O
planejamento reencarnatório realiza-se durante o período de intermissão, muito
embora as correções de rumo possam ocorrer após o espírito ter reencarnado. O
planejamento da próxima encarnação, enquanto se está encarnado, propicia a
conclusão ou a interrupção de processos em curso que tenderiam a prejudicar o
espírito. Se, desde agora, ele vê que determinado processo o prejudicará nesta
e, principalmente, na próxima encarnação, retoma o controle da situação,
reprogramando ações para esta e para a outra. Não conseguindo realizar algumas
aspirações nesta, ele as adia para a próxima.
É claro que,
após a morte do corpo, quando estará o espírito liberto de suas contingências,
e tendo uma visão melhor a respeito de sua própria evolução, poderá alterar
tudo que planejou. Começando a planejar desde agora, o espírito se prepara
melhor para uma possível alteração no futuro.
O
planejamento antecipado servirá também como marcador para a próxima encarnação.
O espírito poderá, desde já, determinar-se a realizações benéficas no futuro.
Seu processo de reaprendizagem, comum na infância e adolescência, poderá ser
menor e mais fácil, se, desde já ele se programar a não esquecer ou a relembrar
o que já sabe..
Um
indivíduo, que já passou dos cinquenta anos, tendo uma profissão estável, sem
outros recursos para o sustento de sua família além dos dela provenientes,
sentindo-se inclinado a dedicar-se a outra atividade, que lhe desperte o
interesse, para a qual, porém, não possui a necessária qualificação;
reconhecerá, por isso, que qualquer aventura em mudar de profissão resultará na
falência de recursos para a família, o que poria em risco sua atual encarnação.
Após reflexões, ele deve adiar tal desejo para a próxima encarnação, quando,
numa época mais propícia, atenderá seu anseio. Ou então se esforçará para
capacitar-se de forma mais tranquila em prazo mais dilatado. Caso resolva
adiar, não deverá haver nenhuma frustração para o espírito que,
conscientemente, tomou a decisão.
Não é
incomum encontrar-se pessoas que mudaram suas vidas a partir de decisões
abruptas, cujas consequências puseram, desde já, em risco sua encarnação
futura. Qualquer um de nós tem esse direito, o qual se finda quando atingimos o
do outro, o que nos exige reflexão. É necessário planejar a atual (correção de
rumo) e a próxima encarnação, desde agora. É como fazer uma análise e balanço
da atual encarnação. Para se alcançar tal estágio são necessárias algumas
reflexões básicas. Em primeiro lugar deve-se fazer um retrato de si mesmo
quanto a certos aspectos fundamentais de sua própria vida, nesta encarnação. A começar
pelas qualidades que se tem. Enumere tudo aquilo que você sabe fazer, isto é, o
que tem aptidão. Coloque todas as habilidades que possui.
Verifique as
mínimas coisas que é capaz de realizar. Se você não conseguir enumerar todas ou
acha que está faltando alguma, peça auxílio a alguém que conheça sua
personalidade o suficiente para ajudá-lo nessa tarefa. Depois disso, descreva
sua personalidade. Fale de você. Do que você gosta, de suas emoções, de seus
sentimentos, dos seus conflitos e problemas. Fale das pessoas que têm influência
em sua vida. De seus pensamentos, de suas emoções mais íntimas. Fale de sua
infância, de seus pais, de sua convivência com os outros. Faça um breve relato
de sua vida até hoje. Descreva seus planos para o futuro. Fale do que você não
realizou, mas que ainda pensa em realizar.
O ideal
seria você escrever tudo isso. Não sendo possível, procure alguém em quem você
confie. Diga-lhe seus objetivos e fale tudo o que você quer. Não é tarefa
fácil. Mas é necessário desabafar tais conteúdos conscientes. Preferencialmente
procure alguém que saiba das instâncias sucessivas a que estamos sujeitos.
Fonte: Grupo
de Estudos André Luiz
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