“Não te
maravilhes de te haver dito: Necessário vos é nascer de
novo.”
Jesus.
(JOÃO, 3:7.)
A palavra de
Jesus a Nicodemos foi suficientemente clara.
Desviá-la
para interpretações descabidas pode ser compreensível no
sacerdócio
organizado, atento às injunções da luta humana, mas nunca nos
espíritos
amantes da verdade legítima.
A
reencarnação é lei universal.
Sem ela, a
existência terrena representaria turbilhão de desordem e
injustiça; à
luz de seus esclarecimentos, entendemos todos os fenômenos
dolorosos do
caminho.
O homem
ainda não percebeu toda a extensão da misericórdia divina, nos
processos de
resgate e reajustamento.
Entre os
homens, o criminoso é enviado a penas cruéis, seja pela
condenação à
morte ou aos sofrimentos prolongados.
A
Providência, todavia, corrige, amando… Não encaminha os réus a
prisões
infectas e úmidas. Determina somente que os comparsas de dramas
nefastos
troquem a vestimenta carnal e voltem ao palco da atividade humana,
de modo a se
redimirem, uns à frente dos outros.
Para a
Sabedoria Magnânima nem sempre o que errou é um celerado, como nem sempre a
vítima é pura e sincera. Deus não vê apenas a maldade que surge à superfície do
escândalo; conhece o mecanismo sombrio de todas as
circunstâncias
que provocaram um crime.
O algoz
integral como a vítima integral são desconhecidos do homem; o
Pai,
contudo, identifica as necessidades de seus filhos e reúne-os,
periodicamente,
pelos laços de sangue ou na rede dos compromissos
edificantes,
a fim de que aprendam a lei do amor, entre as dificuldades e as
dores do
destino, com a bênção de temporário esquecimento.
Francisco
Cândido Xavier. Da obra: Caminho, Verdade e Vida. Ditado pelo Espírito
Emmanuel.
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