A
moral é a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal. Funda-se
na observância
da lei de Deus. O homem procede bem quando tudo faz pelo bem de todos, porque
então o bem é tudo o que é conforme à lei de Deus; o mal, tudo o que lhe é
contrário. Assim, fazer o bem é proceder de acordo com a lei de Deus. Fazer o
mal é infringi-la.”
Jesus
disse: “Não faças aos outros o que não
quereis que te façam”
O
bem e o mal são absolutos, para todos os homens.
“A
lei de Deus é a mesma para todos; porém, o mal depende principalmente da vontade
que se tenha de o praticar. O bem é sempre o bem e o mal sempre o mal,
qualquer que seja a posição do homem. Só há diferença quanto ao grau da
responsabilidade.
As
circunstâncias dão relativa gravidade ao bem e ao mal. Muitas vezes, comete o homem
faltas, que, nem por serem conseqüência da posição em que a sociedade o
colocou, se tornam menos repreensíveis. Mas, a sua responsabilidade é
proporcional aos meios de que ele dispõe para compreender o bem e o mal. Assim,
mais culpado é, aos olhos de Deus, o homem instruído que pratica uma simples
injustiça, do que o selvagem ignorante que se entrega aos seus instintos.
Aquele
que não pratica o mal, mas que se aproveita do mal praticado por outrem,
é tão culpado quanto este, pois é como se o houvera praticado. Aproveitar do mal
é participar dele. Talvez não fosse
capaz de praticá-lo; mas, desde que, achando-o feito, dele tira partido, é que
o aprova.
Deixar
de fazer o mal por medo das conseqüências advindas é tão grave como faze-lo.
Por
isso, temos que examinar sempre a nossa
consciência., Não faço isso, não faço
determinada coisa por que tenho medo das conseqüências; ou não faço por que não concordo, acho que está errado?
Se
temos vontade de fazer algum mal a outrem e fazemos, ou não fazemos por medo
das conseqüências; isto nos mostra o quanto somos atrasados espiritualmente.
Se temos vontade de fazer e não fazemos
porque achamos errado fazer mal aos
outros, isto mostra que estamos
evoluindo, pois resistimos ao desejo de fazer o mal.
Há virtude em resistir-se voluntariamente ao
mal que se desejamos praticar, sobretudo
quando há possibilidade de satisfazermos nossos desejos. Se apenas não o praticamos
por falta de ocasião, somos tão culpado
como quem o praticou.
Mas
para agradar a Deus e assegurar a nossa posição futura, não basta que não praticamos o mal, cumpre-nos fazer o bem no limite de nossas forças, porquanto responderemos por todo mal que
haja resultado de não termos praticado o bem.
Não há
quem não possa fazer o bem. Somente o egoísta nunca encontra ensejo de o praticar.
Basta que se estejamos em relações com
outras pessoas para que se tenhamos ocasião de fazermos o bem, e não há dia da
existência que não ofereça, a quem não se ache cego pelo egoísmo, oportunidade
de praticá-lo. Porque, fazer o bem não consiste, para o nós apenas em ser
caridoso, mas em ser útil, na medida do possível, todas as vezes que o nosso
concurso venha a ser necessário.
“O
mérito do bem está na dificuldade em praticá-lo. Nenhum
merecimento há em fazê-lo
sem esforço e quando nada custe. Em melhor conta tem Deus o pobre que divide com
outro o seu único pedaço de pão, do que o rico que apenas dá do que lhe sobra,
disse-o Jesus, a propósito do óbolo da viúva.”
Fonte:
“O Evangelho Segundo o espiritismo.” “O Livro dos Espíritos”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário