Seguramente
todos os pesquisadores da tese reencarnacionista já se depararam com a
oportunidade de escutar este questionamento, que é um dos primeiros a serem
efetuados por parte dos neófitos em estudos do gênero. Da mesma forma, também
ouvimos esta indagação dos costumazes contestadores que se comprazem na negação
sistemática e que não possuem maior interesse em admitir ou avaliar outros
conceitos que possam por em risco sua acomodada estabilidade filosófica.
Colocam-nos então o seguinte raciocínio:
"Se
houvesse reencarnação os espíritos de hoje seriam os mesmos de ontem que
voltariam a renascer no planeta, Sendo assim, não haveria explicação para o
aumento populacional, já que seriam os mesmos espíritos que retornam".
Consideraremos
três fatores básicos e simples para responder esta questão: A população do
mundo espiritual, a migração de espíritos entre os diversos mundos habitados e
a eterna criação de Deus.
Com relação
a população do mundo espiritual, lembramos que as entidades espirituais ao se
comunicarem por via mediúnica, psicográfica ou psicofonicamente, informam-nos
que a população de espíritos, ligada a Terra é superior a 30(trinta) bilhões de
almas (no caso, almas mesmo!). Verificando atualmente que o número de
habitantes do mundo físico terrestre se aproxima aos 7 (sete) bilhões, não há
como deixarmos de compreender o aumento populacional. Diríamos até, que uma
"bolsa de estudos na escola da Reencarnação" deve ser bem selecionada
em função da relação, número de candidatos por vaga disponível. ..
Embora esta
explicação seja eficiente para alguns indivíduos, vejamos outros ângulos do
problema.
Também
contribui para a elucidação da questão proposta, ou seja do aumento
populacional, a migração de espíritos entre astros habitados. Conforme disse o
mestre Jesus: "Há muitas moradas na casa do meu Pai"; entendemos como
casa do Pai não um céu de anjos alados ou beatos rosados apoiados com suas
grossas sandálias nas fofas nuvens do além, harpejando sonoros hinos ao Senhor.
A casa do Pai é o Universo infinito e multidimensional.
Na
pluralidade dos mundos habitados, há planetas "jovens" onde
reencarnam espíritos primitivos, aquém do estágio evolutivo da nossa Terra,
como também existem astros, na incomensurabilidade das galáxias, nos quais
renascem espíritos de elevado nível evolutivo ético e intelectual. Em
determinadas circunstâncias, ocorrem transmigrações de espíritos que são
deslocados para outros orbes mais adequados ao seu processo de lenta evolução.
Muitas são
as razões que determinam as transmigrações de espíritos, mas a primeira e mais
objetiva poderia ser resumida no seguinte conceito: não haveria mais sintonia
entre o seu padrão energético vibratário com o padrão correspondente do astro
em que vinham renascendo. Significa dizer que passariam a atrapalhar o
progresso dos demais, caso permanecessem no mesmo orbe. Em virtude de seu
atraso, não encontrariam também no referido astro, o campo de provas mais
afinizado com suas características.
Ao serem
deslocados, para mundos mais primitivos, passariam a ser verdadeiros
missionários (paradoxalmente), nestes globos de expressão rudimentar quanto a
vida intelecto-moral. Nos novos mundos, seriam também aquinhoados com novos e
vigorosos estímulos educativos, tendo em vista as dificuldades encontradas.
A sabedoria
universal, portanto, através de suas leis onipresentes e sábias, determina,
pelas forças naturais e consciências superiores e responsáveis, as migrações
periódicas de grupos ou povos que ocasiona um benefício amplo a todos os
envolvidos. Além do benefício direto aos transmigrados, há que se considerar o
alívio da sua ausência para os habitantes do astro que deixaram. Os que lá
permaneceram estarão livres de sua ação nefasta a perturbadora da paz.
Favorecidos ainda são os habitantes do astro que os recebe, onde os recém
chegados pelas portas da Reencarnação serão, no meio primitivo, impulsionadores
do progresso.
Encontramos
nos relatos dos espíritos, em inúmeras fontes fidedignas, um exemplo clássico
de entidades que migraram para a nossa Terra influenciando não só no seu
aumento populacional, que é um detalhe secundário, mas no seu desenvolvimento global,
falamos dos egípcios primitivos. Além de outros povos, este, constitui um
exemplo bastante elucidativo haja visto a disparidade de conhecimento entre
eles e as demais civilizações existentes naquela época. Os egípcios assombraram
por muitos séculos ou milênios ao homem terreno pelas marcas que deixaram,
desde as construções arquitetônicas até os conhecimentos de matemática, física,
astronomia, medicina etc. Conhecedores da Reencarnação também possuíam, a nível
da iniciação sacerdotal, muitas informações sobre a dinâmica que rege o
renascimento.
Os egípcios,
conforme dados obtidos por diversas manifestações mediúnicas, foram migrações
de um astro, mais precisamente de um planeta ligado a estrela de Capela na
constelação do Cocheiro. Pelas razões anteriormente expostas, estes capelinos
foram agrupados à medida que desencarnavam e depois enviados para renascer na
Terra.
O trauma
psicológico do que sucedeu com esse povo se manifestava a nível do inconsciente
dos mesmos fazendo-os crer na metempsicose. Como sabemos, a referida doutrina
ensinava ser possível renascer em espécies inferiores quando o comportamento do
homem não fosse digno perante a lei dos deuses. Acreditavam que uma espécie de
punição era imposta aos maus, forçando-os a renascer como animais para expiarem
suas faltas. Sabemos hoje, pela doutrina da Reencarnação, não ser possível
isto, pois o espírito sempre progride e jamais retrocede. Energeticamente não é
possível a sintonia de um espírito humano com o organismo de um animal, devido
existir uma grande diferença de freqüência vibratória entre os mesmos. O fato é
que os capelinos, ao se sentirem reencarnados como homo sapiens na Terra,
achavam-se menos confortavelmente instalados em relação a estrutura corporal
que os abrigava no Sistema de Capela. Na realidade não ocorrera retrocesso, mas
simplesmente uma adequação a sua realidade interior. A sensação inconsciente
desta mudança para uma espécie humana diferente no novo habitat, gerou a crença
em ser possível renascer numa espécie inferior, ou Metempsicose.
Além das
migrações de espíritos entre mundos habitados, e da notícia que a população nos
planos espirituais, ligada ao nosso planeta, é muito maior que a dos
encarnados, temos a considerar ainda uma terceira justificativa: a eterna
criação de Deus.
A
inteligência suprema do Universo, causa primária de todas as coisas, sendo
perfeita é imutável. A ação de Deus se faz constante e é eterna. Não há um
momento específico de criação pois o que é perfeito há de ser sempre
uniformemente atuante. Na simbologia que se encerra nos textos bíblicos, onde
se lê: "Deus fez o mundo em sete dias", temos, ao extrair-se o
espírito da letra, o verdadeiro sentido da eternidade da criação. O vocábulo
sete encerra o sentido esotérico que equivale a : "sempre", "todo",
ou "completo". Assim, por exemplo: Perdoar setenta vezes sete, traduz
a ideia do perdão pleno para sempre. O vocábulo "dia" também era
muito utilizado para designar período, época, estágio ou mesmo, ano. Resumindo,
quando estudamos o trecho onde está escrito: "Deus fez o mundo em sete
dias" entendemos que é eterna ou contínua a criação.
Não há
portanto, razão para preocupações em entender o aumento populacional do(s)
planetas(s), considerando a existência da Reencarnação integrada aos
conhecimentos do mundo espiritual, da pluralidade dos mundos habitantes e da
concepção não estática de Deus.
Ricardo Di
Bernardi
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