Aumenta,
consideravelmente, em nossa cultura, a separação conjugal, a desunião
matrimonial, a indiferença no relacionamento afetivo.
A solidão
toma conta das criaturas tornando-as fantasmas atormentados.
Os sonhos de
uma afetividade repleta de bênçãos, constituindo uma família harmônica, cedem
lugar a verdadeiros combates domésticos, que culminam em separações
lamentáveis.
As
facilidades de relacionamentos sexuais descomprometidos, a ausência de pudor
que predomina em quase todas as esferas sociais, tornaram o amor descartável,
de breve duração e sem maturidade para suportar os desafios existenciais. É
surpreendente a ocorrência, quando sucede em uniões aparentemente seguras e
estáveis, com existência de longo prazo, apresentando-se como “falta de amor”,
desaparecimento da empatia e do interesse afetivo na comunhão conjugal.
Dilaceram-se
famílias, criam-se traumas de difícil solução em filhos imaturos que não
compreendem os problemas dos pais, nem são devidamente informados, muitas vezes
lançados pela imprevidência de um deles contra o outro. E passam a conviver com
pessoas estranhas, que substituem provisoriamente aqueles que eram o
sustentáculo da sua vida, o amor das primeiras horas, o anjo abençoado dos seus
dias.
É certo que
uma separação pacífica é muito melhor do que uma convivência litigiosa. A
verdade, porém, é outra... As separações nascem, quase sempre, de falsa
necessidade de novos parceiros, de prazeres fáceis e ligeiros, de fazer-se
parte das redes sociais...
A decadência
moral que se avoluma, assustadora, prognostica um futuro sem família, filhos
órfãos de pais vivos, desinteressados, uma sociedade sem raízes afetivas,
assinalada pelos transtornos afetivos e desajustes emocionais.
Um pouco
mais de maturidade psicológica e de amor real poderiam modificar esse
comportamento, quando as criaturas se dispam do egoísmo, do direito de posse
sobre o outro, dando-lhe o direito de ser humano e agir como tal.
DIVALDO P.
FRANCO
Professor,
médium e conferencista
Nenhum comentário:
Postar um comentário