A busca pelo
equilíbrio, pela saúde, domina o pensamento da humanidade desde a sua criação.
A medicina avança a passos largos para cada vez saber muito de pouco, se
especializando nos detalhes, mas uma boa parte dos profissionais da saúde já
não aceita esse conceito reducionista e tenta lançar um olhar holístico sobre o
dilema saúde-doença. Porém esbarramos aí em um atavismo, um padrão inadequado
de comportamento que nos provoca o desequilíbrio, uma vez que fugimos da causa
verdadeira das mazelas que nos afligem.
A definição
de doença varia conforme a crença, a cultura, o entendimento e a época. Podemos
defini-la como uma perda do equilíbrio das nossas estruturas físicas. Essa
desarmonia pode ser fruto de uma inflamação, de uma infecção, de lesões
degenerativas, etc. Baseado nisso o tratamento será feito com medicações
alopáticas específicas, atuando nos sintomas.
Ao
contrário, uma visão mais ampla pode nos sugerir que a doença física tenha
causas variadas. Em algumas doenças temos o que Ramatís chama de "verter
para a carne". Ao longo das nossas vidas sucessivas vamos acumulando
energia negativa que acompanham nossos atos e pensamentos. Em alguns casos a
doença é fruto da "drenagem" dessa energia dos corpos sutis para o
físico.
Podemos ter
na doença uma missão. Alguns espíritos já são suficientemente evoluídos para
exemplificarem a outros um sofrimento produtivo, que se baseia no maduro
vivenciar da dor, com a resignação ativa, ou seja, fazendo de tudo para
melhorar, mas sem revolta, sem vitimização e sem deixar que isso atrapalhe o
crescimento espiritual.
A expiação
também é uma opção de causa de doença. Compulsoriamente somos chamados a
resgatar atos pretéritos dessa forma, não como castigo, mas para nos mostrar
onde erramos, e como devemos priorizar necessidades.
Independente
da causa, da origem, do motivo, a forma correta de enxergar a doença é como uma
oportunidade.
O sofrimento
de uma forma geral não tem sentido nas nossas vidas se não nos leva a reflexões
profundas. Não adianta passar pela vida nos enganando. Todos vamos desencarnar,
vamos ter sofrimentos, adoecer, etc, isso faz parte da vida. A forma como
enxergamos isso é que faz a diferença. Podemos ter um sofrimento que nos
acompanha por toda a existência e desencarnarmos sem que ele tenha nos ensinado
nada. A questão importante é porque as pessoas se recusam a encarar isso de
frente?
A causa
principal é o medo. Temos medo de sair da zona de conforto que criamos para
nossas vidas, e nos acomodamos em situações absurdas de convivência que nos
impedem de crescer, mas não aumentam o sofrimento temporário que provavelmente
nos libertaria para voos mais altos e sadios. Outra causa é o orgulho. Como
admitirmos que estamos errados? É mais fácil culpar outros e seguir em frente
como se fossemos vítimas de tudo. E acima de tudo não mudamos porque dói. É
doloroso crescer.
O problema
de tudo isso é que mantemos um padrão de comportamento que mostra aos outros o
que temos de pior. E na maioria das vezes os mais atingidos são justamente
aqueles que mais gostamos.
Se
mudássemos nossa forma de enxergar a doença e as dificuldades, com certeza a
cura estaria mais perto. Não somos doentes. Estamos doentes! Somos filhos da
perfeição, da luz. Somos luz! Mas porque nos prendemos a conceitos arcaicos de
culpa e pecado nos vemos como devedores eternos e não entendemos que não é pelo
sofrimento que cresceremos, mas pelo amor, pela transformação interior. Todo
esse processo começa pela autoanálise e pelo auto perdão. Precisamos nos sentir
merecedores.
O maior
exemplo disso é a parábola do filho pródigo. O pai ao ver o filho retornando a
casa, não o enxotou, não o reprimiu, mas saiu correndo e se lançou em seu
pescoço, oferecendo a ele o que de melhor tinha. Assim é nosso Pai conosco. O
seu amor nos constrange. É certo que alguns de nós preferem ser surrados,
sofrer, chorar, ser tratados como empregado, mas a vida nos reitera a todo
momento que do Pai só receberemos amor e oportunidades.
Não somos
doentes. Vamos aproveitar nosso estado de saúde eterna, e concentrar nossas
energias no necessário para nosso crescimento.
Fonte-Rede
Amigo Espírita
Nenhum comentário:
Postar um comentário