Cópia da
foto de Sheilla, tirada em reunião de materialização, realizada com o saudoso
médium Peixotinho, na cidade de Campos, Rio de Janeiro.
Os traços
fisionômicos de Sheilla na fotografia são entusiasticamente confirmados por Dª
Maria Augusta de Holanda Fontes, que participou da reunião de materialização
realizada com a presença de Peixotinho, em Fortaleza, Ceará, e que chegou a
tocar nas tranças de Scheilla.
Scheilla
nasceu na Alemanha e desencarnou por ocasião do primeiro bombardeio da RAF em
Berlim, na 2 Grande Guerra Mundial, soterrada em pleno desempenho de sua função
de enfermeira, em um abrigo de crianças.
Ao se
reposicionar no mundo espiritual, optou por atuar no Brasil, onde se
encontravam seus afins, inclusive o médium Peixotinho.
"O
mundo se encontra cheio de coisas materializadas, em todas as faixas de vida.
No entanto, os Espíritos Superiores empenham-se em se materializarem, quando
oportuno, para os homens, para que eles vejam e despertem para a fé na vida,
que continua sempre, nas variadas dimensões do existir.
"Quantas
vezes tivemos a felicidade de pegar nas mãos humanas, fazendo-nos visíveis para
os nossos irmãos da Terra, saudando-os com o nosso gesto de alegria,
complemento divino do amor".
"Muitos
duvidaram da nossa presença, mas muitos ainda conservam na lembrança e no
coração a nossa palavra, como serva de Jesus.
Mesmo com
nossas deficiências, o nosso ideal era e é de servir, com prazer de ser
útil".
IRMÃ
SCHEILLA
ENCARNAÇÕES
ANTERIORES
Tem-se
notícias apenas de duas encarnações de Scheilla: uma na França, no século XVI,
e outra na Alemanha.
Na
existência francesa, chamou-se Joana Francisca Frémiot, nascida em Dijon a
28/01/1572 e desencarnada em Moulins a 13/12/1641.
Ficou
conhecida como Santa Joana de Chantal (canonizada em 1767) ou Baronesa de
Chantal. Casara-se, aos 20 anos, com o Barão de Chantal. Tendo muito cedo
perdido seu marido, passou a dedicar-se à obras piedosas e orações, juntamente
com os deveres de mãe para com seus 4 filhos.
Fundou, em
1604, juntamente com o Bispo de Genebra, S. Francisco de Salles, em Annecy, a
congregação da Visitação de Maria, que dirigiu como superiora, em Paris. Em
1619, Santa Joana de Chantal deixou o cargo de superiora da Ordem de Visitação
e voltou a Annecy, onde ficava a casa-mãe da Ordem. A 13 de dezembro de 1641
ela veio a falecer.
A outra
encarnação conhecida de Scheilla, verificou-se na Alemanha. Com a guerra no
continente Europeu, aflições e angústias assolaram a cidade de Berlim, na
Alemanha, onde Scheilla atuava como enfermeira. Seu estilo simples, sua
meiguice espontânea, muito ajudavam em sua profissão. Bonita, tez clara, cabelo
muito louro, que lhe davam um ar de graça muito suave. Seus olhos,
azuis-esverdeados, de um brilho intenso, refletiam a grandeza de seu Espírito.
Estatura mediana, sempre com seu avental branco, lá estava Scheilla, preocupada
em ajudar, indistintamente. Esquecia-se de si mesma, pensava somente na sua responsabilidade.
Via primeiro a dor, depois a criatura... Numa tarde de pleno combate,
desencarna Scheilla, a jovem enfermeira. Morria no campo de lutas, aos 28 anos
de idade.
Muitos anos
depois, surgia nas esferas superiores da espiritualidade, com o seu mesmo
estilo, aprimorado carinho e dedicação, Scheilla, a Enfermeira do Alto!
TRABALHO
ESPIRITUAL NO BRASIL
Tudo indica
que Scheilla vinculou-se, algum tempo após a sua desencarnação em terras
alemãs, às falanges espirituais que atuam em nome do Cristo, no
Brasil.Atualmente nossa querida Mentora trabalha na Espiritualidade, juntamente
com Cairbar Schutel, Coordenador Geral da Colônia Espiritual Alvorada Nova.
Scheilla desenvolve um trabalho forte e muito amplo, com dedicação ímpar,
coordenando quatorze equipes que formam o Conselho da Casa de Repouso, o qual
se reúne periodicamente, decidindo às questões pertinentes.
Conta-nos R.
A. Ranieri que, numa das primeiras reuniões de materialização, iniciadas em
1948 pelo médium “Peixotinho”, surgiu a figura caridosa de Scheilla. Em Belo
Horizonte, marcou-se uma pequena reunião que seria realizada com a finalidade
de submeter a tratamento Dona Ló de Barros Soares, esposa de Jair Soares. No
silêncio e na escuridão surgiu a figura luminosa de mulher, vestida de tecidos
de luz e ostentando duas belas tranças, era Scheilla. Nas mãos trazia um
aparelho semelhante a uma pedra verde-claro, ao qual se referiu dizendo
tratar-se de um emissor de radioatividade, ainda desconhecido na Terra. Fez
aplicações em Dona Ló. Depois de alguns minutos, levantou-se da cadeira e
proferiu uma belíssima pregação evangélica com sotaque alemão e voz de mulher.
Em vários
grupos espíritas brasileiros, além de sua atuação na assistência à saúde,
sempre se caracterizou em trazer às reuniões certos objetos, deixando no
recinto o perfume de flores que lhe caracterizam.
Na obra
"Chico Xavier - 40 Anos no Mundo da Mediunidade" de Roque Jacintho,
encontramos o seguinte depoimento: "Chico aplicava passes. Ao nosso lado,
ocorreu um ruído, qual se algum objeto de pequeno porte tivesse sido
arremessado, sem muita violência. (-Jô - disse um médium - Scheilla deu-lhe um
presente). Logo mais, procuramos ao nosso derredor e vimos um caramujo grande e
adoravelmente belo, estriado em deliciosas cores. Apanhamo-lo, incontinenti, e
verificamos nele água marítima, salgada e gelada, com restos de uma areia
fresca. Scheilla o transportara para nós. Estávamos a centenas de quilômetros
de uma nesga de mar, em manhã de sol abrasador que crestava a vegetação e, em
nossas mãos, o caramujo que o Espírito nos ofertara, servindo-se da mediunidade
de Chico! “Na assistência reduzida, estava presente um cientista suíço,
materialista, que ali viera ter por insistência de seus familiares. Scheilla,
em sotaque alemão, anunciou: -Para nosso irmão que está ali - indicava o suíço
-, vou dar o perfume que a sua mãezinha usava, quando na Terra. Despertou-lhe
um soluço comovido, pela lembrança que se lhe aflorou à memória, recordando a
figura da mãezinha ausente.”
Tempos
depois, um outro raro instante se deu com a presença de Scheilla.
"Bissoli, Gonçalves, Isaura, entre outros, compunham a equipe de
beneficiados, agrupando-se numa das salas da casa de André, tendo Chico se
retirado para o dormitório do casal, onde permaneceria em transe mediúnico. Uma
onda de perfume, corporifica-se Scheilla, loira e jovial, falando com seu forte
sotaque alemão. Bissoli estabeleceu o diálogo: -Eu me sinto mal - diz Bissoli -
Você - informou Scheilla - come muita manteiga Bissoli. Vou tirar uma
radiografia de seu estômago. A pedido, nosso companheiro levantou a camisa. O
espírito corporificado aproxima-se e entrecorre, num sentido horizontal, os
seus dedos semiabertos sobre a região do estômago de nosso amigo. E tal se lhe
incrustassem uma tela de vidro no abdômen, podíamos ver as vísceras em
funcionamento. - Pronto! - diz Scheilla, apagando o fenômeno. - Agora levarei a
radiografia ao Plano Espiritual para que a estudem e lhe deem um remédio.”
Ao término
destes singelos apontamentos biográficos, com muito respeito por esse Espírito
Missionário, de tanta dedicação e amor em nome de Jesus, só nos resta agradecer
a assistência e amor doados por ela.
Francisco
Candido Xavier
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