Nas ocorrências da vida, nos afazeres da nossa existência,
não raro nos imaginamos surpreendidos pelo acaso, por fatos aleatórios à nossa
vontade ou ação.
Analisando superficialmente os cometimentos da vida, sempre
julgamos que aquilo que nos ocorre foi fortuito ou apenas fruto do azar ou,
algumas vezes, da sorte.
Imaginamos dessa forma que o desenrolar de nossa vida seja
aleatório e imprevisível, sem relação com nossas ações.
Se um fumante de longos anos desenvolve um enfisema pulmonar,
jamais diremos que ele teve azar na vida. Foi apenas consequência do vício a
lhe destruir lentamente o aparelho respiratório.
Se um glutão desenvolve problemas no aparelho digestivo, ou
ainda, se é acometido por problemas de colesterol ou pressão alta, logo veremos
que é resultado dos seus maus hábitos alimentares.
Se essas são relações de causa e efeito, fáceis de se
perceber, há outras, que nascem da mesma matriz, porém, que nos convidam a mais
detidas reflexões.
Nos dias em que vivemos, a própria medicina já correlaciona
hábitos emocionais com doenças que desenvolvemos.
Cada vez mais frequentemente, médicos e pesquisadores
correlacionam o câncer, as disfunções psíquicas e outros males, com nossa
postura emocional.
Outros estudiosos do comportamento humano apresentam claras
relações entre nossa personalidade ou os valores que elegemos com os males que
nos afligem, entendendo que as dificuldades do corpo são apenas o reflexo das
doenças da alma.
Podemos perceber ainda, extrapolando o campo das ciências
médicas, que outros males que nos acometem também são fruto de como nos
comportamos.
Se o egoísmo é nossa pauta de conduta, não raro a solidão
será nossa única companhia. Afinal, todo aquele que esquece do seu próximo,
acaba não sendo lembrado por ninguém.
Se a inveja é a lente pela qual enxergamos as conquistas dos
outros, o fracasso será o nosso destino. Afinal, quem perde tempo em olhar o
terreno alheio, esquece de semear na própria gleba.
Se a mentira e a falsidade são valores que nos conduzem, a
perturbação e o desequilíbrio serão companheiros inevitáveis a se instalarem em
nossa casa mental. Isso porque aquele que envereda nos labirintos do engano,
perde-se inevitavelmente a si mesmo.
Dessa forma, para que a saúde e a plenitude da vida se
instalem em nós, analisemos mais detidamente por quais valores, emoções e
comportamento estamos conduzindo nossa existência.
Ninguém na vida poderá se queixar de ser vítima de outrem, a
não ser de si mesmo. Ainda que não nos apercebamos das armadilhas em que porventura
caiamos, todas foram, direta ou indiretamente, armadas por nós mesmos.
Todo e qualquer tipo de sofrimento sempre constitui
informação da vida a respeito de algo, no indivíduo, que está necessitando de
revisão, de análise, de correção.
Vige, no Universo, a ordem, que se deriva de Deus, e toda
vez que há uma agressão ao seu equilíbrio, aquela que a desencadeia sofre-lhe o
inevitável efeito, que impõe reparação.
Quando nos disponhamos à renovação, alterando nossa conduta
emocional, muitos sofrimentos podem ser amainados ou afastados.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita, com pensamentos do cap. 18, do
livro
Iluminação Interior, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo
Pereira Franco, ed. Leal.
Em 10.8.2012.
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