Seguidores

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

“É POSSÍVEL SABER COMO VOU DESENCARNAR? ”


Se há uma certeza em nossas vidas, é a do retorno ao Mundo Espiritual, que é de onde viemos.
Sendo a vida física uma etapa na vida do Espírito, o momento de transição entre o estado de encarnado e de desencarnado varia de pessoa para pessoa raiando o infinito, mas sempre de acordo com a individualidade espiritual.
Allan Kardec propôs aos Espíritos Superiores:
“O Espírito sabe por antecipação como desencarnará? – Sabe que o gênero de vida escolhido o expõe a desencarnar mais de uma maneira do que de outra…” (1)
Comum são os relatos a respeito de pessoas que pareciam ter conhecimento do desencarne, pelas atitudes tomadas anteriormente, ou ainda, pela forma com que tocaram direta ou indiretamente no assunto. Isso confirma a informação dada pelos Espíritos Superiores, porque o acaso não faz parte das Leis Universais.
Sobre o instante da morte física perguntou Kardec:
“A separação se opera instantaneamente e por uma transição brusca? Há uma linha de demarcação nitidamente traçada entre a vida e a morte?
– Não; a alma se desprende gradualmente e não escapa como um pássaro cativo subitamente libertado. Esses dois estados se tocam e se confundem de maneira que o Espírito se desprende pouco a pouco dos laços que o retinham no corpo físico: eles se desatam, não se quebram.” (2)
Observamos, pela resposta acima, que mesmo nas mortes instantâneas o espírito retém “ligações” com o corpo sem vida, se não pelos laços físicos, também pelos laços desenvolvidos por seus valores e vícios morais.
Seria o caso de perguntarmos: o que exerce influência no desprendimento do espírito de seu corpo físico sem vida?
“Pois, onde está o teu tesouro, ali estará também o teu coração” (3), esclareceu-nos Nosso Senhor Jesus Cristo, como a nos dizer que os laços do sentimento nos vincularão a tudo o que nos é caro ao espírito, sejam coisas, propriedades ou pessoas, pois que estas últimas também consideramos como propriedades nossas.
“Amém vos digo que tudo que ligardes sobre a terra, estará ligado nos céus” (4) também disse Nosso Senhor Jesus Cristo. Aqui, por céus podemos entender Mundo Espiritual, o que significa que mesmo do “lado de lá”, mantemos os laços firmados aqui, inclusive na transição entre o estado de encarnado para o de desencarnado.
Necessário se faz, portanto, incrustarmos em nossa cultura de vida a consciência da precariedade dos laços que nos prendem ao mundo físico, incluindo às pessoas, que também são espíritos em evolução.
As enfermidades fatais, e muitas vezes as de longo curso, tornam-se períodos de meditação a respeito dos valores pessoais diante da vida, permitindo um melhor preparo íntimo para a transição e readaptação ao mundo espiritual.
Não se deve entender, no entanto, que o desprendimento das coisas e pessoas deste mundo cheguem ao despautério de nos tornarmos frios e insensíveis. O que se espera é tão somente que saibamos trabalhar os sentimentos do espírito imortal, administrando a influência que as coisas do mundo exercem sobre nós, tirando o devido proveito para crescimento espiritual, porque, se é fato que estamos reencarnados, também o é que um dia vamos desencarnar.
A Doutrina Espírita tem todas as ferramentas necessárias para trabalharmos nossos valores íntimos, dando-nos o ensejo para o devido preparo para a grande transição que, embora já a tenhamos experimentado muitas e muitas vezes, ainda se faz presente com muito peso em nossa forma de viver a vida física.
Pensemos nisso.
ANTÔNIO CARLOS NAVARRO-Fonte: Chico de Minhas Xavier
Referências:
(1) O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, item 856;
(2) O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, item 155 a;
(3) Mateus, 6:21;
(4) Mateus, 18:18.

sábado, 3 de fevereiro de 2018

“FEMINISMO E ESPIRITISMO”

Com o fervor da Revolução Francesa os ideais de igualdade, liberdade e fraternidade se estenderam nas sociedades pelo mundo e trouxeram reflexões e a possibilidade de derrubar, não apenas as monarquias absolutistas, mas também combater ideologias, até então imutáveis.
Séculos antes, a reforma protestante deu início à questionamentos de dogmas absolutos impostos pela igreja católica. Tempo depois a Revolução Francesa e o Iluminismo prosseguiram com tempos de razão, desenvolvimento científico e filosófico.
Em meados do século XIX, através da codificação de Allan Kardec, a Doutrina dos Espíritos ou Espiritismo, elucidou a moral religiosa, fundindo filosofia, ciência e religião.
E o por quê desse resumo histórico? Para dizer que Deus não é pai, pois, segundo a questão de número 1 do Livro dos Espíritos, “Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.”
O machismo é um fato histórico, e reforçado por governos e religiões, que por séculos escravizaram as mulheres como objeto limitando-as em tarefas domésticas, a satisfazer as vontades dos homens e procriar. Enquanto isso os homens eram líderes políticos e religiosos detentores de conhecimentos e direitos proibidos para as mulheres.
A luta para combater esses pensamentos bárbaros e retrógrados se estendem até os dias de hoje. Na questão 817, também do Livro dos Espíritos, a espiritualidade superior ressalta que assim como a inteligência e a faculdade de progredir, os direitos devem ser os mesmos para ambos, homens e mulheres.
Ainda no item Igualdade dos direitos do homem e da mulher, a questão 822 diz que:
“…A emancipação da mulher acompanha o progresso da civilização. Sua escravização marcha de par com a barbárie. Os sexos, além disso, só existem na organização física. Visto que os Espíritos podem encarnar num e noutro, sob esse aspecto nenhuma diferença há entre eles. Devem, por conseguinte, gozar dos mesmos direitos.”
A lutas intensas e protestos pelos direitos das mulheres ganharam forma pós revolução industrial. Com a migração das mulheres, do campo aos centros urbanos, para trabalhar nas fábricas, os movimentos políticos por direitos passaram a ser organizados pelas mulheres inseridas naquela realidade.
As sufragistas, reivindicavam sua posição na política. Visando o sufrágio, o direito ao voto, em meados do século XIX, na Inglaterra, as mulheres manifestaram seu interesse na política. Apenas com seus votos e suas candidaturas, elas poderiam reivindicar seus direitos diretamente com o parlamento.
Outro grande momento na luta pelos direitos das mulheres é o dia 8 de março de 1857. Neste dia trabalhadoras de uma fábrica têxtil , em Nova York, protestavam pela diminuição da jornada de trabalho e reivindicavam o direito de licença maternidade.
Policiais interviram no protesto e centenas de mulheres morreram queimadas. Em memória e apoio a luta, no ano de 1911 foi instituído o dia 8 de março como o Dia Internacional da Mulher.
Para a filósofa francesa Simone de Beauvoir, “as mulheres sempre foram marginalizadas porque os homens de todas as classes e partidos sempre lhes negaram uma existência autônoma”.
Na edição de Janeiro de 1866, Allan Kardec escreveu, na Revista Espírita, o artigo As Mulheres têm Alma?. Nele o codificador do Espiritismo discorreu pela igualdade espiritual de homens e mulheres, suas diferenças físicas e encerrou com a seguinte afirmação:
“Com a Doutrina Espírita, a igualdade da mulher não é mais uma simples teoria especulativa; já não é uma concessão da força à fraqueza, mas um direito fundado nas próprias leis da Natureza. Dando a conhecer essas leis, o Espiritismo abre a era da emancipação legal da mulher, como abre a da igualdade e da fraternidade.”
E para finalizarmos este texto, em que reafirmamos a validade das lutas pacíficas pelos direitos de igualdade das mulheres, relembramos o discurso da apresentadora estadunidense Oprah Winfrey, em sua homenagem na premiação do Globo de Ouro, que foi marcado pelos protestos contra assédio sexual na indústria do cinema de Hollywood. Oprah finalizou relembrando o movimento online em que mulheres compartilharam casos de abuso com a hashtag #metoo.
“Que as meninas assistindo esta noite saibam que um novo dia está chegando. Quando esse dia chegar, será por que muitas mulheres magnificas, muitas que estão aqui nesta noite, e homens fenomenais, que as ajudaram, lutaram para serem os líderes que conduziram esse tempo em que ninguém mais precisa dizer ‘me too” (eu também)”
TV MUNDO MAIOR | Ricardo Guelfi de Souza-

Fonte: Chico de Minas Xavier

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

“ A PRECE PODE ALTERAR OS DESÍGNIOS DE DEUS?

Recorda Kardec que a prece é recomendada por todos os Espíritos. Renunciar a ela é ignorar a bondade de Deus; é rejeitar para si mesmo a sua assistência; e para os outros, o bem que se poderia fazer. [1] O Cristo instruiu: “por isso vos digo: todas as coisas que vós pedirdes orando, crede que as haveis de ter, e que assim vos sucederão. ” [2]
A prece se reveste de características especiais, pois a par da medicação ordinária, elaborada pela Ciência, o magnetismo nos dá a conhecer o poder da ação fluídica e o Espiritismo nos revela outra força poderosa na mediunidade curativa e a influência da oração. O Codificador, ao emitir seus comentários na questão 662 de O Livro dos Espíritos, afirma que “o pensamento e a vontade representam em nós um poder de ação que alcança muito além dos limites da nossa esfera corporal. A rigor, a eletricidade é energia dinâmica; o magnetismo é energia estática; o pensamento é força eletromagnética.” [3]
A imprensa tem noticiado que médicos e instituições hospitalares do mundo contemporâneo já incluem nas suas rotinas, de maneira sistemática e definitiva, a prática de estimular os pacientes quanto a fortalecer a esperança, o otimismo, o bom humor e a espiritualidade (religiosidade), os pensamentos como recursos imprescindíveis no combate às doenças. Esses procedimentos funcionam como remédios para a alma, obviamente, com repercussões benéficas para o corpo físico. Isso tem sido observado, sobretudo, em centros de tratamento de doenças graves, como câncer e patologias que exigem do enfermo uma força sobre-humana.
Em 2012, o The Huffington Post informou que Andrew Newberg, diretor de pesquisa no Hospital de Thomas Jefferson e Medical College, na Pensilvânia, realizou um estudo em que scanners de cérebro de ressonância magnética confirmou as formas em que a oração e meditação afetam o cérebro humano. Sua pesquisa mostrou que quando uma pessoa é dedicada à oração, há um aumento da atividade nos lobos frontais e a área da linguagem do cérebro, conhecida por se tornar ativo durante a conversa. [4] Segundo Newberg a cura física pode ocorrer como resultado do poder da oração.
O estudo foi realizado em participantes contendo corante radioativo inofensivo injetado enquanto eles estavam em profunda oração ou meditação. Corante emigrou para diferentes partes do cérebro em que o fluxo de sangue era o mais forte. Newberg chegou à conclusão de que, independentemente da religião, a oração cria uma experiência neurológica entre pessoas. [5] Eis aqui uma questão interessante para o tema ou seja a prece coletiva.
Será que a oração coletiva é mais poderosa? Sim! Se todos os que a fazem se associam de coração num mesmo pensamento e têm a mesma finalidade, porque então é como se muitos clamassem juntos e em uníssono. “Mas que importaria estarem reunidos em grande número, se cada qual agisse isoladamente e por sua própria conta? Cem pessoas reunidas podem orar como egoístas, enquanto duas ou três, ligadas por uma aspiração comum, orarão como verdadeiros irmãos em Deus, e sua prece terá mais força do que a daquelas cem”. [6]
O pensamento é dínamo condutor da vida física para a vida espiritual, pois permite-nos estabelecer um relacionamento positivo com os espíritos que participam das atividades curadoras. Por outro lado, o pensamento também estabelece ligação a espíritos cuja presença pode ser prejudicial a nossa cura. Toda moeda tem dois lados e as leis da natureza são estradas de mão dupla. A mente é fonte de energia curativa ou de energia destruidora.
A prece sincera é, sem dúvida, um dos meios pelos quais a cura de um mal pode ser alcançada. Destarte, cremos que o assunto sobre a oração deveria ser tema de constante reflexão nos Centros Espíritas. Através dos estudos sérios são afastadas as considerações fantasiosas, puramente místicas, que impedem alcançar a sua essência e importância.
É comum surgirem aqueles que contestam a eficácia da prece, alegando que, pelo fato de Deus conhecer as necessidades humanas, torna-se dispensável o ato de orar, pois sendo o Universo regido por leis sábias e eternas, as súplicas jamais poderão alterar os desígnios do Criador. Sim, mas é através de um processo de modificação comportamental que o doente ganha forças para neutralizar a doença.
O Espiritismo busca convencer o enfermo a reorientar seu comportamento mental pela fé raciocinada, sugerindo a oração que se potencializa na ética das atitudes de caridade, da qual deve resultar um modo particular de motivação para uma vida saudável e engrandecida, muito acima dos dissabores e seduções do mundo material.
Oremos, pois e sempre!
JORGE HESSEN-Fonte: Chico de Minas Xavier
Referências Bibliográficas:
[1] Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, Rio de Janeiro: Ed. FEB 1990, cap 27;
[2] Mc, (XI: 24);
[3] Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1994, questão 662;
[4] Disponível em . Acessado em 25/08/2016;
[5] Disponível em . Acessado em 25/08/2016;
[6] Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, Rio de Janeiro: Ed. FEB 1990, cap 27.


  

“COMO NOS PROTEGER DOS DESAFETOS QUE NÃO VEMOS?

Além dos nossos desafetos do plano material, é importante que não nos esqueçamos de que, também, os temos no outro lado da vida, ou seja, na vida espiritual e, dessa forma, é prudente desde já buscarmos entrar em contato com os nossos irmãos que, por quaisquer motivos, não têm conosco uma boa convivência em nossa atual romagem terrena para, se possível, desfazermos os motivos de tais desarmonias e guiar-nos pelas instruções do Mestre de Nazaré, a fim de que façamos nossos acertos enquanto estamos a caminho com eles e não aumentemos assim ainda mais o número deles no outro lado da vida.
A Doutrina Espírita esclarece-nos que espíritos equivocados e ignorantes existem em grande número e nos influenciam, a todo o instante, donde precisamos estar bastante atentos para não nos levarmos por suas maléficas influências.
Informam-nos os Instrutores da Espiritualidade Superior que alguns desses nossos irmãos, em estado de total desrespeito por tudo e por todos, não se deixam influenciar nem mesmo diante da invocação do nome de Deus, nosso Pai, e que somente aqueles que possuem elevado conceito de moralidade poderão obter resultado positivo diante dessas criaturas infelizes, exatamente porque já vivenciam os ensinamentos do mestre de Nazaré em pensamentos, palavras e obras, trabalhando, incansavelmente, pelo alastramento e implantação do bem no coração dos seus irmãos, ajudando a levantar os caídos na estrada da vida, única condição de impor respeito ante essas entidades perversas e ignorantes.
Em O Evangelho Segundo o Espiritismo encontramos as instruções dos Imortais da Vida Maior sobre o assunto conforme segue:
Os desafetos desencarnados
“Ainda outros motivos tem o espírita para ser indulgente com os seus inimigos. Sabe ele, primeiramente, que a maldade não é um estado permanente dos homens; que ela decorre de uma imperfeição temporária e que, assim como a criança se corrige dos seus defeitos, o homem mau reconhecerá um dia, os seus erros e se tornará bom.
Sabe também que a morte apenas o livra da presença material do seu inimigo, pois que este o pode perseguir com o seu ódio, mesmo depois de haver deixado a Terra; que assim a vingança, que tome falha ao seu objetivo, visto que, ao contrário, tem por efeito produzir maior irritação, capaz de passar de uma existência a outra. Cabia ao Espiritismo demonstrar, por meio da experiência e da lei que rege as relações entre o mundo visível e o mundo invisível, que a expressão: extinguir o ódio com o sangue é radicalmente falsa, que a verdade é que o sangue alimenta o ódio, mesmo no além-túmulo. Cabia-lhe, portanto, apresentar uma razão de ser positiva e uma utilidade prática ao perdão e ao preceito do Cristo: Amai os vossos inimigos. Não há coração tão perverso que, mesmo a seu mau grado, não se mostre sensível ao bom proceder. Mediante o bom procedimento, tira-se, pelo menos, todo pretexto às represálias, podendo-se até fazer de um inimigo um amigo, antes e depois de sua morte. Com um mau proceder, o homem irrita o seu inimigo, que então se constitui instrumento de que a justiça de Deus se serve para punir aquele que não perdoou.
Pode-se, portanto, contar, inimigos assim entre os encarnados, como entre os desencarnados. Os inimigos do mundo invisível manifestam sua malevolência pelas obsessões e subjugações com que tanta gente se vê a braços e que representam um gênero de provações, as quais, como as outras, concorrem para o adiantamento do ser, que, por isso, as deve receber com resignação e como consequência da natureza inferior do globo terrestre. Se não houvesse homens maus na Terra, não haveria Espíritos maus ao seu derredor. Se, conseguintemente, se deve usar de benevolência com os inimigos encarnados, do mesmo modo se deve proceder com relação aos que se acham desencarnados.
Outrora, sacrificavam-se vítimas sangrentas para aplacar os deuses infernais, que não eram senão os maus Espíritos. Aos deuses infernais sucederam os demônios, que são a mesma coisa. O Espiritismo demonstra que esses demônios mais não são do que as almas dos homens perversos, que ainda se não despojaram dos instintos materiais; que ninguém logra aplacá-los, senão mediante o sacrifício do ódio existente, isto é, pela caridade; que esta não tem por efeito, unicamente, impedi-los de praticar o mal e, sim, também o de os reconduzir ao caminho do bem e de contribuir para a salvação deles.
É assim, que o mandamento “Amai os vossos inimigos não se circunscreve ao âmbito acanhado da Terra e da vida presente; antes, faz parte da grande lei da solidariedade e da fraternidade universais”. (1)
O Evangelho de Jesus é um acervo de ensinamentos inigualáveis pelo qual o Mestre exorta- nos, carinhosamente, à prática do bem e da caridade em prol do nosso próprio crescimento moral espiritual e em benefício do nosso relacionamento com o nosso semelhante. Ensina-nos a ser bons e caridosos, porque essa é a chave dos céus que temos a nossa disposição, à espera de uma simples, inteligente e importante decisão de utilizá-la. Alerta-nos para a realidade de que toda felicidade que almejamos desfrutar na vida, está contida na máxima “amai-vos uns aos outros”.
Jesus ensina com suas palavras e acima de tudo pelos seus exemplos que ninguém jamais conseguirá elevar-se às altas regiões espirituais sem a ação de auxílio ao próximo, pois somente através do trabalho na caridade ser-nos-á possível encontrar paz e consolação, deixando para trás os caprichos danosos e equivocados do egoísmo que há milênios tem-nos escravizado, abrindo, dessa forma, o caminho que nos levará ao encontro com a felicidade que só o dever retamente cumprido nos proporciona.
“A caridade é, em todos os mundos, a eterna âncora de salvação; é a mais pura emanação do próprio Criador; é a sua própria virtude, dada por ele à criatura. Como desprezar essa bondade suprema? Qual o coração, disso ciente, bastante perverso para recalcar em si e expulsar esse sentimento todo divino? Qual o filho bastante mau para se rebelar contra essa doce carícia: a caridade?” (2)
FRANCISCO REBOUÇAS-  Fonte: Chico de Minas Xavier
Referências Bibliográficas:
(1) O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. XII, itens 5 e 6;

(2) O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. XIII, item 12.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

“UM JOVEM SUBJUGADO POR UM ESPÍRITO ALCOÓLATRA. ”

Certa vez, eu, Sr. Rubens e mais dois amigos, encontrávamo-nos em frente do Kardec conversando sobre assuntos diversos. A reunião pública do domingo havia terminado e todas os frequentadores já tinham se ausentado.
Estávamos nos despedindo quando um carro em alta velocidade parou e dois jovens que estavam na frente do veículo desceram assustados, pedindo socorro ao amigo que estava deitado no banco de trás. Paulo (nome fictício) apresentava todas as características de forte embriaguez. Não conseguia sequer articular palavras e quando tentava eram ininteligíveis.
Seus amigos nos informaram que ele viera de São Paulo passar o feriado prolongado daquela semana em Rio Preto e que, de repente, ficara embriagado. Que Paulo, em desespero e com muita dificuldade, havia lhes dito para procurar um Centro Espírita. E lá estavam buscando socorro.
Sr. Rubens pediu aos rapazes que o carregassem (sim, porque Paulo não conseguia ficar em pé e andar) até à sala de passes para o atendimento. Foi penoso ver aquele jovem naquela situação. Seus amigos quase não conseguiram retirá-lo do assento de trás do carro, pois Paulo não conseguia levantar-se sozinho e se encontrava quase sem consciência.
Nesse momento eu perguntei ao Sr. Rubens se poderíamos acompanhá-los a fim de colaborarmos nos passes. Sr. Rubens agradeceu e disse que cuidaria sozinho do caso.
Desceram, então, Sr. Rubens, Paulo e seus dois amigos carregando Paulo até a sala de passes.
Eu e os demais trabalhadores continuamos à frente do Kardec aguardando o desfecho bem como a postos para qualquer ajuda ao caso.
Dez minutos se passaram….. Após o afastamento temporário da entidade, Paulo e Sr. Rubens aparecem conversando descontraidamente como se nada houvera acontecido. Surpreendeu-me o novo estado do jovem. Apresentava-se, agora, como todos nós, sem apresentar qualquer sintoma de embriaguez. Articulava perfeitamente as palavras com total lucidez e explicava seu caso.
Estava sendo atendido por uma casa espírita de São Paulo. O Espírito que o assediava era alcoólatra e todas as vezes que se ligava mais fortemente a ele, médium natural, apresentava todos os sintomas da embriaguez. Não conseguia, ainda, dominar a ação do obsessor.
Sr. Rubens, então, orientou-o e, dentre outras recomendações, disse que ele não podia em hipótese alguma ingerir bebida alcoólica.
Nesse momento os dois jovens que o acompanhavam disseram que ele havia tomado apenas meio copo de cerveja quando caiu no chão e apresentou aquele quadro.
Mas Paulo não podia ingerir qualquer quantidade de álcool, mesmo que diminuta, um gole sequer, pois imediatamente estabelecia a sintonia com a entidade espiritual. O álcool funcionava como uma espécie de “gatilho” para a ação da entidade.
Os jovens se despediram agradecendo a ajuda e foram embora alegres e aliviados.
Até aquele momento eu não havia presenciado algo parecido. Sabia, através de relatos, que os médiuns umbandistas, sob ação de algumas entidades, bebiam garrafas inteiras de pinga e quando saíam do transe nada sentiam. Era como se tivessem ingerido água.
No caso de Paulo, ocorria o inverso. Mesmo sem ingerir álcool ele “ficava embriagado” porque o espírito que o assediava era alcoólatra e se satisfazia absorvendo os vapores da bebida através de encarnados afins, que encontrava facilmente em bares e outros locais. Quando se aproximava e conseguia sintonia com Paulo, já se encontrava “bêbado”, deixando o médium com todas as sensações e aparências da embriaguez.
Tratava-se de um caso de subjugação espiritual, caso avançado de obsessão.
Como nos ensina Kardec: “A obsessão é a ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais”.
KARDEC RIO PRETO | Fernando Rossit

Fonte: Chico de Minas Xavier

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...