Se a
capacidade de entrarmos em relação com o mundo espiritual e os espíritos é um
potencial que todos temos, em maior ou menor grau, o que é necessário para
entrarmos em sintonia com os guias espirituais, ou seja, com os espíritos
benfeitores?
Vejamos o
que diz um trecho do capítulo 13, do livro Nos Domínios da Mediunidade, do
espírito André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier: “Em matéria de
mediunidade, não nos esqueçamos do pensamento.
Nossa alma
vive onde se lhe situa o coração.
Caminharemos,
ao influxo de nossas próprias criações, seja onde for.
A gravitação
no campo mental é tão incisiva, quanto na esfera da experiência física.
Servindo ao
progresso geral, move-se a alma na glória do bem. Emparedando-se no egoísmo,
arrasta-se, em desequilíbrio, sob as trevas do mal. A Lei Divina é o Bem de
todos.”
Fica claro
que técnica e disciplina não bastam para nos colocar em sintonia com os
espíritos benfeitores. Se não vivermos de acordo com a lei do equilíbrio e da
harmonia, algo que só é possível desenvolvendo nossa capacidade de amar e
tornando-nos mais sábios, a cada dia, não seremos capazes de interagir com os
espíritos que já vivem essa realidade que tanto almejamos. Para haver comunicação,
deve haver sintonia. Portanto, o fenômeno mediúnico – não importa o grau –
ocorrerá sempre em conjunto com o fenômeno anímico, ou seja, conjugado com as
qualidades morais e afinidades do médium.
Então, se
você quiser receber uma inspiração da parte dos guias espirituais que
porventura lhe acompanham, ou sentir a presença dos benfeitores espirituais do
centro que você frequenta, você deve, primeiramente, trabalhar para viver, cada
vez mais, o mesmo clima interno que eles vivem.
Se você
chega no centro, seja para assistir a uma palestra ou dar passes, mas seu
estado psicoemocional está desequilibrado, os guias não conseguirão inspirá-lo.
O fenômeno telepático, que é a transmissão de ideias, entre você e os guias,
não ocorrerá. Ao contrário: talvez consiga, apenas, perceber as
formas-pensamento ou energias geradas por sua raiva, medo, arrogância,
vaidade... e que estão agregadas à sua aura. Você pode até pensar que é
“encosto”, obsessão... mas geralmente não é. É você mesmo mantendo seu
desequilíbrio.
Então, o
primeiro passo para entrar em contato consciente com os espíritos mais
esclarecidos, equilibrados, chamados “espíritos de Luz”, é você acender a Luz
dentro da sua consciência. Como? Com autoconhecimento, buscando desvendar, cada
vez mais, sua realidade interna..
A mudança de
hábitos é fundamental. Se você quer reformar algo que não está bom, não adianta
somente conhecer o ambiente e traçar planos. A execução da obra é fundamental,
senão a reforma não acontece!
Aliado ao
processo de autoconhecimento e reforma íntima, devemos realizar exercícios para
o desenvolvimento das nossas faculdades medianímicas. Entre eles, temos as
práticas bioenergéticas, a meditação, etc.
Cabe a cada
um de nós tirarmos grandes lições para o nosso crescimento, não apenas na teoria
ou dependendo de terceiros, mas por conta própria, a fim de servirmos como
ferramentas mais úteis ao progresso da humanidade.
Fonte:
Revista Cristã de Espíritismo.
Victor
Rebelo
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