As dificuldades de qualquer natureza são sempre pedras
simbólicas, asfixiando-nos as melhores esperanças do dia, do ideal, do trabalho
ou do destino, que recebemos na glória do tempo.
É necessário saber tratá-las com prudência, serenidade e sabedoria.
Há diversos modos de considerar os obstáculos, removendo-os
ou aproveitando-os.
O preguiçoso recebe os calhaus da luta e estende-se no
caminho, sucumbindo ao seu peso. É o espírito desanimado, indolente e
enfermiço.
O desesperado, em se sentindo sob os granizos da sorte,
confia-se à intemperança mental e atira-os ao viandante inocente ou à porta de
companheiros inofensivos. É o espírito indisciplinado, renitente e impulsivo,
que sabe apenas ferir o próximo ou denegri-lo com atitudes impensadas ou
levianas.
O homem inteligente, todavia, recebe as pedras da
experiência e, ainda mesmo sangrando as mãos ou o coração, recolhe-as,
cuidadoso, valendo-se delas para a confecção de utilidades ou para a construção
de edifícios consagrados ao agasalho, ao reconforto ou à benemerência, em favor
dele mesmo, e de quantos o acompanham na marcha evolutiva.
Ninguém passará ileso nos caminhos do mundo.
As pedras da incompreensão e da dor, no ambiente comum da
existência carnal, chovem sobre todos.
Do entendimento e da conduta de cada um dependerão a
felicidade ou o infortúnio, na laboriosa romagem terrestre.
Psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier (Chico
Xavier) pelo espírito Emmanuel.
Mensagem extraída do livro Vida em Vida, editora IDEAL.
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