Hoje a onda
é alimentação saudável. Corta açúcar, malha, deixa refrigerante de lado,
evita-se gorduras saturadas... As academias nunca contaram com tantos adeptos e
até o futebol entrou na onda. Tudo muito profissional. Hoje nem tem espaço para
“boleiros”, ou o cara entra no esquema de cuidar do corpo ou tá fora. Regimes,
dietas, nutricionistas a postos. Tudo para uma boa qualidade de vida.
Colesterol controlado, doenças cardiovasculares afastadas... Opa! Doenças cardiovasculares
afastadas? Nem tanto. Ainda morremos um
bocado do coração, AVC e enfermidades irmanadas.
É claro,
todavia, que o corpo agradece todos os cuidados que temos com ele. E responde
bem, mas deve-se considerar que não somos apenas um corpo físico.
E se o corpo
carece de boa alimentação, o psiquismo também necessita. E é bem ai que a coisa
começa a pegar. Passe pelas redes sociais, ligue a televisão, veja a internet e
perceberá o que digo. Não sabemos nos alimentar psiquicamente. Deveria existir
nas universidades um curso de nutrição psíquica, que, aliás, foi dado por Allan
Kardec no século XIX quando descortinou as relações entre os visíveis e
invisíveis.
E diz o
nobre pensador francês em A Gênese, cap XIV, que os maus pensamentos corrompem
os fluidos espirituais como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável.
Repare como
Kardec tem razão. Quando há uma desavença doméstica o ambiente fica pesado, não
raro as pessoas sentem-se mal e têm até dificuldade de raciocinar. E por que
isto ocorreu? Porque o ambiente está envenenado psiquicamente. Chegue próximo à
uma pessoa que só reclama, conviva com ela, fique bem próxima e perceba como o
ambiente ao seu lado está constantemente denso, pesado, desagradável.
Por isso
vale questionar:
Será que
cuidamos do psiquismo? Será que cuidamos do psiquismo das nossas crianças?
Filho, diz o
pai, você tem de ser o melhor, sempre o melhor.
É sua
obrigação passar no vestibular, porquanto estudou em escola particular.
Não, meu
filho, nada de escolher esta profissão pois não dá dinheiro e você precisa ser
alguém na vida.
Já vi muito
isso acontecer. E quando não “atropelamos os filhos” fazemos com nós mesmos.
Estou com
pressa.
Não tenho
tempo.
A vida anda
corrida.
Culpa do
governo.
O mundo é
dos espertos.
Teori foi
assassinado.
Elvis não
morreu.
É pressão
para todo lado, são maus pensamentos em todos os instantes o que, claro, polui
E, então,
passamos a alimentar nosso psiquismo com “porcarias”. Engordamos. Ficamos mais
pesados, mundo trovejando, vida complicada. Estresse, remédio para insônia,
reclamações contumazes...
Bons livros,
pensamentos edificantes, conversas amenas, estudo do Espiritismo e troca de
experiências agradáveis são algumas das "alimentações saudáveis" para
a mente a colaborar com um mundo mais saudável psiquicamente.
É preciso,
pois, haver equilíbrio em nosso estilo de vida, caso contrário, teremos um
corpo legal mas viveremos estressados, negativos, perturbados e, pior, com
síndrome de perseguição.
Eis o ponto:
cuidar do corpo sem esquecer-se da mente, da alimentação psíquica saudável.
É como dizia
nosso Shakespeare:
“Há mais
coisas entre o céu e as células do que sonha nossa vã filosofia”.
Wellington
Balbo – Salvador BA. Rede amigo Espírita
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