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sábado, 9 de setembro de 2017

“CRISE POLITICA. CORRUPÇÃO E ESPIRITISMO”


O objetivo central da política é a obtenção do bem comum. O bem comum é “um conjunto de condições concretas que permite a todos os membros de uma comunidade atingir um nível de vida à altura da dignidade humana”. Esta dignidade refere-se tanto às coisas materiais quanto às espirituais. Depreende-se que todo o cidadão deve ter liberdade de exercer uma profissão e aderir a qualquer culto religioso. Diz-se, também, que almejar o bem comum é proporcionar a felicidade natural a todos os habitantes de uma comunidade.
A corrupção, ou seja, o pagamento de propina para obter vantagens, quer sejam de ordem financeira ou tráfico de influência, deteriora a obtenção do bem comum, pois algumas pessoas estão sendo lesadas para que outras obtenham vantagens. Lembremo-nos de que “todo poder corrompe e todo poder absoluto corrompe absolutamente”. Significa dizer que sempre teremos que conviver com algum tipo de corrupção. Eticamente falando, o problema maior está no grau, no tamanho da corrupção e não a corrupção em si mesma.
No Brasil, estamos assistindo a uma enxurrada de denúncias, que vão desde o chamado caixa 2 de campanha política, até a compra de votos para aprovar projetos importantes na área governamental. O vídeo que mostra um funcionário dos Correios recebendo propina foi o estopim da crise. De lá para cá as denúncias não param. O deputado Roberto Jefferson, um dos acusados de comandar a propina nos Correios, saiu distribuindo acusações para todos os lados, no sentido de se defender do ocorrido.
Diante deste fato, pergunta-se: que tipo de subsídio o Espiritismo nos fornece para a compreensão dessa situação? Em O Evangelho Segundo o Espiritismo há alusão aos escândalos. Primeiramente, Jesus nos fala dos escândalos e que estes deverão vir, mas “Ai do mundo por causa dos escândalos; pois é necessário que venham escândalos; mas, ai do homem por quem o escândalo venha”.O escândalo significa mau exemplo, princípios falsos e abuso do poder. Ele deve ser sempre considerado do lado positivo, ou seja, como um estímulo para que o ser humano combata em si mesmo o orgulho, o egoísmo e a vaidade.
Lembremo-nos também da frase: “Ninguém há que, depois de ter acendido uma candeia, a cubra com um vaso, ou a ponha debaixo da cama; põe-na sobre o candeeiro, a fim de que os que entrem vejam a luz; - pois nada há secreto que não haja de ser descoberto, nem nada oculto que não haja de ser conhecido e de aparecer publicamente”. (S. LUCAS, cap. VIII, vv. 16 e 17.). A verdade, assim, não pode ficar oculta para sempre. Deduz-se que aquele que não soube fazer esforços para se pautar corretamente no bem, sofrerá as consequências de suas ações.
O Espiritismo auxiliará eficazmente as resoluções de ordem política, porque propõe substituirmos os impulsos antigos do egoísmo pelos da fraternidade universal. Allan Kardec propõe, em Obras Póstumas, o regime político que deverá vigorar no futuro, ou seja, a aristocracia intelecto-moral. Aristocracia - do grego aristos (melhor) e cracia (poder) significa poder dos melhores. Poder dos melhores pressupõe que os governantes tenham dado uma direção moral às suas inteligências.
Somente quando o poder da inteligência for banhado pelo poder moral e ético é que conseguiremos atingir um mundo mais justo e mais de acordo com o bem comum, pois os que governam propiciarão sob todos os meios possíveis a felicidade da maioria.

Fonte:  Espirit Book por :Sérgio Biagi Gregório

OS ESPÍRITOS NÃO TRANSAM, NÃO COMEM E NÃO DORMEM!

Embora essa afirmação vá contra os ventos do movimento espírita atual, é importante observarmos o que Allan Kardec ensina, em O Livro dos Espíritos, cap. 6, perguntas 237 em diante:
SEXO: necessita de órgãos genitais. O Espírito não tem … vai penetrar o que e onde? (aliás não tem nem sexo, ou seja é assexuado).
SONO: necessidade de repouso físico: o Espírito não tem mais um corpo e seu descanso é exclusivamente moral e intelectual.
FOME: necessidade de reposição química para o organismo, a fim de restabelecer energias necessárias ao seu funcionamento: o Espírito não tem um corpo físico e com isso, não tem necessidade de repor energias assim como nós
Os Espíritos conservam os traços da vida física, mas não suas necessidades. Podem ainda, por um tempo maior ou menor, experimentar necessidades que possuíam em vida, mas não são mais as necessidades REAIS, e sim uma impressão em maior ou menor intensidade, de acordo com sua maior ou menor evolução.
Com isso, podem supor ainda necessitar de alimentação, sexo, ou sono, mas isso não chega a ocorrer, tornando-se para uns uma provação. Suas necessidades tornam-se, na vida espírita, diferentes das nossas, pois, desprovidos de um envoltório físico, deixam de sofrer as angústias deste, embora algumas vezes sofram outras ainda maiores, mas ainda assim, tais sofrimentos são exclusivamente morais ou intelectuais, e não físicos.
Uma pessoa que tem um dos membros amputados ainda sente o membro durante algum tempo. Não é o períspirito, como afirmam alguns; o cérebro conservou a impressão, eis tudo.
Algo semelhante ocorre com os Espíritos que deixam a vida física. O impacto da vida ainda repercute sobre eles, durante um tempo, mas pouco a pouco eles recobram a consciência e a lucidez de Espírito e as antigas necessidades desaparecem, dando lugar a outras.
Sugiro a quem interessou o assunto, o estudo de O Livro dos Espíritos, cap. 6 – PERCEPÇÕES, SENSAÇÕES E SOFRIMENTOS DOS ESPÍRITOS – perguntas 237 em diante.
Sem dúvidas não possuímos inteligência que nos permita compreender a profundidade da essência espiritual ou do corpo perispiritual, no entanto possuímos uma base e não devemos reinventar a roda.
Embora Kardec não fale abertamente sobre muitos assuntos atuais, não é por isso que deixou de fornecer elementos que, se bem compreendidos, nos ajudam a entendê-los. É o que ocorre em relação à questão da alimentação e outras ações que dizem respeito exclusivamente à natureza animal (corpo físico).
Quando estamos encarnados, além de termos de suprir nossas necessidades morais e intelectuais, somos obrigados a suprir também as necessidades físicas. Quando deixamos a vida física, seja pelo sono, seja pela morte, tais necessidades não nos acompanham, pois pertencem única e exclusivamente ao corpo.
A confusão que se faz é que mesmo fora do corpo, conservamos a impressão deste que de certa forma repercute sobre nós e nos dá a sensação de que ainda necessitamos de coisas que fazem parte da vida material. No entanto, ter esta sensação não implica em necessidades reais e o Espírito pode então criar uma ilusão, mas isso somente para Espíritos que realmente dão maior importância para as questões materiais que às espirituais.
Principalmente após a separação da vida física, pela morte, o Espírito, pouco a pouco, recobra sua lucidez e a impressão do corpo físico desaparece. No caso de Espíritos mais ligados às questões materiais, essa impressão pode persistir por um tempo maior ou menor, de acordo com seu grau de evolução e é isso o que estudamos por “Perturbação Espírita” que, segundo os Espíritos, pode variar de alguns minutos a alguns milhares de séculos.
Mas o fato de se estar perturbado não equivale dizer que não há noção do seu estado. Perturbação Espírita significa adaptação na vida espírita. Companheiros costumam confundir perturbação espírita com ignorância da morte, ou seja, atribuem esse princípio a Espíritos que dizem não saber que morreram. Realmente existem Espíritos nestas condições, mas por quanto tempo? Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, cita que “é raro um Espírito que em torno de 8 a 10 dias mais ou menos não tenha noção do seu estado como Espírito”, ou seja, não saiba que morreu. É raro, e não corriqueiro como o querem alguns espíritas pelo movimento afora.
Quando o Espírito está livre da vida física, entrevê sua existência com outros olhos, ou seja, com outra percepção, independente do seu grau evolutivo. Naturalmente que se for um Espírito de maior evolução, tal percepção será ampliada na mesma proporção, mas independente de ser mais ou menos elevado, a visão que possui sobre as coisas, sob todos os aspectos, é muito diferente daquela que ele possuía quando em vida física, pois nesta, sua percepção se retinha no imediato, e na espiritualidade, abrange o infinito. Assim, é muito comum que deixemos de dar valor às coisas que julgamos mais importantes enquanto encarnados, assim como uma criança que briga por seu brinquedo e quando se torna adulto, vê a infantilidade das discussões criadas em torno de um simples objeto.
Se nos víssemos fora do corpo, possivelmente não nos reconheceríamos, pois quando no corpo, somos incitados a viver um personagem que desaparece quando estamos libertos, porque o personagem é imposição atribuída pelos laços físicos. Em Espírito, não possuímos mais personalidade, mas individualidade; deixamos de ser fulano ou ciclano, e voltamos a viver, não mais esse personagem, mas um Espírito individual e imortal, sem nome, sem raça, sem sexo.
Pode me perguntar: “Mas e quando vemos, lemos, ouvimos sobre Espíritos que se apresentam com as características da última existência? E esses Espíritos que se apresentam contando detalhes de sua vida, falando como pais, filhos, mães ou irmãos? Não apresentam aí uma personalidade?” Sim. Apresentam a personalidade com a qual foram solicitados. Mas se o chamássemos pelo personagem que ele foi a três encarnações passadas, ele tomaria então aquela forma e trejeitos, e nos atenderia de acordo com o personagem ao qual foi solicitado comparecer. O Espírito não possui identidade, mas pode assumir uma ou outra para melhor se identificar e geralmente conserva, após a morte, a aparência que teve na última existência. Mas ainda uma vez: essa aparência não é uma necessidade real, somente uma opção.
Voltemos às necessidades físicas.
Os espíritos não têm mais um corpo físico. Sem o corpo físico, estão livres das necessidades que este possuía: fome, sede, sono, sexo etc. Isso tudo fazia parte do corpo.
Ocorre que alguns Espíritos conservam estas necessidades, mas não podemos confundi-las com as necessidades reais, pois se fossem reais, seriam para todos e não estariam vinculadas ao grau evolutivo. Se a alimentação fosse uma necessidade do Espírito, teria que ser para todos e não somente para alguns, assim como aqui na Terra, bons e maus, justos e injustos, tem que comer. O mesmo para todas as outras necessidades. Alguns Espíritos, por sua condição moral e intelectual, podem conservar com maior intensidade os traços da vida física e criar A ILUSÃO de que ainda precisam se alimentar, mantendo a sensação da fome, mas ainda assim, não equivale dizer que se alimentarão. “Poxa vida… parece que aprendemos tudo ao contrário”, você pode me dizer. Não que seja ao contrário, mas que toda essa teoria é a apresentada por Allan Kardec que deve ser sempre nosso porto seguro. Foi ele, juntamente com os mais sérios Espíritos, que trouxeram toda essa teoria. “Mas então deixam que os Espíritos passem fome? Não dão o que comer a eles? Não é isso uma tremenda falta de caridade?” Bem, se realmente tais perguntas fizeram parte da sua mente, talvez você ainda não tenha compreendido a fundo a questão.
Os Espíritos não tem fome. É apenas uma sensação que passa e quanto mais demora a passar, maior é a prova desse Espírito. É o mesmo que pensar que os Espíritos faltam com a caridade por não acenderem a luz para aqueles que se veem na escuridão. A escuridão é um estado particular de cada um, uma provação dada a alguns Espíritos; mas a escuridão em si, tal como a vemos na Terra, não existe para o Espírito. Aqui temos o claro e o escuro, porque nossos olhos precisam da luz para poder enxergar. Na falta dela, não vemos nada.
O Espírito não possui olhos, assim como nós, pois os olhos são órgãos materiais. Conserva a forma, mas forma não equivale a dizer órgãos. Desse modo, o Espírito vê, não mais por órgãos localizados, mas em todo o seu ser. Não precisa mais da luz para ver e é por isso que pode ver até mesmo sobre corpos opacos. Se ele pensa estar na escuridão, essa é uma provação que lhe foi imposta e que deve cessar assim que cessar a causa que cria em seu ser tal ilusão, ou seja, é um estado particular.
O mesmo ocorre com a fome ou com outras necessidades. Não são as necessidades que ele possuía quando no corpo, mas a sensação destas necessidades. Essa sensação deverá desaparecer assim que o Espírito se libertar da impressão causada pelo corpo, o que dura um tempo maior ou menor de acordo com sua evolução e com o apego que este possuía em relação à vida material. Algo semelhante ocorre com pessoas que amputam um membro e que durante um tempo ainda sentem a presença do mesmo. O cérebro conservou a impressão.
O Espírito não possui cérebro, nem órgãos, mas um corpo perispiritual que lhe transmite sensações. Após deixar o corpo, assim como a pessoa com o membro amputado, conserva a impressão do corpo, mas é somente uma impressão e independente se possui fome, sede, frio, desejos sexuais, como não tem mais um corpo, não há o que saciar, pois estas sensações são físicas e não do Espírito. Assim como a pessoa com o membro amputado, que embora sinta coceira no membro que não existe mais, NÃO O PODERÁ COÇAR, o Espírito, embora sinta a resistência de algumas necessidades, não poderá supri-las, porque lhe falta o objeto principal, que é o corpo. Daí surgem para alguns tristes provações.
O que vemos no movimento espírita atual é uma inversão de valores. Querem que o Espírito seja lúcido no corpo e tolo como Espírito, quando o que ocorre é o oposto. Quando estamos encerrados na vida física, grande parte de nossas percepções são bloqueadas (ver questão 22ª de O Livro dos Espíritos) e somos incitados a viver o aqui e o agora. Como Espíritos, as coisas se passam de forma muito diferente.
Daí a importância de Allan Kardec em nossas vidas.
Muitos se dizem espíritas, mas não sabe sequer qual é a pergunta número 1 de O Livro dos Espíritos.
Deus abençoe os nossos passos.
Espírito Verdade

Fonte: Espirit Book. Por : Nilza Garcia 

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

“PODEM A BENÇÃO OU A MALDIÇÃO ATRAIR O BEM OU O MAL SOBRE AQUELES QUE SÃO LANÇADAS?

R: Deus não escuta a maldição injusta e culpado perante Ele se torna o que o profere. Como temos os dois gênios opostos, o bem e o mal, pode a maldição exercer momentaneamente influência, mesmo sobre a matéria. Tal influência, porém, só se verifica por vontade de Deus como aumento da prova para aquele que é dela objeto. Demais, o que é comum é serem amaldiçoados os maus e abençoados os bons. Jamais a benção e a maldição podem desviar da
senda
da justiça a Providência, que nunca fere o maldito, senão quando mau, e cuja proteção não acoberta senão aquele que a merece. (questão 557)
O ato de abençoar implica em desejar o bem de alguém. Assim como a oração, o alcance da benção depende de nosso envolvimento com ela, dos sentimentos que mobilizamos. O pai que, displicentemente, abençoa o filho, sem desviar a atenção do programa de televisão, não vai além das palavras. Já a mãe, que leva a criança ao leito, conversa com ela, conta-se uma história e a beija carinhosamente, põe a própria alma ao abençoá-la, envolvendo-a em poderosas vibrações de amor, com salutar repercussão em seu psiquismo.
Ao contrário da benção, amaldiçoar é desejar o mal de alguém. O fato de desejarmos que uma pessoa seja atropelada, não implicará, evidentemente, nesse funesto acontecimento. Não possuímos poderes para tanto, nem Deus o permitiria. Mas podemos perturbar nosso desafeto. À semelhança da benção, a maldição é um pensamento contundente, revestido de carga magnética deletéria, passível de provocar-lhe reações adversas, como nervosismo, tensão, irritabilidade, mal-estar. Se, porém, o amaldiçoado é uma pessoa bem ajustada, moral ilibada, idéias positivas, sentimentos nobres, nada lhe acontecerá. Simplesmente não haverá receptividade para nossa vibração maldosa. O "olho gordo", o "mal olhado", o "mal fluido", ou como queiramos chamar, é repelido ou aceito dependendo de nós. Nós somos o nosso próprio amuleto. Bênçãos e maldições são como bumerangues, que retornam às nossas mãos quando os atiramos. Se amaldiçoamos alguém, odientos, o mal que lhe desejamos volta invariavelmente para nós, precipitando-nos em perturbações e desequilíbrios. Somos vitimados por nosso próprio veneno. Em contrapartida, aquele que abençoa alimenta-se de bênçãos, neutralizando até mesmo vibrações negativas de eventuais desafetos da Terra ou do além. Certamente, em inúmeras circunstâncias, inspiramos antipatia em pessoas que cruzam nosso caminho. Impossível agradar a todos. Tudo que podemos desejar é que isso jamais ocorra em função de uma omissão ou iniciativa infeliz de nossa parte.

Fonte: GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC
Por Richard Simonetti

“SÃO AS VÍTIMAS DA INQUISIÇÃO, HOJE REENCARNADAS AS RESPONSÁVEIS PELOS CONFLITOS ATUAIS NO MUNDO? ”

Vem da Idade Média o ódio de povos de várias nacionalidades, seitas e crenças religiosas contra os cristãos. E quem são os responsáveis por tudo isso? De acordo com Manoel Philomeno de Miranda, no livro “Transição Planetária”, somos nós mesmos, quando, no passado, nos autoproclamando “cristãos”, seguidores da Doutrina de Jesus, cometemos inumeráveis atrocidades contra o próximo, sob a acusação de hereges.
Vejamos alguns trechos do Capítulo 17 do livro citado:
“Em nome de Jesus, vinculamo-nos ao poder imperial, deixamos de ser perseguidos para nos tornarmos perseguidores, abandonamos a humildade, sob os mantos do orgulho e da soberba… Encontramos meios de afastar os inimigos aos quais deveríamos amar, os antipatizantes que pensávamos conquistar, os equivocados que nos cabia esclarecer, e demos início às aventuras da loucura, criando as Cruzadas, os Tribunais do Santo Ofício, as perseguições inclementes aos mouros e judeus, a todos aqueles que não compartilhavam das nossas ideias, afundando-nos no abismo das aberrações mais desastrosas. “
“E martirizamos milhares de trabalhadores de Jesus nos mais diversos setores do pensamento e dos ideais, somente porque não se submetiam ao talante das nossas equivocadas determinações.”
“Na península ibérica, por exemplo, seguindo os exemplos terríveis de outros países, em nome da hegemonia católica e da fidelidade ao papa, utilizamo-nos de recursos ignóbeis para permanecermos em domínio político, religioso e cultural da sociedade, expulsando das formosas terras aqueles que chamávamos de hereges, somente porque não aceitavam o nosso Jesus. Naturalmente não O aceitavam em razão dos nossos exemplos de anticristianismo, de perversidade e de presunção com que nos vestimos para representá-lo, quando Ele se deixou dominar pelo amor, pela compaixão, pela misericórdia, pelo perdão…”
“E atualmente, o que ocorre? Não nos fazem recordar os comportamentos cavilosos a que nos entregamos no passado? É compreensível, portanto, que sejamos alvos que desejam atingir, em razão do mal que lhes fizemos, quando tivemos ensejo de ajudá-los a sair das deploráveis situações em que se demoravam. Os seus sentimentos inamistosos defluem dos ressentimentos que mantêm desde aqueles já recuados tempos, embora ainda vivos nas carnes das suas almas, que anelam por desforço e paz, que não têm ideia sequer, pensando que ela virá após atenderem a sede de vingança a que se entregam.”
“Lares e vidas foram destroçados, santuários de fé e educandários religiosos foram praticamente destruídos e a fúria da malta ensandecida, após incendiar as cidades e perseguir os sobreviventes, hasteou a bandeira da vitória onde antes tremulava a muçulmana…”
“Expulsos também os judeus, as suas sinagogas, seus lares foram destruídos, suas vidas tornadas banais e vendidas a peso de ouro, a fim de poderem permanecer depois da apostasia das doutrinas a que se vinculavam anteriormente, mudando os antigos nomes para aqueles que seriam denominados como cristãos. “
A fim de arrancar-se a confissão do infiel, eram usados todos os meios bárbaros concebíveis, incluindo-se o empalamento, a roda, a tortura da polé, e tudo quanto de hediondo a mente humana pode conceber quando enlouquecida. As mulheres eram violadas, as crianças assassinadas ou vendidas como escravas, separadas para sempre dos seus pais, os homens válidos eram igualmente vendidos, os idosos e doentes vilmente mortos após suplícios extenuantes… E dizíamos que assim nos comportávamos em nome de Jesus e de Sua doutrina…”

Fernando Rossit- Kardec Rio Preto

“BRUNA ANDRESSA”- UM SUICÍDIO “AO VIVO”, A AGONIA DE SEUS PAIS."

A jovem Bruna Andressa Borges, de 19 anos, se suicidou e transmitiu ao vivo o ato na tarde do dia 26 de julho de 2017 na casa de seus pais, na Vila Militar do bairro Bosque, em Rio Branco, Acre. O vídeo foi transmitido através do Instagram para 286 seguidores. Bruna era estudante de Ciências Sociais na Universidade Federal do Acre (Ufac). Antes de se enforcar também publicou mensagens no Facebook. “Já fui abandonada e julgada pela pessoa que achei que seria minha melhor amiga, a pessoa que amei me humilhou e riu da minha cara, me chamou de ridícula. Talvez eu seja, mas não pretendo continuar perguntando para saber”, escreveu. 
Os pais de Bruna foram encontrados mortos dois dias depois em casa. Os corpos do subtenente Márcio Augusto de Brito Borges, de 45 anos, e da esposa, a ex-sargento Claudineia da Silva Borges, 39, estavam na casa onde moravam, na Vila Militar. As informações da perícia dão conta de que o casal foi encontrado no mesmo local em que sua filha Bruna cometera suicídio dois dias antes. 
Há 7 anos uma jovem de 15 anos suicidou-se com um tiro de revolver, dentro de uma escola, em Curitiba. Não houve grito nem pedido de socorro. Em silêncio, ela entrou no banheiro e se trancou em uma das cinco cabines. Sentada sobre o vaso sanitário, disparou contra a boca. Três meses antes da tragédia, a jovem procurou os pais e pediu para que eles a levassem a um psicólogo. Dizia sentir-se triste e desmotivada. O pai passou a pegá-la na aula de pintura e levá-la, semanalmente, a um psiquiatra. No inquérito policial sobre o suicídio, apurou-se que ela tomava benzodiazepínicos (soníferos) para dormir, e outros medicamentos para controlar a ansiedade que sentia. 
Diante dos dilemas acima indagamos: Como os pais podem proteger os filhos dos desequilíbrios emocionais que assolam a juventude de hoje? Obviamente, precisam estar atentos. Interpretar qualquer tentativa ou prenúncio de potencial suicídio como sinal de alerta. O ideal é procurar ajuda especializada de um psicólogo e, para os pais espíritas, os recursos terapêuticos dos centros espíritas. Aproximar-se com mais afinco do filho que apresenta sinais fortes de introspecção ou depressão. O isolamento e o desamparo podem terminar com aguda depressão e ódio da vida.
É evidente que sugerir serem os pais os únicos responsáveis pelo autocídio de um filho é algo muito delicado e preocupante, pois trata-se um ato pessoal de extremo desequilíbrio da personalidade, gerado por circunstâncias atuais ou por reminiscências de existências passadas. Se há culpa dos pais, atribui-se à negligência, à desatenção, a não perceber as mudanças no comportamento do filho e a tudo que acontece à sua volta. Sobre isso, estamos convictos de que a sociedade como um todo é igualmente culpada. Antes de colocar o fardo da culpa nos pais em primeiro lugar, reflitamos: quem pode controlar a pressão psicológica que uma montanha de apelos vazios faz na cabeça dos jovens diariamente?
O suicídio é um ato exclusivamente humano e está presente em todas as culturas. Suas matrizes causais são numerosas e complexas. Os determinantes do suicídio patológico estão nas perturbações mentais, depressões graves, melancolias, desequilíbrios emocionais, delírios crônicos etc. Algumas pessoas nascem com certas desordens psíquicas, tal como a esquizofrenia e o alcoolismo, o que aumenta o risco de suicídio. Há os processos depressivos, em que existem perdas de energia vital no organismo, desvitalizando-o, e, consequentemente, interferindo em todo o mecanismo imunológico da pessoa. 
A religião, a moral e todas as filosofias condenam o suicídio como contrário às leis da Natureza. Todas asseveram que ninguém tem o direito de abreviar, voluntariamente, a vida. Entretanto, por que não se tem esse direito? Por que não é livre o homem de por termo aos seus sofrimentos? Ao Espiritismo estava reservado demonstrar, pelo exemplo dos que sucumbiram, que o suicídio não é uma falta somente por constituir infração de uma lei moral - consideração esta de pouco peso para certos indivíduos –, mas também um ato estúpido, pois que nada ganha quem o pratica. Antes, o contrário, é o que se dá com eles na existência espiritual após esse ato tão insano. 
A rigor, não existe pessoa "fraca", a ponto de não suportar um problema, por julgá-lo superior às suas forças. O que de fato ocorre é que essa criatura não sabe como mobilizar a sua vontade própria e enfrentar os desafios. Na Terra, é preciso ter tranquilidade para viver, até porque não há tormentos e problemas que durem uma eternidade. Recordemos que Jesus nos assegurou que "O Pai não dá fardos mais pesados que nossos ombros" e "aquele que perseverar até o fim, será salvo". [1]

Fonte: Gazeta Espírita. Por: Jorge Hessen

Referência bibliográfica:

(1) Mt. 24,1

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...