“Queria
poder dizer que estou numa idade em que aprendi a viver.
Mas
ainda não cheguei a este ponto.
Aprendi
algumas coisas, sim.
Outras,
trazem uma luta enorme dentro de mim,
e
não sei quantas quedas e quantos levantares serão necessários para
que eu aprenda.
Mas
não desisto!
Parece
que estou na idade da razão, mas percebo
que
não existe idade para isso.
Nem
sempre tenho razão.
Nem
sempre sei o que fazer.
Sou
e serei, até o último minuto,
Um
aprendiz da vida.
Dizem
que perdoar é esquecer e eu não sei ainda
onde
encontrar esta borracha
que
apaga vivências doloridas ou curativos
que
cubram feridas que nunca se fecham.
No
meu ver, perdoar é compreender,
aceitar,
e seguir adiante. É poder olhar nos olhos daquela pessoa novamente,
e se precisar, dar a mão
sem
sentimento de sacrifício.
Raras
são as pessoas que alcançam o dom do perdão,
mas
não é impossível.
Quando
pensamos que sabemos tudo, porque vivemos um certo número de anos,
temos
que
admitir que vivemos em outra época, com outros valores e que nossas
certezas
de
antes, nem sempre cabem nos dias de hoje.
Nossos
filhos nos lembram disso a cada instante.
São
eles nossos melhores mestres,
ao
contrário do que se pensa.
Em
tudo que fizemos ou dizemos, nosso exemplo
vale
mais do que todas as palavras.
As
crianças ouvem muito mais que parecemos,
que
o que dizemos.
É
assim também com os que precisam
de
nosso apoio.
Cada
um de nós absorve acontecimentos
de
maneira diferente.
Porque
não vivi algo de um jeito, não obrigo
ninguém
a viver da mesma forma.
Aprender
a respeitar a dor alheia, é respeitar
a
individualidade do ser humano.
O
medo do sofrimento do amor, nos afasta das
pessoas
que mais nos amam.
Muito
do que chamamos de imprevisto e coincidência,
é
a mão de Deus interferindo
em
nossas vidas.
Devemos
pensar então, duas vezes antes de reagir
mal
a algo que contraria nossos planos.
O
passar do tempo nos traz a experiência, mas a sabedoria vem de
maneira diferente.
Ela
chega com a vivência, entendimento, compreensão e aceitação das
adversidades.
Meu
maior medo é acreditar sobre o que dizem a meu respeito. Isso me
destruiria.
Devo
sempre saber quem sou e nunca me esquecer
daquele
que me criou.
Aprender
a vida, é reconhecer-se aluno eterno,
com
as somas, as diminuições
e
ciências do dia a dia.
É
chegar no fim do dia e fazer planos para o dia seguinte e, se preciso
for, recalcular, rever,
repensar
e recomeçar.”
Letícia
Thompson
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