As vezes nos
completamos com alguém de uma forma tão maravilhosa e tão intensa que chega a
fugir do nosso controle, e por vezes é um relacionamento que naquele momento
não pode se concretizar, por diversas situações, o que nos causa um profundo
momento de infelicidade, mas fica sempre em nossos sentidos guardado como se
fosse uma joia de muito valor, aguardando o tempo certo de ser usada, segue uma
matéria que para mim fez bastante sentido se aproxima desse assunto.
Afeição, amor:
"a atração fluídica atraindo um ser para outro, unindo-os no mesmo
sentimento. Esta atração pode ser de duas naturezas diversas, pois os fluidos
são de duas naturezas: material e espiritual".
A afeição
que tem por base a atração de fluidos materiais, sem estabelecer ou criar laços
espirituais, permanece enquanto houver satisfação dos motivos que a criaram.
Mas, desde que haja uma alteração no relacionamento ou nas condições materiais,
ela termina. Então se diz: —"O amor acabou".
Sim, esse amor
personalizado e materializado termina com a morte ou antes dela, porque ama-se
por amor a si próprio, por interesse ou por comodidade, não pela pessoa amada.
Ama-se pelo que a pessoa possa proporcionar para quem ama. Houve uma atração
fluídica entre fluidos materializados. Não houve formação de laços espirituais.
Nesse
sentimento personalizado, que se ama pelo que o outro proporciona ou possa
proporcionar, seja prazer sexual, prazer de possuir, prazer financeiro, ou
outros, cuja meta é ser servido, beneficiar-se, usufruir, existe sempre o
componente materializado, que não alcança o campo espiritual. Trata-se de uma
afeição terrena, baseada em prazeres e valores materiais, através da qual o
homem procura ser amado, mas não amar.
Enquanto o
homem deixar-se dominar pela matéria, pelos prazeres que ela proporciona, pelos
seus valores, as afeições serão sempre frágeis, rompendo-se com facilidade.
Daí a
necessidade do desenvolvimento da sensibilidade espiritual, que descobre novos
valores, novos prazeres, sobrepondo-se aos materiais.
Para que se
estabeleça a afeição espiritual, necessário que haja afinidade de fluidos
espirituais, determinando a simpatia. É a alma que ama a alma e esta afeição se
desenvolve pela manifestação dos sentimentos da alma.
É o prazer
de estar juntos, independente do que se tem, do que se é, do lugar em que se
está. Esse amor não acaba nunca, é eterno, mesmo estando separados e até não
lembrados, como por exemplo, um encarnado no Brasil e outro encarnado na China.
Quando se reencontram é aquela felicidade!
É claro que
na afeição espiritual, quando encarnados, existe a atração de fluidos
materializados, como consequência do amor de alma para alma; existe a atração
sexual, prazer do contato físico, muito importante na manutenção do
relacionamento de um casal, mas como efeito, resultado, e não como determinante
do sentimento.
Quando
existe a afeição espiritual, realmente, pode-se amar o outro como pai, como
mãe, como filho, irmão, esposo, amigo, porque esse é o sentimento eterno,
constituído por laços espirituais, que nada pode romper.
A cada
situação nova, em nova reencarnação, este amor cresce em intensidade e
sensibilidade.
É este
sentimento que inspira e produz abnegação, devotamento, sem qualquer interesse
pessoal, egoístico, em relação aos seres amados, proporcionando prazeres que o
homem em geral, ainda muito materializado, não consegue imaginar.
É este amor
eterno que estamos todos desenvolvendo no decorrer dos milênios, através de
reencarnações na Terra, porque é ele desenvolvido dentro de nós, o que nos
tornará perfeitos, conforme a determinação de Jesus: "Sede
perfeitos…"
Joanna de
Ângelis, no seu livro Convites da Vida, lição 2, escreve: "O amor é o
estágio mais elevado do sentimento. O homem apenas atinge a plenitude quando
ama. Enquanto anseia e busca ser amado, foge à responsabilidade de amar e
padece infância emocional"
Fonte: Fórum Espirita.
Bibliografia:
Revista
Espírita, de Allan Kardec, fevereiro de l864: Estudos sobre a reencarnação item
IV
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