegando a perfurar o seu crânio, deixando transparecer a massa encefálica e uma lança pontiaguda encravada em seu fígado, e após tanto, ainda lhe negaram um simples copo de água para atenuar um pouco, se possível que fosse, o seu sofrimento. Sua manifestação nas nuvens dos céus, como reza a tão pobre escatologia teológica, certamente seria motivo de dolorosa vergonha para nós que alheios ao sofrimento dos desafortunados empilhamos diplomas e mais diplomas, livros e mais livros, títulos e mais títulos, sem no entanto empreender um por cento que seja daquilo que ele realizou.
Pobres almas nós somos, tão cheios de nós mesmos, cheios de sapiência, quando a verdadeira sabedoria é dar, somente dar sem nada olhar. Pastores que se apascentam a si mesmos, ovelhas gordas distantes do matadouro é o que somos, quem dera pudessem ser degoladas para que o choro da morte produzisse algum fruto verdadeiro. Não, eu não quero a sua volta como tantos falam, porque fugiria diante de sua luz, prefiro mil vezes ir até ele de degrau em degrau, até receber em minha própria evolução a sua imagem, e dessa forma até mesmo a minha adoração por ele findará prova irrefutável de que eu me elevei moralmente a caminho do Pai de todos os espíritos.
Artigo de autoria de Rodrigo Pnt .
Presbítero evangélico e estudioso da Doutrina Espírita




𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...