A temática
não é nova. Mas, toda vez que é abordada, há sempre quem surja com a tão
desgastada frase: Ninguém voltou do lado de lá para dizer que está vivo.
Quem assim
repete o jargão, não se dá conta ou possivelmente ignora que as comunicações
dos chamados mortos ocorrem todos os dias, sob as nossas vistas, ao nosso
redor.
São inúmeros
os casos dos que retornaram após a morte do corpo físico, testemunhando que a
vida prossegue. E abundante.
São
familiares, afetos que, através de sinais irrecusáveis, se dão a conhecer aos
mais íntimos.
Ou
simplesmente amigos, conhecidos, alguém que deseje auxiliar a outrem.
Em 1943, um
ex-piloto da Força Aérea Inglesa, de nome Robert Gislepie, fazia treinamento
com uma tripulação de alunos, sobre o mar da Irlanda.
Certa noite,
recebeu uma ordem para verificar o que havia acontecido com um avião que vinha
do Canadá.
Seguiu com
seus alunos, sem tardar e uma hora e meia depois chegaram exatamente ao local
onde havia ocorrido o último contato pelo rádio com o avião canadense.
Por causa do
forte nevoeiro, eles voavam sem visibilidade alguma. Por isso decidiram
retornar. Se nada viam, como procurar?
Então um dos
motores falhou. O gelo começou a se formar nas asas do aparelho.
Gislepie
pensou em baixar a altitude para se livrar do gelo. Mas, se fizesse isso,
deveria voar sobre o mar, a fim de evitar as montanhas. Tal atitude aumentaria
a rota. E a gasolina era pouca.
O que fazer?
Era o seu dilema.
De repente,
sentou-se ao seu lado um aluno e lhe disse: Mantenha a altitude. Logo vamos ter
uma modificação de temperatura.
O instrutor
acatou a orientação. Logo mais, o avião estava fora de perigo.
Com alegria,
Gislepie pediu ao jovem que agradecesse à base a instrução, pois pensou que ele
tivesse recebido orientação do pessoal de terra.
Foi então
que o rapaz olhou para ele e falou:
Meu nome é
Ken. Ken Russel. Se não precisa mais de mim vou voltar...
E
desapareceu sob o olhar espantado do piloto.
Alguns dias
depois, conversando com os seus alunos, Gislepie apontou um deles e disse:
Você deve
ser Ken Russel. É muito parecido.
Não, foi a
resposta. Eu sou Tony Russel. Ken Russel é meu irmão.
Ele morreu
naquela noite em que fomos procurar o avião canadense. O avião em que estava
caiu no mar e ele morreu.
Nem é
preciso dizer do espanto do piloto.
Ele fora
auxiliado por um morto.
À semelhança
desse fato, existem outros muitos. Os que morreram, estão vivos. E se
interessam pelos que ficaram.
Até mesmo
por aqueles com quem não têm ligação afetiva. E se comunicam, testemunhando que
ninguém morre de verdade. Só o corpo físico perece.
O Espírito
prossegue a viver e se interessa pelo que sempre constituiu a sua preocupação e
seus cuidados enquanto no corpo carnal.
A morte é
sempre a chave que desata o perfume da vida. Não há morte, em essência. Tudo é
recriação.
A morte
simplesmente revela a vida mais amplamente.
Pense nisso.
Redação do
Momento Espírita
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