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terça-feira, 5 de dezembro de 2017

“CORDÕES ENERGÉTICOS. QUAL A NOSSA RESPONSABILIDADE PELAS COISAS RUINS QUE ACONTECE EM NOSSAS VIDAS? ”

E' comum, nos dias de hoje, as pessoas dizerem que estão "carregadas", com energias ruins em sua aura ou com o conhecido "mau olhado".
A procura por organizações que realizam trabalhos de limpeza cresce vertiginosamente e, de fato, o campo energético da grande maioria das pessoas está sendo invadido por múltiplas fontes de forças nocivas ao bem-estar.
Só lamento, nesse assunto, que isso venha sendo tratado, em muitos casos, como se a pessoa em si mesma nada tivesse a ver com aquilo que lhe acontece.
Tanto isso é verdade que essa procura por descarrego, exorcismos ou chame como desejar, quase sempre é feita liberando a pessoa de sua própria responsabilidade. E qual será a consequência disso? O trágico ciclo repetente das provas.
Sabe aquelas coisas que a gente sente e diz assim: "Não é a primeira vez que isso me acontece!" ? É o ciclo repetente, e vivê-lo é patinar no mesmo lugar; é não avançar em várias áreas da vida; é delegar ao outro o mal que nos acontece.
É muito fácil responsabilizar alguém ou alguma energia ruim por coisas que, antes de tudo, são geradas ou iniciadas em nós próprios. Difícil é assumir que na intimidade profunda de nosso ser estão as causas geradoras de tais infortúnios. Aliás, elas só podem ocorrer com consentimento de nosso ser. Por exemplo, os cordões energéticos. Muita gente procura a explicação para seus dissabores e aflições em presenças de espíritos do mal ou magias destrutivas. Tenho observado que, muito mais que tudo isso junto, os cordões energéticos que tecemos pesam contra nossa infelicidade.
E o que são cordões energéticos? São laços que criamos com pessoas que partilhamos afeto. Os cordões existem entre familiares, amigos, conhecidos e até com pessoas que passaram muito rapidamente pelas nossas vidas ou, também, com lugares e objetos. Esses cordões, quando são prejudiciais, adoecem as relações e causam prejuízos incalculáveis à saúde humana. A presença da mágoa, do ciúme, da ilusão, da inveja, da disputa, da posse, da superproteção e outras tantas atitudes na convivência prendem uma pessoa a outra, criando dependência, revanchismo, apego e muitas enfermidades energéticas e, posteriormente, doenças no corpo físico.
É comum entre mães e filhos que têm elos complicados, mesmo morando separados, um ter a doença do outro ou manifestar uma semelhança de situações desagradáveis, sem que saiba um o que está acontecendo com o outro. É a troca energética parasitária.
Não precisamos nem de espíritos, nem de magias para tornar nossa vida carregada, pesada. Os relacionamentos estão com elevado grau de toxicidade, causando danos muito maiores, seja pela dependência, seja pela traição ou outros comportamentos e emoções desgovernadas.
Minha tarefa consiste em orientar meus pacientes para que eles aprendam como transmutar esses cordões, descobrindo dentro de si mesmos o que os tornam cativos e retro alimentadores desse mau vínculo energético.
Cordões são sintomáticos, indícios de necessidades pessoais. Temos que investigar quais são os sentimentos que temos com aquela pessoa e descobrir por que estamos ligados a ela. Com técnicas próprias, procuro trabalhar a educação emocional que pode nos libertar dessas algemas enfermiças. É claro que tais técnicas só vão funcionar se também o paciente fizer a sua parte! Minha tarefa nesse sentido é orientar sobre o que e como fazer para se libertar dessas amarras e ter uma vida mais plena e leve.
Para quem desejar uma informação bem recente e mais completa sobre o assunto, leia o livro Quem Perdoa Liberta, do autor espiritual José Mário, Editora Dufaux (www.editoradufaux.com.br), no capítulo "Os Cordões Energéticos e a Depressão por Parasitismo", no qual são abordados, também, como os religiosos adoecem com uma espécie particular de depressão, em função destes cordões de energia.
Wanderley Oliveira é terapeuta practitioner em PNL, escritor, médium e palestrante espírita de Belo Horizonte.
Visite o seu trabalho no site: www.wanderleyoliveira.com.br ou escreva para: coachenergetico@wanderleyoliveira.com.br
"AS PESSOAS, QUANDO EDUCADAS PARA ENXERGAREM CLARAMENTE O LADO SOMBRIO
DE SUA PRÓPRIA NATUREZA, APRENDEM AO MESMO TEMPO A COMPREENDER E AMAR
OS SEUS SEMELHANTES. JUNG
REVISTA CRISTÃ DE ESPIRITISMO

Fonte: A Casa do Espiritismo
www.acasadoespiritismo.com.br/

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

"INFLUÊNCIAS EXTERNAS DURANTE O DESENCARNE"

A principal dificuldade do recém-desencarnado é a adaptação ao impacto das energias astrais, o choque é muito forte e pensamentos e emoções dele ou de pessoas próximas o atingem com facilidade.
Essa fragilidade faz com que os irmãos que ficam aqui na Terra tenham grande importância na ajuda aos que voltam para o plano espiritual.
A fragilidade do espírito é maior até o momento em que o cordão de prata é rompido, e, infelizmente esse é o período de maior emissão de sofrimento pelos irmãos encarnados. Através desse último laço de união eles podem receber os choques desagradáveis das lembranças e das emanações de sofrimento dos que se encontram encarnados.
Além disso, muitos falam mal dos que se foram, relembrando acontecimentos de sua vida.
Essa é A PIOR POSTURA que qualquer um pode ter, se não tiver o que falar, FIQUE QUIETO, mas não fale sobre assuntos de baixo padrão vibratório, PRINCIPALMENTE se envolve o moribundo.
Duas coisas acontecem quando os INVIGILANTES decidem fazer a sua parte.
A primeira é o incômodo que começa a ser sentido pelo espírito, que mesmo quando possui merecimento para auxílio, não está isento das energias hostis enviadas pelos seus irmãos.
A segunda é a atração de espíritos de baixo padrão vibratório envolvidos nas conversas, que podem vir pedir perdão ou cobrar pelo erro do moribundo. Qualquer uma das opções é prejudicial para quem está preste a se libertar.
Sobre esse tema retiramos o seguinte trecho do livro Obreiros da Vida Eterna:
“As imagens contidas nas evocações das palestras incidem sobre a mente do desencarnado, mantido em repouso depois de rápido mergulho na contemplação dos fatos alusivos à existência finda. Não somente as imagens. Por vezes, nossos amigos presentes, fecundos nas conversações sem proveito. exumem, com tamanho calor, a lembrança de certos fatos, que trazem até aqui alguns dos protagonistas já desencarnados.”
A melhor postura durante o desencarne é a prece, o silêncio e assuntos que não comprometam o padrão vibratório do ambiente.
Após o Desencarne
Após o desencarne o espírito também fica suscetível às vibrações dos familiares. Quando estes, em desequilíbrio, ficam chamando por ele, ocorre uma atração muito forte e o espírito recebe esse impacto de forma violenta, porque ainda está em período de adaptação.
Diferente do que muitos pensam, se o espírito recém-liberto voltar para o lar ele sofrerá junto com os familiares e de forma inconsciente se tornará obsessor dos seus entes queridos. Nos casos de doença pode até acontecer de um dos encarnados começar a sentir as dores que o moribundo sofria. Nesse caso ele se torna obsessor.

Fonte: Verdade e Luz

“CORPO ESPIRITUAL OU PERISPÍRITO”

Os materialistas, em sua negação da existência da alma, muitas vezes têm apelado para a dificuldade de conceberem um ser privado de forma. Os próprios espiritualistas não sabem explicar como a alma imaterial, imponderável, poderia presidir e unir-se estreitamente ao corpo material, de natureza essencialmente diferente.
Essas dificuldades encontram solução nas experiências do Espiritismo.
Como precedentemente já o dissemos, a alma está, durante a vida material, assim como depois da morte, revestida constantemente de um envoltório fluídico, mais ou menos sutil e etéreo, que Allan Kardec denominou perispírito ou corpo espiritual.
Como participa simultaneamente da alma e do corpo material, o perispírito serve de intermediário a ambos: transmite à alma as impressões dos sentidos e comunica ao corpo as vontades do Espírito. No momento da morte, destaca-se da matéria tangível, abandona o corpo às decomposições do túmulo; porém, inseparável da alma, conserva a forma exterior da personalidade desta.
O perispírito é, pois, um organismo fluídico; é a forma preexistente e sobrevivente do ser humano, sobre a qual se modela o envoltório carnal, como uma veste dupla e Invisível, constituída de matéria quintessenciada, que atravessa todos os corpos por mais impenetráveis que estes nos pareçam.
A matéria grosseira, incessantemente renovada pela circulação vital, não é a parte estável e permanente do homem. É perispírito o que garante a manutenção da estrutura humana e dos traços fisionômicos, e isto em todas as épocas da vida, desde o nascimento até à morte. Exerce, assim, a ação de uma forma, de um molde contrátil e expansível sobre o qual as moléculas vão incorporar-se. Esse corpo fluídico não é, entretanto, imutável; depura-se e enobrece-se com a alma; segue-a através das suas inumeráveis encarnações; com ela sobe os degraus da escada hierárquica, torna-se cada vez mais diáfano e brilhante para, em algum dia, resplandecer com essa luz radiante de que falam as Bíblias (antigas) e os testemunhos da História a respeito de certas aparições. 
É no cérebro desse corpo espiritual que os conhecimentos se armazenam e se imprimem em linhas fosforescentes, e é sobre essas linhas que, na reencarnação, se modela e forma o cérebro da criança.
Assim, o intelecto e o moral do Espírito, longe de se perderem, capitalizam-se e se acrescem com as existências deste. Daí as aptidões extraordinárias que trazem, ao nascer, certos seres precoces, particularmente favorecidos. A elevação dos sentimentos, a pureza da vida, os nobres impulsos para o bem e para o Ideal, as provações e os sofrimentos pacientemente suportados, depuram pouco a pouco as moléculas perispiríticas, desenvolvem e multiplicam as suas vibrações. Como uma ação química, eles consomem as partículas grosseiras e só deixam subsistir as mais sutis, as mais delicadas.
Por efeito inverso, os apetites materiais, as paixões baixas e vulgares reagem sobre o perispírito e o tornam mais pesado, denso e escuro. A atração dos globos Inferiores, como a Terra, exerce-se de modo irresistível sobre esses organismos espirituais, que, em parte, conservam as necessidades do corpo e não podem satisfazê-las. As encarnações dos Espíritos que sentem tais necessidades sucedem-se rapidamente, até que o progresso pelo sofrimento venha atenuar suas paixões, subtrai-los às influências terrestres e abrir-lhes o acesso de mundos melhores. Estreita correlação liga os três elementos constitutivos do ser. Quanto mais elevado é o Espírito, tanto mais sutil, leve e brilhante é o perispírito, tanto mais isento de paixões e moderado em seus apetites ou desejos é O corpo.
A nobreza e a dignidade da alma refletem-se sobre o perispírito, tornando-o mais harmonioso nas formas e mais etéreo; revelam-se até sobre o próprio corpo: a face então se ilumina com o reflexo de uma chama interior. É pelas correntes magnéticas que o perispírito se comunica com a alma. É pelos fluídos nervosos que ele está ligado ao corpo. Esses fluídos, posto que invisíveis, são vínculos poderosos que o prendem à matéria, do nascimento à morte, e mesmo, nos sensuais, assim o conservam, até à dissolução do organismo. A agonia representa a soma de esforços realizados pelo perispírito a fim de se desprender dos laços carnais.
O fluído nervoso ou vital, de que o perispírito é a origem, exerce um papel considerável na economia orgânica. 
Sua existência e seu modo de ação podem explicar bastantes problemas patológicos. Ao mesmo tempo agente de transmissão das sensações externas e das impressões Íntimas, ele é comparável ao fio telegráfico, transmissor do pensamento, e que é percorrido por uma dupla corrente. A existência do perispírito era conhecida dos antigos.
Pelas palavras — Och.ema e Férouer, os filósofos gregos e orientais designavam o invólucro da alma “lúcido, etéreo, aromático”. Segundo os persas, assim que chega a hora da reencarnação, o Férouer atrai e condensa em torno de si as moléculas materiais que são necessárias à constituição do corpo, e, pela morte deste, as restitui aos elementos que, em outros meios, devem formar novos Invólucros carnais. O Cristianismo também conserva vestígios dessa crença. S. Paulo, em sua primeira Epístola aos Coríntios, exprime-se nos seguintes termos: “O homem está na Terra com um corpo animal e ressuscitará com um corpo espiritual.
Assim como tem um corpo animal, também possui um corpo espiritual.” Embora em diversas épocas tenha sido afirmada a existência do perispírito, foi ao Espiritismo que coube determinar o seu papel exato e a sua natureza.
Graças às experiências de Crookes e de outros sábios ingleses, sabemos que o perispírito é o instrumento com cujo auxílio se executam todos os fenômenos do Magnetismo e do Espiritismo.
Esse organismo espiritual, semelhante ao corpo material, é um verdadeiro reservatório de fluídos, que a alma põe em ação pela sua vontade.
É ele que, no sono natural como no sono provocado, se desprende da matéria, transporta-se a distâncias consideráveis e, na escuridão da noite como na claridade do dia, vê, percebe e observa coisas que o corpo não poderia conhecer por si. O perispírito tem, portanto, sentidos análogos aos do corpo, porém muito mais poderosos e elevados. Ele tudo vê pela luz espiritual, diferente da luz dos astros, e que os sentidos materiais não podem perceber, embora esteja espalhada em todo o Universo.
A permanência do corpo fluídico, antes como depois da morte, explica também o fenômeno das aparições ou materializações de Espíritos. O perispírito, na vida livre do espaço, possui virtualmente todas as forças que constituem o organismo humano, mas nem sempre as põe em ação. Desde que o Espírito se acha nas condições requeridas, isto é, desde que pode retirar do médium a matéria fluídica e a força vital necessárias, ele as assimila e reveste, pouco a pouco, as aparências do corpo terrestre.
A corrente vital circula, então, e, sob a ação do fluído que recebe, as moléculas físicas coordenam-se segundo o plano do organismo, plano de que o perispírito reproduz os traços principais.
Logo que o corpo humano fica reconstituído, o seu organismo entra em funções. As fotografias e os moldes obtidos em parafina mostram-nos que esse novo corpo é idêntico ao que o Espírito animava na Terra; mas essa vida só pode ser temporária e passageira, porque é anormal, e os elementos que a produzem, após uma curta condensação, voltam às fontes donde foram emanados.

Fonte - (Léon Denis, Depois da Morte, Cap.21)

“DIÁLOGO INTER RELIGIOSO. FRANCISCO DE ASSIS-KARDEC E GANDHI”

Dia 2 de outubro, comemora-se o aniversário de Gandhi; dia 3 de outubro o de Kardec e dia 4 de outubro é o dia de Francisco de Assis. O que pode haver em comum entre essas três pessoas, de épocas tão diferentes, de tradições espirituais diversas e que ficam tão próximas no calendário? Justamente é isso que o diálogo inter-religioso permite dizer – aliás é esse próprio diálogo o objeto desse artigo.
Sobre esse tema falei na Festa da Índia, no Palácio de Cristal em Petrópolis, que se deu nos dias 2, 3 e 4 de outubro. Falei bem no dia 3, o de Kardec – o mais desconhecido e mesmo silenciado dos três.
Para mim, entre as condições essenciais para um diálogo com o outro é reconhecer o valor intrínseco das diversas tradições espirituais, as verdades e as riquezas imanentes em todas elas. Não se trata apenas de “tolerar”, com um certo desdém, no fundo desqualificando o outro. Ou dizer: “respeito, cada um está num estágio evolutivo.” Nessa frase está implícita a ideia de que o outro está num estágio inferior.
Por outro lado, só se pode ir para o diálogo de fato, quem reconhece os problemas de sua própria religião. Todas as tradições têm abusos naturalmente humanos, têm fanatismos e posições a serem criticadas. Assim, o diálogo inter-religioso nos arranca da postura do fanatismo e do exclusivismo, reconhecendo valores alheios e fraquezas próprias. Mas, também, dialogar não é perder a sua identidade. Não significa sair de seu trilho, para percorrer outro.
E esses três personagens, o que fizeram?
Em plena Idade Média, quando os cristãos estavam promovendo as Cruzadas – leia-se guerras sangrentas – contra os muçulmanos, Francisco de Assis se dirigiu ao Sultão Al-Kamil e teve um diálogo amistoso com ele. Claro que isso se deu no contexto da época, em que um cristão como Francisco se sentia no dever de tentar convencer o outro a seguir o Cristo. Mas diante do antagonismo violento em que as religiões se digladiavam, a tentativa de diálogo de Francisco revela um passo à frente de seu tempo.
Ao mesmo tempo, sua vida inteira era um exemplo de vida cristã numa Igreja e num mundo que se diziam cristãos, mas viviam muito distantes dos ensinamentos de Jesus. Se este havia pregado fraternidade, desprendimento e paz, vivia-se em divisão, luxo, luxúria e guerras…
Então, já se destaca num Francisco medieval essa atitude que nos parece tão necessária à própria sobrevivência das diversas tradições espirituais – a salvação de sua essência, com a crítica aos abusos cometidos em seu nome. Francisco vivia a essência do cristianismo, criticando com seu exemplo os desvios dos ensinos de Jesus.
Já Kardec, que também tomava o exemplo de Jesus como modelo e inspiração para a moral espírita, não pretendia estabelecer uma nova religião, mas ajudar a todas através da demonstração científica de que a imortalidade da alma – comum a todas as tradições espirituais do planeta – era algo que poderia ser apalpado através dos fenômenos mediúnicos. Pensava com isso – talvez um pouco ingenuamente, porque todos se recusaram e se recusam a aceitar essa proposta – que as pessoas poderiam seguir cultivando sua fé católica, protestante, judaica, muçulmana… e serem ao mesmo tempo espíritas. Pregando uma ética cristã, que segundo ele estaria igualmente presente nas diversas religiões, uma ética de caridade, fraternidade, amor universal, haveria aí e na evidência da imortalidade pontos de encontro e de diálogo entre todas elas.
No Livro dos Espíritos, está escrito que a verdade está em toda a parte. E no Evangelho segundo o Espiritismo, Kardec menciona essa ideia das pessoas serem espíritas sem abandonarem suas tradições. Isso não deu certo talvez por três motivos. As religiões não querem provas científicas de nada. Preferem o mistério. Segundo, houve tanta perseguição e oposição, sobretudo da Igreja Católica em relação ao espiritismo (isso hoje felizmente está superado), que se criou uma divisão e se empurrou o espiritismo a modelar uma identidade religiosa própria. Embora no Brasil hoje existam muitos espíritas-católicos ou muitos católicos-espíritas e o próprio Espiritismo brasileiro ser um sincretismo com o catolicismo. E terceiro, conforme Kardec foi avançando na configuração da visão espírita de mundo, essa visão foi incluindo algumas ideias contrárias aos dogmas estabelecidos de outras tradições. Sobretudo a reencarnação se mostrou como algo inaceitável pela maioria dos cristãos. Embora, para Kardec, a reencarnação fosse algo também demonstrável e teria assim a força de mudar dogmas estabelecidos. As pesquisas de Ian Stevenson e sua equipe e parceiros a partir da segunda metade do século XX, que fornecem robustas evidências da reencarnação, ainda não foram capazes nem de atingir os firmes dogmas materialistas da ciência oficial, nem os firmes dogmas das religiões não-reencarnacionistas. As tradições orientais – reencarnacionistas na sua quase totalidade – não se interessam pelo discurso racionalista de Kardec e olham com algum desdém para uma proposta tão nova, tão democrática, tão acessível, diante das milenares, iniciáticas e complexas heranças do Oriente.
Kardec assim é o que permanece mais rejeitado para um diálogo. Não fosse esse evento da Índia, organizado por um espírita, nosso amigo Sandro Rodrigues, não sabemos se os espíritas estariam representados. Tenho sido testemunha e vítima de inúmeros casos de silenciamento do espiritismo, no diálogo entre as religiões e entre as tradições espirituais constituídas. Pode-se alegar que o espiritismo não seja religião (para alguns espíritas é, para outros não), mas o mesmo acontece com o budismo, que se afirma muito mais uma filosofia. E no entanto, ele é chamado, respeitado e está sempre presente em todos os diálogos.
E Gandhi? Gandhi também repetia a mesma postura de Francisco e Kardec, criticando o criticável e salvando a essência. Dizia ele ser ao mesmo tempo hindu, muçulmano, judeu, cristão… e tinha essa frase que diz tudo: “Após estudos e muitas experiências, cheguei à conclusão que 1) todas as religiões são verdadeiras; 2) todas as religiões contêm em si alguma margem de erro; 3) todas as religiões são para mim quase tão queridas quanto o meu próprio hinduísmo, principalmente na medida em que todos os seres humanos deveriam ser para mim tão queridos quanto meus próprios parentes. Minha veneração pessoal por outros credos é a mesma que dedico à minha própria fé.”
Essa postura de Gandhi não é algo demagógico, mas sincero, profundo, vivencial.
O diálogo inter-religioso nos permite vivenciar experiências e manifestações de outras correntes, sem abdicar de nossa escolha do caminho, enriquecendo nossa espiritualidade de outros matizes. Assim, como espírita, nada me impede de fazer uma meditação budista, cantar um negro spiritual ou orar um poema sufi… Deus está em tudo.

Fonte: Universidade Livre-Pampédia.

“PREMONIÇÃO DE UMA MORTE – COMO SOMOS AVISADOS QUANDO UM ENTE QUERIDO MORRE? “”

Você já teve alguma premonição? Mesmo que não seja de algum falecimento na família… quem sabe algo mais simples.
Pois é! Segundo o nosso dicionário premonição é o mesmo que uma sensação, um pensamento, sonho, visão etc. do que está para ocorrer; ou seja, um pressentimento, palpite, intuição.
Nem sempre a premonição está diretamente ligada à mediunidade ostensiva, aquela em que precisamos desenvolver, pois premonições todos podemos ter durante nossa vida. Mas ao contrário disso, quando as premonições tem uma frequência muito grande, e é acompanhada de visões nítidas de espíritos que anunciam um evento, daí já indicamos um acompanhamento mais de perto em alguma equipe de trabalhos espirituais, seja em um centro espírita ou em algum outro lugar que trabalhe sério com a mediunidade.
Veja mais:
Todos nós ouvimos histórias em que uma pessoa acorda e anuncia que um parente próximo acabou de morrer. Então, de manhã, descobrem que é verdade.
No livro, Nos Domínios da Mediunidade, por Francisco (Chico) C. Xavier, nosso amado espírito, André Luiz, foi testemunha em um leito de morte de uma mulher idosa, chamada Elisa.
Só depois que ela estava lúcida o suficiente para dizer adeus a sua família, ela partiu, pela força de sua própria determinação, e por volitação (movimento de transporte pelo poder do pensamento) para a casa de sua irmã em outra cidade.
André e seu mentor a seguem e descobrem o que acontece depois:
“No meio da noite, ficamos ao lado dela em um quarto mal iluminado, em que uma venerável senhora idosa dormia pacificamente.
‘Matilde! Matilde!
Elisa tentou despertá-la com pressa, mas não conseguiu. Consciente de que ela tinha apenas alguns momentos, ela bateu na cama da irmã. Matilde acordou abruptamente, sentindo imediatamente a influência de sua irmã.
Distraído, Dona Elisa começou a falar com ela. Dona Matilde não a ouviu com seus ouvidos físicos, mas com seu cérebro, através de ondas mentais, como se fosse sob a forma de pensamentos flutuando em sua cabeça, pois essa é a forma de comunicação primordial dos espíritos, o pensamento.
Ela se sentou ansiosa e disse a si mesma: “Elisa está morta”.
A partir daí podemos dizer que Matilde teve uma sensação de premonição ou também chamada de sensação premonitória.
Indicando as duas irmãs, o mentor explicou:
“Este é um dos tipos habituais de comunicação nos casos de morte. Devido a tais ocorrências repetidas, os cientistas do mundo foram forçados a examiná-los.
Alguns atribuem os fenômenos às transmissões telepáticas, enquanto outros as veem como um “fenômeno da monitoria” (uma sensação de perigo).
Mas a Doutrina Espírita os reduz a todos à pura e simples verdade de ser a comunhão direta entre as almas imortais. ”
Mais uma vez, o fenômeno que a maioria de nós ouvimos em primeira mão ou em segunda mão, ou visto em um programa de TV, é completamente descrito pelo Espiritismo de uma forma bastante simples.
Nós somos espíritos imortais que são capazes de realizações que ultrapassamos nossos cálculos científicos atuais. O poder de nossos pensamentos, que como espírito, determina a roupa que usamos, o nosso transporte, mesmo que nível do mundo espiritual que iremos viver, seja o umbral (no caso daquelas pessoas que alimentam maus pensamentos), ou nas colônias espirituais.
Pois, como espírito, nossos pensamentos determinam nossa ação, é por isso que viemos à terra para aprender. Na Terra em nosso corpo denso, podemos pensar sobre nossos pensamentos e agradecer aos céus que a maioria deles não resulta em nenhuma ação. Imagine só se tudo que pensássemos virasse realidade… seria um caos!
Estamos sendo treinados para a vida como um espírito, onde não existe um governador para conter-nos. Até que possamos passar no curso para controlar as ondas emanantes do nosso cérebro, não há escapatória deste planeta.

Fonte : O Estudante Espírita
https://estudantespirita.com.br/

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...