Seguidores

terça-feira, 7 de novembro de 2017

“EMMANUEL E LÍVIA – HÁ DOIS MIL ANOS! ”

Como ser feliz se os problemas familiares nos impedem de amar os filhos, o cônjuge e outros membros da família?
Divaldo responde: Não há problema que nos impeça de amar. Exceto se nosso amor é muito frágil. Onde qualquer perturbação esfacela. Se nós vivemos numa família desestruturada, estamos numa prova. Aí é que nosso amor deve manter a sua legitimidade. Aí é que devemos experimentar o amor, exatamente onde ele é necessário. Quando eu li o livro “HÁ 2000 MIL ANOS” meditei no calvário de Lívia Lentulus, a mulher de Emmanuel, que na época chamava-se Públius Lentulus. Ela foi vítima de uma calúnia (traição) onde ele se afastou do leito conjugal por 25 anos.
E ela, cristã, manteve a dignidade. Isso que é o cristianismo: ela nunca reclamou; nunca lhe perguntou “por que” e nunca o hostilizou. Mas ele, (apesar de não estar no livro), permitiu-se licenças com outras companhias (saía com outras mulheres). Mas ela manteve-se fiel até o dia que ela trocou de roupa com Ana, a escrava que estava presa no circo romano, e mandou que se fosse para morrer na arena no lugar da escrava para testemunhar Jesus. Públius estava sentado ao lado do imperador e quando as feras (leões) avançaram pela a arena ela olha para ele e ele a reconhece.
Era tarde. Então, ele gastou alguns séculos para reconquistá-la renascendo após algumas provações. No livro “50 ANOS DEPOIS” ele narra uma; em “AVE-CRISTO” ele narra outra; depois em “RENÚNCIA”; até quando ele reencarna no Brasil como Manuel da Nóbrega. E na Bahia, ao lado de Anchieta ele dá a vida pelos povos silvícolas (os índios) e morre de beribéri para mais tarde assumir esta tarefa grandiosa do missionário do Evangelho. Ninguém desbravou o Evangelho com tanta beleza como Emmanuel pela psicografia do apóstolo Chico Xavier.
Um dia, Emmanuel contou a Chico Xavier que aos domingos ele reservava-se para visitar Lívia que estava num plano muito elevado e também para desintoxicar-se dos fluidos da Terra. Por que Lívia nunca mais reencarnou. Então, valeram os 25 anos. As nossas resistências são muito frágeis. Qualquer coisa nos desequilibra, mas a nossa fé deve ser robusta para nos tornar resistentes à todos os desafios e problemas.
Observação de Rudymara: Vemos muitos cristãos, mas poucas atitudes cristãs. No primeiro deslize do cônjuge ou de alguém de sua convivência “revida” ou “paga com a mesma moeda”. Isto não é uma atitude cristã. O Cristo pediu que perdoássemos sempre e o revide é sinal que ainda não aprendemos a perdoar. O Cristo também ensinou a dar a outra face quando alguém ferir uma delas, ou seja, quando alguém mostrar a face da violência, do orgulho ferido, da vaidade mesquinha, da promiscuidade, do vício, oferece-lhe a face da paz, da confiança no bem, da vitória do amor, do equilíbrio, da dignidade. O Cristo pediu que retribuíssemos o mal que nos fazem com o bem. Porque, um deslize perante as leis divinas pode acarretar séculos de reparação como aconteceu com Emmanuel.

Fonte: GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC

"VIDAS PASSADAS, PROBLEMAS FAMILIARES E PARENTES DIFÍCEIS – A VISÃO ESPÍRITA"

Em toda família há aquela(s) pessoa(s) que não se dão nem um pouco bem. Parece até que nasceram para brigar. Existem aqueles parentes que parecem amar mais a um do que a outro, às vezes sentem uma repulsa que parece vir de berço.
Dessa forma, apresento aos caros leitores este texto do autor André Martinez, que discursa muito bem 0 assunto:

“Os Espíritos nos dão notícia de que nem sempre apresentamos grandes afinidades para com nossos familiares. Muitas vezes a nossa relação com a família é de franca hostilidade, como se fossemos adversários e não irmãos e irmãs ou parentes que deveriam se estimar…
A reencarnação explica isso: em casa nos reunimos – afetos e desafetos – para que com a proximidade quase sempre inevitável e compulsória do parentesco corporal nos relacionemos com a finalidade de no RECONCILIAR das desavenças de outras vidas.
Irmãos e irmãs sob o mesmo teto muitas vezes negligenciam esse dever de se amarar e se apoiarem e entregam-se ao sentimento de rejeição, transformando o lar que deveria ser oficina de pacificação numa arena de disputas odientas…
Não nos iludamos: cada vez que identificamos um desafeto do passado na forma de parente em nossa família é um SINAL DE ALERTA urgente que a vida nos dá para que notemos a necessidade de perdão, compreensão, respeito e tolerância.
Portanto, dever urgente ao alcance de nossas forças é tolerar e pacificar a nossa casa, no entendimento e na tolerância aos parentes difíceis, dos filhos problema, dos esposos tiranos, das esposas ciumentas, dos fardos da consanguinidade.
Perante o parente-desafio, a nossa própria evangelização íntima pode ser o melhor recurso iluminativo, pois que através da mensagem do Evangelho de Jesus encontramos resignação e força bem como a energia para superar nossas imperfeições e nos transformarmos em pessoas mais pacientes que perdoam com facilidade.
Conhecer-se a si mesmo superando as imperfeições nos torna pessoas mais nutritivas para o meio em que Deus nos localizou – o próprio lar – e para os parentes e afetos que nos constitui o GRUPO CARMA de evolução: a nossa família.
Se você quiser, pode melhorar-se emocional e espiritualmente a tal ponto que se transforma em um verdadeiro INSTRUTOR ESPIRITUAL dentro de sua casa ou núcleo familiar, chegando a ensinar pelo exemplo de tolerância e a ajudar com sua mudança interior às criaturas que te rodeiam, alavancando-lhes a evolução.
Nosso dever de parente que identifica a desarmonia e o desacerto no comportamento do companheiro de jornada é o de EXEMPLIFICAR O ACERTO a fim de que nossa ATITUDE fale muito mais alto do que nosso verbo muitas vezes ágil na voz e tardio na ação…
Assim como o parentesco corporal não nos garante afeto e plena identificação com os companheiros da consanguinidade, a esfera dos amigos estranhos ao lar muitas vezes é repleta de amores e amigos do passado, são tão significativas e espontâneas as simpatias que nos ligam a pessoas que acabamos de encontrar nessa vida, que só essa afinidade é uma prova da REENCARNAÇÃO que experimentamos na própria alma.
Se identificamos parentes que são fardos-desafios à nossa maturidade, se identificamos estranhos que são doces irmãos da alma a nos facilitar a jornada com sua presença, não podemos esquecer as mães, figuras singulares nessa teia delicada de almas em aprendizado.”
E para que fique ainda mais claro, deixo alguns importantes trechos do O Evangelho Segundo o Espiritismo, onde você poderá consultar e entender mais sobre o assunto, no que se refere às nossas diversas encarnações e os problemas de família:
Capítulo XIV, Parentesco Corporal e Espiritual, item 8
Os Espíritos que se encarnam numa mesma família, sobretudo como parentes próximos, são os mais freqüentemente Espíritos simpáticos, ligados por relações anteriores, que se traduzem pela afeição durante a vida terrena. Mas pode ainda acontecer que esses Espíritos sejam completamente estranhos uns para os outros, separados por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem também por seu antagonismo na Terra, a fim de lhes servir de prova.
Os verdadeiros laços de família não são, portanto, os da consanguinidade, mas os da simpatia e da comunhão de pensamentos, que unem os Espíritos, antes, durante e após a encarnação. Donde se segue que dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo Espírito, do que se o fossem pelo sangue.
Podem, pois, atrair-se, procurar-se, tornarem-se amigos, enquanto dois irmãos consanguíneos podem repelir-se, como vemos todos os dias. Problema moral, que só o Espiritismo podia resolver, pela pluralidade das existências.
Há, portanto, duas espécies de famílias: as famílias por laços espirituais e as famílias por laços corporais. As primeiras, duradouras, fortificam-se pela purificação e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através das diversas migrações da alma. As segundas, frágeis como a própria matéria, extinguem-se com o tempo, e quase sempre se dissolvem moralmente desde a vida atual.
Foi o que Jesus quis fazer compreender, dizendo aos discípulos: “Eis minha mãe e meus irmãos”, ou seja, a minha família pelos laços espirituais, pois “quem quer que faça a vontade de meu Pai, que está nos céus, é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.
Agora partiremos para entender como o Evangelho nos ensina a conduzir algumas situações onde há conflito entre pessoas da mesma família:
Quando são os pais que causam problemas — Como agir?
“Certos pais, é verdade, descuidam dos seus deveres, e não são para os filhos o que deviam ser. Mas é a Deus que compete puni-los, e não aos filhos. Não cabe a estes censurá-los, pois que talvez eles mesmos fizeram por merecê-los assim.
Se a caridade estabelece como lei que devemos pagar o mal com o bem, ser indulgentes para as imperfeições alheias, não maldizer do próximo, esquecer e perdoar as ofensas, e amar até mesmo os inimigos, quanto essa obrigação se faz ainda maior em relação aos pais!“ (Capítulo XIV, Piedade filial, Item 3).
Quando são os filhos que causam problemas — Como agir?
“Os filhos, devem, por isso mesmo, tomar como regra de conduta para com os pais todos os preceitos de Jesus referentes ao próximo, e lembrar que todo procedimento condenável em relação aos estranhos, mais condenável se torna para com os pais. Devem lembrar que aquilo que no primeiro caso seria apenas uma falta, pode tornar-se um crime no segundo, porque, neste, à falta de caridade se junta à ingratidão.
O mandamento: “Honra a teu pai e a tua mãe”, é uma conseqüência da lei geral da caridade e do amor ao próximo, porque não se pode amar ao próximo sem amar aos pais; mas o imperativo honra implica um dever a mais para com eles: o da piedade filial.
Mas por que promete como recompensa a vida terrena e não a celeste? A explicação se encontra nestas palavras: “Que Deus vos dará”, suprimidas na forma moderna do decálogo, o que lhe desfigura o sentido. Para compreendermos essas palavras, temos de nos reportar à situação e às idéias dos hebreus, na época em que elas foram pronunciadas.
De forma geral, o que nos cabe é a caridade. A caridade é a chave para vencer os maus tratos vindos de qualquer ente querido. Oremos por aquele ente querido de coração tão endurecido, que ainda não compreendeu a profundidade do amor.

Fonte: Espiritbook

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

“ORE… NÃO ATÉ DEUS TE OUVIR, MAS ATÉ VOCÊ OUVIR DEUS! ”

Essa frase foi lida algum tempo depois que tudo havia acontecido.
Entre as olhadelas na Internet de uma página à outra, foi surpreendente como ela se encaixou perfeitamente aos fatos. A frase trouxe de volta a emoção e a vivência exata daquela noite! O que não era conhecido e muito menos sabido ser possível antes daquela noite…
Foi um dia difícil após o segundo procedimento cirúrgico, a espera era por respostas positivas que infelizmente não se confirmaram na manhã seguinte na UTI e então a terceira cirurgia se fez necessária.
Ela passou as várias horas do procedimento em oração na capela do hospital, um lugar tão familiar e especial para ela…a Oração do Cuidado na parede era parte de sua rotina assim como a esperança que ela lhe dava.
Procedimento finalizado, restava somente aguardar. Ele foi para o quarto da UTI, já era tarde da noite e ela o observava e orava enquanto ele dormia sem saber o que estava acontecendo ali sob os efeitos da anestesia.
Ela sabia que eles não a deixariam permanecer por muito tempo, pois acompanhantes não eram permitidos, se não fosse por isso ela passaria a noite naquela cadeira velando-lhe o sono e orando.
Duas horas da manhã, a enfermeira a expulsou dizendo que ela precisava descansar para o dia seguinte…ela pretendia ter notícias logo cedo e não queria abandoná-lo, então não teve dúvidas….deitou seu corpo exausto no sofá da recepção e ali repousou em momentos de sono, acordada, orando para que tudo estivesse bem no dia seguinte…orava…cochilava….chorava…era um looping….horas intermináveis…
Por outro lado ela sentia a presença de Deus e de alguma maneira descansou…estava pronta para o que seguiria. Sete horas da manhã, hora de tentar adentrar novamente a UTI. Ela entrou, lá estava ele em um sono tranquilo. Os raios do sol adentravam o quarto através das pequenas janelas de vidro, no momento em que ela entrou, fitou os raios de sol e logo algo totalmente inesperado invadiu lhe o peito, preenchendo-o totalmente, uma sensação de plenitude, uma explosão de um sentimento bom e calmante, muito difícil de explicar em palavras algo tão profundo e misterioso, o choro de felicidade foi instantâneo e compulsivo, ela colocou a mão sobre ele e agradeceu, o que havia acabado de acontecer estava acima das coisas conhecidas!
Deus havia falado com ela através da explosão dentro de seu coração, rapidamente ela entendeu que Ele havia dito que tudo ficaria bem! Foi uma das melhores sensações de toda sua vida! Ela sabia que até aquela noite, ela nunca havia antes estado tão perto Dele!
A oração e a fé a aproximaram Dele de uma maneira inimaginável…
Logo depois chegou o enfermeiro, ele seria medicado e ela foi expulsa novamente. Na recepção, ela passou o tempo tentando compreender o que havia experienciado….dez horas da manhã, ela recebeu uma mensagem via WhatsUp da Dra.: Estava tudo bem…de acordo com o esperado dessa vez…Nesse momento ela agradeceu mais uma vez e teve a certeza de que sim, Ele havia falado com ela!
Preste muita atenção aos sinais! Sempre que a dúvida bate à porta…é dessa cena que ela se lembra…Deus havia enviado um sinal não apenas para aquele dia, mas sim para toda a vida!
Nos momentos difíceis, descobrimos o quão forte podemos ser, se sentirmos a fé por inteiro, com todo nosso coração, se aceitarmos ajuda de quem nos ama…descobrimos forças que jamais imaginaríamos ter, nos mantemos em alerta e o cansaço não nos bate à porta e finalmente aprendemos que sozinhos nunca seria possível!
E você, também tem uma história com Deus? Se você está respirando neste momento, se está sentindo a brisa que lhe acaricia o rosto, se fez alguém sorrir, etc.. Seguramente deve ter muitas histórias para contar…


Autora: FABIANA DAINESE MAUCH

“CONSELHOS DE ANDRÉ LUIZ PARA SEU AMIGO NA TERRA”

Através de uma carta André Luiz enviou alguns conselhos valiosos para um amigo que buscava informações sobre sua situação na terra.
CARTA:
Caro companheiro.
Você quer saber algo de sua verdadeira situação na Terra.
Compreendo.
Quando a pessoa entra nessa grande colônia de tratamento e cura, é convenientemente tratada.
A memória deve funcionar na dose justa.
É natural.
A permanência aí poderá ser longa e, por isso mesmo, certas medidas se recomendam em favor dos beneficiários.
Atende às instruções do internato e não se preocupe, em demasia, com os problemas que não lhe digam respeito.
Não se prenda aos seus apetrechos de uso e nem acumule utilidades que deixará inevitavelmente, quando as autoridades observarem você no ponto de retorno.
Se algum colega de vivência estima criar casos, esqueça isso. Não vale a pena incomodar-se. Ninguém ou quase ninguém passa por aí sem dificuldades por superar.
Viva alegre, com a sua consciência tranquila.
Em se achando numa estância de refazimento, é aconselhável manter-se fiel à tarefa que a administração lhe confie.
Procure ser útil, deixando o seu lugar tão melhorado quanto possível, para alguém que aí chegue depois.
Quanto ao mais, considere você e os demais companheiros de convivência e necessidade simplesmente acampados, unidos numa instituição de tratamento oportuno e feliz.
Aí você consegue dormir mais tempo, distrair-se na sua faixa temporária de esquecimento terapêutico, deliciar-se com excelente alimentação, compartilhar de vários jogos e ensaiar muita atividade nobre para o futuro.
Aproveite.
O ensejo é dos melhores.
Descanse e reajuste as próprias forças porque o trabalho para você só será serviço mesmo, quando você deixar o seu uniforme do instituto no vestiário da morte e puder regressar.
André Luiz
(Do livro: “Vida em Vida”, Francisco Cândido Xavier)




“O MUNDO ESPIRITUAL-O HOMEM APÓS A MORTE”

A - Esferas Espirituais
As esferas espirituais são as diversas subdivisões vibratórias do Mundo dos Espíritos. Estão para a vida extrafísica assim como os continentes e os países estão para o mundo físico.
Os antigos já aceitavam a ideia da existência de muitos céus superpostos, de matéria sólida e transparente, formando esferas concêntricas e tendo a Terra por centro. Essa ideia, que foi a de todas as teogonias, faziam do céu os diversos degraus da bem-aventurança; o último deles era abrigo da suprema felicidade.
Segundo a opinião mais comum, havia sete céus e daí a expressão estar no sétimo céu - para exprimir perfeita felicidade. Os muçulmanos admitem nove céus, em cada um dos quais se aumenta a felicidade dos crentes. A teologia cristã reconhece três céus; é conforme esta crença que se diz que Paulo foi alçado ao terceiro céu.
A obra Kardequiana, pelo fato de ser muito mais de síntese do que de análise, ocupou-se pouco com o exame do Mundo dos Espíritos. Estudando as diversas obras do Codificador, notamos que os Espíritos foram muito econômicos em informações à respeito de seu mundo.
Foi a partir de 1943, com o livro [Nosso Lar], de autoria mediúnica do Espírito André Luiz, pelas mãos de Chico Xavier, que nós passamos a compreender, com maior profundidade, as regiões extrafísicas.
Sabemos hoje, que o mundo dos Espíritos é subdividido em várias faixas vibratórias concêntricas, tendo a Terra como centro geométrico. A atmosfera espiritual das diversas esferas será tanto mais pura e eterizada quanto mais afastadas da crosta elas estiverem. Os Espíritos de maior luminosidade habitarão, naturalmente, as esferas mais afastadas, embora tenham livre trânsito entre elas e com frequência visitem as esferas inferiores em tarefas regenerativas e esclarecedoras. Em cada esfera, o solo tem consistência material, e acima se vê o céu e o sol. Diversas cidadelas espirituais, postos de socorro, ou instituições hospitalares estão distribuídas nas diversas esferas, abrigando Espíritos em condições evolutivas semelhantes.
André Luiz dá o nome de Umbral às três primeiras esferas, contadas a partir da crosta, e segundo este autor, a região umbralina é habitada por Espíritos que ainda necessitam reencarnarem no planeta Terra, comprometido que estão com vida neste orbe.
Sobre o umbral, André Luiz [Nosso Lar] dá o seguinte depoimento:
"É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram atravessar as portas dos deveres sagrados, demorando-se no vale da indecisão ou no pântano dos erros numerosos. Funciona como região de esgotamento de resíduos mentais. Pelo pensamento os homens encontram no Umbral os companheiros que afinam com as tendências de cada um. Cada Espírito permanece lá o tempo que se faça necessário."
Informa também André Luiz que os Espíritos que estão nas esferas superiores podem transitar pelas esferas que lhes estão abaixo, mas os Espíritos que estão nas esferas inferiores não podem, sozinhos, passar para as superiores.
B - As Colônias Espirituais
Os livros de André Luiz dão-nos informações detalhadas a respeito da vida nas três primeiras esferas espirituais. Segundo ele, estas faixas vibratórias são formadas de inúmeras cidadelas espirituais, umas maiores, outras menores, onde se reúnem Espíritos em condições evolutivas semelhantes.
As condições de sociabilidade das esferas mais purificadas nos sãos totalmente desconhecidos, no entanto, as vidas nas regiões mais próximas da crosta desenvolvem-se de maneira semelhante:
Habitação: há semelhança com a que existe na Terra. No plano extrafísica vamos identificar casas, hospitais, escolas, templos, etc.
Ernesto Bozzano [A Crise da Morte] afirma que a paisagem astral se compõe de duas séries de objetivações do pensamento. A primeira é permanente e imutável, por ser objetivação do pensamento e da vontade de entidades espirituais muito elevadas, prepostas os governo das esferas espirituais. A outra é, ao contrário, transitória e muito mutável; seria a objetivação do pensamento de cada entidade desencarnada, criadora do seu próprio meio imediato.
Examinando o pensamento deste autor, podemos aceitar que as construções das colônias espirituais enquadram-se na primeira série, enquanto a paisagem das regiões umbralinas pertencem a segunda;
Vestuário: a apresentação externa dos Espíritos depende de sua força mental e de seu desejo, pois eles são capazes de modificarem a sua aparência por um processo denominado ideoplastia.
Nem todos os Espíritos, no entanto, têm condição evolutiva suficiente para plasmarem suas vestes perispirituais, donde a necessidade de roupas confeccionadas por especialistas na área. André Luiz [Nosso Lar] mostra departamentos reservados a esta tarefa;
Alimentação: nem todos os Espíritos são capazes de retirar do Fluido Cósmico Universal a energia reparadora para as suas células, daí a necessidade dos Espíritos materializados, alimentarem-se de recursos energéticos mais consistentes. Por esse motivo, observam-se no mundo espiritual alimentos a base de sucos , sopas e frutas;
Sono e Repouso: quanto mais evoluído o Espírito, menos necessita de repouso, para reparar as suas energias. Espíritos inferiores dormem à semelhança do homem encarnado;
Transporte: os Espíritos superiores se locomovem através de um processo denominado volitação, onde transforma a sua energia latente em energia cinética, deslocando-se no espaço em altas velocidades. No entanto, Espíritos existem, que ainda não desenvolveram esta faculdade, daí a necessidade de veículos para transporte nas faixas espirituais mais próximas da Terra;
Linguagem: a linguagem oficial entre os Espíritos é a do pensamento. No entanto, muitas almas ainda involuídas, não conseguem se comunicar através do pensamento, donde a necessidade de palavra articulada.
Assim sendo, vamos observar colônias onde se fala o português, o inglês, etc.;
Vida Social: a vida social nas colônias espirituais é intensa e tem como objetivo a preparação dos Espíritos para o seu retorno a Terra em nova roupagem física. Estudam, trabalham, repousam e se divertem. Há relatos de casamento, festas e jogos, segundo hábitos e costumes da colônia. O Maria João de Deus [Cartas de Uma Morta] afirma:
"Os saxões, os latinos, os árabes, os orientais, os africanos, formam aqui grandes falanges à parte, e em locais diferentes uns dos outros. Nos núcleos de suas atividades conservam os costumes que os caracterizavam e é profundamente interessante verificar como essas colônias diferem umas das outras."
Manoel Philomeno de Miranda [Loucura e Obsessão] lembra-nos:
"Católicos, protestantes e outros religiosos após a morte, não se tornam espíritas ou conhecedores da realidade ultra tumular; ao revés, dão curso aos seus credos, reunindo-se em grupos e igrejas afins."
Cabe-nos lembrar que nem todas as cidadelas espirituais têm uma orientação sadia, voltada para o bem e para o equilíbrio das criaturas. André Luiz [Libertação] diz:
"Incapacitados de prosseguir, além do túmulo, a caminho do Céu que não souberam conquistar, os filhos do desespero organizam-se em vastas colônias de ódio e miséria moral, disputando entre si a dominação da Terra."
Mas lembra também o benfeitor que, a Misericórdia Divina não os desampara pois, são observados e assistidos por entidades luminosas;
Animais e Plantas: o solo do mundo espiritual, à semelhança do solo do planeta é coberto por uma infinidade de plantas, flores e hortaliças que são cultivadas, com muito esmero, por mãos bondosas.
Os animais, como regra geral, reencarnam quase imediatamente após a morte, no entanto, em certas ocasiões, eles podem vir a ser preparados por entidades especializadas para serem utilizados em tarefas específicas.
Muitas vezes, no entanto, as descrições da paisagem espiritual, quando falam de "formas animalescas", estão se referindo a Espíritos humanos em processo de deterioração de seus corpos espirituais (licantropia ou zoantropia), como também de "formas ideoplásticas", fruto do pensamento e da vontade de entidades viciosas do astral inferior.
C - O Homem após a Morte
Lembra-nos Kardec que "após a morte, cada um vai para o lugar que lhe interessa", pois cada individualidade vai deslocar-se, após o desencarne, para a região espiritual que está em concordância com o seu modo de ser e viver. E complementa [ESE]:
"Enquanto uns, não podem afastar-se do meio em que viveram, outros se elevam e percorrem o espaço. Enquanto certos Espíritos culpados erram nas trevas, os felizes gozam de uma luz resplandecente."
De forma didática, podemos sistematizar as opções do homem após a morte física em três situações:
Continuar Vivendo na Crosta: são Espíritos excessivamente apegados a vida física e que não conseguem assumir a sua condição de desencarnados, continuando a viver nos locais onde se habituaram, às vezes sem ao menos darem-se conta de que já não mais pertencem ao mundo material.
Alguns fatores que podem condicionar a este apego a vida material:
- ignorância, confusão e medo;
- apegos excessivos a pessoas e lugares;
- inclinações pelas drogas, álcool, fumo, comida e sexo;
- vinculação a negócios não concluídos;
- desejo de vingança;
Deslocarem-se para certas regiões do Umbral: muitos Espíritos culpados ou viciosos, após o desencarne, são levados por uma força magnética automática ou por entidades do mal, para uma das regiões umbralinas e lá permanecerão até que o arrependimento e a vontade de reparar o passado modifiquem a sua psicosfera pessoal;
Recolhimento a uma Colônia Espiritual onde deverão integrar-se à Vida Extrafísica
Fonte .A Casa do Espiritismo
D - Bibliografia
Coleção Nosso Lar (16 obras) - André Luiz/Chico Xavier
Cartas de Uma Morta - Maria João de Deus/Chico Xavier
Voltei - Irmão Jacob/Chico Xavier
A Vida Além da Morte - Otília Gonçalves/Divaldo Franco
Cidade no Além - Heigorina Cunha

Loucura e Obsessão - Manoel Philomeno de Miranda/Divaldo Franco

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...