“A felicidade é
contagiante”, é mais que uma simples expressão de alegria. É uma verdade
cientificamente comprovada, segundo os americanos James Fowler, professor de
ciência política da Universidade da Califórnia, e Nicholas Christakis,
professor de sociologia na Universidade de Harvard. Juntos, Fowler e Christakis
comandaram um estudo entre 1983 e 2003, com 4.739 pessoas, conforme artigo
publicado na revista acadêmica British Medical Journal em novembro passado. O
resultado é que, como um vírus, a felicidade é transmitida por até três graus
de separação. Dessa forma, você pode se contagiar com a felicidade do amigo do
amigo do seu amigo, e vice-versa. Com o objetivo de comprovar a importância das
redes de relacionamento na propagação e manutenção da alegria, os pesquisadores
constataram que o contentamento se espalha pela comunicação entre parceiros,
irmãos e vizinhos próximos.
“A pessoa tem 42% mais chances de ser feliz se um amigo que
vive a menos de 800
metros de distância tornar-se feliz”, afirmam no estudo.
“Em contrapartida, o efeito é apenas 22% para os amigos que vivem a menos de 3,2 quilômetros de
distância, e tende a diminuir e deixar de ser significativo em distâncias
maiores”, concluem. De acordo com o levantamento, uma pessoa tem 15% mais
chances de usufruir da sensação se estiver em conexão direta com alguém feliz.
As chances reduzem para 10% se um amigo do amigo estiver alegre e para 6% se a
felicidade é gerada por um amigo do amigo do amigo. Mas os pesquisadores
destacam que os efeitos não foram avaliados entre colegas de trabalho.
E a teoria dos americanos não para por aí. Para eles, a
qualidade do relacionamento é muito mais importante que a quantidade de pessoas
que formam essa rede. “O estado emocional das relações sociais de uma pessoa é
mais importante para o próprio estado emocional do que o número total desses
relacionamentos”, dizem na pesquisa. Portanto, quem é rodeado por pessoas
felizes é mais propenso a viver melhor. Outra boa notícia é que a infelicidade
tem uma capacidade bem menor de se expandir nas redes de relacionamento. Você
será mais influenciado pela felicidade do que pela infelicidade do amigo, e
vice-versa. “O número de amigos felizes parece ter um efeito mais confiável
sobre a sua felicidade, do que o número de amigos infelizes”, dizem.
Contagie
Transmitir felicidade a alguém é muito fácil e
recompensador, além de ser a nossa grande missão na Terra. O segredo está em
fazer de cada momento uma oportunidade para vivenciar esse sentimento e,
conseqüentemente, contagiar alguém. O primeiro passo está em respeitar a
individualidade e as escolhas do outro. Deixe de condenar as atitudes das
pessoas e passe a vibrar pela felicidade delas, mesmo que vocês não tenham
afinidade. Lembre-se que o fato de você não querer conviver com o outro, não
significa que deva hostilizá-lo. Em casa, faça com que seus familiares sejam
felizes com a sua presença, e não com a sua ausência. Para aqueles familiares
mais distantes, transmita seu amor através do seu interesse e preocupação junto
a cada um deles.
Já no ambiente de trabalho, dê a sua contribuição por meio
de cooperação, solidariedade e bom humor. Caso tenha prestadores de serviços,
trate-os com respeito, admiração e igualdade. A um amigo ou parente doente,
transmita-lhe a certeza de que ele pode, se quiser, curar a si mesmo. E não se
esqueça de manifestar amor também aos desconhecidos, ajudando sempre que
possível em causas sociais. Para gerar felicidade, você precisa ter em mente
que a felicidade é possível, sempre acreditando que este sentimento é um estado
natural do ser humano e que você está destinado a ele. Acima de tudo, acredite
que ao se sentir amado pela inteligência suprema do universo, manifestará
auto-amor e amará ao outro como a si mesmo.
São José do Rio Preto, 4 de outubro de 2009
Por: Rita Fernandjes "REVISTA BEM-ESTAR
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