O Concílio
Ecumênico de Niceia (325) decretou que Jesus, além de ser um homem, é também
outro Deus, o que gerou a maior polêmica, de todos os tempos, do cristianismo.
Os teólogos
trinitários dizem que as pessoas é que são três, mas que Deus é um só. Mas eles
se contradizem afirmando contundente e dogmaticamente que Jesus é Deus igual ao
Deus Pai todo-poderoso, o único e verdadeiro Deus. Ademais, ensinam que o
Espírito Santo é também outro Deus. E ensinam que esse assunto é contraditório,
porque é mistério de Deus. Na verdade, é mistério deles, pois foram eles que
criaram essa e outras doutrinas contraditórias transformadas em dogmas por
eles. E, na época da Inquisição, quem negasse um dogma, morria na fogueira. Por
isso, eles estão aí até hoje como sendo a base do cristianismo, mas são também
a causa principal da própria crise do cristianismo! O espiritismo é a exceção,
pois se fundamenta naquele cristianismo anterior aos dogmas. Daí ser chamado
também de “cristianismo redivivo”.
Abordaremos,
nesta matéria, Jesus e o Deus único e verdadeiro, com base em textos bíblicos.
“… Meu
ensino não é meu, e, sim, daquele que me enviou.” (São João 7: 16). O que envia
é superior ao enviado. E foi Deus, o Pai, que enviou Jesus, Filho de Deus e
nosso irmão maior. E porque Ele é um homem, é chamado também de Filho do Homem.
“E a vida
eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo,
a quem enviaste.” (João 17: 3). O que enviou Jesus, o Filho de Deus, é que é o
único Deus verdadeiro, o Pai.
Jesus, ao
ressuscitar ou aparecer (ressuscitar é sinônimo de aparecer), aparece a Maria
Madalena, dizendo-lhe: “… Mas vai para meus irmãos, e informe-lhes que eu subo
para meu Pai e vosso Pai, Meu Deus e vosso Deus.” (João 20: 17). Esse texto nos
mostra, com uma clareza meridiana, que Jesus é mesmo nosso irmão. Se Ele fosse
Deus, Ele seria nosso Pai e não nosso irmão!
Deus é que é nosso Pai e Pai Dele, também. E Jesus é unigênito do Pai no
sentido de que Ele é o único Filho de Deus que já atingiu a sintonia plena com
Deus, a ponto de Ele ter podido dizer que Ele e o Pai são um. E nós, um dia,
com a nossa evolução espiritual, seremos também um com Ele e com o Deus Pai. “A
fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam
eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste”. (17: 21). “Eu lhes
tenho transmitido a glória que me tens dado, para que eles sejam um, como nós o
somos; eu neles e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para
que o mundo conheça que tu me enviaste, e os amaste como também amaste a mim.”
(João 17: 22 e 23). Esses últimos textos dispensam comentários. Só destacamos
esta parte: “a fim de que eles sejam aperfeiçoados na unidade”, o que nos
demonstra que nós temos mesmo que evoluir muito para chegarmos à unidade entre
todos os filhos de Deus com Jesus e o próprio Deus Pai, o que já aconteceu com
Jesus, o nosso Irmão Maior e modelo, e o Pai, e deverá acontecer, no futuro,
com todos nós e com Eles dois, tornando-nos todos nós um só em sintonia.
E, em parte,
inspirando-nos no prof. Sabino, dizemos que, se aceitarmos que Deus seja
pessoa, nós temos que admitir que Ele tenha cometido também pecados, dos quais,
primeiramente, como nós, Ele teria que se livrar igualmente, para que possamos
todos nós ser um com Ele!
Fonte:
Portal do Espírito
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