A passagem dos Espíritos pela vida corporal é necessária para que eles possam
cumprir, por meio de uma ação material, os desígnios cuja execução Deus lhes
confia. É-lhes necessária, a bem deles, visto que a atividade que são obrigados
a exercer lhes auxilia o desenvolvimento da inteligência. Sendo soberanamente
justo, Deus tem de distribuir tudo igualmente por todos os seus filhos; assim é
que estabeleceu para todos o mesmo ponto de partida, a mesma aptidão, as mesmas obrigações a cumprir e a mesma liberdade de proceder. Qualquer
privilégio seria uma preferência, uma injustiça. Mas, a encarnação para todos
os Espíritos, é apenas um estado transitório. E uma tarefa que Deus lhes impõe,
quando iniciam a vida, como primeira experiência do uso que farão do livre-arbítrio.
Os que desempenham com zelo essa tarefa transpõem rapidamente e menos
penosamente os primeiros graus da iniciação e mais cedo gozam do fruto de seus
labores. Os que, ao contrário, usam mal da liberdade que Deus lhes concede
retardam a sua marcha e, tal seja a obstinação que demonstrem, podem prolongar
indefinidamente a necessidade da reencarnação e é quando se torna um castigo.
Para o Espírito do selvagem, que está apenas no início da vida espiritual, a encarnação é um meio de ele desenvolver a sua inteligência; contudo, para o homem esclarecido, em quem o senso moral se acha largamente desenvolvido e que é obrigado a percorrer de novo as etapas de uma vida corpórea cheia de angústias, quando já poderia ter chegado ao fim, é um castigo, pela necessidade em que se vê de prolongar sua permanência em mundos inferiores e desgraçados. Aquele que, ao contrário, trabalha ativamente pelo seu progresso moral, além de abreviar o tempo da encarnação material, pode também transpor de uma só vez os degraus intermédios que o separam dos mundos superiores.
Fonte: Evangelho segundo o Espiritismo. “ALLAN KARDEC”
Para o Espírito do selvagem, que está apenas no início da vida espiritual, a encarnação é um meio de ele desenvolver a sua inteligência; contudo, para o homem esclarecido, em quem o senso moral se acha largamente desenvolvido e que é obrigado a percorrer de novo as etapas de uma vida corpórea cheia de angústias, quando já poderia ter chegado ao fim, é um castigo, pela necessidade em que se vê de prolongar sua permanência em mundos inferiores e desgraçados. Aquele que, ao contrário, trabalha ativamente pelo seu progresso moral, além de abreviar o tempo da encarnação material, pode também transpor de uma só vez os degraus intermédios que o separam dos mundos superiores.
Fonte: Evangelho segundo o Espiritismo. “ALLAN KARDEC”
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