Como já é de
se esperar, a traição é extremamente negativa, tanto para a pessoa que trai mas
também por quem é traído. A traição é a essência da quebra de confiança entre
duas pessoas. Mas o que tem a ver a traição e o espiritismo? Vamos mostrar
alguns exemplos das consequências desses atos.
Antes de
tudo é preciso esclarecer que existem diversas formas de traição. É possível
trair um marido ou uma esposa, uma namorada, um pai, um filho ou até mesmo um
colega de trabalho. Como falamos acima, a traição é a quebra de confiança entre
duas pessoas, ou até entre um grupo de pessoas, no caso de um ambiente familiar
ou de trabalho. Para este texto, vamos ficar somente no caso da infidelidade
conjugal.
Normalmente
a pessoa que traí o conjugue considera esse ato um pequeno deslize, um tropeço,
mas é muito difícil para a pessoa traída superar este acontecimento.
O
Espiritismo, através da literatura, nos apresenta vários de casos de traição
que ocasionaram grandes tragédias, perseguições além-túmulo que perduram por
muito tempo.
Talvez
nenhum ato gere tanto sofrimento quanto a traição. Sei que pode haver traição
em qualquer relação; Judas traiu Jesus, Dalila traiu Sansão, Brutus traiu
César, Silvério traiu Tiradentes, Hitler traiu Stalin.
Mas eu me
refiro à traição conjugal, à quebra de confiança entre duas pessoas que se
relacionam amorosamente. Não sei se há maior motivo de mágoa e rancor do que o
sentimento gerado pela traição. Vários gêneros musicais retratam a traição; o
tango e a música sertaneja são exemplos. Há pessoas que se notabilizam por
traírem ou serem traídos.
A traição
abala estruturas emocionais frágeis. É um ato que atinge vários pontos fracos
de uma vez só. O orgulho ferido, o amor-próprio despedaçado, o sentimento de
posse desrespeitado, o sentimento desconsiderado, a decepção com alguém
importante e, provavelmente, amado.
Conheci
dezenas de casos de traição. Todos eles dolorosos. Poucos os traídos que
superam a situação com facilidade, sem dar ao caso mais importância do que
realmente tem. Porque se analisarmos friamente, o que mais gera dor é o
orgulho, o sentimento de posse e a crença na própria importância.
Quando nos
relacionamos seriamente ou nos casamos, nos sentimos de posse da pessoa amada.
Queremos seus passos sob controle. Mesmo nas relações onde reina a confiança
mútua e onde há mais liberdade, há códigos de proibições. Tem aquelas coisas,
lugares, pessoas ou atividades que são proibidas de comum acordo. Uma dessas
coisas, quase sempre, é o sexo fora da relação. É proibido. A cultura milenar
monogâmica não admite a possibilidade de que uma pessoa estranha à relação
possa se envolver, mesmo que só sexualmente, com um dos cônjuges.
Recebo
relatos de pessoas que traíram ou foram traídas. Pedem conselhos, orientações.
O que dizer, que já não seja dito para todo mundo? Perdoar, pedir perdão, orar,
aprender com o erro e não repeti-lo. Não há orientação que resolva os conflitos
gerados pela traição. Mesmo que haja o perdão, é difícil manter a relação. Como
recobrar a confiança? Como não lembrar?
A traição
conjugal deixa claro nossa condição moral precária, nosso acanhamento
espiritual. Perdoar é conceder nova chance. Se a distância ou a separação for
uma condição para o perdão, talvez não seja perdão verdadeiro…
A traição é
um erro dos mais graves e deve ser evitada a qualquer custo. O preço de alguns
momentos de prazer (que talvez nem sejam compensadores) é muito alto. É dor
para quem trai, para quem é traído e para as demais pessoas envolvidas. No caso
de adultério entre pessoas casadas, são famílias inteiras pagando o preço de
uma irresponsabilidade nascida de um desejo carnal… Sem contar as consequências
futuras. É muito provável que a traição deixe sequelas a serem sanadas depois
do desencarne.
A dor da traição é tão forte nas pessoas que ela pode perdurar
mais de uma encarnação, gerando prejuízos de longo alcance. A literatura
espírita está repleta de casos sobre o assunto, quando a dor e o prejuízo da
traição ultrapassa a vida do infiel e impacta sua vida, e a da pessoa que foi
traída, nas encarnações que estão por vir.
A chave para superar uma traição é o perdão, seja ele
sucedido por uma nova chance ou pelo fim da relação. Perdoar é o primeiro passo
para superar e seguir em frente.
Morel Felipe Wilkon-Espírito Imortal
O texto, ao contrário do que oferece o título, não esclarece o assunto sob a ótica espírita, e sim as opiniões pessoais e unilaterais de uma pessoa.
ResponderExcluirLindo texto e muito verdadeiro.
ResponderExcluirLindo e verdadeiro texto.
ResponderExcluir