Sempre que
uma alma nasce na Terra há uma lei divina que assegura a permanência de um
espírito mais puro que vem zelar por ela durante toda a sua existência física.
A vida humana seria por demais complicada, dura e tribulada se de vez em quando
não recebêssemos um influxo suave e revitalizante que vem dos seres angelicais.
Por isso,
Deus nos envia um ser espiritual que fica conosco desde o momento do nascimento
até o dia de nossa morte, e frequentemente vem nos receber até mesmo logo após
a nossa morte. Algumas vezes, o mesmo anjo guardião pode permanecer com uma
pessoa por várias existências físicas, se assim a espiritualidade superior
determinar.
Esse
espírito guardião pertence a hostes espirituais que podemos considerar como
mais elevadas nos planos cósmicos, e vem proteger os seres humanos da mesma
forma como um pai protege seus filhos. A tradição cristã os denomina de “Anjo
da Guarda”, ou “Anjo Guardião”. Outras tradições o chamam de “espírito
protetor”, “Espírito guia” ou ainda “bom gênio”. O Livro dos Espíritos de Allan
Kardec o chama de “irmão espiritual”.
Na Bíblia,
em Êxodo (23, 20) vemos escrito: “Vou enviar um anjo adiante de ti para te
proteger no caminho e para te conduzir ao lugar que te preparei”. O Anjo
Guardião quase sempre está conosco, mesmo que não nos demos conta de sua
presença. Ele nos ampara, protege e auxilia nos melhores e nos piores momentos
de nossa vida. As principais formas de auxílio que eles podem nos dar é nos
sugerir bons pensamentos, nos guiar pelos caminhos tortuosos da existência
mundana, nos conceder por vezes um influxo espiritual renovador, além de nos
dar força, coragem, determinação e alento nos momentos mais cruciais.
Ninguém deve
acreditar que o anjo da guarda ou espírito protetor nos retira de uma provação.
Sua missão perante seus protegidos é apenas de contribuir com o bom andamento
da vida humana para que, tanto quanto lhe seja possível, o ser humano possa
superar todos os obstáculos que a vida o impõe. Ninguém deve acreditar que o
espírito guia vai nos segurar no colo e nos fazer atravessar a lama que
deveríamos cruzar pelos nossos próprios meios. Ele apenas zelará por nós para
que as adversidades que precisamos viver sejam concluídas com sucesso.
Geralmente o
espírito guardião opta em zelar por aqueles que lhe são caros, e que talvez já
sejam seus conhecidos de vidas passadas. Os espíritos se unem quase sempre por
uma questão de afinidade e sintonia de vibrações. Com os anjos guardiões
funciona da mesma forma. Alguns espíritos guardiães podem gostar da tarefa que lhes
foi incumbida e que concordaram desempenhar. Outros podem encarar mais como um
dever do que como uma atribuição agradável.
O espírito
guardião estará mais ou menos próximo de nós dependendo de como nós mesmos
agirmos. No caso de nos envolvermos com situações degradantes, como vícios,
apegos, paixões mundanas ou causar mal a outras pessoas, os espíritos
protetores podem se afastar por um tempo indeterminado. Antes disso, eles vão
fazer de tudo para que retornemos ao caminho do bem e a trajetória correta de
nossa encarnação. Mas se ignoramos os conselhos que eles nos sopram e se
preferirmos a presença dos espíritos imperfeitos e degenerados, eles podem não
encontrar brechas para atuar sobre nós e se afastam. Mas esse afastamento não é
total, pois um espírito guardião não pode nos deixar completamente, por pior
que seja uma pessoa, ele apenas pode não conseguir mais agir sobre nós.
Algumas
vezes os seres humanos criam uma casca densa de negatividade em sua aura, e
isso pode ser uma verdadeira barreira para os espíritos protetores. Não
conseguindo mais contato conosco, eles aguardam até que nossa consciência se
reencontre, muitas vezes através da dor, para que eles possam retomar seu
trabalho com seus protegidos. Mas é justamente se aproveitando desses momentos
de dor e desespero, onde os homens se cansam de um padrão de comportamento que
os faz sofrer, que os anjos guardiões podem restabelecer uma alma que havia se
transviado.
Da mesma
forma que os espíritos trevosos se aproveitam de nossos momentos de fraqueza
para nos rebaixar e assim nos controlar, os anjos guardiões aproveitam-se dos
momentos em que nossas forças se extinguiram, e pedimos o auxílio de algo maior
em nossa vida. Nesse momento eles encontram uma brecha para voltar a atuar em
nós e nos ajudar a retomar o caminho do desenvolvimento espiritual.
Ninguém deve
invocar o anjo guardião ou tentar contato com ele para pedir banalidades, ou
para que eles nos ajudem em tarefas que cabem a nós mesmos. Todos aqueles que
se inclinam à prática do bem encontram espíritos bons que visam auxilia-lo no
caminho de Deus. Portanto, a melhor forma de nos harmonizar com nosso espírito
guardião é uma vida de pureza e benevolência.
Autor: Hugo
Lapa
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